5 Comentários

  1. 4

    Orlando Valente

    O saudoso padre Miguel Barros andava de um lado para o outro vendo o comportamento da miudagem que ha varios dias iniciavam a aprendisagem de patinar, cujos patins tinham sido oferecidos ao colegio pela assistencia publica de Lourenco Marques. Agarrados ao corrimao, a miudagem iam andando com as pernas e os movimentos nao sincronisados, davam o seu efeito ao equilibrio desorganisado, provocando quedas em massa, porque todos estavam bem juntos e quem caisse, levava o outro pela mao e assim sucessivamente, acabando tudo numa risada… e assim os dias iam passando, o padre Miguel em pouco tempo e derivado a sua vasta experiencia sobre o haquei em patins, veio a conseguir um longo palmeres nesta modalidade, fazendo da Juventude Salesiana da Namaacha uns verdadeiros campeoes de Mocambique… por esta razao o colegio da Namaacha foi chamado o viveiro dos hoquistas Mocambicanos.
    Falando em mim, como logo de inicio jogava futebol, fui sempre guarda-redes… tambem, resolvi por as caneleiras e tentar a minha sorte na baliza do haquei, o que o padre Miguiel Barros concordou… assim, treinei… mas a sorte nao estava comigo… logo no primeiro treino, minutos apos term posto a mascara de protecao na cara e ja na baliza, o Rafael que era um dos adversarios, recebeu a bola do colega, fintou o defesa, fugio e em velocidade pela esquerda, e isolado que estava, fez um remate … nao me lembro sequer de ver a bola, apenas senti que a a minha cabeca sofreu um embate com tanta violencia, ao mesmo tempo que perdi a nocao de onde estava, mas por uns segundos… porem, nao me mexi, deixei correr o jogo, houveram mais uns remates a baliza que bateram nas caneleiras… assim, lembro-me que chegamos ao intervalo… tirei a mascara de protecao da cara, os arames que protegiam a cara estavam todos torcidos… ai fiz a minha reflexao… com a mascara ainda na mao, dirigi-me ao saudoso parde Miguele… Mostrei-lhe a mascara, opadre Miguel olhou para mim e perguntou-me: “estas bem, Orlando” reaspondi-lhe afirmativamente…e aquele sacerdote de Deus, olhou-me nos meus olhos, leu-me o pensamento.
    Segundos depois, abeirando-se de mim disse-me: “Orlando,o desporto tem destas coisas, continua a ser guarda-redes de fuitebol…por agora, tira os patins as caneleiras… olha,podes dar os teus patins ao Amilcar, eu amanha falarei com ele…
    E momentos depois, entregava ao Amilcar os patins que eram os meus… e nesse momento o Amilcar que era colega meu de carteira,. recebneu os patins que lhe dava…assim nascia ums dos grandes campeoes de Mocambique, ao lado do Antonio Silva, Quinhones(guarda-redes) Carneiro, Noronha e muitos outros.
    Samuel Carvalho, imensas desculpas por ter saido do tema dos desportistas Mocambicanos. Porem falar do PADRE MIGUEL BARROS, um grade pioneiro do hoquei em Mocambique, e falar de alguem que tanto prestagiou o desporto.
    Obrigado pelas fotografias … RECORDAR E VIVER…

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  2. 3

    Tina Nicolau

    Está marcado, SIM, Ginha! Este escapou-me, andei muito distraída…
    Foi com muita alegria, mas com um nózinho na garganta, provocado pela saudade e desejo de ter estado presente e abraçado toda malta, que segui a reportagem. Um agradecimento e xi-coração muito especial à nossa muito amada Mimisa! Sendo tantos e com a memória já menos jovem…não vou citar nomes, mas tenham a certeza que todos estão no meu coração.
    Querida Gaby, parabéns pelo comentário, por mim, és a nossa porta-voz!
    Muitos beijinhos e abraços a todos!

