O 36º almoço do Desportivo de Lourenço Marques (GDLM)! – Por Alexandre Ribeiro Franco/JAF

O 36º almoço do Desportivo de Lourenço Marques (GDLM)!

Mas quem mais brilhou foi Samuel Carvalho do BigSlam!

Por: Alexandre Ribeiro Franco/JAF

36º Almoço anual, com a presença de centenas de pessoas. Foi a 4 de novembro de 1981 que tudo começou. Somos nós que, ainda boquiabertos, nem sabemos bem por onde começar.

Vamos principiar por realçar o excelente trabalho levado a cabo pelos meus grandes amigos José Pedro Flores Cardoso e Mário Silva.

Mais uma vez, o Restaurante Regiões, na Estrada de Paço de Arcos, no Alto da Bela Vista, no Cacém,

quase que era pequeno demais para tanta gente (cerca de 220 participantes), ou melhor dizendo, para tantos moçambicanos.

Na recepção – Carlos Alemão, Mário Silva e José Pedro Cardoso

Perante a inovação do Bufete Livre, fabulosamente preenchido com Bacalhau à Braz, Arroz de Pato, Sushi, Comida Chinesa, sobremesas, vinhos, sangrias, águas, sumos e café, eis que os anfitriões não tiveram mãos a medir para acomodarem tantas pessoas.

Nem calculam como se viveram emoções indescritíveis. Abraços atrás de abraços. Perguntas: Quem és tu? Lembro-me da tua cara, mas qual é o teu nome? Oh então, ena como tu estás tão gordo, ou estás tão velho… Mas a mais corrente era: Tu estás na mesma!

Não queria cair no erro de começar a escrever nomes, para não ferir suscetibilidades, mas que me perdoem os que eu esquecer, pois é importante que eu conte os episódios que vivi e muito naturalmente não convivi com cada um dos que preenchiam um verdadeiro mar de gente na sala.

Se do Zé Pedro Flores Cardoso e do Mário Silva já fiz referência, começo por mencionar que estes destacaram e agradeceram a presença de muitos outros, que até não eram ex-atletas, ex-praticantes, ou mesmo ainda adeptos do Grupo Desportivo de Lourenço Marques.

Foi então feita uma homenagem a Samuel Carvalho. Zé Pedro Cardoso, Mário Silva, Mário Albuquerque, Alberto e Augusto Rodrigues, Alberto Libório, Óscar Soeiro, Bonifácio Dias e Fernando Gomes, estiveram no palco, representando alguns dos clubes moçambicanos: Grupo Desportivo de Lourenço Marques (GDLM), Sporting Clube de Lourenço Marques (SCLM); Clube Ferroviário de Moçambique (CFM), Grupo Desportivo da Malhangalene (CDM); Indo- Português (CDIP) e 1º de Maio (GD1ºM), para em nome dos desportistas moçambicanos agradecerem a Samuel Carvalho pelo seu trabalho no MundoSlam e BigSlam.

O troféu foi entregue a Samuel Carvalho pelo seu companheiro de equipa em Lourenço Marques, Alberto Rodrigues.

A dedicatória no troféu era a seguinte:

Homenagem a Samuel Carvalho
Dos desportistas Moçambicanos, reconhecidos pelo excelente trabalho desenvolvido através do Mundoslam e do BigSlam, na divulgação das suas atividades desportivas e sociais.”

Homenagem bonita e bem a propósito, como aliás é apanágio nas iniciativas do Zé Pedro/Mário Silva.

Foram lembrados com saudade os n/queridos amigos que partiram este ano: Engº Gouveia e esposa; o António Matos (TAU); a Jovita Ferreira; o Juju Melo; o Quintino Augusto; o Nuno Tristão da Silva (pai); Rui Silva (Ruizinho); e recentemente o Rui Cardoso.

Foi destacada a presença do Cremildo Loforte, que mesmo em condições difíceis de saúde, teve a força e a coragem de estar presente.

Também não se esqueceram de quem veio de muito longe, do Canadá (o meu caso), Holanda (José Rodrigues), Moçambique (Nuno Narcy, Fernando Silva, e muitos outros…).

