Lívia Costa irmã do coração!
Por: Alexandre Ribeiro Franco
Antes de me debruçar sobre a entrevista que fiz à Lívia permitam-me que dedique algumas linhas a duas explicações que se impõem. Uma relacionada com o facto de eu estar a cumprir uma promessa, que é a de assinar, agora com o nome de Alexandre Ribeiro Franco, em homenagem a um grande jornalista que sempre deu pelo nome de Ribeiro Franco, que trabalhou no Notícias de Lourenço Marques (antes de eu lá começar a minha carreira). E como já havia um Ribeiro Franco eu optei por duas hipóteses, uma a do simples Alexandre Franco e outra, o não mais complicado JAF, pelo qual o amigo Samuel Carvalho (e outros) ainda me trata. Só que agora, que o meu irmão faleceu, em homenagem ao meu tutor, passei a usar o Alexandre Ribeiro Franco.
A outra questão, está diretamente relacionada com a Lívia Costa, a nossa entrevistada de hoje, pois cresci, praticamente em casa da família Costa. O Sr. Costa (de quem ainda recordo o velho Austin que ele tinha e que de vez em quando fumegava por todos os lados), a D. Tilde, que eu adotei como minha segunda mãe, e os amigos e irmãos Frederico e Manuel António, para além da Leonor, também ela basquetebolista, mas não tão boa jogadora como a irmã Lívia que, em termos femininos, foi das melhores coisas que Moçambique produziu.
Figura da semana – Lívia Costa (Jornal Notícias).
A família Costa residia na Avenida 24 de Julho, onde eu passava os meus tempos livres, na companhia do Manuel António e do Frederico e ainda me recordo, como se fosse hoje, de um combate de pugilismo entre os dois irmãos. Fomos comprar as luvas. Não havia rinque, mas desenhámos o quadrado na areia do quintal. Saltámos lá para dentro. Os pugilistas, ou pseudo-pugilistas eram os irmãos Costa, eu era o árbitro. No entanto o combate terminou quando o Frederico assentou um murro com mais força do que estava combinado e o Manuel António mandou o Frederico “dar uma curva”.
Para quem não se lembre do Manuel António e do Frederico, o Manuel António, na equipa de futebol de Juniores do Sporting era considerado melhor executante do que o Eusébio, jogavam na mesma equipa. O Manuel António era mais habilidoso, mas ficou-se pelos Juniores. O Frederico, mais velho, foi o ponta-esquerda que muito “alimentou” o famoso Eusébio, mas de quem, infelizmente, o Eusébio dos dias de hoje também se esqueceu.
Vamos então á conversa com a Lívia Costa.
Lívia Costa no ultimo Encontro na Figueira da Foz
Antes porém o seu currículo:
“Lívia Maria das Neves Carneiro dos Anjos Alves da Costa, nasci a 24 de Outubro de 1944, no Chinde-Moçambique, filha de Hermínio António Alves da Costa e de Clotilde das Neves Carneiro dos Anjos Alves da Costa. 3 irmãos – 2 rapazes e 1 rapariga – Frederico Alberto das Neves Carneiro dos Anjos Alves da Costa, Manuel António das Neves Carneiro dos Anjos Alves da Costa (já falecido) e Maria Leonor das Neves Carneiro dos Anjos Alves da Costa. Tenho 2 filhos e 2 netos – O rapaz nasceu em Moçambique e chama-se Mário Jorge Alves da Costa, vive na Suécia e tem 1 filho que é Luso-Sueco, chama-se Óscar Filipe Costa e tem 16 anos. A rapariga já nasceu em Portugal, na Sertã e chama-se Carla Sofia Alves da Costa, tem 33 anos. é casada e tem 1 filho que se chama Leandro Costa Farinha e tem 4 anos.
As escolas que frequentei: A instrução primária fiz no Instituto Portugal e depois fui para Escola Comercial de Lourenço Marques.
