10 Comentários

  1. 5

    Zé Carlos

    Caro Manuel da Silva, agradeço-te o convite.
    Cliquei o teu link e desfrutei imenso prazer a ler os teus relatos.
    Partilhares as tuas experiências e opiniões, definitivamente contribuiram para o meu enriquecimento pessoal.
    Obrigado.

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  2. 4

    Maria da Graça Reis

    Com estes comentários que são verdadeiros testemunhos oculares da história deveriam reescrever o aniversário do Parque Nacional da Gorongosa.
    Porquê Chimoio?

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  3. 3

    Zé Carlos

    Falando da Gorongosa e do Sr. João Pery de Lindt, vou pegar no que diz o Sr. Manuel da Silva, e desviar o assunto por um caminho mais longo mas para o mesmo destino.
    Acredito que o hábito de muitos líderes liberacionistas Africanos e alguns de outros lados do mundo também, em mudarem velhos nomes de tudo e mais alguma coisa que nunca tinha existido antes a não ser por colonialistas terem criado de raiz, advém em grande parte da inveja mas também da inaptidão e ignorância por não realizarem que uma sociedade para progredir, necessita de gente competente, transparência e governada macrodemográficamente e não por decreto centralizado em cascos de rolha.
    Irónicamente, esses líderes parecem não entender que a sua própria posição do momento, é derivada sómente do facto de essas nações existirem como são, ou mal ou bem, da consequência colonialista.
    É claro que a natureza dos núcleos civilizaçionais indíginas dos tempos da chegada dos primeiros europeus, eram maioritáriamente mais fracionários e por conseguinte, tribais.
    Essas civilizações tribais por sua vez, são resultantes de dinâmicas anteriores, sejam elas progressivas ou regressivas.
    A questão da nacionalidade, apesar de não ser idéa nova importada p’los europeus, por já ter existido um tipo de “espírito de identidade nacional” em várias areas de África, ex; Egito, Mali, Etiópia, Niger e Zululand, antes da era colonial europeia… é os colonialistas que fomentam com sucesso em fins do sec XIX, uma identidade nacional incorporando muitos grupos étnicos diferentes numa só nação e criadas as fronteiras actuais. Apesar dos errors geodemográficos cometidos em muitas áreas, faz com que quase todos os casos de mudança de nomes pós independência, sejam como um efeito de realização… O que aqui foi feito é resultado do esforço dos explorados! Sem nós africanos nada existia! Nós fizemos isto tudo! Isto é tudo nosso! Independência ou morte, venceremos! A luta continua!
    Não esquecer! Para dançar um Tango, é preciso dois.
    Declarar é fácil e ao mesmo tempo, apesar da luta ser para a liberdade e contra a opressão e colonialismo, não é fácil encontrar alguém a bradar para a abdicação das tecnologias e modernismos importados por colonialistas e o regresso ao passado sem água canalizada, saneamento, medicina moderna, transportes e estradas, etc, etc, mas depois invariávelmente invertem-se os papéis e a verdadeira democracia, esquece.
    De revolucionários e políticos com belas intenções está o mundo cheio… Agora quem realmente deixe a sociedade desenvolver naturalmente para planear, organizar e construir é outra coisa. Para isso é necessário deixar vir ao de cima os verdadeiros líderes e gerentes honestos com visão, conhecimento, altruismo, bons instintos e espírito conciliador a trabalharem com toda a gente e um Zé povinho pelo menos razoavélmente educado no sentido pedagógico. Não é fácil quando o ego é forte e se embriaga com as palvras.
    Os portugueses do sec. X, também são resultado de colonização por vários povos, entre eles, Gregos, Fenícios, Cartagineses, Romanos, Visigodos, Árabes e Mozoarabes.
    Entre esses, destaque para o tratamento Romano contra Celtibéricos que já lá estavam há mais de 10mil anos… genocídio, violação, escravatura e assimilação e depois por Árabes Islâmicos com a sua política de conversão religiosa através da força, assimilação e penalização tributária. Mesmo assim, muito raramente se mudaram nomes, talvez porque o papel fosse raro em outrora, mas também se calhar porquê complicar a vida? criou-se uma identidade nacional bem vincada feita com gente de tudo quanto era sítio e mantiveram-se nomes Gregos, Romanos e Árabes, sem se ter perdido o espírito de identidade nacional apesar de hoje em dia, essa indentidade também andar abalada com falta de governantes fiáveis.

    P.s. Se calhar por isso é que existem poucas Dinamarcas, Suiças e Finlândias.

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    1. 3.1

      BigSlam

      Uma reflexão histórica de um tema atualmente em discussão na sociedade mundial…
      Parabéns Zé Carlos pelo teu bem elaborado comentário que reflete o pensamento de muita gente.

