2º Convívio dos atletas da formação do Basquetebol do CFLM – Anos 70
Foi num clima de enorme alegria que decorreu no passado sábado, dia 15 de junho, o segundo convívio dos atletas da formação do CFM (Clube Ferroviário de Lourenço Marques), treinados por Samuel de Carvalho e José Costa “Casquinha”.
O almoço de confraternização estava marcado para as 13H00.
Por volta do meio dia começaram a chegar os convivas que nem andorinhas na primavera… sorrisos e abraços eram a nota dominante!
Os paparazis não davam tréguas…
Desta vez, os femininos do CFLM marcaram presença efetiva no 2º Encontro!
Entretanto, chegou o organizador do evento deste ano – José Sadio
Paulo Sousa trouxe a filha Melissa dos Estados Unidos de América, para sentir in loco o calor da amizade dos antigos colegas do CFLM…
A sempre jovem – chefe Mimisa dos escuteiros, também ela antiga atleta e diretora do basquete feminino do Ferroviário de LM.
Anos 50 – Ferroviário LM (Jogo com equipa inglesa YMCA)
Em cima: Alice, Venty (YMCA), Mimisa, Hilda, Aida, Bunny (YMCA) e Fernanda.
Em baixo: Manuela, Fátima, Helen (YMCA), Branca, Morais (Dirigente), Lorraine (YMCA) e Emília.
(A mascote era o urso Glue)
Anos 50 – Ferroviário LM (Confraternização com a equipa inglesa YMCA)
Reconhecem-se nesta foto: Tácito Rocha, Fernanda Martins, Fátima, Pai da Fátima, Lorraine do YMCA, Alberto Costa Pereira, Tony Fonseca , Morais (Diretor Departamento Basquetebol do CFLM), Emília, Zuchinni YMCA, Alice Ferreira, Aida Martins, Manuela Martins, Mimisa Barros, Branca Ferreira e Fernanda Amado.
Chegou, entretanto, o gerente do restaurante a anunciar que o almoço estava pronto a ser servido
O almoço realizou-se no restaurante “Kaia Kahina”, situado na Praceta Lagoa de Óbidos – Parede.
Os sabores da comida africana fizeram as delícias dos participantes desta confraternização, com as deliciosas chamussas para entrada e depois o caril de camarão e chacuti de frango acompanhado de paparis, arroz branco, achar de manga e limão…
Alguns momentos do almoço:
No final do almoço, fez-se um minuto de silencio em memória do colega e amigo – Leonel Velasco, antigo atleta do CFLM, falecido no dia anterior.
Depois José Sadio (responsável pela organização do evento),
agradeceu ao Timóteo (organizador do 1º Encontro) o apoio logístico, assim como a presença dos quarenta convivas, entre jogadores, treinadores, familiares e amigos… e deu como sugestão que estes Encontros passem a ser realizados no primeiro fim de semana do mês de junho de cada ano.
Foi, ainda, colocada a hipótese de uma viagem (excursão) até Moçambique no início do próximo ano, com a perspetiva de se reunirem propostas de algumas agencias de viagens.
Depois, o José da Costa “Casquinha”, assumiu a responsabilidade de organizar o próximo Encontro, ficando previsto alargar este evento a toda a família do Ferroviário!
Mimisa Barros foi depois solicitada a discursar,
tendo agradecido o excelente convívio e recordado os belos momentos vividos pelo basquete de formação (feminino e masculino) no CFLM. No final, foi entusiasticamente aplaudida por todos os presentes.
Eram cerca das 16H30 quando terminou este 2º convívio.
Já fora do restaurante, as últimas fotos, para mais tarde recordar…
Um último adeus, com a esperança de um novo reencontro no próximo ano, no dia 6 de junho 2020 e, se possível, com mais presenças, porque só por um abraço já vale a pena a caminhada…
Para recordar, algumas fotos do basquetebol de formação dos anos 70 do CFM (Clube Ferroviário de Lourenço Marques):
Época 1972/73 – Juniores
Em cima: “Ticha”, Luísa, Ana Paula Azevedo, Elsa Peixoto Silva, Lisete, M. Albertina Nicolau.
Em baixo: “Sãozinha”, Paula Lima, Isabel Brás “Isabelinha”, Helena Cardoso, Otília Reis “Tila”, Eveline Queiroz, Helena Bettencourt, José Costa “Casquinha” (Treinador).