Agradecimento ao José Borrego e ás Páginas Divertidas Lda, pelo patrocínio nas lembranças distribuídas a todos os presentes.

Se eu fiquei exausto ao fazer três corridas para o Bufete, cada uma delas a durar meia hora para ir e outra meia hora para voltar ao meu lugar, por causa dos abraços e das brilhantes “travagens” com que nos deliciavam, calculem o que terá acontecido à grande maioria, muito mais conhecidos do que eu!

Acho que o truque do “Bufete” era precisamente esse. Dar a oportunidade de nessas “viagens” entre os lugares de cada um e a mesa do Bufete, as pessoas terem a oportunidade de se reencontrar, de se abraçarem, de se reconhecerem.

Eu vou começar por alguns dos que estavam na mesa onde fiquei sentado. O Fernandinho Silva, que foi meu Seccionista quando eu treinava as equipas de Juvenis e Juniores do Sporting Clube de Lourenço Marques e que veio desde o Maputo, propositadamente para participar neste evento.

Fernandinho Silva e Samuel Carvalho

O Nelson Serra, o Mário Albuquerque, o Quim Neves, verdadeiros irmãos de sangue, que não paravam numa autentica correria de mesa para mesa.

Nelson Serra, Luís Pina, Quim Neves e Mário Albuquerque

A Skonkinhas (que continua gigante dentro deste diminutivo) e o José Arruda. Dizia-me ela: Alexandre eu leio tudo quanto escreves e adoro aquela frase: “Olá Gente Boa!”. O Zé Arruda “vê” tudo quanto se passa ao seu redor, apesar da sua invisualidade. Ainda hoje, passados estes anos todos, quando me aproximo dele e o cumprimento, ele reage: Alexandre… Franco! Que maravilha!

Daí para a frente foram muitos. O Samuel Carvalho e a sua sempre simpática esposa;

O Carlos Dias e a sua não menos simpática esposa. Recordámos os tempos que passámos na Inhaca, quando o Carlos estava todo muito bem vestidinho de branco e eu o atirei para dentro da piscina. Depois tive que fugir, claro.

Na casa dos “Quem és tu? Como é que te chamas?” Apareceu o José “Pinduca” Vicente. Jogava hóquei no Ferroviário e no Desportivo da UFA. Irmão do recentemente falecido Pinduca (João Vicente), que jogava basquetebol no Desportivo de Lourenço Marques. Aí eu parei. Vivi e convivi com o José Vicente não só em Lourenço Marques, como também em Montreal, onde ele esteve durante algum tempo. Mas, estou a falar dos anos 70. Agora, 40 anos depois, não deu para o reconhecer. Mas como fiquei feliz por vê-lo.

José Vicente, Alexandre Franco, José Arruda, Chiu Arruda “Skonkas” e Bóris Arruda

Outros, muitos… O sempre jovem Luís Pina, que com 88 anos de idade, ainda recebe Prémios de Carreira a serem entregues pelas mais altas individualidades do nosso Governo, como ele quis ter o cuidado de nos provar com uma série de documentos que nos entregou.

