4 Comentários

  1. 4

    Zé Carlos

    Caros amigos; montes de análizes detalhadas explicam muita coisa, mas na essência, problemas surgem quando o controlo é “dado” a entidades ou personalidades, porque achamos que quando se atinge um certo patamar, outros são mais qualificados para gerir os nossos destinos.
    Cito por exemplo uma experiência que tive quando fui membro de um condominío residêncial. A certa altura, muitos de nós, residentes proprietários, achavam que era melhor entregar a gerência do dia a dia do condominio a uma entidade especializada nessa área. Ums porque se queixavam de faulta de tempo para as reuniões que eram feitas de dois em dois meses, outros porque não tinham interesse em participar activamente no bem estar do seu próprio património.
    Os poucos de nós que queriamos participar activamente, constituíamos a minoria.
    Numa certa reunião, o resultado de voto, metafóricamente falando ofereceu as chaves do nosso destino em matérias de condominío, a uma agência de gestão no sector.
    No espaço de dois anos, não só tinham as taxas de gestão duplicado como apareciam faturas e despesas para tudo e mais alguma coisa enquanto a qualidade dos serviços, manutenção etc, caíam a pique… as reservas financeiras do condominío estavam em baixa mas as razões substânciativas para este estado de circunstâncias, vinham com dissabor.
    Primeiro desapareceu o serviço de jardinagem original que já lá andavam à anos a fazer bom trabalho e sem problemas, depois desapareram os individuos que faziam manutenção, pintura, segurança, pequenas obras, etc.
    Com o passar de mais alguns anos, fui sabendo que todo este pessoal novo, ou eram subsidiárias do agente ou lhe pagavam contrapartidas.
    Ao fim de cerca de cinco anos, numa assembleia geral, foi revertida através de voto a gerência do condominío de volta para um comité de residentes.
    Em breve, apesar de um grande ajustamento e alguma contribuição de todos residentes e proprietários, as melhorias fizeram-se sentir e so mesmo tempo conseguimos reempregar a maior parte dos antigos colaboradores e começou-se a notar os beneficíos não só financeiros, mas também uma melhor convivência e amizade entre todos.
    Isto para dizer o quê?
    Muitas das vezes, quando os fundos são limitados, os esforços e dedicação para puxar para a frente torna-se inevitávelmente maior… Por vezes sentimos-nos desanimados e pensamos que estamos longe do melhor possivél por esta ou aquela razão e diz-se; O melhor é entregar isto a quem percebe mais.
    O problema é quando “quem percebe mais” não partilha os mesmos ideais, desejos ou mesmo os sonhos. É fácil e compreensivél em face das dificuldades, começar-mos a duvidar das nossas capacidades, o que muitos tendem a esquecer, é que a vida é composta de desafios e o ser humano está dotado de capacidades de solução. São as pequenas conquistas que trazem alegria à vida.
    Muitas das vezes, basta desabafar ou partilhar certas dificuldades com alguém de confiança ou um amigo, para aparecer uma inspiração.
    No caso do basquete e outras modalidades, é evidente que a falta de dinheiro e visibilidade é um problema. Também é um grande problema esta nova mania que tudo tem de ser profissionalizado ao mássimo.
    Sei que Portugal não é um país muito rico, mas ao mesmo tempo, impõem-se expectativas na malta que são totalmente fora de conteixto em matéria de dinheiros.
    No fim de tudo, o que se passa no desporto Português em geral, e apenas uma reflexão do estado politico económico e social do país.
    Quem rema contra a maré constantemente, claro que eventualnente desanima.
    Basta ver como a currupção, os interesses instalados, a demora e em muitos casos, a falta de justiça, têem tornado a sociedade e desporto português em geral, num caldeirão que só se safa, quem tem dinheiro ou padrinhos.
    Está tudo entreligado, e até as forças de um lado não conseguirem puxar para o outro, não se vai sair disto. Mas isso é outro assunto que depende do eleitorado em geral, para evolucionar o estado para um destino mais transparente e regulado, em que tudo e todos se sintam ouvidos, involvidos e respeitados.
    Em certos paises como por exemplo; Austrália, Itália, Canadá, o desporto amador e semi profissional e a política de saúde pùblica andam de mão em mão.
    Desperdiça-se muito dinheiro público em portugal e raramente se responsabilizam os culpados.
    Até isto acontecer, o desporto, a saúde, o ensino, o trabalho, o lazer, a qualidade de vida etc, vai continuar na cepa torta. A populacão vai continuar a envelhecer e os jovens que não emigram e ficam pela terra, não vão comtemplar formar familía e terem filhos.
    Grande parte dos crescidos, alguns sem filhos mas com pais idosos, hoje em dia delegam a responsabilidade de olhar pelos idosos, a terceiros.
    Antevejo o problema demográfico em Portugal piorar até sangue novo trazer mudança (será milagre com o andar desta carroça). Com o avançar da idade média da população, entrencheiram-se mais os velhos hábitos.
    É um assunto muito complicado mas no final de contas, se não há juventude, para quê desporto?
    Os envelhecidos quando acabam as suas caminhadas, yoga, ciclismo ou seja o que for e querem ver desporto, instalam-se num sofá e ligam pró canal no mundo que lhes apecetece…