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  3. 2

    Gaby Papadópulos Granito

    Sobre convívio de 15/06:
    Mimisa,
    90 anos em 2019.
    A clareza e lucidez de espírito, a elegância discursiva, o conhecimento e a adequação do conteúdo aos presentes, e não só, foram a nota no encerramento do encontro dos antigos jovens basquetistas de LM-Moçambique. E 15/06 feliz, por ter os seus dois filhos próximos, a Paulinha, vinda da Austrália, onde reside, e o Miguel, recém-chegado da Suiça, com a sua Michele, agora a residirem em Portugal.
    A equipa feminina de basquetebol, desde o minibasket, crescendo para as etapas de juniores, culminando nos seniores, foi criada pela então dirigente dos escuteiros femininos, a Associação de Guias de Portugal, Maria Elisa Barros, a nossa Mimisa.
    Para a plena formação das jovens de 12 e 13 anos, fazia parte a componente social, lúdica e recreativa da vivência guidista, com o seu fundador Baden Powel, o desenvolvimento espiritual, maioritariamente, a religião Católica, incluía jovens professando outras religiões e… fazia falta o desenvolvimento físico dessas jovens, cogitava a Mimisa. Foi daí que emergiu a ideia da igualmente desportista dos seus tempos do Ferroviário e seus dirigentes, Mimisa, levar as suas meninas para o basquetebol, ou melhor, para o minibasket. Foi o boom do torneio da Coca-cola anos 70, com a proliferação das equipas femininas nesta modalidade desportiva, vindas das escolas ou de outra forma, chegaram ao desporto rei (e rainha) de Moçambique, o basquetebol (basquete-masculino + bol-feminino, “intrepitação” do novo acordo ortográfico ;).
    À Mimisa, dedico “Para Elisa” de Beethoven, com o meu agradecimento pela juventude que vivi e pela proximidade atual.
    Depois, claro está, havia a necessidade de encontrar um treinador com perfil adequado para ensinar as jovens a correr, saltar e acertar no cesto! Foi o José da Costa, o “Casquinha”, também ele jogador dos seniores. As equipas foram crescendo e houve necessidade de reforçar a condução da equipa, e coube a vez ao Samuel de Carvalho, igualmente sénior do Ferroviário.
    A paixão pelo basket era enorme e tínhamos sempre a oportunidade de ter os cinco minutos de glória em cada jogo, era a verdadeira essência desportista.
    O clube (e os demais) tinha a particularidade de aceitar a diversidade da população de Moçambique. O desporto veiculava a equiparação de géneros, incentivando a prática desportiva pelo público feminino, aberto a todas as culturas, raças, religiões e classe sociais. A frequência da prática desportista era gratuita e de livre acesso. Vivia-se um verdadeiro espírito ecuménico.
    E de tolerância perante situações caricatas: recordo-me de alguns treinos no pavilhão ao som do piano… acontecia em simultâneo o treino de bailado no palco…
    Os treinos eram na sede do Clube, perto da icónica Estação de Comboios, claro está. A maior parte das vezes, decorriam num campo ao ar livre, e à entrada e à saída havia uma sociabilização saudável entre os jovens rapazes e raparigas. Surgiam as festas de garagem nos períodos de férias, as idas à praia com os jogos de voleibol na areia. E as idas aos jogos e competições de outras modalidades desportistas, natação, hóquei, atletismo, enfim, era uma cidade saudavelmente desportista. Eram as tampas das panelas sonegadas à cozinha da mãe da Jó e da Ginha para uma claque que se prezava, (os Stomp Out Loud copiaram-nos) bem ao lado das conjuges dos jogadores. Sim, era a Palmira Machado e outros tantos na audiência a apoiar os seus, um desporto de família.
    Eu própria tendo iniciado a prática noutro Clube, a Académica, acabei por ingressar já na equipa sénior do Ferroviário, onde fui bem acolhida e integrada, uma vez que sendo igualmente Guia de Portugal, assim podia conciliar os tempos dos treinos e do basket. Ainda hoje tenho a felicidade de manter próximas as amizades desse tempo, deste e de outros clubes, após a vinda para Portugal.
    E nestes Encontros conseguimos colocar a conversa em dia, com outros mais, que a geografia de Portugal, ou do Mundo, nos distanciou. E temos a Internet que nos aproxima e aviva as rugas 😉 e o BigSlam, na génese, Samuel, António e Dionísio, e o Samuel a manter a memória ágil do site.
    As palavras são como as cerejas, e se forem do Fundão… após uma, surge logo outra a querer tempo de antena…
    Muito obrigada ao organizador deste evento, dimensão mais acolhedora, o José Sadio, em que a presença feminina se apresentou, mesmo com canadianas a adornar o físico, a alegria e boa disposição valeu a pena, nesta faixa dos sessentinhas, e mais um, eu mesma. E a ementa a despertar memórias dos sabores natais, mangas verdes com sal… Os pequenos momentos bem vividos preenchem a alma.
    E a reportagem do Samuel foi um “must”, completíssima, bem ritmada, muitos parabéns!
    Ânimo para os próximos organizadores,
    Vamos saudavelmente vivendo, até para o ano,
    Gaby Papadópulos, de mármore, rocha, calhau, enfim, Granito mesmo.

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    1. 2.1

      BigSlam

      Parabéns Gaby Papadópulos pelo teu excelente comentário, escrito de uma forma tão lúcida e verdadeira. Desconhecia este teu dom para a escrita. Muito bom!
      Espero poder contar contigo neste nosso “Ponto de Encontro!” – http://www.bigslam.pt ao longo de todo o ano.
      Bem haja! Aquele abraço moçambicano.

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  4. 1

    Ginha Mota Cardoso

    gostei imenso do convívio! principalmente, de matar saudades das miúdas e miúdos -continuamos em forma :)… e, claro, que tb gostei de rever os mais “velhotes”…
    espero que em 2020 apareça mais malta do basquete… a Tina Nicolau já marcou na agenda!
    obrigada Sadio, pela organização deste convívio e pela atenção que tiveste comigo!
    beijinhos e abraços a todos os que estiveram presentes e, principalmente, à Super Special Senhora D. Mimisa .

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