Relatos de uma viagem por terras do Oriente (3) – Chegada a Sydney e pequeno tour pela cidade e arredores
12 de fevereiro – Terça-feira
A saída do voo do Dubai com destino a Sydney estava marcado para as 10H15, mas estivemos retidos dentro do avião o Airbus A380 da Emirates, cerca de uma hora.
O que vale é que é um avião esplêndido, oferecendo todo o tipo de comodidades mesmo em classe económica, o que fez com que a espera nem se notasse.
O voo ia lotado. Contrariamente ao que esperava, a viagem fez-se muito bem, pois o entretenimento e o serviço a bordo foram excelentes.
A Emirates oferece 4.000 canais de filmes (!), programas de TV, música e jogos, sempre disponíveis e em vários idiomas.
A grande novidade neste voo, foi a ice TV Live; imagine ir a torcer pela sua equipa favorita enquanto navega a 40.000 pés, ou manter-se informado sobre o que está a acontecer no solo enquanto está a voar. Tudo isso e muito mais, é possível com o ice TV Live.
Com tanto entretenimento, as 14/15 horas de voo passaram num ápice. A distância que separa as duas cidades cosmopolitas do Dubai e Sidney, é de 12 042 km. Veja o trajecto desta viagem, clicando no vídeo seguinte.
13 de fevereiro – Quarta-feira
Por volta das 8H00 da manhã aterrávamos no Aeroporto Internacional de Sydney (ou Aeroporto Internacional Kingsford Smith).
A diferença horária em relação a Portugal é de mais 11 horas e o jet lag fez-se sentir nos dias seguintes…
À nossa espera estava um autocarro com uma guia brasileira (radicada em Sidney há 30 anos) providenciados pela Interpass, o transfer que nos levou até ao hotel. No caminho, e pelo alerta da guia, presenciámos um ciclista com um capacete sui generis – provido de uma espécie de pequenas antenas em fibra
que servem para proteção do ataque das gralhas (pássaro australiano)
As gralhas australianas são conhecidas por terem um hábito que pode causar ferimentos às pessoas – os mergulhos rasantes. Esses ataques, realizados para proteger o território quando as aves sentem que seus ninhos são ameaçados, podem resultar em ferimentos na pele e nos olhos, neste caso no couro cabeludo.
Chegámos, entretanto, ao Travelodge Hotels, onde ficámos hospedados.
Um hotel simples, mas muito bem localizado.
Aproveitámos para descansar e tentar acertar o sono.
Por volta das 19H00 desse dia, o simpático casal – Carlos Costa Leite e a Ana Leite, dois antigos basquetebolistas,
vieram-nos buscar para jantar com eles. Foi um excelente noite, pois tivemos o prazer de ficar a conhecer melhor a Ana, e ao mesmo tempo reencontrar o Carlos, um amigo dos tempos de Moçambique. O jantar- frango à cafreal à moda de Moçambique – estava ótimo, e a simpática companhia deu para muita “bula-bula” ao longo da noite…
14 de fevereiro – Quinta-feira
Tinha ficado reservado para este dia, um pequeno tour por Sydney, antes da partida do cruzeiro que nos iria levar até terras da Nova Zelândia…
Saímos de malas e bagagem do hotel para o autocarro, pois este iria direto ao cais de embarque dos cruzeiros, após o tour. Iniciámos a viagem, passando junto a Hyde Park, um parque público localizado no coração de Sydney, com 16 hectares e considerado o parque mais antigo da Austrália. É um local ótimo para fazer um passeio ao ar livre e relaxar. É, inclusive, um local escolhido por muitas pessoas para fazer um lanche ou almoçar, aproveitando o relvado.
Nele fica, também, a Archibald Fountain, uma fonte datada de 1932.
Junto do Hyde Park fica situado a Catedral St. Mary’s.
Seguimos, depois, em direção a Mrs Macquarie’s Chair, uma zona situada junto do Jardim Botânico Real de Sydney.
Fizemos uma paragem neste local, para esticar as pernas e desfrutar da bela paisagem, com uma vista privilegiada sobre a Sydney Opera House,o local icónico de eventos da Austrália, e da célebre Harbour Bridge, a ponte da Baía de Sydney.
Podem ver em primeiro plano, o motorista e a nossa guia de origem brasileira, que era uma excelente profissional.
A guia foi-nos transmitindo diversas informações interessantes. Falou-nos por exemplo desta árvore, uma das mais vistas na Austrália em particular nos parques, a Ficus macrophylla, vulgarmente conhecida como a figueira-da-Austrália ou figueira-estranguladora e que pode atingir os 60 metros de altura…
Este é o íbis-branco-australiano que antes era raro ver nas áreas urbanas, mas hoje é visto por toda a Austrália.