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  2. 3

    Martinho Adao

    Um jogo que bem jogado é muito complicado para as cabeças dos portugueses de Portugal de hoje . Muito contacto destroi o jogo e cria molhadas pouco interessantes ,demasiado aparentado ao raguebi ,basta ir ver um jogo do Inatel , para se perceber o que estou a dizer . Os cursos de treinadores estão nas maõs dos profs de Educação Física , que conseguem os níveis sem por os pes nos cursos .Enfim mais vale esquecer …

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  3. 2

    Carlos Hidalgo Pinto

    Conheci um ex-jogador do Queluz, quando fui à sua loja comprar um cinto. Quer um cinto? Para si que é magro e elegante, tenho este. Retorqui que tinha praticado basquete na juventude e que fui sempre spaghetti. Disse-me que tinha jogado basquetebol no Queluz até aos 40 anos, com um grande jogador da então L.M., Leonel Santos. Elucidou-me de que havia excesso de jogadores estrangeiros e inércia na modalidade. Vivia ao basquetebol e achava que tudo começava na Escola. Chamava-se Inocêncio Simões e denotava uma grande paixão pela modalidade. Só com planeamento a nível local, colocando tabelas de basquetebol no percursos casa-escola e fomentando o desporto escolar é que esta modalidade se desenvolve. Os professores são a chave da questão. Existindo a prática na Escola, é que se pode, posteriormente, pensar nos clubes. A ligação com estes últimos, deve fazer-se num intercâmbio constante com o desporto escolar.

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  4. 1

    Miguel Graciano

    Bom dia,

    Na minha opinião e nestas situações em que se chega ao extremo a culpa nunca morre solteira até um determinado ponto a partir do qual a teimosia e a pouca tolerância para os demais agentes da modalidade começa a criar problemas atras de problemas na nossa modalidade.
    E chamando o nome às coisas a minha resposta à vossa questão é a direcção da FPB, que devia ter saido e não perpetuar, pois o ruido à volta da mesma começa a ser inrespirável, saber sair é um privilégio dos melhores e neste caso é o contrário, deixar que novos rostos com novas ideias e novas dinamicas consigam fazer acreditar na modalidade.
    Para mim a parte mais dificil é tornar a colocar o Basquetebol na rota da comunicação social e nos investidores(empresas).
    Não temos referências na modalidade, a formação tem que ir às escolas, os DTN têm que percorrer este país à procura de talento a meu ver e atendendo aos dias de hoje em que a juventude tem uma imensidão de oferta temos que ser nós a ir de encontro a essa mesma juventude e não ficar à espera que seja a juventude a vir ter connosco.
    Outra das situações que gostaria de ver cada vez mais nos pavihões e em acção de treino os antigos atletas, pois somos nós um dos grandes veiculos da modalidade, eu vejo nos pavilhões que os miudos do Mini a maioria são filhos de ex praticantes e temos que ser nós a conseguir trazer miudos para a modalidade.
    Quando digo que ex atletas em acção de treino é isso mesmo agarrarmos na base e transmitir aos miudos a paixão pelo jogo.
    Um grande abraço
    Miguel Graciano

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