Relatos de uma viagem por terras do Oriente (1) – Dubai
BigSlam em terras do Oriente!
Caros amigos (as)
Têm sido muitas as pessoas a solicitarem reportagens desta viagem por terras do Oriente. Sem qualquer compromisso vou tentar elaborar algumas de acordo com a minha disponibilidade.
Programa da Viagem:
Viagem Lisboa – Dubai no boeing 747 da Emirates.
2 noites no Dubai.
Viagem Dubai-Sydney no Airbus A-380 da Emirates.
1 noite em Sydney.
Cruzeiro 12 dias pela Nova Zelândia (Bay of Islands, Auckland, Tauranga, Wellington, Dunedin, Dusky Sound, Doubtful Sound, Milford Sound) no navio de cruzeiros Ovation of the Seas da Royal Caribbean.
5 noites em Sydney.
Viagem Sydney-Dubai-Lisboa.
9 de fevereiro de 2019 – Sábado
Faço os últimos preparativos da viagem que me vai levar à Austrália e Nova Zelândia, países que sonhava conhecer, mas a distancia constituía um dos principais impedimentos, pois ficam situados no longínquo 5º continente – Oceania, mas um conjunto de fatores proporcionaram que esta viagem se realizasse.
Saímos de Lisboa ao fim do dia, no boing 747 da Emirates com destino ao Dubai, onde iríamos ficar dois dias.
Esta viagem foi organizada pela Interpass do qual sou sócio,
por sugestão de um grupo muito heterogéneo e bastante simpático de excursionistas oriundos de S. Miguel – Açores.
Já na porta de embarque, reparámos que ia connosco no mesmo avião, um jovem casal amigo – Carla Ascensão e Pedro Ribeiro,
ela jornalista do Porto Canal e ele filho de um casal de “moçambicanos” da Beira e meu antigo pupilo do basquete de formação dos Caras Direitas.
Aos 42 anos, é gestor de topo no Médio Oriente, onde chegou em 2013. É considerado “Um gestor das Arábias” pois é responsável atualmente por 25 centros comerciais no Médio Oriente… tendo conseguido, entre outras conquistas, a primeira licença para a exibição de filmes em salas de cinema, após mais de três décadas de interdição.
10 de fevereiro de 2019 – Domingo
Chegamos ao Dubai ao inicio da manhã, a viagem durou cerca de 7 H30.
Fomos apanhar as malas e cumprir as formalidades legais de entrada no país.
À nossa espera estava o transfer (autocarro) que nos levou diretos ao M HOTEL DOWTOWN by Millennium, onde ficámos hospedados. Um hotel bem situado e com uma vista privilegiada sobre a cidade.
Para aproveitar o resto do dia, reservamos na agência de turismo – Raynatours, uma excursão de 6 horas pela cidade.
Começámos por visitar Bur Dubai (zona mais antiga do Dubai) que ainda conserva o encanto de antes e oferece a possibilidade de desfrutar de uma Dubai diferente, afastada dos grandes arranha-céus, onde ainda é possível desfrutar da tranquilidade dos pequenos detalhes.
Visitámos o Departamento de Património Arquitetónico e Antiguidades do Município de Dubai.
À saída a comitiva foi convidada a provar o “karak chai” (mistura de chá preto, cardamomo e leite evaporado), é algo que é muito popular nos Emirados, mas tem de se aprender a gostar.
No final uma foto para mais tarde recordar…
Depois visitámos Mawaheb um estúdio de arte localizado no bairro histórico Al Fahidi que fornece às pessoas com deficiência um espaço para a sua criatividade.
Depois fomos ver o Dubai Museu que está alojado no Forte Al Fahidi que data de 1787. Ele conta a história da cidade e também o estilo de vida do povo árabe.
A visita começa por um pátio, onde há uma réplicas de antigas embarcações e de uma casa árabe.
A maior parte do museu está numa galeria subterrânea e climatizada. Aqui encontramos dioramas coloridos e exposições interativas que exibem a vida quotidiana na época anterior à descoberta do petróleo.
O Museu foi aberto em 1971, dispõe de galerias que recriam casas históricas árabes tradicionais, mesquitas, Souks, quintas de cultivo de tâmaras e a vida marinha e do deserto. Também incluem uma exposição sobre o mergulho para encontrar pérolas, mostrando conjuntos de peneiras, balanças e pesos usados pelos mercadores de pérolas…
Aspecto exterior do Dubai Museu
Em frente na fachada de um prédio, um cartaz publicitava os 100 anos do nascimento do fundador dos Emirados Árabes Unidos, o falecido Sheikh Zayed bin Sultan al Nahyan. O ano de 2018 foi nomeado como o Ano de Zayed.
Depois de terminada a visita, voltámos ao autocarro da Rayna, onde fomos brindados com um Shawarm (pastel típico de cordeiro ou frango misturado com legumes em conserva, molho de alho e enrolado em pão árabe) para aconchegar o estômago e umas bebidas para matar a sede, pois o calor fazia-se sentir…
Bairro de Deira e os seus Souks
O autocarro deixou-nos junto à doca de embarque em Bur Dubai. Aí existe um pequeno quiosque de venda de frutas e bebidas típicas da região.
