10 Comentários

  1. 10

    Pedro Estefene

    Só para ratificar, Eduardo Mondlane não fundou a FRELIMO, os verdadeiros fundadores são Adelino Gwambe e Rev. Urias Simango, dos movimentos UDENAMO, MANU, o movimento MANI foi incorporado logo depois.
    Não seria diferente, não é de hoje que Moçambique está mergulhado na corrupção, isso vêm de tempos atrás! Onde altos dirigentes da FRELIMO na altura, desviam apoios do Instituto Moçambicano em Tanzânia, aliás a corrupção foi o principal motivo de fecharem o instituto!

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  2. 9

    Carlos Trocado

    Não se pode prever o futuro. Mas que teria sido diferente isso podemos garantir. Se ele tivesse feito carreira na ONU. Se ele tivesse ficado a dar aulas por aí. Se se tivesse divorciado. Se. Se… Do que resulta claro é que ele não tinha jeito para coordenar um bando de facínoras e activistas independentistas num mundo complexo (anos 60) em que Portugal vivia uma ditadura isolada do mundo. Parece ter sido um bom homem, intelectual irrepreensível com poucas habilidades como homem de acção para aqueles tempos de guerrilha.
    Eu, pessoalmente, teria preferido que se tivesse feito a descolonização de forma diferente e com ele. Mas não havia condições com a guerra fria (afinal aquilo que o matou).

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  3. 8

    Paulinobianeuaiene

    ….a politica não tem um conceitp próprio…mas nao se difere de pôr areia nos olhos de Outrém, levantar a poeira e ir se embora….e, depois, foi-se

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  4. 7

    Emilia

    O Professor Adriano Moreira quando foi Ministro das Colónias, fez uma visita aos soldados , deu uma volta por todos os Territórios e aconselhou a Salazar a dar uma certa autonomia aos Territórios! Custou a Sua substituição! Portanto, ninguém podia , sequer sonhar em fazer propostas dessa natureza! Recorde se! O que aconteceu em Goa, Damão e Diu, por teimosia de Salazar! Os Nosso não morreram, porque os Indianos invasores não quiseram! Mas os Oficiais Superiores ficaram sem ordenado! Sem meios de sustentar a Familia! Enfim! Depois, o Povo é que sofre!

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  5. 6

    José M Peixoto Ferreira

    Estando vivo, e creio que de boa saúde e lúcido, seria importante, saber o que tem a dizer o Dr Adriano Moreira, ao invés de se “alimentarem” teorias dos “Ses”.
    OS SÁBIOS NÃO DIZEM O QUE SABEM ….
    OS TOLOS NÃO SABEM O QUE DIZEM .

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  6. 5

    José Carlos

    Claro que tudo teria sido diferente.
    Para melhor.
    Eduardo Mondlane foi um moderado. A sua morte está por explicar.
    Samora Machel foi uma desgraça e a sua “política de terra queimada” lançou Moçambique na guerra civil e na destruição da sua economia.

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  7. 4

    Manuel Martins Terra

    Comentava-se em alguns círculos em Moçambique, e não sei se existem provas concretas de que Eduardo Mondlane, numas das suas missões para assuntos africanos ao serviço da ONU, teria numa estadia em Lisboa, contatado Salazar, com o propósito de lhe propor um plano que visava a descolonização das colónias portuguesas, em moldes bem diferentes de outros países que tiveram que proceder à entrega dos seus territórios, depois das respetivas guerras que travaram. A ideia de Eduardo Mondlane, consistia em evitar rapidamente a guerra colonial e abrir perspetivas para um processo pacífico de transição de poderes. Ao que se consta Salazar, terá recusado essa solução e continuou a apostar na tese de um país triste, mas orgulhosamente só. Em 1961, rebentou o conflito armado em Moçambique, que durou 13 anos, custando a vida a milhares de jovens dos dois lados da barricada. Depois na década 80, já com Moçambique independente, deu-se a guerra civil, que causou mais numero de vitimas que a guerra colonial e a fuga desordenadas das populações dos locais dos conflitos. Há uns tempos a esta data, vamos tomando conhecimento da insurreição armada que decorre na província de Cabo Delgado, provocando a dor e sofrimento a milhares de habitantes, que procuram campos de refugiados. Para quando é que o bom povo moçambicano, tem direito à paz e harmonia que deseja? Bem pensando, se tivesse sido bem interpretado o ideal politico idealizado pelo sábio estratega Eduardo Mondlane, tudo seria bem diferente e Moçambique, poderia estar noutro rumo. A sua morte ocorrida na casa de campo, em Dar-es- Salam , ao abrir uma carta armadilhada, contínua envolvida em grande mistério, sendo que a sua mulher a Janet e filhos, prosseguem a luta para apurar toda a verdade junto das autoridades moçambicanas. Parabéns ao Pierre Vilbró,pelo envio do post onde se verifica a carta endereçada por Eduardo Mondlane a Adriano Moreira.

