3 Comentários

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    Orlando Valente

    Caro Pierre, como sempre os seus textos prendem a atencao de quem os le, escritos com “calor humano”, com sensibilidades que vibram em nos, que muito nos diz e que nos poe por vezes a uma pequena reflexao, que nos embalam de tal forma, que nos da a sensacao de sermos os protagoinistas da narrativa em questao.
    Voltando ao assunto, este mundo e um mundo de provas e expiacoes. Nao se comprende que dois seres humanos, um nasce “RICO” e o outro nasce “POBRE”… ambos vieram com as suas missoes a serem cumpridas, ambos com as suas responsabilidades… o rico com a riqueza, o pobre com a pobreza. Ambos nasceram sem nada, ambos morrerao e nada consigo levam. Uns vivem luxuosamente, bons palacetes, carros de ultimo modelo, lindas mulheres que os rodeias, avioes particulares, etc.etc…. outros como o Pierre descreve, na pobreza… mas, o que podera acontecer, essa pobreza os atinge exteriormente… porque interiormente podem ser ricos com a proteccao DIVINA… BEM DIZIA JESUS ” BEM AVENTURADO OS QUE SOFREM”…
    caro Pierre, muito mais gostaria de escrever sobre o assunto em causa… e a esses pobrezinhos ao darmos uma esmola, quantas e quantas vezes escutamos quando eles nos agradecem e nos murmuram algo que lhes sai da alma “QUE DEUS OS ABENCOE”… e ou ouvirmos tao baixinho esse murmurio, sentimo-nos tranquilos pelo nosso dever cumprido…
    Um abraco
    Orlando Valente

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  2. 2

    Manuel Martins Terra

    Caro Pierre, o texto ilustra de forma clara a pobreza infantil que prolifera no mundo, sendo que o Brasil e as nossas ex-colónias são um caso flagrante. Geralmente, expressões como tio e padrinho, são ouvidas com frequência em Angola e Moçambique, por parte dos portugueses, os que lá vivem e os que para lá passam em negócios ou de férias. Por regra, procuram criar um clima de empatia quase sempre justificada, com a esperança de conseguirem uma moedas que lhe permitam aconchegar o estômago e comprar peças de vestuário. Infelizmente, são factos quotidianos de muitos países deste universo, que nos chocam , para além de as crianças não terem acesso à educação, saúde e proteção social. Países, com tantos recursos como Brasil, Angola e Moçambique, deveriam combater este flagelo social, só que as teias da corrupção e compadrio dificultam a superação da pobreza e sendo assim as crianças continuarão a chorarem com fome e a estenderem a mão à caridade. Como tu dizes, Pierre, mais palavras para quê. Um abraço.

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  3. 1

    Luis Russell Vieira

    Lembro-me sempre do que o meu amigo de 12 anos de idade como eu, o Julinho, depois de comermos mandioca, que a mãe dele preparava no pilão e no fogareiro, me disse, com os olhos razos de água, à porta da sua palhota, com a roupinha e as sapatilhas que eu lhe tinha dado: “Manduquinha, não vai embora…” Eu não respondi nem chorei. Fui obrigado a ir-me embora. O choro e a dor continuam. Não sei do Julinho e ele não sabe de mim… Quantos como nós haverá por esse mundo? Por que é que nós, seres humanos, precisamos de ser gananciosos, temos de andar sempre à bulha uns contra os outros, a fazer maldades e a provocar sofrimento em crianças e não só? Vou morrer sem compreender…

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