A nossa Praia da Polana
Atrevo-me a apostar em como não há nenhum ex-residente em Lourenço Marques que não tenha conhecido a praia da Polana!
Foi no passado dia 6 de Maio de 2023, no Almoço de confraternização dos antigos alunos da Escola Industrial (EIMA) de Lourenço Marques, que me veio à memória esta recordação.
Quero felicitar os organizadores deste encontro, o Carlos Prata, o Jaime e o Inácio, pelo excelente trabalho que desenvolveram para acomodar os cerca de 217 convivas que apareceram. Todos bem recebidos e servidos!
E os inscritos responderam à chamada
“Perdido” na “bula bula”, para pôr a “conversa em dia” com colegas e amigos de escola que já não via há muitos anos, fiquei sem o lugar na mesa que tinha destinado! Escolhi outra onde estava o Cândido, figura muito popular do nosso tempo de escola, por ser conhecido por, “Cantinflas”.
Já todos acomodados, durante o almoço
Quando estavam a servir a bebida ele perguntou-me se eu queria uma “Catembe”, vinho com coca-cola.
E foi a partir da conversa sobre a praia da Catembe, e das viagens que fazíamos no “gasolina”,
barco pertença do nosso colega Válter, que me veio à memória a nossa, Praia da Polana.
Creio que foi “baptizada” assim, por na altura a Polana ser o bairro mais próximo. E o bairro do Sommerschield que embora mais próximo, ser mais recente!
A nossa praia começava no Pavilhão de Chá junto do Clube Naval e terminava em frente aonde hoje é o autódromo.
Desde miúdo que me apaixonei por ela! Foi a primeira que conheci. Fazia parte da minha vida.
Esta minha paixão era partilhada por dezenas de milhares de pretendentes de todas as raças e credos, sem nunca nenhum ser excluído. Com tantos pretendentes eu nunca tive ciúmes!
Nos princípios dos anos cinquenta do século passado diziam que era a praia dos pobres! Porque os mais abastados, para fugirem ao movimento, iam no automóvel para a Costa do Sol, ou outra.
A praia junto ao Dragão d´Ouro e Miramar foi desde sempre muito concorrida. Porque naquele local, junto ao parque de campismo, existiu em tempos, o restaurante “Peter´s”. E depois ali, ou próximo, o Dragão d´Ouro.
Em miúdo era tradição as famílias, passarem o dia nessa Praia.
Lembro-me que nos domingos de Verão, depois da missa da manhã (a minha mãe era católica praticante), apanhávamos o machimbombo (autocarro) n.º 2 até à baixa.
Junto ao Café Djambu, fazíamos a muda para o n.º 1 que, fazia a carreira para a Costa do Sol. Era um machimbombo ronceiro e o mais antigo que andava em circulação.
Saíamos em frente do parque de campismo, entre o Miramar e o Dragão d´Ouro. Porque até à Costa do Sol o meu pai tinha de pagar mais duas zonas.
Depois de escolhido o local e guardarmos debaixo do guarda-sol a cesta com o “farnel reforçado” que a minha mãe tinha preparado para o almoço e lanche, íamos brincar na areia, ou junto à água, com os outros miúdos. Mas sempre “debaixo d´olho” da minha mãe! O meu pai entretinha-se a ler o jornal Notícias, que era habitual comprar aos domingos.
Ao fim da tarde, com as costas a “ferver de queimadas”, voltávamos para casa. Enquanto esperávamos pelo machimbombo, se tivesse sobrado “farnel”, alimentávamos os macacos que vinham à nossa beira, junto ao parque de campismo, e faziam a nossa alegria.
Com o passar dos anos, nas manhãs dos sábados e domingos, íamos a pé em grupo para a praia em frente ao autódromo, porque ali havia mais espaço para se jogar futebol. Quem chegasse primeiro fazia as marcações do campo na areia.
