BigSlam no Sul da América (8) – Buenos Aires é tango, paixão e alma latina
6 de março de 2025 – Quinta-feira
O Sapphire Princess chegou ao porto de cruzeiros de Buenos Aires por volta das 7H00 da manhã.
Cerca das 8H30, deixámos o navio prontos para descobrir a vibrante capital da Argentina. Embora o navio tenha atracado no Puerto de Buenos Aires, por razões de segurança portuária, os passageiros não puderam sair diretamente a pé. Fomos assim transportados gratuitamente em autocarros (shuttles) até ao Terminal de Cruceros Quinquela Martín, o ponto de partida oficial para explorar a cidade.
À chegada ao terminal, o movimento era grande, com várias agências de turismo locais a oferecer excursões de todos os tipos. Optámos por um programa que nos pareceu muito completo, e que incluía almoço e um espetáculo de tango.
Após algum tempo de espera na sala de embarque das excursões, na agradável companhia de um simpático casal brasileiro que tínhamos acabado de conhecer, partimos finalmente de autocarro à descoberta de Buenos Aires — com o coração cheio de expectativa e espírito de aventura.
A título de curiosidade, e antes de começarmos a explorar a capital da Argentina, vale a pena lembrar que a moeda oficial do país é o peso argentino, em uso desde 1992, quando substituiu o austral. No dia a dia, é comum vê-lo representado apenas com o símbolo $, embora o seu código internacional seja ARS. À data da nossa visita, 1 euro equivalia a cerca de 1350 pesos argentinos, informação útil para pequenas compras ou pagamentos locais.
Já no percurso, chamou-nos à atenção os vários edifícios imponentes, entre eles a Torre Monumental, anteriormente conhecida como Torre dos Ingleses, um dos marcos históricos de Buenos Aires. Situada na Praça Fuerza Aérea Argentina, no bairro de Retiro, foi um presente da comunidade britânica à Argentina, por ocasião do centenário da Revolução de Maio. Inaugurada em 1916, a torre de estilo neorrenascentista, com cerca de 60 metros de altura, ergue-se orgulhosamente em frente à estação de comboios de Retiro, muito perto do porto de cruzeiros.
Outro edifício que registámos foi a Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires — uma construção majestosa em estilo neoclássico, com colunas monumentais que impõem respeito e grandeza. Um verdadeiro símbolo da tradição académica e da importância histórica desta instituição no panorama jurídico da Argentina.
A primeira paragem obrigatória foi na Floralis Genérica, uma das esculturas mais emblemáticas da cidade, situada na Praça das Nações Unidas, no bairro da Recoleta.
Criada pelo arquiteto argentino Eduardo Catalano e inaugurada em 2002, esta imponente flor metálica, com cerca de 23 metros de altura, é feita de aço inoxidável e alumínio. Originalmente, as suas pétalas abriam-se ao nascer do sol e fechavam-se ao entardecer, imitando o ciclo natural das flores — um gesto poético que, apesar de hoje funcionar apenas parcialmente, continua a simbolizar a harmonia entre arte, tecnologia e natureza, tornando-a num dos marcos mais fotografados da capital argentina.
Rodeado por caminhos amplos, zonas ajardinadas e bancos para descanso, o parque convida a uma pausa tranquila no meio da cidade.
Regressámos ao autocarro e seguimos depois para a Plaza de Mayo, o coração histórico e político de Buenos Aires. Pelo caminho, deixámo-nos encantar pela cidade — parques arborizados, avenidas largas e uma envolvente mistura de arquitetura clássica e moderna, onde cada edifício parecia contar um pedaço da vibrante história argentina.
Passámos pelo Monumento a Domingo Faustino Sarmiento instalado no Parque Tres de Febrero, mais especificamente na Plaza Chile, no bairro de Palermo. Domingo Faustino Sarmiento foi um presidente argentino (1868–1874), intelectual e grande defensor da educação pública. A estátua mostra Sarmiento sentado com crianças ao redor, simbolizando seu papel como educador e promotor do ensino. A base do monumento apresenta relevos que retratam cenas de sua vida e obra.
