MALHAAAAANNNNGA!!!
Este era um “grito de guerra” duma velha e importante figura do Malhangalene. Do Malhangalene clube, fundado no dia 5 de Outubro de 1934 e que em 1951, pela Portaria 9077, de 17 de Novembro, se torna numa instituição de utilidade pública. Nos jogos do seu “malhanga”, o barrigudo António Emílio Teixeira, também proprietário do bar do mesmo nome, situado na Av. Elias Garcia, que depois passou a Augusto Castilho e agora é a Vladimir Lenine, sentado numa das bancadas do Pavilhão, assustava-nos com o seu estridente e prolongado “malhaaaaannnnnnga”!
António Emílio Teixeira, o célebre “Malhaaaannnnga”!!!
Era a forma de “empurrar” os azuis e brancos da então Lourenço Marques para as vitórias. O Teixeira, como carinhosamente o tratávamos, ia a todas. Ao futebol, ao basquetebol, ao hóquei em patins, ao pugilismo, à luta livre. Transportava o seu (que passou a ser nosso) grito de guerra para os pavilhões do Ferroviário, Sporting, Desportivo ou Indo Português. Se a memória não me atraiçoa António Emílio Teixeira levou esse “malhaaaaaannnga” para a cidade do Porto, em 1964, ano em que o Malhangalene, na modalidade de hóquei em patins, venceu a Taça de Portugal.
Ano de 1964 – Vencedores da Taça de Portugal
Em cima: C1?, C2?, Ilidio Freire, Carlos Deus, C5? (Massagista), Fernando Adrião, Delfim Leitão, Eng. Mendonça de Carvalho (Presidente do Clube), António Teixeira “Malhaaannnga”.
Em baixo: José Adrião, Eduardo Moreira “Dado”, Moisés, Barata, Fajeca, Esteves
Este foi um dos lados da minha Malhangalene. O clube de bairro que era (no papel) filial do Futebol Clube do Porto em Lourenço Marques e que em termos reais pouco ou nada recebeu da agremiação-mãe. O Malhangalene do basquete, do hóquei em patins e do futebol mas também do pugilismo. Das sessões organizadas regularmente pelo empresário Manuel Lourenço Gonçalves,
Manuel Lourenço Gonçalves
funcionário dos serviços de salubridade da Câmara Municipal da cidade, (que punha lá os pés quando queria e bem entendia) e por onde passaram nomes como os de Júlio Silva, Chico Santos, Aníbal Ângelo, Francisco Bila, Jorge Tafoi ou Carlos Fonseca.
O “Malhanga” da família Adrião (pai e os dois filhos, Fernando e Zé), do Moisés, dos irmãos Deus (Carlitos e Fajeca), do José Esteves, do Eduardo Moreira, do Vítor Rosas, dos irmãos Gomes Leitão (Delfim e João), sendo que um deles, o saudoso João Gomes Leitão foi meu colega nestas lides de nos comunicarmos utilizando o microfone, do Mário Gomes, o “ferrenho” do Porto, alcunha pela qual ainda é conhecido particularmente no círculo dos seus antigos companheiros e dos amigos mais próximos, do Anselmo do Carmo Gomes, que ficou conhecido por Tondela, por ter nascido naquela cidade portuguesa do Distrito de Viseu, dos Isidros, do Carlos Cunha, enfim, de tantos outros que encheram de glória as noites do “malhanga”, particularmente nos confrontos diante do Ferroviário. O Ferroviário do Chico Velasco ou do Carneiro, do Manuel Carrelo, do Silva, do Luís Cabacinha e desse notável dirigente locomotiva que dava pelo nome de Stanley Rygor,
Stanley Rygor
uma figura emblemática do hóquei em patins (e porque não da cidade de Lourenço Marques) e que era proprietário duma casa comercial de venda e reparação de quadros e molduras, que ostentava o seu nome, localizada na Av. Consiglieri Pedroso.
O “malhanga” do basquete. Do Américo Ferreira da Silva, do Zé Graça, do José Cunha, do Natálio Lopes da Silva, do Paulinho (Paulo de Carvalho) e do seu irmão David, do Adam Ribeiro, do Avelino, do Jimmy Romeu, do Eustácio Dias, do Carlos Gaspar, dos Costa Leite, ou do João Domingues, mas antes disso, daquela célebre equipa de juniores de 1967/68 (Leonel, Fortunato, Pina, José Luís, Chaves, etc …) que vai a Luanda, para disputar o Campeonato Nacional como representante de Moçambique naquela categoria.