Época 1972/73 – Juniores/Seniores
Em cima: “Ticha”, Luísa, Ana Paula Azevedo, Elsa Peixoto, Lisete, Maria Albertina Nicolau.
Ao meio: Manuela Castro, Mimisa Barros (Dirigente), Helena Cardoso, Eveline Queiroz, José da Costa “Casquinha” (Treinador), Teresa Sousa (Dirigente).
Em baixo: Paula Silva, “Sãozinha”, Isabel Brás “Isabelinha”, Otília Reis “Tila”, Helena Bettencourt.
Época 1971/72 – Iniciados “B”
Em cima: António Gaspar, Eduardo, Armando Ching, Mário Saloio, Penetra, Delfim Loureiro, José Costa “Casquinha” (Treinador).
Em baixo: Espada, Elisiário, Mário Cristian, Luís Magalhães, Camilo Costa.
Época 1972/73 – Iniciados “B”
• Campeão Distrital L. Marques (Série B)
Em cima: Arménio Coelho, António Gaspar, Camilo Costa, David Reis, Samuel Carvalho (Treinador), Nelson Catoja.
Em baixo: Elisiário, Rui Mourão, B3?, Carlos Alberto, B5?.
Época 1972/73 – Iniciados “A”
• Campeão Distrital L. Marques (Série A)
Em cima: Nelson (Seccionista), João Amaral, Rui Cruto, Samuel Carvalho (Treinador), Joaquim Azevedo, Delfim Loureiro.
Em baixo: José Francisco “Zeca”, Douglas Thompson, Alexandre Galvão, Joaquim Rodrigues, Eduardo.
Época 1973/74 – Juvenis
Em cima: José Alberto Almeida (Treinador), Francisco Martins “Chico”, Armando Ching, António Martins, Jorge Gassin, Silva (Seccionista).
Em baixo: António Almeida, Carlos Bernardino “Rato”, José Curado “Neca”, António Santos “Gino”.
Faziam ainda parte desta equipa: Luís (5), Jorge Bicho (13), José Dimas (15).
Época 1974/75 – Juvenis
• Campeão Distrital L. Marques • Campeão Provincial Moçambique
Em cima: Nelson (Dirigente), Fernando Cruz (Seccionista), Nelson Catoja, Mahomed Cadir, Timóteo Pfumo, Arménio Coelho, Samuel Carvalho (Treinador).
Em baixo: Douglas Thompson (Capitão), Carlos Alberto, José Fachada, Delfim Loureiro, Luís Magalhães, José Francisco “Zeca”.
- Se estiveste presente neste evento, deixa o teu comentário já a seguir e não te esqueças, o 3º ENCONTRO vai ser no dia 6 de JUNHO de 2020. Até lá vamo-nos vendo por aqui no nosso “Ponto de Encontro!” – www.bigslam.pt
5 Comentários
Orlando Valente
O saudoso padre Miguel Barros andava de um lado para o outro vendo o comportamento da miudagem que ha varios dias iniciavam a aprendisagem de patinar, cujos patins tinham sido oferecidos ao colegio pela assistencia publica de Lourenco Marques. Agarrados ao corrimao, a miudagem iam andando com as pernas e os movimentos nao sincronisados, davam o seu efeito ao equilibrio desorganisado, provocando quedas em massa, porque todos estavam bem juntos e quem caisse, levava o outro pela mao e assim sucessivamente, acabando tudo numa risada… e assim os dias iam passando, o padre Miguel em pouco tempo e derivado a sua vasta experiencia sobre o haquei em patins, veio a conseguir um longo palmeres nesta modalidade, fazendo da Juventude Salesiana da Namaacha uns verdadeiros campeoes de Mocambique… por esta razao o colegio da Namaacha foi chamado o viveiro dos hoquistas Mocambicanos.
