Relatos de uma viagem por terras do Oriente (4) – A bordo do Ovation of the Seas e chegada a Bay of Islands, na Nova Zelândia
14 de fevereiro – Quinta-feira
Partimos de Sydney às 18H45, no cruzeiro “Ovation of the Seas” da Royal Caribbean com destino à Nova Zelândia.
Este é um navio de 2016, com 18 decks e capacidade para 4905 passageiros e 1500 tripulantes… com 347 metros de comprimento.
Temos dois dias pela frente antes de chegarmos a território da Nova Zelândia – Bay of Islands. Este cruzeiro vai-nos levar a diversos pontos deste país e terá a duração de 12 dias.
15 e 16 de fevereiro – Sexta e Sábado
Tivemos que acrescentar uma hora aos nossos relógios.
Ainda com os efeitos do jat lag, acordámos cedo e tomámos o pequeno almoço no Restaurante Windjammer, situado a uma altura considerável, no deck 14, mesmo por cima dos nossos aposentos.
Depois do “mata-bicho”, há que disfrutar dos espaços: seguimos até ao Solário do navio, só para adultos, e fomos apanhar um pouco de sol
e relaxar, abrigados, pois a temperatura lá fora rondava os 23 graus.
O Solário é composto por pequenas piscinas, convidativas, em cascata
e vários jacúzis, ficando situado na proa e com uma vista privilegiada sobre o horizonte.
O navio possui, ainda, duas piscinas de maior dimensão, uma coberta
e outra ao ar livre,
ambas com vários jacúzis, espreguiçadeiras e bares de apoio.
No final da tarde, depois de um dia calmo, há que ir até ao centro de fitness, para queimar algumas calorias… O ginásio está muito bem equipado, incluindo esteiras de última geração, cross trainers, bicicletas ergométricas e aparelhos de peso, melhor que muitas academias que conheço.
Para quem gosta de caminhar ou fazer jogging, tem como alternativa no deck 15 uma pista com 553 metros.
Após o jantar, é agradável dar um passeio pelo navio, onde existem inúmeras solicitações e para todos os gostos… em próximas reportagens abordarei este tema.
17 de fevereiro – Domingo
Durante a noite tivemos que adiantar os ponteiros do relógio em 1 hora.
A diferença horária em relação a Portugal passou a ser de 13 horas!!!
Tomámos o pequeno almoço cedo, pois a saída dos primeiros tenders estava marcada para as 8H20. Tender é uma embarcação que é utilizada de recurso em locais onde os navios fundeiam ou em caso de emergência de abandono do navio, tem uma capacidade de cerca de 100 pessoas e é conduzido pela tripulação do próprio navio. Neste caso, foi utilizado como transfer, já que um navio desta dimensão, não pode chegar mais perto de terra.
O cais de desembarque dos tenders foi em Waitangi, com uma viagem curta. Veja um pequeno mapa elucidativo:
Nesta cidade fica o assentamento histórico de 6 de fevereiro de 1840 – o Tratado de Waitangi que foi assinado aqui entre os maoris e os europeus, e que marcou o início da Nova Zelândia como nação.
À nossa espera, no cais, havia vários autocarros que nos transportariam até ao centro da cidade de Paihia. Uma viagem curta, de 5 minutos.
Paihia é a cidade mais importante da famosa “Bay of Islands”, uma baia repleta de ilhas (144) e somente a 3 horas de carro a Norte de Auckland (a maior cidade da Nova Zelândia).
Em 1890, Paihia já era uma cidade com cinco casas e uma igreja. Agora é o coração da Bay of Islands e a sua porta de entrada.
O nosso grupo marcou uma excursão, para ficar a conhecer esta zona, mas devida à imensa procura só foi possível agendar para as 14H00.
Aproveitámos para dar um passeio a pé e ficar a conhecer esta pequena, mas simpática cidade e ao mesmo tempo aproveitar o Wi-Fi disponível nos cafés e restaurantes.
Os farristas de S. Miguel – Açores, aproveitaram as canções desde musico neozelandês e com muita animação, deram largas aos seus dotes de bons dançarinos.
Eu e a Lena, fizemos uma pequena caminhada ao longo da marginal
Jovens tomavam banhos de sol num ambiente sereno e descontraído
No regresso, viemos pelo outro lado da avenida e observámos alguns pequenos hotéis e restaurantes, sempre rodeados de bonita vegetação tropical.
Visitámos a Igreja Anglicana – St. Pauls
A igreja comemora o famoso missionário Henry Williams.
Paihia St Paul é uma igreja magnífica, num ambiente atraente e a sua associação à importante figura histórica de Henry Williams, torna-a uma das igrejas mais notáveis da Nova Zelândia.
A igreja e o cemitério adjacente datado de 1826, são designados como Patrimônio Histórico Nacional da Nova Zelândia.
Depois desta visita, demos uma volta pelo mercado de artesanato da cidade.
No final da manhã, fomos visitar o cais de Paihia, onde chegam e partem os barcos para Russell, uma viagem que demora cerca de 5 minutos.
Junto à entrada do cais, uma hélice de um navio jaz como monumento.
Ali mesmo ao lado, existe uma pequena plataforma para helicópteros de turismo, era um vai e vem contínuo…
Fomos depois, para o parque situado junto ao cais, repousar até à hora da saída da excursão programada.
Ainda deu para ouvir algumas canções e depois conversar com um Maori (nome dado ao povo nativo da Nova Zelândia).
Pelas 14H00, lá partimos nós em duas carrinhas de uma empresa de turismo familiar, para realizar um pequeno tour pela região.
Fomos até Haruru Falls, uma cascata que tem um significado importante para o povo Maori a quem chamam de “Big Noise” (grande barulho).
O rio Waitangi despenha-se sobre uma lagoa grande e plácida,
sendo um destino favorito para muitos amantes do caiaque.
Seguimos depois para o mirante do Monte Bledisloe, com uma vista panorâmica sobre a Baía das Ilhas.
Neste mirante existe este tipo de bussola, com algumas indicações de locais de interesse histórico.
A caminho do cais de Waitangi, parámos num local lindíssimo, para tirar as ultimas fotos… tendo como pano de fundo a Baía das Ilhas e o nosso navio fundeado ao largo – “Ovation of the Seas” da Royal Caribbean.
Terminada a excursão, fomos apanhar os tenders de regresso ao “Ovation of the Seas”.
Já a caminho do navio “Ovation of the Seas”
Já no interior do navio, a Helena mostra a sua satisfação, por não ter que usar a boia de salvação…
NÃO PERCA a próxima reportagem: Chegada a Auckland, e um tour pela maior cidade e principal centro financeiro e económico da Nova Zelândia. Fique a conhecer o North Star do “Ovation of the Seas”.
NOTA: Para ver ou rever as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escritos a azul):
1ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (1) – Dubai
2ª – Relatos de uma viagem por terras do Oriente (2) – Abu Dhabi
3 Comentários
Elisabete
Vamos estar em Bay of Islands a 7/12
Somos 9 amigos
Pode dar o contacto da empresa do tour que fizeram ?
Muito obtigada
Emf.avelar
João de Sousa
Samuel, como sempre, o texto simples e as imagens de alta qualidade. Como eu costumo dizer: mais vale pouco e bom do que muito e mau.
Samuel Carvalho
Grato João de Sousa pela simpatia das tuas palavras. Como tu dizes e bem, muitas vezes vale mais uma foto que mil palavras.
Aquele abraço.