Para chegarmos ao outro lado utilizámos as abras (dhows), pequenos barcos tradicionais que cruzam o Dubai Creek (riacho de água salgada que separa Deira do lado norte e Bur Dubai a sul), sendo esta a maneira mais pratica de fazer a travessia.
Tudo a postos para a travessia
Umas fotos para perpetuar este momento
Cruzar o Creek com as abras é um verdadeiro passeio panorâmico e proporciona um ótimo visual da região central de Dubai.
Desembarcarmos na outra margem, atravessamos uma avenida e estávamos em cima dos mercados tradicionais, o Spice Souk (especiarias), Textile Soukh (tecidos) e o Gold Souk (ourivesarias).
Spice Souk, são um conjunto de pequenas lojas e bancas que vendem produtos como temperos, condimentos, especiarias, produtos naturais, culinários, medicinais e cosméticos.
Textile Soukh, nestas lojas pode escolher por entre uma interminável seleção de seda crua, algodão e tecidos bordados.
O guia da Interpass que nos acompanhou nesta viagem, não resistiu em adquirir a vestimenta masculina dos Emirados Árabes.
Gold Souk, é o segundo o maior mercado de ouro do mundo, oferecendo preços bem mais acessíveis que as grandes joalharias. Uma perdição para as mulheres…
Vejam estas montras, sendo as peças expostas todas em ouro… é impressionante e raramente visto em algum País. Vale bem a pena visitar este espaço e caso haja capacidade financeira, adquirir alguma das muitas milhares de peças existentes.
Um aspecto exterior do Gold Souk.
Veja um pequeno vídeo dos Souks tradicionais desta cidade:
Já no exterior dos Souks, ouvi algo marcante – o chamamento por autofalantes dos muezzin que anunciam que é hora de iniciar a oração. Ele é feito de maneira especial e consiste em convidar a comunidade muçulmana a tomar parte na oração. Ao longo do dia são chamados 5 vezes para rezar.
Antes de terminar a excursão, ainda visitámos três ícones do Dubai – Burj Al Arab, Dubai Mall e Burj Khalifa.
Burj Al Arab, considerado o hotel mais luxuoso do mundo, com 7 estrelas , foi construído em sua própria ilha artificial a 280 metros da costa, mede 321 metros de altura, a menor suíte tem 175 metros quadrados e o serviço de transfer do hotel é formado por BMWs, Rolls Royce e um helicóptero privado.
As tarifas começam a partir de 1.300€ por noite, na época mais baixa…
Só deu para ver à distância…
Passamos também em frente ao hotel mais famoso da ilha artificial em formato de palmeira – a The Palm Jumeirah, o resort Atlantis The Palm, um grande complexo de lazer e entretenimento.
Chegámos ao Dubai Mall, o maior centro comercial do mundo, localizado no complexo Burj Khalifa, já de noite e ávidos por assistir ao show das águas dançantes, uma das atrações imprescindíveis da cidade e ao qual não quisemos faltar.
O Burj Khalifa (Burj Khalifa Bin Zayid, anteriormente conhecido como Burj Dubai), foi construído em 2010 e mantém, desde então, o posto de prédio mais alto do mundo, com mais de 160 andares e 828 metros de altura. A torre conta com 57 elevadores e é visível a 95 quilómetros de distância…
Depois do show das águas dançantes regressámos ao hotel, muito fatigados, mas satisfeitos pelo belo dia passado.
Ainda deu para comer qualquer coisa no hotel e de seguida fomos dormir. No dia seguinte estava agendada uma nova excursão, visita à cidade Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos.
5 Comentários
Victor Godinho
Bonitas photos e narrativas das viagens que concluiu, Vivo no Norte da Australia e muitos dos sitios que mostrou nas sua fotos ainda nao visitei. Australia e’ um grande pais e varia muito dum sitio para outro. Infelizmente muitos dos fogos que foram posto (198 apreensões) foram destruidas muitas florestas e fauna, que vāo levar tempo a recuperar.
Parabens Sr Samuel pelo belo trabalho descritivo das suas viagens e um forte abraco destas bandas
Anabela Vieira
Kanimambo Samuel! E o Jardim dos Milagres no Dubai? Espetacular com 45 milhões de flores (a minha família inglesa já visitou, após a inauguração em 2013). Compreendo que o tempo não dá para visitar tudo. Mas, não percas para a próxima vez! Continuação de felizes viagens e reportagens fantásticas …. Xi-coração
Lourdes carreira
Obrigado Samuel, mais uma vez vou viajar graças às suas maravilhosas descrições.
Alberto Rodrigues
Caro Samuel,
Sempre acabaste por corresponder ás diversas solicitações, para relatares a tua última excursão, ainda bem.
Assim permites a quem por alguma razão já não tem oportunidade de fazer estas viagens, regalar os olhos.
A descrição está muito bem feita, como já nos habituaste, assim como as fotos que acompanham.
Cá fico á espera dos episódios que se seguem.
Forte braço do amigo ao dispor,
Alberto Rodrigues.
Francisco Silveira
Viva, Samuel
Muito bom.
Abraço