Nos domingos chegávamos a casa para almoçar à pressa! Porque as matinés do Scala, Avenida, Gil Vicente, Varietá, Manuel Rodrigues, São Miguel, Infante… ou outro estavam à nossa espera!
Foi no princípio dos anos sessenta, que junto ao parque de campismo, a praia do Miramar passou a dispor de mini-golfe e um drive-in.
Mas não era só por isso que continuava a ser a nossa praia preferida!
A nossa frequência ali era maior para se meter conversa e aprender “inglês de praia” com as “bifas”, (sul-africanas) que ali estavam de férias.
Algumas vezes tínhamos sorte! Elas davam-nos “trela” e ensinavam-nos palavras soltas de “inglês”.
Mas às vezes, também se tinha azar!
Foi o que aconteceu ao meu amigo “MV”. Não refiro o seu nome porque não estou autorizado, mas sei que ele lê este artigo!
Contou-nos à noite no café que, pelo “lusco-fusco” do fim da tarde desse dia, próximo do local aonde hoje é o autódromo, estava com uma “bifa” no banco de trás do carro, tinha os vidros abertos e um rádio portátil a ouvir música, pendurado no ventilador da porta da frente. Estavam tão “entretidos” que só ouviram a música afastar-se! Saiu do carro e viu o vulto de um “mufanita” (miúdo) a correr pelo meio das casuarinas com o rádio.
Perguntámos-lhe porque não foi atrás dele?
Contou-nos que com o medo tremia como “varas verdes”! Foi maior o susto que o valor do roubo. Que só quis foi sair dali. Ficou-lhe de emenda! Avisou-nos para nunca mais se escolher aquele local, porque podia dar para o “torto”!
São estas recordações que marcam para sempre da nossa vida em Lourenço Marques! Se quiserem podem utilizar este espaço no final deste artigo, para um breve comentário.
- Fotos retiradas com a devida vénia do blog: The Delagoa Bay e Houses of Maputo.
Para nós, com o BigSlam, o mundo já é pequeno…. Muito pequeno!
João Santos Costa – Maio de 2023
21 Comentários
PAULO FILIPE OLIVEIRA
Adorei ler! Falta-me uma foto, e fartei-me de pesquisar, do ‘Bar Volante’ que existiu à entrada do parque de campismo, a entrada mais junto onde seria o Mini Golfe. Também me recordo e não encontro qualquer referência a outro bar junto à praia mas do Bilene, o Tamar. Meados doas anos ’60
João Costa
Quero voa agradecer o tempo que dispensaram a ler este artigo a recordar a “nossa Praia da Polana”, e o tempo inesquecível que lá passamos!
Um agradecimento especial aos que colaboraram com os seus comentários. E dizer-lhes que é gratificante lê-los, porque só o enriquecem.
Estão todos convidados a ler e participar nos próximos artigos que o “nosso ponto de encontro”, BigSlam, vai publicar.
Muito bem hajam.
JSC
Virgilio Horta
Olá João, desde o nosso almoço, que serviu para pormos a conversa em dia, falámos sobre a nossa terra e agora vens-nos lembrar como era a nossa praia da Polana. Ficamos com uma nostalgia, que dói. Parabéns por mais este teu artigo, que nos transporta outra vez à nossa terra. Continua… Grande abraço
José Agostinho Teixeira Correia Gomes
Não tenho comentários estão feitos. Recordações e lágrimas são muitas
Obrigado
Augusto Martins
Obrigado a todos os intervenientes nesta minha viagem maravilhosa ao PARAÍSO.
Eu sou um pouco mais velho do que os autores do artigo. Nasci em 1939 e vivi tudo isto um pouco antes, conservando ainda uma boa memória, que me permite reviver com intensidade toda a evolução que nos conduziu aos dias de hoje..
Por isso, sinto-me no dever de acrescentar alguns pormenores. Toda esta zona teve muitas e profundas transformações a partir dos anos 40 .
Assim: Os nomes das ruas e avenidas que vou citar são os existentes naquela época e de que ainda julgo lembrar-me.