Luís Pina e Alexandre Franco

O José Faria, do Desportivo, o Armindo Costa, que foi meu jogador na Seleção Nacional que disputou os Jogos da Independência de Moçambique; o Sérgio Albasini, um dos melhores futebolistas que Moçambique conheceu; o Tonocas “Maravilhas” (António Magalhães), que com a camisola do Sporting tantas alegrias deu aos “leões” moçambicanos; o Pestana, o Alberto Rodrigues… E um dos melhores desportistas de sempre de Moçambique, que dá pelo nome de Francisco Velasco; o Constantino Poulos, o Augusto Lopes, o Amim, grande defesa-central do Desportivo, o António Rendas Pereira, que foi meu jogador; o Arnaldo Salazar, defesa-direito do Desportivo de LM; o White (Artur Castro), o Artur Gama da Fonseca, o famoso atleta dos cento e dez metros barreiras que derrubou todas as barreiras; o Bonifácio Dias, outra grande defesa-central do Desportivo; o Carlos Alemão, o mãozinha de ouro do basquetebol do Desportivo; o Carlos Jóia que foi jogador da minha equipa de juniores do Sporting de Lourenço Marques; o Mitas (Eduardo Cruz), excelente futebolista mas ainda melhor tenista; o Eurico Catoja, grande guarda-redes do Desportivo; o João Romão, que também foi meu jogador no SCLM; o João Silva e o João Ferreira, meus jogadores no Benfica de LM; o meu grande amigo Quim Neves, o meu amigo Joe “Saguin” Freitas; o Filipe Vedor, a lutar contra uma série de doenças, mas felizmente com forças suficientes para não perder este evento; o Julinho, futebolista do Desportivo; o Mário Aguiar, nadador do Desportivo; o Octávio Vicente, atleta do Desportivo, lançador de peso e de dardo; o Paul Fabre, basquetebolista do Desportivo, o Paulo Carvalho, basquetebolista do Malhangalene e do Desportivo; o Sérgio Cardiga; o Vasco “Vasquinho” Marques, diretor do GDLM e não só; o Zé Borrego, o Libório Rodrigues, o Fernandinho, jogador do Desportivo; o Reinaldo Cordeiro, diretor do Desportivo… E tantos, tantos mais.

Já me referi ao Francisco Velasco… Isso, sim, o Chico Velasco que fazia parte da equipa de Hóquei em Patins que defendendo as cores de Portugal ganhava tudo e mais alguma coisa. Quem não se lembra de: Alberto Moreira, António Souto e Fernando Adrião, Amadeu Bouçós e Francisco Velasco? Para mim a melhor equipa de Hóquei em Patins do Mundo, de sempre. Como gostei de falar com o Chico Velasco. Com problemas de saúde, sim… Mas com a nossa idade, dói aqui, dói ali… a todos quantos estavam presentes.

Francisco Velasco e António Quin

Já não vi o melhor jogador de futebol de Moçambique de todos os tempos e que dá pelo nome de Fernando Lage (sim, para mim – e para muitos – bem melhor do que o Eusébio). A idade e a saúde já não permitiram a sua presença, mas não nos esquecemos dele.

Ah, o Mandioca. Lá estava ele a defender todos os “penáltis”, mas desta vez, sentado à mesa.

No setor feminino, estranhei a ausência da Dulce Gouveia, mas lá estava a Manuela Botelho de Melo, e tantas outras “jovens” do Basquetebol e da Natação de Moçambique. Também a presença da Aline Borges, em representação do seu falecido marido, Carlos Borges, que também foi hoquista do Desportivo de Lourenço Marques. A Helena Belchior, a Manuela Silva, a minha amiga Nené Flores Cardoso (grande cúmplice na organização deste acontecimento por ser a esposa do Zé Pedro), como não podia deixar de ser (andámos juntos no Colégio, quando eu tinha 5/6 anos de idade) e a quem eu, muito carinhosamente e com todo o respeito continuo a chamar “Cerejinha”; a Skonkinhas, a Chiu Yong, a Nelocas Ferrão e tantas outras.

Como devem compreender, era fisicamente impossível falar com cada um dos presentes, daí que aqui ficam as minhas desculpas pelas falhas que possam existir neste artigo. Todavia, com uma certeza, estão todos ligados de algum modo a este incomensurável valor que se chama “moçambicanismo”. Neste caso, através de mais um Almoço do Grupo Desportivo de Lourenço Marques, já a comemorar o seu 36º Aniversário e onde o Zé Pedro Flores Cardoso e o Mário Silva são os grandes realizadores. Parabéns!

Vejam a galeria fotográfica deste evento (As fotos estão numeradas, de forma a poderem identificar os presentes, através do vosso comentário no final desta reportagem. O BigSlam agradece a vossa preciosa colaboração):

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Vamos fazer votos para que a 4 de novembro de 2017 possamos estar todos juntos mais uma vez, desta vez a comemorar o 37º aniversário do GDLM.

Agradecimento a todos os “paparazi” que enviaram as suas fotos, complementando a galeria fotográfica do BigSlam, em particular o Carlos Matos Oliveira (antigo atleta do GDLM) pela excelentes fotografias que proporcionou.
Bem hajam!

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