Este parque é uma das maiores áreas verdes da cidade e abriga diversos monumentos e jardins. A estátua de Sarmiento fica próxima à Avenida del Libertador, uma das principais avenidas da capital.
Passámos pelo Museu Nacional de Belas Artes, com a sua fachada neoclássica sóbria a guardar um dos mais importantes acervos artísticos da América Latina.
Logo depois, atravessámos a Recoleta e deparámo-nos com o imponente Alvear Palace Hotel — sinónimo de elegância, luxo e tradição portenha, que se ergue como um verdadeiro ícone da cidade.
Ainda durante o passeio pelo coração de Buenos Aires, não podia faltar uma curta paragem junto ao emblemático Obelisco, erguido em 1936 para assinalar os 400 anos da fundação da cidade. Situado na Praça da República, no cruzamento das duas principais avenidas da cidade: Avenida 9 de Julio (considerada uma das mais largas do mundo com 140 metros de largura, podendo chegar em algumas áreas até 22 pistas) e Avenida Corrientes. O monumento ergue-se com os seus 67,5 metros como símbolo incontornável da capital argentina — ponto de encontro e palco de celebrações nacionais e eventos culturais.
Chegámos entretanto à Plaza de Mayo, a praça mais histórica de Buenos Aires.
A guia turística deu-nos cerca de uma hora para desfrutarmos deste espaço.
No centro da Praça podemos ver a Pirâmide de Mayo, erguida em 1811 para celebrar o primeiro aniversário da Revolução de Maio de 1810, que marcou o início do processo de independência da Argentina em relação à coroa espanhola. No topo encontra-se uma figura feminina que representa a Liberdade.
Um dos momentos mais simbólicos do nosso passeio pela Plaza de Mayo, foi ver um pequeno mosaico com um lenço branco — símbolo das Mães da Praça de Maio.
Tão simples e silencioso, mas carregado de dor, coragem e esperança. Este lenço representa todas as mães que, com amor inabalável, enfrentaram a escuridão da ditadura em busca dos seus filhos desaparecidos. As Madres de Plaza de Mayo começaram os seus protestos em abril de 1977, durante a ditadura militar argentina (1976–1983), exigindo informações sobre os seus filhos e filhas desaparecidos — as chamadas desaparecidos. Desde então, reúnem-se todas as quintas-feiras na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada, vestindo lenços brancos na cabeça (símbolo dos panos usados para envolver os filhos em bebés), caminhando em círculos ao redor da Pirâmide de Mayo.
Os seus protestos tornaram-se um símbolo internacional de resistência, memória e direitos humanos, mesmo depois do fim da ditadura. Ainda hoje, algumas continuam a reunir-se semanalmente, mantendo viva a sua luta por memória, verdade e justiça. A sua presença silenciosa e determinada é um poderoso testemunho da memória e da resistência de um povo que se recusa a esquecer.
Nesta Praça, pudemos ver também a estátua equestre do General San Martín, uma figura central na luta pela independência da Argentina. O General montado a cavalo e com o braço estendido, transmite aquela força tranquila de quem guiou um povo rumo à liberdade.
Um dos edifícios mais emblemáticos que vimos na Plaza de Mayo foi, sem dúvida, a Casa Rosada — sede da Presidência da República Argentina. Com a sua cor característica, um tom rosa suave que lhe dá o nome, este palácio destaca-se pela arquitetura imponente e pela sua forte carga simbólica. Diz-se que a cor rosa resulta da mistura de tinta branca com sangue de boi, prática comum no século XIX para tornar a tinta mais resistente. Foi também daqui que figuras históricas como Evita Perón discursaram para o povo argentino desde as famosas varandas. Mais do que um edifício governamental, a Casa Rosada é um verdadeiro ícone da história política e social da Argentina. Ver este cenário ao vivo, com toda a sua presença e significado, foi um momento marcante da nossa visita a Buenos Aires.
