ISCTEM … a desorganização organizada!
Vem tudo a propósito da cerimónia de graduação dos finalistas de 2016. Começa com o escândalo do valor a pagar, para poder receber o diploma. 22.500,00 meticais por aluno. Impensável que os custos tenham subido de tal forma que leve a cobrar tal quantia. Depois de algumas reclamações o ISCTEM decide baixar a fasquia. Imaginem só: de 22.500 para 19.500 meticais pagável em 3 prestações.
Porque é tradição fazer-se uma cerimónia desta natureza, os pais dos finalistas, depois duma ginástica incrível, lá foram pagando o que o ISCTEM exigia. Afinal qual é o pai ou mãe que não sente orgulho em ver o seu filho trajado a rigor, para receber o diploma?
Desde o início do ano que se sabia que a cerimónia se realizaria a 21 de Abril. Há sensivelmente 3 semanas os finalistas receberam uma informação sobre possibilidade de alteração da data, motivada por um problema de agenda do convidado de honra, o que não era verdade. O adiamento da cerimónia resultava do facto de terem apenas 30 finalistas pagantes.
Numa reunião realizada ontem nas instalações daquele estabelecimento de ensino, um dos responsáveis volta a insistir no adiamento, e uma vez mais a desculpa é a necessidade de conciliar a agenda do convidado de honra.
A cerimónia passaria para o mês de Maio, por um lado porque se aguardava pela confirmação do tal convidado de honra, cuja presença é importante, no dizer dum responsável do ISCTEM, pois “ele é que vos vai dar as ferramentas para vocês se colocarem no mercado de trabalho”, (veja o absurdo desta afirmação que cito de cabeça) e por outro, porque qualquer mudança de datas teria de ficar condicionada à disponibilidade do local da cerimónia, o Centro de Conferências Joaquim Chissano.
Os alunos bateram com o pé e exigiram que a cerimónia se realize a 21 de Abril, como estava calendarizada desde Janeiro deste ano. Com ou sem convidado de honra a cerimónia vai ter de se realizar, até porque, alguns pais dos finalistas, que vivem fora de Maputo e que desejam estar na cerimónia de graduação, já efectuaram despesas de transporte, alimentação e alojamento, para vir até à capital moçambicana, comemorar com os seus filhos, esse momento importante da vida estudantil deles.
É impensável e absurdo que uma instituição como o ISCTEM alinhe neste malfadado esquema de desorganização organizada.
Não sei se devo imputar as culpas desta desorganização ao senhor professor doutor João Leopoldo da Costa, na sua qualidade de Reitor,
ou à SOPREL LDA, (Sociedade Promotora de Ensino e Serviços) entidade que tutela o ISCTEM.
João de Sousa – 19.04.2017