A parte desportiva:
No ano de 1958 comecei a praticar atletismo no Sporting Clube de Lourenço Marques, onde fui recordista dos 80 metros barreiras e dos 100 metros, e com a Conceição Peres (Tatão), Ivone Bezerra e Wanda Bezerra fomos recordistas dos 4 X 100 metros.
Equipa do Sporting recordista da estafeta (4X100) – 1958
Em cima: Wanda Bezerra e Ivone Bezerra.
Em baixo: Conceição Peres “Tatão” e Lívia Costa.
No ano de 1959 comecei a praticar basquetebol no S.C.L.M. por influência da Ivone e da Vanda que me levaram a experimentar a modalidade e para ver se eu gostava, e como gostei acabei por ficar.
Época 1959/60 – Seniores
Em cima: C1?, José Luís Freitas (Seccionista), C3?, “Zizi”, Leila Carvalho, Fernando Fernandes (Treinador), Lívia Costa, Marília, C9?.
Em baixo: B1?, Hortense, Conceição Peres “Tatão”, Adelaide Peres, Adelaide “Piti”, B6?, Bernardete Carvalho (irmã da Leila e do Sérgio Carvalho), B8?.
Fui sempre Campeã de Lourenço Marques e uma vez Campeã de Moçambique. Pratiquei a modalidade até 1965, deixei de praticar por motivos pessoais.
Em 1968, por coincidência a convite da Ivone Bezerra, fui para o Ferroviário de Lourenço Marques, onde fiz 3 ou 4 jogos.
No Sporting tive 3 treinadores que foram Fernando Fernandes (para mim foi o melhor, pois foi ele que fez de mim a atleta que fui), depois foi o Sr. Octávio Bagueiro
Época 1962/63 – Seniores
Em cima: C1?, C2?, Octávio Bagueiro, C4?, Lívia Costa, Leila Carvalho.
Em baixo: Olímpia, Adelaide Peres, Adelaide “Piti”, Conceição Peres “Tatão”, Chin Kin Fan.
e o Sr. José Lopes.
Época 1963/64 – Seniores
Campeãs Distritais L. Marques e Campeãs Provinciais Moçambique.
Em cima: Adelaide Peres, Leila Carvalho, José Lopes (Treinador), Marília, Manuela.
Em baixo: Lívia Costa, Adelaide “Piti”, Conceição Peres “Tatão”, Olímpia, Hortense.
No Ferroviário o treinador foi o Orlando Noronha.”
Nasceste no Chinde, tal como os teus irmãos Frederico, Manuel António e a Leonor. Será que ainda guardas memórias do Chinde?
“Sim eu nasci no Chinde, bem como o Manuel António (Manel) e a Leonor. Já o Frederico (Fred) nasceu em Quelimane. Do Chinde lembro-me muito pouco, pois tinha 7 anos quando de lá sai. Recordo-me da minha casa, da minha escola (fiz lá a 1ª classe) e ao lado da escola ficava a Capitania do Porto onde o meu Pai trabalhava e recordo-me da praia que era bem grande.”
Dizes que começaste no Atletismo e que só depois foste para o Basquetebol. Conta-nos as duas histórias que mais te marcaram. Uma no Atletismo e outra no Basquetebol.
O que mais me marcou no Atletismo foi o meu primeiro recorde dos 100 metros que bati, fiquei tão contente, que fui a correr ter com os meus Pais a chorar e a dizer… Consegui, depois olhei para o lado e fiquei envergonhada pois estavam mais pessoas ao pé deles.
No Basquetebol, foi o primeiro jogo que fiz na equipa principal, pois o meu irmão Fred pediu ao Fernando Fernandes para não me pôr a jogar logo de início, pois eu não sabia jogar e ele não queria ficar envergonhado, o Fernando Fernandes respondeu que ele é que era o treinador e sabia o que estava a fazer e que eu não o ia deixar ficar mal, e assim foi, eu joguei logo de início e segundo disseram na altura que tinha feito um bom jogo e até fui a melhor marcadora.”