Época 1967/68 – Juniores
• Campeão Distrital L. Marques • Campeão Provincial Moçambique • Vice-Campeão Nacional
Em cima: Francisco Marques (Treinador), Avelino Ferreira, José Luis Dias, Leonel Santos, António Ferreira “Toni”, Chaves.
Em baixo: João Carneiro, Pina, João Domingues, António Paiva, Fortunato Sousa.
O “malhanga” campeão nacional de basquetebol de 1974, depois da impressionante vitória sobre o Sporting e que fez rebentar pelas costuras o Pavilhão dos “verde e brancos” da capital moçambicana.
O “malhanga” de Jimmy Romeu, o norte americano que recentemente, em conversa com o José Alexandre Ribeiro Franco, meu parceiro de noites inolvidáveis nos relatos de basquetebol, deixou registos das suas lembranças e memórias daquele campeonato e do seu “malhanga” campeão. Um campeão que relegou para outro plano equipas conceituadas como foram os casos do Sporting de Lourenço Marques, o Sport Lisboa e Benfica e o Futebol Clube de Luanda.
Época 1973/74 – Seniores
• Vice-Campeão Provincial Moçambique • Campeão Nacional
“Homenagem aos Campeões Nacionais”
Em cima: António Teixeira “Malhanga”, Avelino Ferreira, Carlos Gaspar “Mochina”, Eustácio Dias, Jimmy Romeo, Eurico Gonçalves, Carlos Cachorreiro, Aureliano Graça (Seccionista), Amélia Ribeiro, Aurélio Grilo (Dirigente), Joaquim Fernandes.
Em baixo: Abel Moutinho (Dirigente), João Domingues, António Araújo, José Cardoso, David Carvalho, José Costa Leite.
Alguns de nós, adeptos mais chegados, comemorámos essa importante vitória nas Berlengas, (propriedade do Esteves, se a memória não me atraiçoa) ali para os lados do Alto Maé, que era, a par com o Bar Malhanga, o Tico Tico ou a Flôr das Avenidas, um dos poisos das gentes do clube.
O “malhanga” de presidentes de direcção do clube, como foram os casos dos engenheiros Ramalho Correia e Mendonça de Carvalho, do Aurélio Ferreira, e também, depois da independência de Moçambique, de nomes como os de Abel Moutinho, Mário Gomes (Porto) ou Júlio Rito, sendo que este, por força de alguns desaguizados com a direcção do Benfica, deixa o clube dos “encarnados” e torna-se sócio do Malhangalene, com uma única pretensão: ser Presidente do Clube. E conseguiu. Por pouco tempo é certo. Porque depois veio a onda da revolução marxista-leninista que ditou a morte do Malhangalene. E ao tempo de Júlio Rito, de dois clubes se fez um. A fusão do Malhangalene e do Indo Português deu origem ao Estrela Vermelha.
O Malhangalene dos “rallys” que ficaram na história do clube “azul e branco”, organizados pelo Aurélio Grilo, chefe do departamento de basquetebol, entusiasta do hóquei e do futebol, mas também do automobilismo.
Aurélio Grilo
Ele que em 1971 é designado sócio-honorário do Clube azul e branco e um dos principais organizadores da “Copa Malhanga” em futebol de salão onde despontavam equipas representando casas comerciais da então cidade de Lourenço Marques, como eram os casos da Marizette, da Saratoga, da Teal Discos e onde despontava o João Cruz, quiçá o melhor jogador da modalidade que também envergou a camisola da Académica.
O Malhangalene dos combates de luta livre, nessa permanente e fictícia “rivalidade” entre lutadores que vinham da África do Sul ou de Portugal, com destaque para Carlos Rocha ou El Indío Apache (não me recordo do seu verdadeiro nome) e que, como forma de atrair público e promover o espectáculo da noite, se “degladiavam” em palavras, a meio da tarde, em plena baixa da capital, tendo por palco improvisado o Scala e o Continental.
Carlos Rocha
O Malhangalene das noites quentes de carnaval. Da Carmélia Alves, contratada em exclusivo do Brasil para vir deixar um cheirinho de samba, embora se soubesse que ela era a “raínha do baião”, assim apelidada por Luís Gonzaga. Era o tempo das máscaras que nos atiravam para o tempo de folia e da fantasia que acabava com o baile da pinhata. Horas a fio a dançar, especialmente nas tais provas de resistência entre os pares que se inscreviam previamente. Começava às 21.00 horas e acabava às 6 da matina do dia seguinte. Tudo ao som de vários conjuntos, com destaque para o de João Domingos, quiçá o mais “carnavalesco” grupo musical da nossa Lourenço Marques.