Naquela data, a Av. Ant.º Enes terminava a seguir ao Hotel Polana. Desse ponto e após uma larga curva para a esquerda, partia a Rua de Nevala:
(PONTO A)- Na continuação dessa curva e para a direita (portanto para o lado do mar) surgia uma rua (que julgo ter o nome de R. Bayly) que descia para o mar e em direção à Costa do Sol. Ao fim de cerca de 1 Km. havia uma grande curva à direita, seguida de uma reta que terminava no local em que se cruzava com a Av. Marginal;
(PONTO B)-No cruzamento dessas duas vias e sobre as dunas altas ainda existentes, havia um parque de estacionamento em meia lua, ao lado do qual estava instalado o tal Restaurante/Bar PETER’s, que nos anos sessenta se transformou numa “Boite”, com espetáculos e música de dança, bastante concorrida e mais tarde desativada.
Para se ter uma ideia da distância a que estava situado o Peter´s, eu proponho o seguinte: A distância do Dragão d’ Ouro até ao MiniGolf , seria aproximadamente metade da distância do Minigolf até ao Peter’s.
Agora, se me permitem, gostava de vos dar alguns pormenores dessa velha estrada alcatroada e estreita que desapareceu após umas grandes chuvadas que ocorreram na época e que obrigaram a transformar toda a zona.
No meu PONTO (A) antes referido e atrás de umas grandes casuarinas, estava instalada a sede do CLUBE de GOLF com os respectivos e enormes campos relvados. Daí partia uma estreita e já alcatroada rua em declive, ladeada por enormes eucaliptos que delimitavam, à esquerda, os campos do Clube de Golf. A seguir a essa propriedade, havia uma grande exploração pecuária com um estábulo em alvenaria, que julgo que teria sido propriedade da Família KASIMATIS.
A cerca de 1 Km da sede do Clube de Golf, essa rua descrevia uma grande curva à direita, que era seguida de uma reta que terminava no ponto em que se cruzava com a Marginal da Costa do Sol,no (PONTO B).
Foi nesse troço (A/B) que veio a surgir, nos fins dos anos 50, a Urbanização de Sommerschield A. Foi nessa zona que, anos mais tarde foi construído o enorme prédio BUCCELATTO (único e o mais alto). Do lado direito dessa rua e em declive até à marginal só havia mato, povoado por macacos, e pequenos carreiros que levavam as pessoas até ao Camping e às praias.
Posso acrescentar que, eu próprio e alguns colegas do liceu estivemos num acampamento da M.P. realizado nestes terrenos já abandonados do Clube de Golf, nas férias da Páscoa de 1957 e de onde escapávamos às tantas da noite para irmos visitar as “bifas” do Camping da Praia. Aproximadamente no local desse acampamento, veio a ser construído, uns anos depois, o Prédio Buccelato.
Grande abraço, com votos de muita saúde para todos.
João Costa
Augusto, também me recordo de parte do que referes no teu comentário! Da parte final do Somerschield, aonde era o antigo campo de golf e aonde eu com um colega de escola íamos apanhar massalas, recordo-me perfeitamente! E até já foi relatado num artigo que está aqui publicado no dia 18deJaneiro de 2021, com o título: “Memórias que o tempo ainda não apagou da linda Lourenço Marques”.
Muito obrigado por este teu comentário que nos vem contar parte do que nós desconhecíamos da “nossa Praia da Polana”.
Um grande abraço.
Augusto Martins
Esta é uma das formas de revivermos e agradecermos a felicidade que aquela terra nos agraciou.
Grande abraço.
