As acções de divulgação do minibásquete em Quelimane, e em particular os torneios Coca-Cola, eram sempre momentos de grande animação e rica ocupação de tempos livres entre os mais pequenos. Eu própria comecei a jogar numa dessas ocasiões e vejo hoje a importância que tiveram na minha formação.
Embora escassas as memórias que guardo dessa minha iniciação, lembro-me de ter sido ainda nos anos sessenta, antes de aos treze anos ter entrado para a equipa feminina do Benfica. Os treinos eram na Escola Técnica, e tivemos a grande honra de ter connosco o ilustre Professor Teotónio Lima.
Mais de meia década depois, foi a vez do meu irmão mais novo, João Ribeiro – o Bebas para os amigos –, começar também a jogar. Nessa altura, o impulso que os torneios Coca-Cola deram à modalidade foi tal que se constituíram dezenas de equipas que realizavam treinos e jogos em vários locais. Só na Escola Primária Vasco da Gama, onde ele e outros garotos passavam tardes inteiras de sábado e domingo jogando (e bebendo refrigerantes), havia mais de 10 equipas. Jogava-se por toda a parte e começaram a aparecer tabelas nos passeios e quintais da cidade. O meu não fugia à regra: lá estava a nossa tabela na parte frontal da garagem.
A foto que aqui vos mostro revela bem, a meu ver, o interesse que o minibásquete despertava na pequenada. É de um bolo feito pela minha mãe em Agosto de 1973 para assinalar os 11 anos desse meu irmão mais novo, que foi, posteriormente, professor de educação física e treinador de basquetebol.
Os torneios Coca-Cola foram, certamente, um grande incentivo para que isso acontecesse.
Fátima Ribeiro