O conjunto que era presença obrigatória e regular nos desfiles da Avenida de Angola. O grupo que criou “o samba da Mafalala”. O Malhangalene onde actuou a diva do fado, de seu nome Amália Rodrigues. Foi, se bem estou recordado, na altura em que por Lourenço Marques passou a equipe de hóquei em patins da Catalunha.
Selecção de Lourenço Marques com Amália Rodrigues
Em cima: Enfº Bravo, Armando Silva, Fernando Adrião, Francisco Velasco, Amália Rodrigues, Armando Lima de Abreu (Selecionador), José Souto e Manuel Carrelo.
Em baixo: Alfredo Bettencourt, Alberto Moreira e Amadeu Bouçós.
Verdade seja dita que a Malhangalene do meu tempo não é a Malhangalene de hoje. Nem podia ser. O tempo passa. As coisas mudam. O outro lado da minha Malhangalene é a do Atlético.
Dos Morgados, do Alberto Costa, do Gilberto Wilson, do Valentim Gomes da Silva, enfim. Do Acácio e do Adriano com quem fiz dupla como árbitro de basquetebol, num tempo em que outros nomes marcaram a minha vivência, nesta arte de apitar jogos de basquetebol, como foram os casos de Luís Pina, Octávio Bagueiro, Claudino Ribeiro, Francisco Marques, Labistour Alves, António Azevedo, Américo Pinto, Humberto Pinto, Armando Moreira e tantos outros. O Atlético do Papua, de seu verdadeiro nome Jorge de Oliveira Calado, jogador de futebol que acabou por ingressar no Sport Lisboa e Benfica, tendo representado o clube encarnado por 10 anos consecutivos (de 1961 a 1971), do Faustino, do Nuno Narcy (por pouco tempo), da Camélia, do saudoso Nino Carrilho, e por aí fora. A minha Malhangalene é esse Atlético, cuja sede e campo de jogos se situava na Rua do Porto e hoje é a Avenida da Malhangalene.
Era o Atlético do basquetebol, uma e pela única vez, se a memória não me atraiçoa, e para júbilo dos adeptos e dos moradores do bairro, campeão distrital de Lourenço Marques em juniores, e onde despontavam nomes como os de José Correia Antunes (Zé da Brôa), Dadaia, Frederico Costa, João Brito e Vítor Morgado (Molinhas). Era o Atlético do futebol mas também o Atlético como centro de cultura e lazer. Dos bailes ou tardes dançantes animadas por conjuntos célebres da época, como por exemplo o de João Domingos, os Quatro Azes ou até mesmo dum Conjunto de Xinavane.
Desta Malhangalene que vos falo fica a recordação da Escola de Patinagem de Lotte Cadenbach,
a alemã campeã do mundo da modalidade realizado em 1952 em Dortmund, na então Alemanha Federal, que um dia veio para Lourenço Marques ensinar as “laurentinas”, sendo de destacar, de entre todas as patinadoras daquela época a Ivone Rosas ou a Dada Viegas.
Dada Viegas com a sua professora de patinagem artística – Lotte Cadenbach
Malhangalene era também o bar Malhanga onde nos juntávamos depois do almoço para um café e um bagaço, servidos pelo Chico, o empregado de mesa surdo que nem uma porta, que já fazia parte do mobiliário da casa. Local de sueca, king, poker.
H. Kumar Bath, António Emílio Teixeira (o Malhaaaaanga – dono do bar Malhanga), Francisco Marques e José Graça da Silva “Zé Graca”.
E quando um dia nos zangámos com o serviço prestado, toda a nossa “troupe” se mudou para a Flôr das Avenidas, ali na esquina da Augusto Castilho com a 31 de Janeiro. Mas havia mais. A Sibéria, o Mondego, o Alfacinha (do Gigante de Manjacaze) ou ainda o Cordeiro, propriedade do barrigudo Celestino Gomes Cordeiro, que era mercearia e boteco. E ali se vendia (e se servia), segundo se dizia na altura “o melhor vinho da cidade”. Dizia-se também que o Governador Geral mandava comprar lá o tintol, que vinha de Portugal em barris. Local onde os mais velhos jogavam à sueca. Felizmente essa prática ainda permanece nos dias de hoje.