Mesmo ao lado da Casa Rosada, destaca-se o imponente edifício do Banco de la Nación Argentina. Com a sua fachada clássica em pedra e a enorme cúpula verde, este edifício transmite uma sensação de solidez e grandiosidade. É a sede do principal banco estatal do país e um dos edifícios mais emblemáticos da zona. A sua arquitetura impõe-se na paisagem urbana da praça, refletindo a importância histórica e económica da instituição para a Argentina.
Ainda na Plaza de Mayo, visitámos a imponente Catedral Metropolitana de Buenos Aires, cuja fachada neoclássica com colunas nos surpreendeu — à primeira vista, mais parece um templo romano do que uma igreja.
Lá dentro, o ambiente é solene e belíssimo, com altares ricamente decorados e detalhes que convidam à contemplação.
Nesta catedral encontra-se ainda o túmulo do General San Martín, um dos pontos mais solenes e simbólicos do templo. Localizado numa capela lateral à direita do altar-mor, o mausoléu é uma estrutura imponente, guardada por três estátuas femininas que representam a Argentina, o Chile e o Peru — os três países cuja independência San Martín ajudou a conquistar.
Com o calor que se fazia sentir, não faltavam vendedores ambulantes espalhados pelas ruas, vendendo sumos de fruta natural e garrafas de água fresca — um alívio bem-vindo para quem, como nós, explorava a cidade ao ritmo do sol portenho.
Para terminar esta visita pela Plaza de Mayo, tivemos ainda oportunidade de ver o Cabildo de Buenos Aires, um edifício branco e simples, mas carregado de história. Foi aqui que, em 1810, se deu a Revolução de Maio, o primeiro passo rumo à independência da Argentina. Com a sua torre central e arcadas, o Cabildo contrasta com os edifícios mais grandiosos à volta, mas mantém-se como um símbolo da origem do governo local e da luta pela autonomia. Hoje alberga um pequeno museu e continua a ser um ponto de interesse para quem quer compreender melhor as raízes do país.
Devido ao trânsito intenso que se fazia sentir naquela manhã em Buenos Aires, tivemos de aguardar a chegada do autocarro para além da hora marcada — um pequeno contratempo inevitável numa cidade tão movimentada, mas que acabámos por encarar com paciência e boa disposição.
Continuámos o nosso passeio, agora de regresso ao autocarro, em direção ao emblemático bairro de La Boca — um dos mais autênticos e vibrantes de Buenos Aires. Situado junto à foz do Rio Riachuelo, este bairro colorido e cheio de vida é um verdadeiro ícone da identidade portenha.
À chegada, as primeiras imagens já anunciavam a energia única do lugar: fachadas multicoloridas, arte urbana e a alma popular que faz de La Boca um dos postais vivos da cidade.
O autocarro estacionou na rua Dr. del Valle Iberlucea, junto ao busto de Benito Quinquela Martin – uma homenagem ao famoso pintor argentino que imortalizou as paisagens portuárias da cidade e foi uma das figuras mais importantes na revitalização cultural e visual desta zona. La Boca, com as suas casas coloridas e alma boémia, deve muito da sua identidade a Quinquela Martín.
De seguida caminhámos em direção ao icónico Estádio La Bombonera (oficialmente Estádio Alberto José Armando), e é um dos 36 estádios que existem na cidade. Porém, este é provavelmente o principal deles, já que é casa do lendário Club Atlético Boca Juniors, o principal clube da Argentina.
Pelo caminho, aproveitámos para tirar algumas fotos que captaram o quotidiano vibrante do bairro La Boca — fachadas coloridas, murais dedicados a ídolos do futebol, crianças a jogar na rua e a energia inconfundível de um lugar onde a cultura popular e o desporto andam de mãos dadas.
A zona envolvente ao Estádio La Bombonera, é um verdadeiro reflexo da alma popular argentina. As ruas em redor estão repletas de murais e grafites que homenageiam ídolos do Boca Juniors, como Diego Maradona, e exibem as cores azul e amarelo por todo o lado — em paredes, varandas, lojas e até postes de iluminação.
Ao redor do estádio há várias lojas de artigos desportivos, cafés temáticos e pequenos museus dedicados à história do clube. Apesar de ser uma zona com muito movimento turístico, ainda mantém um ambiente autêntico e de bairro, com moradores locais nas janelas e crianças a jogar bola nas calçadas. O contraste entre a paixão futebolística e a arquitetura simples mas carregada de cor torna esta área uma experiência cultural intensa, viva e inesquecível.