Ficámos fascinados com o cinema ao ar livre – St George Openair Cinema, considerado por muitos como o mais belo cinema ao ar livre do mundo. Tem como apoio várias esplanadas e restaurantes, com uma vista privilegiada sobre as duas estruturas icónicas de Sydney.
O St George Openair Cinema, possui uma arquibancada com capacidade para 1800 lugares, com som Dolby Digital® surround… e muito mais. Concluindo, este deve ser um local fantástico, para desfrutar de um filme numa noite no verão.
Continuámos o nosso passeio, a pé, em direção a Mrs Macquarie’s Chair,
tendo aproveitado o momento, para tirar uma foto do grupo com um fundo maravilhoso, para mais tarde recordar…
Durante o percurso à beira mar, eram vários os locais que exigiam uma foto
Mrs Macquarie’s Chair é uma rocha cortada no formato de um banco, que foi esculpida à mão por condenados em 1810, para Elizabeth Macquarie, esposa do major-general Lachlan Macquarie, governador de Nova Gales do Sul.
Depois deste belo passeio, regressámos ao autocarro
e partimos para Bondi Beach, uma praia situada a dez quilômetros de distância do centro da cidade e uma das mais badaladas da Austrália.
A caminho parámos em Don Ritchie Grove,
onde existe um pequeno monumento em honra deste homem
que ficou conhecido por ter impedido, segundo os jornais australianos, mais de 160 pessoas de se atirarem de um abismo famoso por atrair suicidas.
Embora alguns tabloides e moradores do local cheguem a elevar essa conta: Don teria impedido 500 pessoas de se atirarem do alto da montanha.
Faleceu em 2012, com 85 anos e virou lenda: muita gente diz que o espírito dele ainda vagueia pelo local e impede as pessoas de se matarem.
Chegámos, entretanto, a Bondi Beach, o paraíso dos surfistas e o ponto de encontro de muito jovens e turistas de toda parte do mundo.
Estava um sol envergonhado e corria uma aragem fresca… mas mesmo assim, havia gente a desfrutar da praia, apesar de ser um dia de semana. Segundo a nossa guia, no pico do Verão ou aos fins de semana, este areal fica apinhado de gente.
Os australianos adoram praticar actividade física ao ar livre, fazerem churrascos e de se bronzearem ao sol que pode chegar aos 40º facilmente. Bondi Beach (pronuncia-se Bondai) é a maior e a mais famosa praia de Sydney, porque possui para além da praia um conjunto de diversas estruturas, como pista de skate, escolas de surf, aparelhos para musculação e um enorme relvado com algumas churrasqueiras, para preparar um churrasco ali mesmo, à beira mar.
Nos dias em que o mar está mais agitado, tem como alternativa um clube junto à praia, com piscinas de água salgada a um preço simbólico de 5 dólares australianos (cerca de 3€,20).
Algumas fotos tiradas neste local:
Terminada esta visita, rumámos em direção do cais de embarque de cruzeiros em Sydney.
Fizemos uma pequena paragem junto à célebre Harbour Bridge (Ponte da Baía de Sydney), para tirar umas fotos. Esta ponte liga o centro financeiro de Sydney com a costa norte, residencial e comercial. É conhecida em todo o mundo por ser o palco principal do espetacular show de fogos de artifício, na comemoração das passagens de ano.
Já no cais de embarque, fizemos o check-in.
Depois, entrámos no navio e fomos conhecer os nossos aposentos que era um espaço simpático. Ficámos instalados no 14.º piso.
Fomos dar uma vista de olhos pelo Ovation of the Seas da Royal Caribbean.
Já havia malta a desfrutar de uma das piscinas
e crianças no parque aquático
Tive que ir visitar o pavilhão polivalente com 6 tabelas de fibra; o bichinho da basquete sempre presente…
Depois da usual reunião sobre a segurança dos passageiros no navio em caso de acidente, ainda deu para tirar as últimas fotos, da varanda do nosso camarote.
Já estávamos de partida com destino à Nova Zelândia.
Sydney ficou para trás, e aí vamos nós rumo à Nova Zelândia…
NÃO PERCA a próxima reportagem: Dois dias em cruzeiro a bordo do “Ovation of the Seas” e chegada a Bay of Islands, na Nova Zelândia.
NOTA: Para ver ou rever as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escritos a azul):
1ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (1) – Dubai
2ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (2) – Abu Dhabi
4 Comentários
Isabel Barros Santos
Obrigada pela tua reportagem! Vamos viajando em sonho! 😂
Boas férias!!
Beijinho.
Lourdes carreira
Obrigado Samuel, é maravilhoso viajar sem sair de casa.
Samuel Carvalho
Grato pela simpatia das suas palavras. Fico feliz por gostar das reportagens. Aquele abraço.
Lourdes carreira
Obrigado Samuel, é maravilhoso viajar sem sair do sofá.