A Malhangalene de ontem era a Padaria Malhangalene, do Corte Real, ou a Lafões, que ainda hoje fabrica pão feito em forno de lenha. Era a loja de tecidos da família do (saudoso) Miá, do Katali, do Faté e dos restantes irmãos, amigos muito chegados e com quem tinha uma relação muito especial . Eram os prédios da Fundação Salazar, (ainda lá estão) e onde hoje vivem pessoas emergentes da classe média como por exemplo enfermeiros, professores, funcionários dos CFM, da Administração Civil e Judicial. Estes prédios faziam “vizinhança” com a então Escola Primária Padre Martins. A Malhangalene da falecida Praça de Touros, ali na então chamada zona das “Lagoas”.
Praça de Touros – Monumental
Era a cantina do “fikizol”, (ainda não consegui descobrir o significado desta palavra) propriedade da família Revés Duarte e onde, se a memória não me trai, se situa hoje o Restaurante Micael, no prolongamento da Avenida Heróis de Marracuene. Por essas bandas ainda o Asilo de Santo António, (hoje Centro de Saúde) que servia religiosamente às famílias mais carentes do bairro “a sopa dos pobres”.
A Malhangalene dos largos, ruas e praças que ostentavam os nomes de regiões e cidades portuguesas ou de personalidades do tempo colonial. Era o Largo do Minho, o Largo D. Gonçalo da Silveira, ou o Largo do Alentejo. Era a rua do Porto, a rua de Castelo Branco, a rua de Silves, a rua de Coimbra, a rua de Vizeu e por aí fora.
A minha Malhangalene é a Escola João Belo onde fiz a minha quarta classe.
Era o professor Renato ou o professor Faustino Cardoso Gouveia, que chegou a ser (depois do Dr. Francisco Maria Martins) Comissário da Mocidade Portuguesa. São os colegas daquele tempo. É a Rua de Aveiro, onde morei e de onde parti para esta vida de radiodifusão, com 50 anos de actividade já consumidos.
Esta minha (nossa) Malhangalene era a Casa Hafejee, a Casa Conceição, o Dafni, o Cantinho da Sorte, a pastelaria Colmeia, a Farmácia da Malhangalene, que se situava nas traseiras da Escola João Belo, na mesma rua onde residia (na vivenda Irene) o saudoso Aurélio Grilo. A Malhangalene do meu tempo e do tempo de tantos colegas e amigos faz-me lembrar as quermesses ou os autocarros 6, 16 e 24 dos Serviços Municipalizados de Viação (SMV). Era o meu (nosso) meio de transporte para a escola secundária (Liceu Salazar) ou, tempos depois, para o meu local de trabalho.
Esta Malhangalene que descrevo em notas soltas lembra-me a antiga Igreja da Nossa Senhora das Vitórias,
do Padre Álvaro ou do Padre Januário, das missas dominicais “atrelado” aos meus pais, porque essa era uma “obrigação” semanal que não podia ser dispensada. A antiga Igreja da Nossa Senhora das Vitórias que era Sede da Paróquia dela dependendo a Secção dos Escutas e Guias da Malhangalene. Uma Malhangalene (bairro e clube) de gratas lembranças deste meu conjunto de notas inacabadas.
Quem sabe se outros, do meu tempo, não terão outras histórias para contar desta “Malhangalene bonita, de graça humilde e modesta, com teu vestido de chita, também hás-de entrar na festa”. (1)
- (1) – extracto da letra da “Marcha da Malhangalene” escrita por Natália Paula e musicada por Ramos Pinto, para o concurso das marchas populares da então cidade de Lourenço Marques, promovido pelo Rádio Clube de Moçambique em 1945.
PS: Ao Mário Gomes o meu “Khanimambo”, por me ter lembrado nomes e factos, alguns dos quais estavam adormecidos no meu “disco duro”.
João de Sousa
10 Comentários
Paulo Leitao
Muito obrigado João Sousa
ivone rosa cagica
Fiquei a morrer de saudades, João de Sousa, até de mim te referiste. A patinadora ivone rosa! Saltaram- me lágrimas de saudade da nossa juventude inesquecível e única! Obg! Áfricaminha!
