BigSlam no Sul da América (3) – “Noite do Capitão” e excursão em Puerto Montt no Chile
22 de fevereiro de 2025 – Sábado
O Sapphire Princess é um navio já com alguma idade, pois foi construído em 2004 e remodelado em março de 2018.
Tem capacidade para 2674 pessoas – divididas por 1337 camarotes, dos quais 750 com varanda. Tem cinco piscinas, um teatro com capacidade para 730 espetadores, galeria de arte, biblioteca, casino, discoteca e ginásio. Existe também uma área exterior, com espreguiçadeiras, que há noite se transforma num verdadeiro cinema ao ar livre. O navio conta ainda com um SPA e uma zona, também exterior, chamada “The Sanctuary” onde há cabanas privadas de massagem.
Tem 18 decks e uma tripulação de 1238 pessoas (proporção de 2 hóspedes para um tripulante). Uma característica especial deste navio é a opção de turno livre para o jantar, além dos tradicionais turnos fixos, proporcionando mais flexibilidade nos diversos restaurantes a bordo.
As lavandarias self-service, uma novidade a bordo, oferecem a conveniência de lavar e engomar roupa, tornando-se um verdadeiro diferencial deste navio.
Acordámos cedo e, depois de um delicioso pequeno-almoço, decidimos explorar o navio com um passeio matinal, já que o dia seria inteiramente de navegação, sem paragens em portos.
Começámos pelo ponto mais alto, o Deck Sports (Deck 17), onde visitámos a área de jogos, com destaque para o campo de pickleball. Esta modalidade combina elementos do ténis, badminton e ping-pong, sendo jogado com raquetes e uma bola perfurada de plástico, num campo semelhante ao de badminton.
Fácil de aprender, dinâmico e envolvente, o pickleball é uma atividade divertida e acessível a todas as idades, tornando-se uma excelente opção para quem procura desporto e entretenimento a bordo!
Como precisavam de um parceiro, convidaram-me para jogar. Sem hesitar, aceitei o desafio e, num instante, já estava envolvido na partida, aproveitando ao máximo a experiência desta empolgante modalidade.
Depois de saciar a vontade de jogar, continuámos o nosso passeio pelo navio. Neste deck encontra-se também a Discoteca e Boate Skywalkers, um espaço elegante e animado, perfeito para desfrutar da noite a bordo.
Do alto do deck, apreciámos a magnífica vista da piscina situada na proa do navio.
Do deck superior, tivemos uma vista privilegiada das piscinas situadas na popa do navio. Com um ambiente mais reservado e uma paisagem deslumbrante sobre o rastro deixado pelo navio no oceano, este é o local perfeito para relaxar e aproveitar o sol enquanto navegamos.
Descemos até ao Deck 16, onde se encontra O Santuário, uma área exclusiva para adultos. Este espaço tranquilo e sofisticado oferece um ambiente perfeito para relaxar, longe da agitação do navio, com confortáveis espreguiçadeiras e serviço personalizado.
Nas proximidades, descobrimos um campo de minigolfe com cinco buracos, ideal para uma partida descontraída enquanto desfrutamos da vista panorâmica do oceano.
Neste deck, encontra-se também o Oásis, um verdadeiro refúgio de relaxamento, com piscinas refrescantes, duas banheiras de hidromassagem,
um bar, jogos de baralho, incluindo Shuffle Board e Xadrez
e um solário perfeito para aproveitar o sol enquanto desfruta de vistas deslumbrantes.
Descemos até ao Deck 15, onde se encontra o Centro de Fitness, equipado com uma variedade de equipamentos modernos para quem deseja manter a rotina de exercícios durante a viagem.
O local oferece também uma vista panorâmica, tornando o treino ainda mais agradável e motivador,
e o Spa Lotus proporciona momentos de relaxamento.
Esta zona do navio tem o nome de Conservatório,
local onde várias vezes desfrutei de partidas de ping-pong e matraquilhos, um ótimo local para diversão.
O Centro de Adolescentes, destinado aos jovens entre os 13 e os 17 anos, e o Centro de Juventude, são espaços animados e interativos para os mais jovens se divertirem. E ainda há muito mais para explorar neste deck repleto de opções!
Como estávamos a navegar para o Sul, em direção aos glaciares, decidimos explorar o navio e descobrir onde se localizava a piscina coberta aquecida. Encontrámos a piscina Calypso no Deck 14.
