Em termos de composição, texto, e especialmente fotografia, a revista é um espanto – de que saliento a capa, que é uma obra de arte. Nos conteúdos já tenho dúvidas, não por eles em si. Pela linha editorial já tenho outro tipo de questão. Parece ser uma daquelas revistas de meter nos lobbies dos hotéis e nos quartos de camas dos hotéis em Moçambique, para turistas estrangeiros, com um bocado de bla bla sobre alguns estabelecimentos, algumas peças de interesse humano e cultural (quase tudo mulheres, o que é algo curioso), um pouco de cooking, poesia, Moçambique é belo, etc e tal, tudo bilingue em português e inglês e tudo querendo parecer “moçambecano” (mas com estilo e qualidade, o que é raro). Tem alguma publicidade boa, o que é muito importante (alguém diga à Ethiopan que os anúncios deles são a maior pirosice e que falem com os tipos do Millennium a ver se aprendem alguma coisa). Este é um espaço editorial que tem um lugar num Moçambique “normal”, no entanto os tempos que estamos a viver são tudo menos normais, nomeadamente as fronteiras estás fechadas, não há aviões, não há turismo, não há estrangeiros a visitar Moçambique e os hotéis e estabelecimentos de turismo devem estar todos às moscas e as pessoas em casa. Portanto o desafio a curto prazo é sobreviver esta fase. O meu artigo favorito foi o dos….inselbergs, apesar de apenas ter duas fotografias.
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ABM
Em termos de composição, texto, e especialmente fotografia, a revista é um espanto – de que saliento a capa, que é uma obra de arte. Nos conteúdos já tenho dúvidas, não por eles em si. Pela linha editorial já tenho outro tipo de questão. Parece ser uma daquelas revistas de meter nos lobbies dos hotéis e nos quartos de camas dos hotéis em Moçambique, para turistas estrangeiros, com um bocado de bla bla sobre alguns estabelecimentos, algumas peças de interesse humano e cultural (quase tudo mulheres, o que é algo curioso), um pouco de cooking, poesia, Moçambique é belo, etc e tal, tudo bilingue em português e inglês e tudo querendo parecer “moçambecano” (mas com estilo e qualidade, o que é raro). Tem alguma publicidade boa, o que é muito importante (alguém diga à Ethiopan que os anúncios deles são a maior pirosice e que falem com os tipos do Millennium a ver se aprendem alguma coisa). Este é um espaço editorial que tem um lugar num Moçambique “normal”, no entanto os tempos que estamos a viver são tudo menos normais, nomeadamente as fronteiras estás fechadas, não há aviões, não há turismo, não há estrangeiros a visitar Moçambique e os hotéis e estabelecimentos de turismo devem estar todos às moscas e as pessoas em casa. Portanto o desafio a curto prazo é sobreviver esta fase. O meu artigo favorito foi o dos….inselbergs, apesar de apenas ter duas fotografias.