R. Gens
Caro Augusto Martins, obrigado pela informação pormenorizada nomeadamente em relação a dois pontos que eu levanto num comentário ao João. Não sei se foi relacionado com isso mas penso que a sua informação tira dúvidas e completa até os assuntos:
1. Quanto ao Peters se você diz que ficava onde a estrada que vinha do interior se encontrava com a marginal, foi por aí, do lado da praia, que veio a ser construído o CMD. Essa estrada devia ser a que passava – para quem descia para a praia – à direita do campo do SLM Benfica e depois acabava numa rotunda junto ao CMD. Há uma foto de 1936 tirada do norte que mostra o seu inicio no alto, o Hotel Polana, a rua da Nevala, a sede do Clube de Golfe e uma construção que presumo fosse a tal exploração pecuária. Você devia gostar de a ver, é pena não se poder fazer cópias de ligações para aqui.
2. Quanto aos parques de campismo que eu notei ao João ter havido um anterior ao do Miramar, você dá a entender que o da sua juventude ficava abaixo donde veio a ser o prédio do Buccelato. Ora eu estive a ver o google maps e isso corresponde ao que eu penso, que ele ficava onde veio a ser a zona das “palhotas” até porque era onde havia mais espaço entre a barreira e a praia, pois daí para o lado do Pavilhão de Chá a passagem era apertada em relação ao que se vê desse parque nas fotos antigas..
Obrigado.
Augusto Martins
Estimado R. Gens
Peço desculpa por só hoje estar a responder ao seu post e, simultaneamente, por me dirigir a si na 2ª pessoa. Mas acho que é mais consentâneo com a nossa vivência e passagem por aquele paraíso.
Do que escreves, no Ponto 1, confirmo tudo. Essa é a zona do CMD actual.
Do Ponto 2, julgo necessário, fazer pequenas alterações. Nos princípios dos anos 50, houve umas grandes chuvadas que fizeram ruir totalmente a barreira que descia da Rua Bayly (a tal que descia da sede do Clube de Golf até ao Peter’s) e arrasaram a que na época era designada por “Praia do Palmar”. Nessa zona, a Cãmara Municipal tinha anteriormente construído umas casinhas (pequenos Chalets), que alugava aos interessados na época balnear e que foram completamente soterradas e tiveram que ser desmanteladas.
Essa era uma rua estreita, pavimentada com placas de cimento ladeadas de palmeiras (de onde se originava a designação do nome da praia) e seguia em linha reta, entre o Pavilhão da Praia e o Dragão d’ Ouro.
Nessa zona da Praia do Palmar, entre a rua e o areal da praia, debaixo da sombras das árvores existentes e onde proliferava a macacada, havia algumas mesas e bancos onde as pessoas faziam piqueniques nos fins de semana, quando os macacos não conseguiam roubar a totalidade dos cestos que continham os alimentos. Essa era a praia mais concorrida, até essa época, por ser a mais próxima da cidade e já servida pelo machimbombo Nº. 1, que partia da Praça Macmahon e da Estação dos C.F.M..
Esta zona estava compreendida entre o Dragão D’Ouro e o Pavilhão da Praia, onde existia a rede e prancha de saltos. (Esse Pavilhão da Praia tinha sido construído, muito perto do local onde terminava a estrada do Caracol da Polana. Mais tarde, foi aí que o CARACOL se cruzou com uma nova via que teve que ser construída e designada por Av. Trigo de Morais, que subindo do Clube Naval daria acesso à Av. Antº. Enes, perto do Hotel Polana).
Foi em consequência dessas alterações então fundamentais e necessárias, que surgiu o desmantelamento do Pavilhão da Praia e a construção da Av. Trigo de Morais.
A praia deixou de existir, devido à necessidade técnica de se construírem uns espigões em betão, para escoamento dos esgotos, que conduziram à degradação completa da zona balnear e ao seu abandono.
Foi em resultado deste abandono, que houve necessidade de criar as estruturas que deram origem à nova, muito famosa e concorrida PRAIA do MIRAMAR e ao novo Parque de Campismo, já completamente infraestruturado para o efeito e grande polo de atração do turismo sul-africano.
Muito mais tarde, já nos finais dos anos 60, a meia distância da antiga zona designada por “Praia do Palmar”, foram construídas as tais Palhotas onde foi instalado um Salão de Chá concessionado à Ordem de Beneficência de S. Vicente de Paulo.