Neste piso, encontrava-se o The Horizon Court Buffet, normalmente aberto das 5h00 às 23h00, onde costumávamos tomar o “mata-bicho” pela manhã e almoçar. Com uma ampla variedade de opções, era o lugar ideal para desfrutar de uma refeição descontraída enquanto navegávamos.
Às 18h30, aconteceu a “Noite do Capitão”, no Piazza, Deck 5 (Centro).
O navio fez sua primeira escala desta viagem em Puerto Montt.
Esta cidade foi fundada em 12 de fevereiro de 1853 por Vicente Pérez Rosales. A localização original da cidade estava junto à enseada de Reloncaví, em um lugar chamado “Melipulli” (que na língua mapuche significa “Quatro Colinas”). O nome Puerto Montt foi dado em homenagem ao então presidente do Chile, Manuel Montt Torres. A cidade tornou-se um importante centro portuário e comercial, sendo hoje uma das principais portas de entrada para a Patagónia chilena.
O ponto de encontro para os excursionistas da Mundomar Cruzeiros foi marcado no Casino (Deck 6) para as 7h45, o que nos obrigou a madrugar.
Devido à profundidade limitada do porto e à falta de infraestrutura para receber grandes embarcações, o navio permaneceu ao largo. Os passageiros foram transportados até terra firme em pequenas embarcações, conhecidas como tenders.
Partimos depois de autocarro em direção ao Miradouro Manuel Montt, o tempo estava nublado e a anunciar chuva…
Este miradouro é um dos melhores pontos para apreciar a vista da cidade e da Baía de Reloncaví. Segundo dizem, em dias claros, é possível avistar os imponentes vulcões Osorno e Calbuco no horizonte.
Aqui deixo um mapa da região para vos ajudar a situarem-se melhor:
Partimos de seguida para Saltos del Rio Petrohué, localizado no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales, sendo o parque nacional mais antigo do país, criado em 1926. Com uma paisagem deslumbrante, abriga florestas exuberantes, lagos cristalinos, rios caudalosos e vulcões imponentes, como o vulcão Osorno, um dos símbolos da região.
A caminho, fizemos uma breve paragem junto ao Lago Llanquihue, na Região dos Lagos, no sul do Chile. É o segundo maior lago do país, e também um dos mais deslumbrantes da Patagónia chilena.
Após uma hora e meia de viagem, chegámos aos Saltos do Rio Petrohué.
Depois dos guias adquirirem os bilhetes de entrada,
seguimos por um trilho bem sinalizado que nos conduziu até os famosos Saltos do Rio Petrohué.
As águas do rio corriam com força sobre as rochas vulcânicas escuras, criando um contraste espetacular, apesar do caudal reduzido que o rio apresentava.
Umas fotos neste lindo local para guardar de recordação e reviver a beleza e tranquilidade deste dia.
Este é um destino imperdível para os amantes da natureza, oferecendo oportunidades para fotografia, caminhadas e contemplação da beleza da Patagónia chilena.
O local conta com trilhas e passarelas que permitem diferentes ângulos de observação, tornando a paisagem deslumbrante.
Antes de sair, fizemos uma última paragem na loja de souvenirs. Um momento para repousar, repor energias e levar uma pequena lembrança desta experiência única em pleno contacto com a natureza, antes de continuar a nossa viagem pela deslumbrante Patagónia chilena.
Já no final do passeio, pudemos refletir sobre as paisagens incríveis e as memórias que ficaram deste dia inesquecível.
Partimos depois em direção a Puerto Varas, ansiosos por explorar mais esta bela região.
Puerto Varas é uma encantadora cidade localizada na região de Los Lagos, às margens do Lago Llanquihue. Conhecida como a “Cidade das Rosas” devido à abundância destas flores nos seus jardins e espaços públicos.
A cidade tem forte influência alemã, visível na arquitetura de casas em estilo enxaimel e igrejas com traços europeus, o que lhe confere um charme único e atrai visitantes de todo o mundo.
Além das paisagens deslumbrantes de montanhas, lagos e florestas, Puerto Varas é um ótimo ponto de partida para explorar a região, com ruas tranquilas, restaurantes, lojas de artesanato e cafés acolhedores.