À entrada do Estádio La Bombanera do Club Atlético Boca Juniors (CABJ).
Lá está ele… o inevitável Messi, sempre presente! 👑⚽
O pequeno campo ao ar livre Los Principes de La Boca.
Com o sol a não dar tréguas, as crianças que jogavam à bola no campo Los Príncipes de La Boca faziam uma pausa à sombra, entre goles de água e gargalhadas. Um retrato genuíno do bairro, onde o futebol é mais do que um jogo — é parte do quotidiano e da identidade local.
Durante a nossa passagem pelo vibrante bairro de La Boca, deparámo-nos com várias réplicas da Taça Libertadores da América (Copa CONMEBOL Libertadores) — o troféu mais prestigiado do futebol sul-americano de clubes.
Uma delas, exposta de forma divertida em cima de um barril, chamava a atenção de quem passava, refletindo bem a paixão fervorosa pelo futebol que se vive neste bairro icónico, casa do Boca Juniors, um dos clubes mais vitoriosos da competição.
E como em La Boca nada se perde… uma foto ao lado da taça tem o seu preço. Afinal, é preciso manter o espírito empreendedor! 😄⚽🏆
Caminhámos depois até ao famoso Caminito, no coração do Bairro La Boca uma zona boémia e cheia de história.
À entrada do Caminito, ergue-se uma estátua de Don José de San Martín, herói da independência da Argentina. A estátua destaca-se pelo contraste entre o seu tom sóbrio e o cenário vibrante e colorido que a rodeia. É uma forma de lembrar que, mesmo num bairro marcado pelo tango, pela arte e pelo quotidiano popular, há sempre espaço para homenagear os grandes nomes da história nacional.
Ao lado da estátua, destaca-se Lionel Messi — em figura de cera — erguendo a tão desejada Taça de Campeão do Mundo de Futebol. Um momento simbólico que eterniza a glória argentina.
O Caminito é uma pequena rua-museu ao ar livre situada no bairro de La Boca, e é um dos locais mais emblemáticos e coloridos da cidade.
Uma simpática bombeira do Caminito posa com um sorriso para a objetiva do BigSlam — mais um instante cheio de cor e simpatia nesta icónica rua de Buenos Aires.
Originalmente um beco abandonado, foi transformado na década de 1950 pelo artista Benito Quinquela Martín num espaço cultural, onde se preserva a herança dos imigrantes italianos, especialmente genoveses, que habitavam a zona. As casas, feitas de chapa e pintadas com cores vibrantes, refletem o espírito criativo e popular da comunidade.
Já de regresso ao ponto de encontro onde nos esperava o autocarro, ainda houve tempo para uma última foto bem-disposta… com a irreverente e célebre Mafalda! 📸😄
A passagem por La Boca e pelo icónico Caminito revelou-se um dos momentos mais marcantes da visita a Buenos Aires. Um lugar onde a cor não está apenas nas paredes, mas também nas expressões, nos gestos, na música que ecoa das janelas e na paixão incontida pelo futebol. La Boca não é apenas um postal turístico — é um pedaço de identidade portenha que se vive com todos os sentidos.
Por volta das 15H00, partimos para o Madero Tango, uma famosa casa de tango localizada em Puerto Madero, um dos bairros sofisticados de Buenos Aires.
É conhecida por oferecer uma experiência autêntica e inesquecível do tango argentino, combinando música ao vivo, dança e gastronomia num ambiente bem elegante.
À nossa mesa ficou o simpático casal brasileiro que conhecemos à saída do Terminal de Cruzeiros e que, tal como nós, participou na mesma excursão. Um brinde à vida e a este momento luso-brasileiro tão especial que estávamos a desfrutar — cheio de sorrisos, histórias e boa companhia! 🥂
A ementa contemplou como entrada – Empanada de carne com molho Jawa,
como prato principal – Bife de chorizo, um corte retirado do lombo (contra-filé) do boi — mais especificamente, da parte externa do lombo, com uma camada de gordura lateral que lhe dá sabor e suculência. Tradicionalmente preparado na parrilla (grelha argentina), apenas com sal grosso, para realçar o sabor natural da carne. Simplesmente divinal!!!