francisco salvado da costa
obrigado joao de me lembrares a minha infancia pois eu sou o irmao patinadoras ana maria e maria dos anjos miamjo casada ex Mario Albuquerque e depois com Fernando adriao eu vivia na esquina da caldas Xavier e rua de Coimbra o covinhas andou comigo na joao belo onda o mini basket foi uma grande Gloria havia umas escolas que tinham un jogadores de 2m de altura mas nao era por isso que a grande joao belo ganhasse o canpeonato donde ven o david carvalho o Antonio Araujo e os irmaos eramos os putos da rua de Coimbra que desde os escuteiros davamos a volta desse atletico ao malhanga era a nossa casa a chateiar o velho fonseca o pai do fonseca maluco do pai adriao e sapataria ao lado dos correios I casa dafni do grego e uma estoria muito grande as borlas do luta livre o carlos rocha e daidone as touradas cuando o pracas tocava na corneta o baile da pinhata o eu eurico goncalves o afo e cachorreiro
António Santos
-Quanta emoção ao ver este lindo trabalho,que recorda momentos tão felizes das nossas vidas ,bairro,clube,escola,cidade,pessoas,etccc….e os lindos comentários também……OBRIGADO/KANIMANBO E HAMBANINE…….
Teixeira Brites
Bom dia!
Quando regressamos a Portugal e nos instalamos na cidade do Porto (1976), o meu Avô chegou a levar-me às Antas e a emitir o seu grito durante os jogos do FCP…
Abraços
Irene Grilo
João de Sousa……..Joãozinho querido, tu és, de facto, único. Tens uma escrita e um cunho muito próprio, muito teu e inconfundível. Nesta peça a tua Alma, e como tal do MALHANGA, cor do céu……salta do papel, do ecrã para dentro da minha. Não há detalhe que falhe……estou lavada em lágrimas, não fosse só por uma das fotografias favoritas do meu Pai querido, mas por tudo o que mencionas……….desde a minha professora Lotte Cadenbach, tinha eu 16 meses e patinava nos patins feitos por medida pelo Pai Adrião (sobrevivem ainda), ao nosso grande Campeonato Nacional de Basket de 1974, grande feito esse, aos fabulosos rallis que o meu Pai organizava de forma rigorosa e impecável, às Copas Malhanga, estádios cheios….ao nosso querido Sr.Malhanga que me deixava lambuzar de doces no bar do clube, ao Zé Graça lindo, ao Delfim Leitão, ao Cunha, ao nosso queridíssimo Lecas…….são tantos……LINDOS todos. E TU também…….consigo ouvir a tua voz na rádio, nesses tempos. Bem-Hajas meu querido. Que a LUZ te ilumine sempre. Um beijo na alma. MALHAAAAANNNNGA!!!
Carlos Saraiva
Obrigado amigo João por me teres feito recuar 50 anos na minha vida tudo o que dizes foi real. Também eu morei e joguei na Malhangalene , andei na J. Belo da 1ª à 4ª classe, recordas os sábados de manhã em que tínhamos Mocidade Portuguesa e estávamos na formatura e víamos o prof. Renato a vir na nossa direção com a língua enrolada, o que era sinal de que alguém ia “comer” ou ficar com a marca das suas unhas nas orelhas? Eu morei na rua da Malangalene onde havia o Simões ao cimo assim como o barbeiro do qual não recordo o nome. Joguei hóquei com essa rapaziada a que te referes e o “PORTO” sei que ficou por aí. Há bem pouco tempo fizemos um almoço com a malta do hóquei, estiveram lá o Esteves ( regressou o mês passado para a África do Sul) o Zé Adrião o Dado o Moisés o Elidio (seccionista) bem como duas patinadoras do nosso tempo a Odete e a Linda Leitão. Vou ficar por aqui embora tivesse muito mais coisas para recordar. Alguém sabe o que é feito do Isaque que era seccionsita do basquete? Um abração para toda esta juventude do nosso tempo.
Adérito Rodrigues
Carlos, só para ver se te diz algo… Sr. Arlindo, Octávio, Adérito e Hélio, todos da família do Barbeiro. Bons tempos grandes amizades e muitas brincadeiras na Rua da Malhangalene, anos 50`s. Um abração para ti e para muitos mencionados com quem convivi, João e Fortunato Sousa, Papua, Zé da Brôa, Esteves, Dado, Moisés, Porto, e a grande maioria dos da Malhanga que quase era uma família.
Dave Adkins
O Sr. Stanley Rygor – obrigado pelo quadro da mulher bonita e também pelo uso da maquina de escrever. Gostava de passar pelo distrito do seu negocio em LM numa secção da cidade muito vivo. . Ainda está em LM? Dave A.
Braga Borges
Obrigado João, por me trazeres à memória o Bairro onde vivi os primeiros cinco anos da minha vida.