Na praça central da cidade, conhecida como Praça de Armas de Puerto Varas, podemos ver a estátua de Vicente Pérez Rosales, um destacado político e pioneiro chileno, que foi o primeiro intendente da região de Los Lagos.
Foi-nos concedida cerca de uma hora para explorarmos esta pitoresca cidade.
Na orla da Avenida Costanera, com 3 km de extensão, estão os principais pontos turísticos de Puerto Varas. No píer, perto da Plaza de Armas, tem-se a melhor vista do Lago Llanquihue e dos vulcões Osorno e Calbuco.
Fomos caminhando ao longo desta avenida
até chegarmos a uma feira de artesanato local
O tempo passou rapidamente e foi necessário regressar ao ponto de encontro, marcado junto ao Muelle Piedraplen.
Cais construído durante a primeira fase da colonização alemã, quando o transporte no Lago Llanquihue era essencial. O píer original de madeira foi substituído nos anos 1970 e, hoje, é um símbolo da cidade, com vistas panorâmicas do lago e dos vulcões.

Esta é uma imagem do Turismo de Puerto Varas, tirada num dia de céu limpo, com os vulcões Osorno e Calbuco ao fundo.
Ainda houve tempo para umas fotos neste bonito local.
Regressámos ao navio por volta das 16h00.
Às 18h00, jantámos e depois assistimos a um magnífico espetáculo do instrumentista Sebastian Fucci no Princess Theater.
Chegámos à nossa cabine completamente exaustos, mas com o coração cheio pelas experiências vividas neste dia incrível, repleto de descobertas e momentos inesquecíveis.
24 de fevereiro de 2025 – Segunda-feira
Hoje é dia de navegação, ficou reservado para desfrutarmos do navio.
Logo pela manhã, Helena teve a oportunidade de apreciar um evento em que chefs talentosos demonstraram técnicas de escultura em frutas e legumes, transformando-os em verdadeiras obras de arte.
Durante este dia de navegação, realizaram-se várias competições na The Piazza (Deck 5), qual delas a mais hilariante colocando oficiais tripulantes e passageiros em confronto direto, num espírito de pura diversão e camaradagem.
A noite terminou com um espetáculo no Theater do mágico Norberto Jansenson, um ilusionista argentino nascido em 1971, reconhecido pela sua habilidade em criar experiências teatrais imersivas que combinam magia, mentalismo, literatura e narração de histórias.
Findo o espetáculo, recolhemo-nos ao sossego da cabine, embalados pela promessa do amanhecer. Logo às primeiras horas da manhã, seríamos presenteados com a visão dos glaciares — cristais eternos que aguardavam silenciosos, como guardiões de um mundo encantado, para nos oferecer um dos momentos mais mágicos desta viagem…
NÃO PERCA a próxima reportagem: Glaciar Amália e Punta Arenas, a capital da Patagónia Chilena, localizada no Estreito de Magalhães.
NOTA: Para ver ou rever a anterior reportagem, basta clicar no link seguinte (escrito a azul):
1ª – BigSlam no Sul da América (1) – Santiago do Chile: Cultura, História e Sabores…
7 Comentários
Guilherme Grilo
Simplesmente espetacular. Obrigado por teres partilhado comigo estes momentos e acima de tudo, estas belas fotos e a descrição dos locais por onde passaste.
Grande abraço.
Samuel Carvalho
Obrigado Gui, são momentos como esses que fazem a vida acontecer. Aquele abraço.
Isabel
Boa reportagem.
Aguardo pelas próximas. 😊
Nelson Barata
Grandes Samuel e Helena World Globettroters
Excelentes reportagens que deixam o pessoal todo com vontade de poder ter estado lá.
Penso que, à semelhança da nossa África, com a sua riqueza em fauna e flora, o Sul da América também nos aporta a saudade das pequenas e lindas cidades, onde a vida decorre calma e serena.
Parabéns pelas reportagens, tanto na parte descritiva, como na fotográfica.
Grande abraço
Samuel Carvalho
Kanimambo, Nelson Barata, pela simpatia das tuas palavras.
De facto, o Sul da América foi uma grata e inesperada surpresa. Fica atento às próximas reportagens — estou certo de que vais gostar!
Um grande abraço, também para a Teresa.
2luisbatalau@gmail.com
MARAVILHOSA REPORTAGEM. QUE INVEJA! OBRIGADO.
carlos guilherme
Belíssima reportagem. Parabéns.