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    2. 3.2

      Manuel da Silva

      Parabéns Zé Carlos!
      Pegou muito bem no que eu disse e conduziu o assunto por um caminho mais longo mas para o mesmo destino.
      Excelente!
      Já agora para saber como e quando eu vivi em Vila Pery convido-o a abrir o site abaixo, com o respeito devido e sob a autorização do BigSlam.
      https://sites.google.com/view/vila-pery/

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      1. 3.2.1

        Francisco Duque Martinho

        Olá Manuel da Silva, estive a ler a sua publicação e constato que frequentamos o mesmo COM em 72. Estava no 2º pelotão (Alf Patel) e fui colocado nos transportes em JAN72 a chefiar a via aérea. Ali estive até 18DEZ74, dia em que passei à disponibilidade. Li com atenção a parte dos acontecimentos na Beira promovida pela população civil contra os militares. Desconhecia que acontecimentos ocorridos perto de Vila Pery tivessem despoletado a onda que na Beira se materializou numa marcha da população civil até à Messe de Oficiais. A messe não foi vandalizada e a marcha foi enquadrada a certa altura pela PM, a qual tinha ordens para usar meios para conter qualquer acção que se verificasse. Eu assisti à ida do pessoal da PM (os Alferes eram meus amigos e vivíamos todos nas flats dum prédio ao pé do DTM, onde por baixo tinha o SPM). De alguma forma tentei acalmar estes meus amigos, da incorporação da metrópole, que se sentiam ofendidos com a actuação da população. Felizmente tudo se resolveu sem feridos, pelo que sei. Sobre a entrevista que refere do Cor. Pinto Ferreira, julgo que já na Metópole, não tenho qualquer noção do clima de greves e outras contestações que diz se verificavam na Beira, nos CFM e outros locais. Em minha opinião está muito exagerada e não corresponde à verdade. O Cor. foi graduado em Brigadeiro no tempo dos governos de Vasco Gonçalves, com a incumbência de criar uma única polícia com a junção da PSP, GNR e outras que na altura existiriam. Foi mal sucedido e caiu em descrédito, tanto quanto li, no final do PREC.

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        1. 3.2.1.1

          Manuel da Silva

          Olá meu caro Francisco Duque Martinho,
          Muito prazer! Confirmo que fui teu colega no 2º pelotão que era comandado pelo Alferes Patel. E lembro-me muito bem de ti. Bom sinal, não achas? Eras um rapaz de olhos azuis e muito bom colega.
          Eu sei que foste para os transportes e se não me engano eras ou foste funcionário da DETA na vida civil. Eu juntei-me aos Beirenses (Sousa Teles, Lucas, Luís Torres) e fui malhar aos GEP. Mas depois também acabei por sair pelas razões que explico. Sobre a entrevista que refiro do Cor. Pinto Ferreira, já na Metrópole, sei que houve algumas greves mas não nunca com a extensão com que ele as reportou. Na tua (e minha opinião, claro!) está muito exagerada e não corresponde à verdade. Mas foi o que ele disse e eu copiei essa entrevista… Se tiveres tempo vai aos RESQUÍCIOS que volto a falar dele, porque me encontrei aqui em Coimbra com ele. Ele foi promovido a General – comandante da GNR, … mas foi ao charco, fizeram-lhe a cama. Recebe um abração deste teu grande camarada de armas Se quiseres saber como evolui profissionalmente depois de sair da tropa, vai ao LinkdIn cujo link aparece lá no site. Vamos falando, está oK? Sobre o alferes Patel sei que vive por Lisboa e tem uma filha através da qual eu lhe mando um abraço de vez em quando.
          O mundo é pequeno!

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          1. 3.2.1.1.1

            Francisco Duque Martinho

            Olá Manuel, pois lembrava-me da tua cara que vi na tua publicação, mas não ligava o nome à pessoa. O Patel vive por Lisboa e já se tentou (o Carlos Figueiredo do nosso pelotão) combinar um almoço, mas sem sucesso. Também estou no Linkedin. Vamos falando. Abraço

  4. 2

    Luiz Branco

    E quer dizer com a partida do colonialismo português????

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  5. 1

    Manuel da Silva

    O Parque Nacional de Gorongosa foi criado pela Companhia de Moçambique, através da sua Ordem nº. 4178, de 2 de Março de 1921, assinada pelo Governador João Pery de Lind.

    Também a cidade de VILA PERY recebeu este nome em homenagem a esse grande senhor João Pery de Lind, governador do Território. É curioso referir-se que esta foi uma homenagem em vida, honra de que muito poucos se podem gabar, pois que Pery de Lind ocupou aquele cargo de 1910 a 1921. Comício: 12 de Junho de 1975, no Campo Municipal do Chimoio. Eu estava presente, vi e ouvi, mas não escrevi isto: […] Foi nesse comício que Samora mudou o nome de Vila Pery para o actual nome de Chimoio! Começou por perguntar ao povo, quem era senhor Pery em Moçambique? O povo respondeu numa voz uníssona: colonialista!…
    “À partir de hoje esta Cidade passa a chamar-se com o nome da Cidade de Chimoio!” Determinou Samora Machel, sob um aplauso prolongado do povo que estava misturado com sorrisos e choros, pois ninguém tinha certeza que o colonialismo português ia partir! […]

    MEDITAMOS!

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