Penso que agora, tenha conseguido expressar completamente tudo o que a minha memória ainda conserva, quase fotograficamente.
Um grande abraço e votos de muita saúde para todos.
Arnaldo Pereira
Olá João,
Mais um belo artigo, a que já nos vais habituando (para não variar).
Recordei a observação do Manuel Martins Terra, sobre o Vedor (e o «passeio» ao longo do areal sem deixar cair a bola) que eu conhecia pessoalmente dos contactos que fazia na Breyner & Wirth, onde ele trabalhava!
Depois, há a acrescentar as tropelias dos macacos, para apanhar umas “migalhas”. Havia quem levasse bananas e amendoins de propósito só para ter a atenção da macacada!!!
Quanto a peripécias, tive algumas, em particular no Dragão de Ouro – uma com as bifas (aliás, com uma bifa!), e outra durante uma sessão de baile, em que um colega meu (da Companhia de Seguros Nauticus), me transportou até ao Dragão e fui convidado a cantar.
Acontece é que estava com uma carraspana de todo o tamanho (tínhamos acabado de estar num jantar de despedida dum colega)… e fiz uma triste figura – primeiro, a caminho do palco (a andar aos zig-zags) e depois, a atirar com o atril e o microfone ao chão.
Foram cenas que nunca esqueci!!!
Entre muitas outras…
Aquele abraço.
Manuel Martins Terra
Caro amigo João, que gratas recordações da Praia da Polana, aqui no teu post avivadas .Uma praia que registava uma forte afluência de banhistas, que procuravam aquele espaço para apanharem sol, darem uns mergulhos e umas braçadas e atividades ao ar livre. Foram vezes sem conta, que petiz ia acompanhado dos meus saudosos pais, que tomavam conta dos seus filhos e só no final da tarde domingueira, se fazia o regresso a casa, depois de um dia de praia. Já adolescente , apanhava o machimbombo da carreira nº 17, que partia do Alto- Maé e deixava passageiros na paragem do Miramar, antes de rumar até à Costa do Sol .Lembro-me que quando a maré vazava, se marcava a terra molhada com fitas plásticas e se colocavam balizas com tubos plásticos leves, para se iniciarem animadas peladinhas, em que os vencidos lhes competia pagarem o almoço aos vencedores, no inesquecível Dragão D`Ouro ( hoje infelizmente já demolido). Lembro-me do senhor Vedor, percorrer o espaço entre o Dragão de Ouro e o Miramar, a dar toques na bola sem a deixar beijar a areia. Da apanha dos caranguejos, que se escondiam nos rochedos de proteção ao paredão, e que colocávamos com muita atenção em baldes. Das amêijoas, que com muita perspicácia conseguíamos apanhar, depois de o mar deixar de enrolar na areia. Da famosa esplanada do Miramar, onde se comiam pregos bem preparados, acompanhados de umas cervejas, Laurentina ou 2M. Em Dezembro, era a costumeira invasão de turistas sul-africanos, em gozo de férias e que em grandes filas se deslocavam para o Parque de Campismo, arrastando grandes caravanas, rebocadas por automóveis de potente cilindrada, com as matriculas TJ. Era o período de lazer, diversão e boa gastronomia, com os bolsos cheios de rands. Também não perdíamos pitada, para observar as elegantíssimas “bifas”, presenteadas por piropos românticos, rematados de frases estudadas e de inglês prático a que as moças correspondiam com sorrisos matreiros. Os que aprofundavam mais a matéria, safavam-se melhor. São estas as marcas do passado que ainda hoje nos conseguem cativar, e das quais não nos conseguimos desprender. Um grande abraço do amigo, Manel.
João Costa
Era mesmo o que tão bem aqui descreves neste teu comentário, que só vem complementar este meu artigo, Manel.
Muito obrigado.
Um grande abraço deste teu amigo.