E para sobremesa – pudim caseiro com doce de leite.
No final de um excelente almoço, tivemos o privilégio de assistir ao espetáculo do Madero Tango — um dos mais procurados por quem visita Buenos Aires.
Muito mais do que uma simples apresentação de dança, o espetáculo é uma verdadeira viagem pelas origens e evolução do tango, combinando interpretação teatral, acrobacias, momentos de comédia, música ao vivo e, claro, o tango em toda a sua intensidade e paixão.
Com uma produção de alto nível e uma orquestra ao vivo a dar alma a cada cena, o Madero Tango proporciona uma experiência imersiva e inesquecível — um tributo vibrante à essência cultural argentina.
O tango, hoje símbolo incontornável da cultura argentina e uruguaia, nasceu no final do século XIX nas zonas portuárias e bairros populares de Buenos Aires e Montevideo, como La Boca. Fruto do cruzamento de culturas, entre imigrantes europeus, afrodescendentes e locais – surgiu como uma dança intensa e melancólica, inicialmente praticada apenas por homens, que treinavam os passos entre si à falta de parceiras.
Com o tempo, o tango ganhou salões, refinou-se, conquistou Paris e o mundo, e foi reconhecido em 2009 como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. Hoje continua vivo nas milongas, nos palcos e nas ruas, mantendo o seu abraço apertado entre a paixão, a nostalgia e a identidade portenha.
Alguns momentos deste espetáculo inesquecível — para nós, o melhor que já vimos em tango. Uma fusão envolvente de história, paixão, técnica e emoção, que nos deixou completamente rendidos e de coração cheio.
O espetáculo no Madero Tango foi simplesmente deslumbrante!
Uma fusão perfeita de música, dança e emoção, que nos fez sentir, intensamente, a alma vibrante de Buenos Aires.
Cada passo, cada acorde, cada olhar — tudo envolto em paixão, beleza e talento.
Um almoço memorável, coroado com uma experiência artística inesquecível.
Regressámos ao navio com o calor ainda na pele e o coração cheio. Pelo caminho, ainda tivemos oportunidade de avistar alguns edifícios emblemáticos de Buenos Aires, como o imponente Edifício Libertad, sede da Armada Argentina — um marco silencioso da importância estratégica e histórica da marinha no país. Inaugurado em 1974, este edifício de linhas sóbrias e modernas abriga o alto comando da Marinha de Guerra do país. A sua presença destaca-se na paisagem urbana, não apenas pela altura, mas também pela sua importância institucional — um marco da presença histórica e estratégica das forças navais argentinas em Buenos Aires.
Chegámos ao navio ao final da tarde, com tempo ainda para deixar as malas no corredor, como estipulado para o desembarque.
O navio fez overnight em Buenos Aires — e esta seria a nossa última noite a bordo. Um misto de cansaço, nostalgia e gratidão marcava o fim desta aventura inesquecível
O último jantar a bordo do Sapphire Princess teve um sabor especial.
Para além da excelência habitual — pratos deliciosos, serviço atencioso e um ambiente acolhedor — houve também um misto de nostalgia e gratidão no ar.
Foram noites bem passadas à mesa, partilhando sabores, histórias e bons momentos.
Despedimo-nos do restaurante como quem se despede de uma viagem… com o coração cheio.
No final do jantar, ainda passámos pelo Theater para espreitar o espetáculo da noite.
Mas não ficámos até ao fim — o cansaço já pesava e o despertador não ia perdoar: logo pela manhã teríamos de abandonar o navio.
Era a última noite a bordo… e o navio preparava-se, silenciosamente, para fechar mais uma viagem cheia de memórias.
Um agradecimento especial a toda a tripulação do Sapphire Princess, que nos acolheu com profissionalismo, simpatia e tantos sorrisos.
Foi mais do que uma viagem — foi uma experiência que levaremos connosco.
