Renato Caldeira comemorou 50 anos de jornalismo desportivo em Moçambique
Não é a primeira vez que Renato Caldeira lança livros sobre o desporto nacional. Já lançou obras como “16 Dias Mágicos”, “35 melhores futebolistas de sempre”, “O Monstro Sagrado”, “O Historial dos Mambas” e entre outras publicações. Todas elas ligadas ao desporto moçambicano.
No passado dia 25 de outubro, no Auditório Municipal da Matola, nasceram mais dois filhos, ou seja, livros, do decano do jornalismo moçambicano, Renato Caldeira. “São duas obras, entre várias, que retratam o que foi e é Renato Caldeira, nesta profissão de escrever sobre o que aconteceu no dia-a-dia desportivo, ao longo destes 50 anos”, disse João de Sousa, quando fazia a introdução e apresentava o motivo da presença dos poucos, mas importantes presentes na cerimónia.
O destaque vai, sem dúvidas, para o livro “40 anos pós-Independência”, onde através de fotografias, Renato Caldeira trás ao conhecimento dos amantes do desporto, os melhores atletas no pós-independência. Maria de Lurdes Mutola, selecção nacional de futebol, equipa do Costa do Sol, campeã nacional em 1990, Lucas Sinoia, entre outras fotos, retratam o que foi o desporto nacional nos últimos 40 anos.
“Na Área de Rigor”, cujo prefaciador é Jeremias Langa, conhecedor do desporto moçambicano, traz vários textos sobre as diversas modalidades movimentadas no país, para além dos vários estágios que marcam o desenvolvimento do mesmo, desde a formação, representada pelo projecto “Bebec” até ao profissionalismo, com jogadores que saíram para despontar fora de portas.
“Tendo os livros, terão um pouco daquilo que foi, é e pode ser o desporto”, disse João de Sousa. E não é para menos. Renato Caldeira diz que a sua maior mágoa é saber que se hipotecou o futuro do desporto nacional, pois “o que era estimulado nos bairros (naqueles tempos) para a prática do desporto, já não está a ser feito”.
E lançar estas duas obras tem um significado enorme para Renato Caldeira, que considera que “o desporto fez de mim o que hoje sou e por isso, hoje tento retribuir”, daí que pretende transmitir os conhecimentos que tem para ajudar a desenvolver o desporto moçambicano.
A música, com Roberto Chitsondzo, a recordar a célebre música “swa yampswa kuhela ka viki hiya pfuxela vakhave va bola” (vale a pena aos fins de semana irmos assistir futebol) e o humor, através de Ring Ring, a representar os saudosos Samora Machel e Malangatana Ngwenya, os desportistas Tico-Tico e Mano-Mano, entre outras figuras, marcaram os momentos intercalares.
Estiveram presentes na cerimónia, várias personalidades desportivas como o director nacional do Desporto, Francisco da Conceição, em representação do ministro da Juventude e Desportos, o presidente da Liga Moçambicana de Futebol, os presidentes das federações moçambicana de Patinagem e de Atletismo, jornalistas desportivos, familiares e outras figuras.
Fonte: “O País”
O BigSlam irá divulgar alguns excertos do livro “40 anos pós-Independência” – Estrelas do desporto moçambicano.
Um Comentário
Victor Pinho
Muitos Parabéns Renato pelos 50 anos de Jornalismo Desportivo sempre com todo o rigor e pode muito bem ajudar a relançar o desporto em Moçambique fazendo com que as suas obras sejam lidas e que sejam o patamar para o arranque do desporto escolar e de bairro que proporcionará aos jovens uma vida desportiva e saudável. Fico grato por o ter como amigo e em muita consideração. Um abraço