Falta de urbanismo fere a beleza da Marginal de Maputo
As obras praticamente terminadas da requalificação da orla marítima e da primeira secção da Estrada Circular tornaram a marginal da cidade de Maputo uma das zonas mais belas e atractivas da capital.
Entretanto, a falta de urbanismo por parte de alguns munícipes ensombra a nova imagem da área, que devia ser cuidada.
Alguns munícipes contrariam as regras estabelecidas, provocando desordem e imundície numa área de lazer para quem la se refugia das altas temperaturas e ou do stressda semana de trabalho.
Com bancos para repouso que se estendem junto à praia desde o Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano até à zona de “Pescadores”, existem banhistas que transpõem a estrada para consumir bebidas alcoólicas noutra margem, perturbando a circulação de viaturas e expondo-se a acidentes de viação na tão movimentada avenida, sobretudo em dias de intenso calor.
Parques de estacionamento com capacidade para perto de 500 viaturas foram abertos em diversos pontos do lado do mar mas, mesmo assim, automobilistas há que colocam os carros nas bermas da estrada e/ou mesmo na faixa de rodagem. Outros ainda estacionam do lado oposto ao mar, o que pressupõe a transposição de passeios, contrariando as regras estabelecidas na zona, que apenas permitem o estacionamento numa única área.
O cenário é crítico nos dias de intenso calor. Na zona entre o Supermercado Marés e a ponte da Costa do Sol, por exemplo, torna-se difícil o trânsito, uma vez que das quatro faixas de rodagem existentes, duas são “roubadas” pelo estacionamento indevido. Mesmo com a Polícia de Trânsito na área. O facto tem forçado a Polícia Municipal a bloquear os carros estacionados irregularmente, facto que gera celeuma no lugar da diversão.
Alguns automobilistas estacionam em lugares indevidos para de seguida gerirem embaraços com a Polícia, que não tarda a aplicar multas e/ou bloquear os carros, quando do outro lado existe espaço de sobra para o efeito.
Outro aspecto que atenta à beleza é o lixo, que continua a ser depositado no chão, mesmo com os contentores colocados para o efeito.
Cidadãos há que depois de desfrutar do melhor que a costa oferece, abandonam restos de comida, garrafas e latas de bebidas em locais impróprios, mesmo com os depósitos a escassos metros.
Enquanto uns atiram garrafas junto à estrada, outros fazem-no na areia da praia e uma vez partidas se tornam um perigo para os demais banhistas. Mesmo para eles próprios.
Todas e outras atitudes pouco dignas naquela praia acontecem, numa altura em que o Município se desdobra em sucessivos apelos para a manutenção da nova imagem que caracteriza a marginal.
Fonte: www.jornalnoticias.co.mz
2 Comentários
Carlos Hidalgo Pinto
Bem, regista-se aqui um dualismo no modelo de desenvolvimento do país, e que tem a ver com o espaço rural que fornece mão de obra jovem, sem ocupação e o espaço urbano que regista um crescimento demográfico acelerado.. Este último debate-se com a falta de capital para a construção de equipamentos e infraestruturas. Apesar da requalificação daquela área nobre da capital Maputo e para o próprio turismo nacional, a administração municipal e o governo central terão que proceder à criação de de empresas para implementar sistemas de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos, reciclagem, construção e manutenção de ETAR’s (Estações de Tratamento de Águas Residuais), de tratamento de esgotos, etc. Essa construção de equipamentos , tendo em conta as projecções de crescimento demográfico, essencialmente de população jovem, poderia ser levada a cabo através da constituição de empresas em regime de joined ventures. Portanto trata-se da economia verde, onde os portugueses têm dado provas positivas e revelado grandes progressos.
dave adkins
Deus tem dado tudo a LM e Moçambique -o clima, as praias, etc.- mas os humanos não fazem a sua parte e violam e arruinam o seu trabalho. . . as fotos me recordam da frustração de Gui (#10) ao ver o desastre parecido em Beira,