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  8. 3

    ABM

    Conheço esta carta já há algum tempo. Algumas reflexões:

    1. Em 1960 Não havia Frelimo. Havia movimentações mas Mondlane basicamente estava reticente e fora disso;

    2. A relação “amistosa” com Franco Nogueira, refelctida no texto, obviamente não passou disso;

    3. Mondlane não era “alto funcionário” da ONU. Era um funcionário (big difference);

    4. As autoridades portuguesas, comprovadamente, tinham uma atitude racista e displicente para com qualquer negro culto originário das suas colónias africanas. Contam-se nos dedos de uma mão as excepções. Constitucionalmente, falar-se de independências era (literalmente) traição à Pátria. Portanto, mesmo que houvesse, seria um diálogo se surdos;

    5. Sendo que por volta de 1960, começava uma verdadeira onda de independências em África, que ninguém poderia ignorar. Mas a atitude de Salazar e de muitos cidadãos era que no caso português seria excepcional. Não seria e não foi;

    6. As diligências de Mondlane para com Janet e as questões dos vistos eram normais na altura, em que obter um visto para se entrar em território português era moroso, complicado e dependente de muitas considerações. Reparem que ele , um cidadão português para todos os efeitos, estava a interceder – a meter uma cunha – para um visto para a sua mulher. Que antes pedira e não lhe deram;

    7. Não foi Mondlane quem fundou a Frelimo. Essencialmente, foi Julius Nyerere, como condição para deixar usar o seu país como plataforma a partir da qual se fez a guerra nacionalista moçambicana. Foi Nyerere inclusivé que abordou Mondlane quanto ao assunto numa viagem sua a Nova Iorque; levou a Mondlane algum tempo a pensar no assunto e a agregação dos vários movimentos e personalidades deu muita chatice;

    8. Apesar de ter em consideração, em graus diferentes, quer Eduardo Mondlane quer Samora Machel, Mondlane nunca foi comunista. Resvalou para o radicalismo marxista derivado dos apoios e constrangimentos impostos por quem apoiava a Frelimo – essencialmente, os países da Cortina de Ferro. A sua morte em 1969 coincidiu com a viragem decisiva para uma Frelimo comunista radical. Samora, por feitio e uma atitude revanchista contra o que considerava 500 anos de exploração colonial (etc etc etc) e aparentemente inspirado por correntes em voga por volta de 1974 (refiro-me a Pol-Pot), optou por, em vez de aproveitar o pouco que já tinha sido feito, fazer tábua rasa de tudo e recomeçar do zero, sendo ponto assente que um branco passava a ser carne para canhão. Os brancos mais avisados tiraram bilhete de imediato, os outros (menos o Mia Couto e a Família e mais um punhado) ficaram a dançar num delírio comunista, que imediatamente descambou para um regime totalitário que passaria as décdas seguintes na guerra e na miséria. A esmagadora maioria do que os moçambicanos hoje chamam colonos e filhos de colonos, foram saindo assim que puderam;

    9. Os líderes da ditadura portuguesa, especialmente Salazar e Américo Tomás, tiveram muitas culpas no cartório. A sua intransigência e incapacidade de promoverem pessoas como o Dr. Mondlane e ainda a obsessão com manterem ad eternum o estatuto de colónias foram, como se viu, pouco avisadas. Volvidos cinquenta anos, a herança, especialmente no caso das antigas colónias portuguesas em África, foi e continua a ser terrível.

    Cumprimentos.

    ABM

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  9. 2

    Fernando Xavier Martins

    Talvez ???, fosse diferente, tanto com Mondlane com como Samora, que por principio não seriam corruptos, ???, porque o que veio a seguir, foi um negritude aflitiva e uma corrupção institucionalizada. è pena não terem copiado Cabo Verde. Já foi.

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  10. 1

    Rogerio Mschado

    Teria sido a mesma coisa. A Frelixo já estava minada pelos comunistas fazia tempo. Aliás, existem sérias dúvidas de quem matou Mondlane, se a PIDE como muitos querem fazer acreditar e a quem são dados esses méritos, ou a própria Frelixo… inclino-me pessoalmente por esta última… assim como, mais tarde e já no Poder, da própria morte de Machel… este, com todos os defeitos que tinha, não deixava a escumalha jogar a mão nas riquezas…

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