Faleceu Mário Coluna o “monstro sagrado” do futebol português!
Mário Coluna, bicampeão europeu no Benfica em 1961 e 1962, morreu esta terça-feira em Maputo, onde se encontrava internado no Instituto do Coração, vítima de uma infeção pulmonar grave.
A saúde do antigo capitão do Benfica e da Seleção Nacional já estava muito debilitada, e nos últimos dias piorou, o que levou a família a optar pelo internamento.
O estado clínico de Coluna já o havia impedido de estar presente em Lisboa para o funeral do amigo Eusébio, que se realizou no passado dia 6 de janeiro. O antigo capitão das águias terá sido mesmo aconselhado a não viajar para Lisboa pelos médicos e familiares mais próximos.
Aos 78 anos, Mário Coluna era um dos maiores símbolos do Benfica, dado o palmarés que alcançou de águia ao peito. Além das duas Taças dos Campeões Europeus, o “Monstro Sagrado” também ajudou a conquistar dez campeonatos nacionais e duas Taças de Portugal.
Em menos de dois meses, o Benfica e a selecção portuguesa perderam duas das maiores figuras da sua história. Depois da morte de Eusébio, no dia 5 de Janeiro de 2014, foi a vez de Mário Coluna sucumbir, nesta terça-feira, aos 78 anos. O grande capitão da década de 1960 deixa um registo ímpar no clube.
Coluna, uma referência para Eusébio e para uma equipa que se sagrou bicampeã europeia, chegou ao Benfica em 1954, cumprindo o jogo de estreia a 5 de Setembro, numa partida particular frente ao FC Porto. Seria o primeiro de um conjunto de 677 encontros disputados ao longo dos 16 anos em que representou os “encarnados”.
O jogador, nascido na Ilha da Inhaca – Moçambique, a 6 de Agosto de 1935, iniciou a carreira no Desportivo de Lourenço Marques, na altura filial do Benfica.
Na chegada a Lisboa, teve no brasileiro Otto Glória o primeiro treinador, que começou por colocá-lo na frente de ataque. Seria, contudo, no miolo do meio-campo que Coluna haveria de se impor no Benfica e na selecção, coleccionando elogios pelos estádios por onde passava.
Muito competente na organização de jogo, dono de uma resistência acima da média e de um remate perigoso, o “capitão” (alcunha que foi resistindo ao tempo) foi uma das figuras de proa de um Benfica que conquistou duas Taças dos Campeões Europeus.
De resto, marcou em ambas as finais (ao Barcelona, em 1961, e ao Real Madrid, em 1962) e marcou ainda presença em mais três (1963, 1965 e 1968).
Ao serviço da selecção nacional, realizou 57 jogos e apontou oito golos, tendo feito parte da geração dos Magriços, que brilhou no Mundial de 1966. A despedida dos relvados portugueses aconteceu no dia 8 de Dezembro de 1970, num jogo especial de homenagem, que contou com grandes craques internacionais, como Johan Cruyff ou Bobby Moore.
Na parte final da carreira, ainda cumpriu duas épocas no Olympique Lyon, em França (19 jogos, dois golos). Mas a verdadeira glória tinha-a vivido no Estádio da Luz, durante mais de década e meia.
O Monstro Sagrado teve igualmente percurso notável na seleção portuguesa,
estando no melhor resultado de Portugal de sempre: no terceiro lugar no Mundial de 1966, em Inglaterra, durante o qual capitaneou a equipa das “quinas”. Coluna representou por 57 vezes a seleção lusa, pela qual marcou oito golos. A sua estreia aconteceu aos 19 anos num particular entre a Escócia e Portugal, a 04 de maio de 1955, em que a equipa lusa perdeu por 3-0.
Vitórias e património de MÁRIO COLUNA
Fonte: Record e Publico
3 Comentários
Wanda Serra
Endereco a’ familia os meus sentimentos profundos ….
Que a tua alma descanse em paz Mario Coluna
Wanda
Carlos Hidalgo Pinto
O Sr. Coluna foi um grande Capitão do Benfica e da Selecção Nacional. Foi também praticante de atletismo e recordista do Salto em Altura. Entretanto, o seu pai, foi um bom atleta, praticante de atletismo, tendo-se salientado em várias corridas da légua, da então L:M. O recordista dessa prova era Eurico de Abreu e Couto, tendo os dois, segundo rezavam as crónicas daqueles tempos, protagonizado grandes prestações. Isto nos tempos em que a avenida 24 de Julho não era ainda alcatroada. Explica-se assim ,talvez, o interesse do SR. Coluna em praticar atletismo. Foi um dos melhores futebolistas portugueses e do mundo.
Luíz Oliveira
1.83