Buenos Aires tocou-nos com a sua alma — e deixou-nos aquela saudade boa de quem viveu algo único.
Um dia, quem sabe, havemos de voltar… mas com mais tempo para saborear cada canto desta cidade encantadora, cheia de história, cultura e paixão.
Hasta pronto, capital da Argentina.
Musica: LA CUMPARSITA pelo pianista Richard Clayderman
NÃO PERCA a próxima reportagem: Passeio incrível pelo Delta do Tigre e visita às Cataratas do Iguaçu, do lado brasileiro – uma experiência arrebatadora.
NOTA: Para ver ou rever as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escritos a azul):
5ª – BigSlam no Sul da América (5) – Ushuaia e Cabo Horn: Rumo ao Fim do Mundo
6ª – BigSlam no Sul da América (6) – Do silêncio das Ilhas Malvinas à vida de Puerto Madryn (Argentina)
7ª – BigSlam no Sul da América (7) – Montevideo encanta com a sua calma e Buenos Aires vibra com paixão
7 Comentários
Orlando Valente
OUTRO MUNDO… OUTRAS GENTES…
Depois de vermos estas imagens, os percursos percurridos, os momentos ideais para tirar as fotos, as andancas, as viagens e possiveis convivencias de pessoas que fazem parte “grupo” turisticos, penso (a minha opiniao), que chegando ao fim da nossas ferias, voltamos para o nosso ninho… e nesta altura, descansamos e lentamente vamos dando conta da azafama que passamos… mas depois de alguns dias, as forcas sao recuperadas e o trabalho seguinte de proporcionar aos leitores, como as caisas se processaram, as andancas e sobretudo os textos devidamente organisados… e o leitor atento, saboreando e apreciando as fotos, vai imaginando e descobrindo o que se passa para la da nossa imaginacao…
No entanto, aos leitores que tanto interessou saber o que na realidade se passa do outo lado do mundo, agradecemos ao SAMUEL CARVALHO toda a sua disposicao, boa vontade e todo o grande esforco, proporcionando-nos estas maravilhosas fotos e os textos tao bem delineados… os meus cumprimentos e votos para que o BIGSLAM continue a dar-nos estas noticias tao desejadas…
Muito obrigado e aquele abraco,
Edite Lemos
Bela reportagem !
Viajamos contigo 👍😀😘
Dulce Gouveia
Parabéns Samuel!
Continuo a achar que devias escrever um livro, ou mais, pois tens o dom de retratar a essência dos lugares e documentar com as respectivas fotografias.
Deverias compilar todas essas reportagens num livro só e dar-lhe um título, talvez “As Minhas Viagens de Sonho”.
Entretanto, continuamos a viajar em sonhos ou a sonhar viajando…
Forte abraço!
Mário Grilo
Que viagem extraordinária e uma reportagem digna de um escritor de viagens.
Muitos parabéns Samuel!
Conseguiste passar a mensagem de forma soberba, com fotos a condizer.
Fiquei saudoso dessas paragens , que conheço na sua maioria.
O itinerário do Cruzeiro está muito bem estudado e proporciona uma viagem pelo Chile , Uruguai e Argentina, absolutamente fantástica.
Agora Buenos Aires é realmente de voltar se for possível.
Grande abraço e muito obrigado pela partilha.
2luisbatalau@gmail.com
REPORTAGEM MARAVILHOSA. UM PAÍS QUE NUNCA VISITAREI, MAS A AMÉRICA DO SUL É APETECÍVEL. OBRIGADO.
Brito Gouveia
Caro Samuel, os meus parabéns por mais esta excelente reportagem. Abraço
Samuel Carvalho
Buenos Aires é uma cidade que respira cultura e paixão em cada esquina. Na Plaza de Maio, sente-se o peso da história argentina; em La Boca e no colorido Caminito, a alma artística e popular da cidade ganha vida entre murais, dança e tradição. E para fechar o dia com chave de ouro, nada supera a emoção de um espetáculo soberbo no Madero Tango — onde música, dança e emoção se fundem num verdadeiro tributo à essência portenha.