Como é que recordas a vivência com os teus irmãos? Particularmente com o Frederico e com o Manuel António.
“Recordo com saudades, pois um já partiu e o outro vive longe de mim. O Fred era mais calmo, com este não havia problemas. O Manel era mais impulsivo quando este chegava a casa e eu e a Leonor estávamos a brincar com as nossas amigas (Tatão, Adelaide e Necha) tínhamos logo que arrumar tudo, para ele não começar a embirrar connosco. Ele era mesmo assim, queria mostrar que mandava em nós por ser mais velho, mas era bom irmão, podíamos contar com ele.”
E quais as melhores recordações do pai Hermínio e da mãe Tilde, assim como do teu crescimento em Lourenço Marques.
“Os meus Pais eram muito abertos para aquela altura, alinhavam em tudo o que nós pedíamos, mas também sabiam dizer “não” na altura certa. Tenho tantas recordações deles que não consigo dizer só uma. Eles iam connosco para todo o lado, bailaricos, para o Basquetebol, Futebol e até ao Hóquei em Patins. O meu crescimento em Lourenço Marques foi muito bom, vivi rodeada de muito amor e carinho, e por isso fui feliz e consegui ter bons amigos como tu (que és o meu irmão do coração).
Lembro-me com saudades da minha casa da Avª. 24 de Julho onde éramos todos felizes. Os meus Pais tinham 4 filhos, mas depois vinham os filhos de coração, que eram muitos.”
Falas da Tatão. Recordo-me também da sua irmã Adelaide e da Necha. Todas elas também foram minhas amigas e crescemos todos juntos. Conta-nos uma história da tua juventude na convivência com a Tatão e com a Adelaide.
“Foi na Avª. 24 de Julho que conheci a Tatão e a Adelaide, pois vivíamos na mesma rua, a partir dessa altura ficámos amigas inseparáveis, estávamos sempre juntas na minha casa, história não temos muitas, pois nós só queríamos praticar desporto, começávamos às 17 horas a treinar Atletismo,
Equipa de atletismo do Sporting LM.
Em cima: Odília, C2?, Leila Carvalho, Susana.
Em baixo: B1?, Lívia Costa, Conceição Peres “Tatão”, Ivone Bezerra.
á noite íamos treinar Basquetebol e aos Domingos íamos jogar Voleibol, por isso as nossas histórias resumiam-se à prática desportiva.”
Equipa de Futebol do Sporting LM femininos (demonstração) – 1959/60
Em cima: Fernanda, Ivone Bezerra, Leila Carvalho, Adelaide “Piti”, C5?, Adelaide.
Em baixo: B1?, Conceição Peres “Tatão”, Lívia Costa, B4?.
O Basquetebol acabou por ser o teu grande amor desportivo. Viveste o basquetebol moçambicano como muitos de todos quantos fazem parte deste BigSlam, viveram. Conta-nos algumas das histórias que mais te marcaram, mesmo histórias que tenhas vivido como mera assistente do basquetebol masculino.
“O Basquetebol foi a minha grande Paixão. O que mais me marcou foi o Primeiro Campeonato que ganhei e que fui a melhor marcadora e outra foi quando ganhei o Campeonato Provincial de Moçambique na cidade da Beira,
Cidade da Beira (Campeonato Provincial Moçambique) – 07-03-1964
Na foto: Marília, Clotilde Costa “Tilde” (mãe da Lívia), Lívia Costa, Leila Carvalho (irmã do Sérgio Carvalho), Manuela, Adelaide.
Época 1963/64 – Seniores
Equipas do Sporting e Ferroviário no Campeonato Provincial na Beira.
Em cima: C1? (Treinador Ferroviário LM), “Tilde” (Dirigente), C3?, José Lopes (Treinador Sporting LM), Marília (4), C6?, C7?, Hortense (9), C9?, Leila Carvalho (6), C11?, Lívia Costa (12), C13?; Manuela (15), C15?, C16?, C17?.