Falando em mim, como logo de inicio jogava futebol, fui sempre guarda-redes… tambem, resolvi por as caneleiras e tentar a minha sorte na baliza do haquei, o que o padre Miguiel Barros concordou… assim, treinei… mas a sorte nao estava comigo… logo no primeiro treino, minutos apos term posto a mascara de protecao na cara e ja na baliza, o Rafael que era um dos adversarios, recebeu a bola do colega, fintou o defesa, fugio e em velocidade pela esquerda, e isolado que estava, fez um remate … nao me lembro sequer de ver a bola, apenas senti que a a minha cabeca sofreu um embate com tanta violencia, ao mesmo tempo que perdi a nocao de onde estava, mas por uns segundos… porem, nao me mexi, deixei correr o jogo, houveram mais uns remates a baliza que bateram nas caneleiras… assim, lembro-me que chegamos ao intervalo… tirei a mascara de protecao da cara, os arames que protegiam a cara estavam todos torcidos… ai fiz a minha reflexao… com a mascara ainda na mao, dirigi-me ao saudoso parde Miguele… Mostrei-lhe a mascara, opadre Miguel olhou para mim e perguntou-me: “estas bem, Orlando” reaspondi-lhe afirmativamente…e aquele sacerdote de Deus, olhou-me nos meus olhos, leu-me o pensamento.
Segundos depois, abeirando-se de mim disse-me: “Orlando,o desporto tem destas coisas, continua a ser guarda-redes de fuitebol…por agora, tira os patins as caneleiras… olha,podes dar os teus patins ao Amilcar, eu amanha falarei com ele…
E momentos depois, entregava ao Amilcar os patins que eram os meus… e nesse momento o Amilcar que era colega meu de carteira,. recebneu os patins que lhe dava…assim nascia ums dos grandes campeoes de Mocambique, ao lado do Antonio Silva, Quinhones(guarda-redes) Carneiro, Noronha e muitos outros.
Samuel Carvalho, imensas desculpas por ter saido do tema dos desportistas Mocambicanos. Porem falar do PADRE MIGUEL BARROS, um grade pioneiro do hoquei em Mocambique, e falar de alguem que tanto prestagiou o desporto.
Obrigado pelas fotografias … RECORDAR E VIVER…
Tina Nicolau
Está marcado, SIM, Ginha! Este escapou-me, andei muito distraída…
Foi com muita alegria, mas com um nózinho na garganta, provocado pela saudade e desejo de ter estado presente e abraçado toda malta, que segui a reportagem. Um agradecimento e xi-coração muito especial à nossa muito amada Mimisa! Sendo tantos e com a memória já menos jovem…não vou citar nomes, mas tenham a certeza que todos estão no meu coração.
Querida Gaby, parabéns pelo comentário, por mim, és a nossa porta-voz!
Muitos beijinhos e abraços a todos!
Gaby Papadópulos Granito
Sobre convívio de 15/06:
Mimisa,
90 anos em 2019.
A clareza e lucidez de espírito, a elegância discursiva, o conhecimento e a adequação do conteúdo aos presentes, e não só, foram a nota no encerramento do encontro dos antigos jovens basquetistas de LM-Moçambique. E 15/06 feliz, por ter os seus dois filhos próximos, a Paulinha, vinda da Austrália, onde reside, e o Miguel, recém-chegado da Suiça, com a sua Michele, agora a residirem em Portugal.
A equipa feminina de basquetebol, desde o minibasket, crescendo para as etapas de juniores, culminando nos seniores, foi criada pela então dirigente dos escuteiros femininos, a Associação de Guias de Portugal, Maria Elisa Barros, a nossa Mimisa.
Para a plena formação das jovens de 12 e 13 anos, fazia parte a componente social, lúdica e recreativa da vivência guidista, com o seu fundador Baden Powel, o desenvolvimento espiritual, maioritariamente, a religião Católica, incluía jovens professando outras religiões e… fazia falta o desenvolvimento físico dessas jovens, cogitava a Mimisa. Foi daí que emergiu a ideia da igualmente desportista dos seus tempos do Ferroviário e seus dirigentes, Mimisa, levar as suas meninas para o basquetebol, ou melhor, para o minibasket. Foi o boom do torneio da Coca-cola anos 70, com a proliferação das equipas femininas nesta modalidade desportiva, vindas das escolas ou de outra forma, chegaram ao desporto rei (e rainha) de Moçambique, o basquetebol (basquete-masculino + bol-feminino, “intrepitação” do novo acordo ortográfico ;).
À Mimisa, dedico “Para Elisa” de Beethoven, com o meu agradecimento pela juventude que vivi e pela proximidade atual.
