23 Comentários

  1. 12

    Manuel Martins Terra

    Caro amigo João:

    –Depreendo que não foi fácil porventura reunires a matéria para a tua última aula, e imagino o teu estado emocional na hora de te despedires da tua sala de aulas, no fundo a rotina de muitos anos. Para trás ficou um percurso imaculado como docente dedicado à causa, que levou anos a fio a ensinar gerações e certamente com muitas horas de pé junto a um quadro, numa missão de nobre sacerdócio. Um legado que te levou a cruzares com milhares de alunos, muitos deles hoje já no mercado de trabalho, e que te tiveram como professor. Todos nós tivemos no nosso caminho um professor que nos ajudou a projetar o futuro, preparando-nos para os desafios da vida. Falo de um tempo, em que um professor era respeitado e admirado, que nos mostrava que o conhecimento e a valorização passava pela educação. Foi um ciclo feliz e extraordinário, em que estabelecemos amizades que perduram desses tempos já longínquos. Entretanto, os tempos foram mudando arrastando consigo mexidas no ensino que nem sempre foram as melhores apostas, por más decisões politicas que se repercutiram na qualidade da ação educativa. A verdade é que tudo tem um tempo, e com grande mágoa vamos assistindo à irreverência de uma sociedade parca de valores e formulo votos que no próximo dia 5 de Outubro, Dia Mundial do Professor, seja uma jornada de profunda reflexão. O professor para além de uma profissão de desgaste rápido, tornou-se num desempenho de risco, e desde agressões a insultos vão-se registando quase diariamente ocorrências em vários estabelecimentos escolares deste país. Tenho para mim, que ao docente cabe a missão de instruir, porque a educação na verdadeira aceção da palavra, cabe aos pais. Mas quantas vezes o professor, se torna no confidente, conselheiro e até psicólogo? Caro amigo João, sei que sais do ensino de cabeça erguida e com o sentimento do dever cumprido, e também tenho a certeza que ficarás na memória de muitos alunos e formandos que por ti passaram, testemunhos do teu esforço e dedicação. Agora e parafraseando o poeta Jorge Palma, o teu day after , foi o primeiro dia do resto da tua vida. Cabe agora dar mais vida aos anos que se seguem, sempre com esse teu espirito de boa disposição. Caro João, felicidades e muita saúde.
    Um abração, do amigo Manel.

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    1. 12.1

      joão santos costa

      Sobre este teu comentário, tiraste~me os trunfos todos! Só te posso dizer isto:
      OBRIGADÃO AMIGO MANEL.

      Um grande abraço deste teu amigo
      JOÃO

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  2. 11

    vicenteabreuvicente@gmail.com

    Parabéns João pelo belíssimo trabalho nesta nobre profissão.
    Eu trabalhei 10 anos na educação como técnico administrativo. Nunca quis ser professor.
    Um forte abraço e felicidades na sua vida presente e futura.

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    1. 11.1

      joão santos costa

      Olá Vicente
      Eu em 1978 ou 79(?) estava a leccionar na Escola Emídio Navarro em Almada e fui convocado para, temporariamente, apoiar o Director de Pessoal (Dr. Manuel Cássio) no Ministério. Quando terminei a tarefa o Director pediu-me para deixar de leccionar e passar para os quadros do Ministério com um subsidio e isenção de horário.
      Recusei! E até hoje nunca me arrependi.
      Gostei de ler o teu comentário. Obrigado.
      Um grande abraço.
      JSC

      Responder
  3. 10

    Jorge Esteves

    Caro amigo João Costa,
    Parabéns pelo trabalho desenvolvido e aproveita a fase final da vida que bem mereces.
    Um abraço.

    Responder
    1. 10.1

      joão santos costa

      Olá Jorge
      Muito obrigado por este comentário.
      Um grande abraço.
      JSC

      Responder
  4. 9

    Katali

    Olá João!
    Felicito por mais uma bela narrativa sobre uma vida cheia e rica de professor.
    Pelos vistos foi uma aprendizagem única e de excelência, não obstante o desencanto revelado sobre o estado actual do Ensino Hoje, na parte conclusiva do texto.
    De facto muita coisa mudou e nem tudo para o lado negativo, então vejamos: dados reais dizem que apenas tínhamos em 1982, 2% de licenciados no sector privado e actualmente em média entram anualmente 70 mil empregados licenciados no mercado de trabalho, e por outro lado, licenciaram-se na última década mais jovens do que nos 900 anos anteriores.
    Quanto a qualificação e competências, Portugal Hoje, está ao nível das potências mundiais mais avançadas e no ranking mundial tem 4 universidades nas 50 melhores do mundo.
    Abraço, saúde e aproveita da melhor forma uma reforma pró-activa.