Em baixo: B1?; Olímpia (13), “Belinha” (13), Conceição Peres “Tatão” (5), Ivone Bezerra (10), Adelaide “Piti”, B7?, Adelaide Peres (10), B9?.
e vim á Metrópole (como se dizia na altura) representar Moçambique no Campeonato Nacional.
Época 1963/64 – Seniores
Campeã Distrital L. Marques e Campeã Provincial Moçambique
Em cima: Clotilde Costa “Tilde” (Seccionista), Hortense, Manuela, José Lopes (Treinador), Adelaide Peres, Marília, Jacobety (Dirigente).
Em baixo: Olímpia, Adelaide “Piti”, Conceição Peres “Tatão”, Lívia Costa.
Regresso da equipa do Sporting que participou no Campeonato Nacional em Portugal (Metrópole) – Ano de 1964.
Equipas participantes: Lubango e Benfica (Campeã Nacional e onde jogavam as três irmãs Peyroteo), Académica Coimbra e Sporting LM.
Em cima: José Lopes (Treinador), Manuela, Adelaide Peres, Conceição Peres “Tatão”, Hortense, Adelaide “Piti”, Leila Carvalho, Olímpia, Clotilde Costa “Tilde”.
Em baixo: Marília, Lívia Costa.
E como mera assistente foi quando a equipa masculina do Sporting ganhou o Torneio África Austral (acho que era assim que se chamava) vibrei muito.”
Claro que também acompanhaste bem de perto as carreiras futebolísticas dos teus irmãos Frederico e Manuel António. O que recordas com mais facilidade do facto de teres dois futebolistas em casa… E será que te lembras de algo interessante que tenha acontecido entre ti e os teus irmãos?
“Acompanhei mais a carreira do Fred porque os jogos da equipa sénior eram aos Domingos ou ao Sábado á tarde.
Ano de 1963 – Seniores (Estádio José Alvalade)
Em cima: Nuno Martins, Octávio Sá, Amílcar, Fernando Simões, Satar, Mário Martins, A. Costa “Galinha”, Emílio Gomes “Milicas”.
Em baixo: Évora, Ramalhito, Branquinho, Armando Manhiça, Frederico e Perico.
O Manel era júnior e os jogos eram ao domingo de manhã, por esse motivo não ia ver. Porque às vezes ia jogar Voleibol ou ia à praia com os meus Pais. O que me recordo mais é que eles só falavam de futebol e o meu Pai ajudava, o que me irritava muito. Neste momento lembro-me que diziam que o Manel era melhor que o Fred. Não me lembro de nada interessante que tenha acontecido entre nós, porque passámos tantos bons momentos que não consigo destacar nenhum.”
Com o foi a tua passagem de Moçambique para Portugal?
“Foi complicado, pois vinha de uma cidade maravilhosa chamada Lourenço Marques (que também era tua) e vim viver para uma pequena freguesia chamada Cabeçudo (terra do meu companheiro Fernando Costa) e que pertence ao Concelho da Sertã. Vim de uma terra onde havia desporto para todos os gostos e cá só encontrei um que é o futebol.”
E já agora, como têm sido estes trinta e tal anos de Portugal?
“Como anteriormente te tinha dito foi um bocado complicado, mas agora já estou habituada e tenho a minha vida organizada. Já arranjei novas amizades (mas não me esqueço dos outros amigos que tinha e que estão no meu coração guardados com muito carinho). Já estou cá há 36 anos.”
E hoje, o que te diz ainda o Basquetebol?
O Basquetebol para mim diz tudo, continua a ser a minha paixão. Quando vejo algum jogo na televisão fico presa a olhar até o jogo acabar e sinto aquele bichinho chamado saudade de tudo o que eu vivi no Basquetebol.
O BigSlam deixa ficar este último espaço para que possas contar ou referir-te a algo que julgues importante na tua vida desportiva e até pessoal (se assim desejares), para além de tudo quanto já tiveste a amabilidade de dizer, claro.