Nino ughetto
Joào ,Fernando? Costa e tantos tantos outros Enfin Infelizmente ,embora tenha conhecido centenas ou milheres de pessoas e amigos… Que dizer ?? a memoria me faz eerar; e me lança num profundo sonho de que nada existiu… Quando vejo essa fotos , CHORO pois nào quero acreditar que possa ter existido esse Lourenço Marques que se apaga do meu pretendito sonho… Como foi possivel ter sido tudo tudo destruido… Hoje com quase 80 anos ,so vivo com essa recordaçào de que tudo passa tudo acaba Foi um sonho maravilhoso destruido …por quem ? como ?….O meu primeiro grande amor foi a Leonor Gonzaga Conheci:a em Vila Cabral, depois no fim do sserviço militar em L.Marques… ,depois tudo acabou em Lourenço Marques…em 1975..
Francisco Távora
Imagens reveladoras de mutos, e lindos, sonhos desfeitos, por concretizar…
Fernando Marques
O Peter’s é actualmente o Marítimo.
João Costa
Muito obrigado por esta achega, Fernando. Eu lembro-me de ouvir os mais velhos situarem-no na zona que descrevi. Mas pelos vistos era um pouco mais acima!
Muito obrigado pelo comentário.
Um grande abraço.
R. Gens
Bom artigo.
No entanto eu tenho dúvida sobre duas passagens que são pormenores. Não sei se o João tem certezas sobre elas e aí o caso ficaria resolvido mas se nâo tem seria boa oportunidade para que alguém mais “veterano” aqui nos informasse.
Primeiro é sobre a localização do Peter’s que o João diz ter sido perto do parque de Campismo, intui-se pelo texto anterior que o do Miramar. Mas as minhas “impressões” (e mais nada que isso) é que o Peter’s era onde depois foi construído o Clube Marítimo de Desportos por isso algumas centenas de metros afastado para o lado da Costa do Sol.
Segundo é de onde é a foto que o João legenda como sendo “estrada no parque de campismo”. Há uma foto mais antiga que parece ser do mesmo local que sustenta essa legenda, mas esse parque não seria o do Miramar, seria um anterior que teria estado onde depois apareceram as “palhotas” ou um pouco antes disso do lado da Baixa e que é o parque que se vê na foto anterior com o carro TAL (que acho estava estacionado no sentido errado).
Por isso se o João ou alguém voltasse a estes pontos eu agradecia.
João Costa
Caro amigo, Gens.
O comentário acima, do Fernando Marques, tirou-nos a dúvida sobre a localização do Peter`s.
Sobre a estrada do parque de campismo tenho em ideia de ser esta. Mas vamos aguardar que alguém num comentário nos desfaça a dúvida.
Um grande abraço.
Rogério Higino Moreira Gens
Caro João.
Sobre os dois assuntos que lancei aproveito em cima o comentário do Augusto Martins para os desenvolver mais um bocado.
Mas voltando à foto da legenda “estrada no parque de campismo” olhei agora com “mente fresca” para ela e realmente é capaz de ser na zona do Miramar, só que a estrada devia ser ai mais estreita do que depois veio a ser.
Por isso o meu “alerta” de que tinha havido um parque anterior ao do Miramar aplica-se só à foto com o automóvel TAL e pelo que diz o Augusto Martins ele devia ter realmente sido na zona onde depois apareceram as “palhotas do chá e scones” (e onde penso que onde foi feito também um lago decorativo).
Cumprimentos.
Wanda Serra
Olá João adorei como sempre o teu fantastico artigo.
Alias como todos os outros 😊
Estas sempre de parabéns.
Beijinhos João
Karel
Parabens a todos que comentaram acerca da praia da polana com muito acerto mas logico algumas discrepancias, poucas que nao comento porque nao participei nem participo do grupo e tambem o que eu possa,acrescentar sairia do fundo do meu coracao e molhado pelasxlagrimas que acompanhariam as minhas lembrancas ja que vcs viviam a praia da polana aos finais de semana exeu vivia la durante a,semana
Muito grato
Karel pott – 81 anos