    Responder
    1. 9.1

      joão santos costa

      Olá Katali.
      Gostei muito de ler o teu comentário, porque o teu trabalho de pesquisa está actualizado, e os dados que referes estão correctos.
      Muito obrigado por mais esta achega ao meu artigo.
      Grande abraço Katali.
      JSC

      Responder
  5. 8

    Mário

    Parabéns João Costa por este texto que um verdadeiro retrato do ensino pôs 25 de Abril.
    E também de certa forma uma aula.
    A profissão de professor que exerco à 40 anos é a mais nobre de todas e também a de maior importância no futuro de um país.
    Por isso toda a comunidade educativa deve participar
    Com responsabilidade na mesma.
    Os alunos mudaram muito nos últimos 20 anos fruto penso da educação que lhes foi dada.
    Sim um professor forma o aluno,não educa,mas hoje tem de fazer as duas coisas.
    Acresce a carga burocrática que têm e que lhes retira tempo para pensar,para se inovar,para fazer formação acompanhado os novos tempos.
    Apesar de tudo é das profissões mais gratificantes,pois quando sentes que conseguiste atinjir o objetivo de passar a teu saber nesse dia e também muitas,muitas vezes com o que aprendes-
    te com os alunos,sentes uma alegria imensa,que não se consegue explicar,só sentindo.
    Obrigado João Costa por teres ido para esta profissão e verás que serás sempre lembrado pelos teus alunos,que nunca te esquecerão.
    Abraço
    Mário

    Responder
    1. 8.1

      joão santos costa

      Olá Mário
      Também sabia que tens a mesma profissão, e mais uns tempos também está a dar a tua última aula!
      Gostei de ler este teu comentário.
      Muito obrigado, Mário.
      Um grande abraço.

      Responder
  6. 7

    Fernando Alves

    A vida de professor não é um mar de rosas em Portugal.
    Alguns vão parar ao psiquiatra…

    Responder
    1. 7.1

      joão santos costa

      Olá Fernando
      É mesmo! A vida de professor embora gratificante, nunca foi um mar de rosas.
      Obrigado pelo comentário
      Um grande abraço.
      JSC

      Responder
  7. 6

    Brito Gouveia

    Caro João, é sempre gratificante terminar uma importante missão em prol da nossa juventude, com o sentimento e orgulho de dever cumprido. Aquele abraço

    Responder
    1. 6.1

      João Santos Costa

      Olá Brito
      Como há pouco tempo me perguntaste se estava tudo bem comigo!
      Como vez estava ocupado e escrever este artigo.
      Volto a agradecer a tua preocupação e este teu comentário.
      Um grande abraço deste teu amigo .
      JSC

      Responder
  8. 5

    Carlos Pinto

    Parabéns Santos Costa!
    Abraço

    Responder
    1. 5.1

      joão santos costa

      Obrigadão pelo teu comentário, Carlos.
      Grande abraço.
      JSC

      Responder
  9. 3

    Alfredo da Silva Correia

    Também vim de Moçambique, no dia 13 de Setembro de 1974 e também fui professor numa época difícil. Mas a última aula foi passados dois anos, depois de a ter começado, tendo partido para outras aventuras profissionais. Quem quiser conhecer toda uma vida de alguém, que perdeu a sua independência económica em Moçambique, pode ler livros tipo autobiográficos, escritos por Alfredo da Silva Correia. O primeiro, o mais interessante publicado em 2016, tendo 350 páginas, tem o título de “UMA VIDA POR DOIS CONTINENTES E UMA VISÂO DO ESTADO DA NAÇÂO.”. Enfim há quem goste de autobiografias….

    Responder
    1. 3.1

      joão santos costa

      Olá Alfredo
      Gostei de ler o teu comentário e notei que tens uma publicação em livro, desde 2016, sobre Moçambique.
      Sei que também há outras publicações de autobiografias sobre a nossa vida em Moçambique e Angola.
      Obrigado pelo teu comentário.
      Um grande abraço.
      JSC

      Responder
  10. 2

    Nino ughetto

    Tive ocasiào de ser professor enquanto estive no serviço militar no norte de Nampula. Tive uns 20 alunos “pretos”. Eles eram extraordinarios, faziam atençào a 100%, Eu fui muito duro e castigava;os duramente por qualquer falta.. No fim do ano eles foram aos exame e passaram todos.. Eu recebi um éloge na minha cardeneta militar pelo bom sucesso, mas a verdade é que foram esses pobres crianças que respeitando sempre a minha pessoa ,faziam tudo tudo para aprender… Hoje a juventude pensam que a vida é facil e nào querem sacreficios nos estudos… Um abraço a todos professores

    Responder
    1. 2.1

      joão santos costa

      Olá Nino
      Sei que houve amigos meus que também durante o serviço militar tinham uma turma de alunos naturais.
      Eu e outros colegas não podíamos porque em Vila Cabral estávamos pouco tempo no aquartelamento.
      Gostei de ler o teu comentário.
      Um grande abraço.

      Responder
  11. 1

    Marilia Manuela Ventura Nunes Marques

    Muito bem! Excelente texto!
    Vim de Moçambique em 1967. Em Moçambique frequentei o Liceu D. Ana da Costa Portugal. Em Portugal, o Liceu Infanta D. Maria, em Coimbra. Excelentes Escolas, onde aprendi as bases que me deram asas para a vida toda. Aos Professores o devo!
    Grata aos Professores que “puxaram” por mim.
    Professores como o Senhor, são o orgulho dum país. Deviam ser mais respeitados. E os pais deviam agradecer.
    Kanimanbo, Professor!

    Responder
    1. 1.1

      joão santos costa

      Muito obrigado por este teu comentário, Marília.
      gostei de ler.
      Um bjinho.
      JSC

      Responder

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