Depois, claro está, havia a necessidade de encontrar um treinador com perfil adequado para ensinar as jovens a correr, saltar e acertar no cesto! Foi o José da Costa, o “Casquinha”, também ele jogador dos seniores. As equipas foram crescendo e houve necessidade de reforçar a condução da equipa, e coube a vez ao Samuel de Carvalho, igualmente sénior do Ferroviário.
A paixão pelo basket era enorme e tínhamos sempre a oportunidade de ter os cinco minutos de glória em cada jogo, era a verdadeira essência desportista.
O clube (e os demais) tinha a particularidade de aceitar a diversidade da população de Moçambique. O desporto veiculava a equiparação de géneros, incentivando a prática desportiva pelo público feminino, aberto a todas as culturas, raças, religiões e classe sociais. A frequência da prática desportista era gratuita e de livre acesso. Vivia-se um verdadeiro espírito ecuménico.
E de tolerância perante situações caricatas: recordo-me de alguns treinos no pavilhão ao som do piano… acontecia em simultâneo o treino de bailado no palco…
Os treinos eram na sede do Clube, perto da icónica Estação de Comboios, claro está. A maior parte das vezes, decorriam num campo ao ar livre, e à entrada e à saída havia uma sociabilização saudável entre os jovens rapazes e raparigas. Surgiam as festas de garagem nos períodos de férias, as idas à praia com os jogos de voleibol na areia. E as idas aos jogos e competições de outras modalidades desportistas, natação, hóquei, atletismo, enfim, era uma cidade saudavelmente desportista. Eram as tampas das panelas sonegadas à cozinha da mãe da Jó e da Ginha para uma claque que se prezava, (os Stomp Out Loud copiaram-nos) bem ao lado das conjuges dos jogadores. Sim, era a Palmira Machado e outros tantos na audiência a apoiar os seus, um desporto de família.
Eu própria tendo iniciado a prática noutro Clube, a Académica, acabei por ingressar já na equipa sénior do Ferroviário, onde fui bem acolhida e integrada, uma vez que sendo igualmente Guia de Portugal, assim podia conciliar os tempos dos treinos e do basket. Ainda hoje tenho a felicidade de manter próximas as amizades desse tempo, deste e de outros clubes, após a vinda para Portugal.
E nestes Encontros conseguimos colocar a conversa em dia, com outros mais, que a geografia de Portugal, ou do Mundo, nos distanciou. E temos a Internet que nos aproxima e aviva as rugas 😉 e o BigSlam, na génese, Samuel, António e Dionísio, e o Samuel a manter a memória ágil do site.
As palavras são como as cerejas, e se forem do Fundão… após uma, surge logo outra a querer tempo de antena…
Muito obrigada ao organizador deste evento, dimensão mais acolhedora, o José Sadio, em que a presença feminina se apresentou, mesmo com canadianas a adornar o físico, a alegria e boa disposição valeu a pena, nesta faixa dos sessentinhas, e mais um, eu mesma. E a ementa a despertar memórias dos sabores natais, mangas verdes com sal… Os pequenos momentos bem vividos preenchem a alma.
E a reportagem do Samuel foi um “must”, completíssima, bem ritmada, muitos parabéns!
Ânimo para os próximos organizadores,
Vamos saudavelmente vivendo, até para o ano,
Gaby Papadópulos, de mármore, rocha, calhau, enfim, Granito mesmo.
BigSlam
Parabéns Gaby Papadópulos pelo teu excelente comentário, escrito de uma forma tão lúcida e verdadeira. Desconhecia este teu dom para a escrita. Muito bom!
Espero poder contar contigo neste nosso “Ponto de Encontro!” – http://www.bigslam.pt ao longo de todo o ano.
Bem haja! Aquele abraço moçambicano.
Ginha Mota Cardoso
gostei imenso do convívio! principalmente, de matar saudades das miúdas e miúdos -continuamos em forma :)… e, claro, que tb gostei de rever os mais “velhotes”…
espero que em 2020 apareça mais malta do basquete… a Tina Nicolau já marcou na agenda!
obrigada Sadio, pela organização deste convívio e pela atenção que tiveste comigo!
beijinhos e abraços a todos os que estiveram presentes e, principalmente, à Super Special Senhora D. Mimisa .