Foi sem dúvidas uma noite de sonhos para o basquetebol moçambicano no geral, feminino no particular. No pavilhão do Desportivo de Maputo estiveram num frente a frente as duas melhores equipas, diga-se do país, que entraram para o jogo invictas sendo que, apenas uma delas devia ser consagrada campeã nacional.
Com uma entrada pouco tensa, o que demonstrou alguma ansiedade para o confronto, os primeiros pontos da partida surgiram três minutos após o início e que pertenceram à equipa da A Politécnica. A Liga Muçulmana respondeu à altura e o primeiro período ficou marcado por uma disputa intensa e muito bem disputada.
A quatro segundos do fim, com as académicas em vantagem de dois pontos, numa noite inspirada Leila Dongue do meio campo converteu um lançamento de três pontos para as muçulmanas, que assumiram a vantagem no marcador por 16 a 15.
No segundo período, que antecedeu ao intervalo, a Liga colocou a sua máquina ofensiva em campo sempre liderada por Deolinda Ngulela, saindo a ganhar por uma diferença de 13 pontos.
No reatamento ou seja, no terceiro tempo, face ao manifesto cansaço da atletas da A Politécnica, a Liga Muçulmana converteu 19 pontos contra apenas oito, selando o marcador em 33 a 57.
O último quarto foi apenas para confirmar o que a Liga havia construído nos dois períodos antecedentes: a vitória. A equipa da A Politécnica, completamente apagada, nem com a gerência de esforço ao colocar as jogadoras menos utilizadas ao longo da partida soube impor-se e sofreu. 46 a 79 foi o resultado final, triunfo que deu a glória às muçulmanas.
Antecedendo ao jogo da decisão do título, o Ferroviário de Maputo conquistou a terceira posição derrotando o Costa do Sol por 66 a 42.
A equipa da A Politécnica terminou a competição em segundo lugar. Para além das taças e medalhas para o pódio, as muçulmanas dominaram também os prémios individuais com a Deolinda Ngulela eleita a Jogadora Mais Valiosa (MVP)
e Leila Dongue a melhor marcadora e Odélia Mafanela a melhor ressaltadora do campeonato nacional.
Fonte: @verdade