“Não tenho mais nada para contar sobre o meu percurso de atleta, mas aproveito este momento para agradecer a toda a equipa que jogou comigo em especial à Pity, Leila, “Tatão”, Marília e Adelaide que me ajudaram a ser o que fui como atleta. Agradeço à minha Mãe (que sempre nos acompanhou para todo o lado). E por último agradeço ao meu querido treinador Fernando Fernandes a dedicação e esforço que fez para eu ter sido a atleta que fui”.
Meus caros amigos do BigSlam.
Isto não foi, nem nunca podia ser uma entrevista. Nada daquilo que o meu amigo Samuel Carvalho me pediu para fazer. Isto porque ao conversar (simplesmente conversar) com a Lívia Costa, foram várias as vezes que as lágrimas me vieram aos olhos. Ela falou de pessoas e de situações que fizeram parte da minha adolescência. Trocámos palavras de amigos que já não conversavam há quase 40 anos. Meu Deus, como o tempo voa. Mas lá que foi um prazer extraordinário, disso não tenham a menor dúvida.
A Lívia, a Leonor, a “Tatão”, a Adelaide, a Necha… Oh Gente, como é bom falar desta Gente Boa. As tardes de domingo que eu e a Tatão passámos nos Velhos Colonos a dançar o Rock. Recentemente, quando estive no Maputo, fui lá, ao mesmo recinto onde dançávamos. Eu e a Necha. A irmã era casada com o Rocha Santos, que foi avançado-centro do Desportivo. Vivemos ao lado um do outro. A D. Tilde, mãe da Lívia, a quem eu também chamava “Mãe”. Daí que tu Lívia sejas e serás sempre, “minha irmã”.
E muito logicamente, uma entrevista eu nunca terminaria assim, mas como já disse isto mais não é do que uma magnífica conversa entre grandes amigos. Por isso, como sempre, “Muitos Beijinhos!”
3 Comentários
marilia afonso
eu pretendo ver desporto na cidade da beira e não de l.marques mas de qualquer maneir a gostei de rever despoetistas da capital. mmaesparta@gmail.com
Fernando Fernandes
Olá Livia,
Sou o filho (mais velho) do teu querido treinador Fernando Fernandes. Quero agradecer-te o carinho com que falas do meu”velho” (que saudades). Lembro-me bem de todos vós (provavelmente não te lembrarás de mim (somos uns aninhos mais novos), da D. Tilde (que era uma referencia venerada e respeitada por tanta gente do basquete e não só), do Fred, da Leonor, do manuel António, etc….
Foi muito bom…Obrigada Bigslam!
Anastácia Montanha "Tacia"
Estive a ler a entrevista da Livia Costa, engraçado (se a memória não me falha) a minha mâe trabalhou para os teus pais Lívia, numa casa de frescos na 24 de Julho. Essa casa ficava perto da frutaria do Karsanbay (não sei se está bem escrito) era um indiano muito “doente” pelo Desportivo e também muito querido de todos (já não está entre nós, há muitos anos antes do 25 Abril). A minha mãe chamava-se Inês de Assis (infelizmente já não se encontra entre nós também), mas recordo que a minha mãe gostava muito dos pais da Livia, e eu ia muito a casa de frescos onde passava o dia com a minha mãe, e enquanto ela trabalhava eu ia para a casa deles brincar com a Leonor, lembro-me que eles tinham no quintal, a árvore de maçanicos (julgo que era assim que se chamava), eram umas maçãs muito pequeninas do tamanho de berlindes, e eu e a Leonor passavamos a vida a comer esses frutos.
Quanto aos irmãos o Frederico e o Manuel António julgo que jogaram com o meu irmão Spirus, pois lembro-me que ele falava muito deles.
Bem-haja por mais uma recordação que vocês fizeram com que fosse buscar ao meu velho arquivo. Um grande beijão, para a Lívia, Leonor, irmão e pais. Se ainda se recordarem de nós digam alguma coisa, ok!