COMO “SUBIR NA VIDA”!
Utilizando os degraus das “Famílias e Amigos”
Informar também é fazer “SERVIÇO PÚBLICO”
Desde muito novo que na antiga LMarques ouvia falar nas “Famílias”: Tenreiro, Champalimaud, Mellos, Espírito Santo, Alfredo da Silva, Alves Ribeiro,… que entre outras, na época dominavam a economia deste país.
Porque eram donos dos seus grupos económicos e “disto tudo”, não me importava, nem importo! – que um administrador “destas famílias” tenha ajudado, ou ajude, a “subir na vida” familiares, amigos, e conhecidos, convidando-os para seus colaboradores.
A seguir ao 25Abr74
Fomos sabendo pela comunicação social que, convivendo com “estas e outras” apareceu ligado aos partidos, governos e formações políticas um “novo conceito de família”.
Ainda pensei que, com a alternância dos governos e partidos, este “novo conceito” terminasse. – Engano meu! – Nisto, de famílias cada governo é pior que o anterior.
Com “estas famílias” já me importo! Por isso não vou ficar calado!!
Não admito; nem de maneira nenhuma posso aceitar! – E acho até uma afronta aos portugueses que, até agora, cada vez que muda o governo do meu país, os governantes unidos por velhas amizades e parentescos, numa falta de respeito por todos, convidem para lugares de responsabilidade; – na administração ou empresas públicas, – não os mais competentes!! – Mas familiares, amigos ou conhecidos – Sem saberes nem conhecimentos para os cargos que vão desempenhar.
“Gente bem falante”. Alguns, até, detentores de currículos medíocres e duvidosos! – Mas que ascende ao poder não por mérito, mas por “compadrio”. E não passam de meros comissários políticos. São conhecidos por “boys ou girls” (rapazes ou raparigas), que numa falta de respeito por tudo e todos, ultrapassam na hierarquia os funcionários de carreira.
Tenho amigos, mais politizados que eu, que me dizem que isto é usual! – Porque como alguns dos indigitados não têm conhecimentos suficientes para os cargos, nomeiam assessores com experiência para satisfazerem as suas clientelas partidárias.
Para se ficar com uma ideia dos “tentáculos das família” basta ler os artigos do João Miguel Tavares divulgados no jornal Público de 24Out2017 e 16Dez2017. – Ou do José Goulão, publicado no Expresso em 05Dez2017, onde ficámos a saber que para substituir o Eduardo Catroga de presidente do conselho geral da EDP apareceram logo, entre outros, dois candidatos fortes ao lugar”. – Fui indagar!
Eram Fortes!!- não porque tivessem tomado “ferroquinol, óleo de fígado de bacalhau ou outro suplemento vitamínico”. – Verifiquei que eram fortes porque estavam/estão ligados às tais famílias políticas!
Pouco me importa quem foi o escolhido; a EDP é uma empresa privada.
Mas são estes “candidatos fortes” que fazem com que os “ fracos”, tão ou mais capazes que os fortes; só porque não estão ligados aos “amigos e famílias políticas”, quase nunca sejam seleccionados.
Relato a seguir o que me motivou a fazer este “serviço público”!
Contou-me um ex-aluno que, na “minha” Câmara de Almada, a nova vereação tem estado, desde Janeiro de 2018, a despedir funcionários com vínculo precário. Estranhei! Porque a recente lei da vinculação de precários, pretende integrá-los nos quadros, e não despedir!
Como é a “minha Câmara”, e eu nada soube, perguntei ao meu grupo de amigos do café, se sabiam alguma coisa. – Disseram-me que tinham ouvido falar! – Que eram precários que tinham acabado o período de contrato, e este não lhes foi renovado.
Pesquisei! – Em Abril, foram realmente despedidos 51. – Aqui têm o vídeo.
Depois de ouvir os argumentos da senhora Vereadora dos Recursos Humanos, até compreendo! – Sei que a Câmara, porque tem necessidade deles, vai abrir concurso público para o preenchimento destas vagas, e estes 51 trabalhadores podem concorrer. Mas também sei que estes concursos são, muitas vezes, processos pouco transparentes, de compadrio, altamente dependentes das chefias! E que possivelmente tudo se pode “cozinhar” para que muitos destes lugares sejam preenchidos pelos tais “candidatos fortes!”.
Que utilizam os degraus das ”famílias e amigos”, para subir na vida! E como adesivos e lapas ficam colados ao poder, para meterem novos amigos.
Veja o vídeo seguinte “Panelinha”!
Para nós, com o BigSlam, o mundo já é pequeno!
João Santos Costa – 4.Junho.2018
6 Comentários
Eduardo Serrano
Olha João.Não penses que isso acontece só na câmara de Almada que até virou socialista.Acontece em tudo o que tem a ver com o poder político na altura.Os que sobem ao poder têm que dar tachos a quem os ajudou a subir e por acrescimo a quantos os rodeiam.Ou porque são familiares ou porque têm favores a psgar.
Parabéns pela tua coragem em te imiscuires com esta gente da política.
Por estas e por outras é que me deixei de me preocupar com a política e com os politicos.Eles não lutam para o bem do povo.O que eles querem é viver á custa do povo.Para que isso aconteça rodeiam se de medíocres que os bajulam até dizer chega.
Cuidado com essa gente que não olha a meios para atingir os fins.
Um abraço
Guilhermina Martins
Isto já eu venho dizendo há anos sem fim.
Os lugares de topo são todos para amigos, filhos, enteados, sobrinhos etc.
Uma qualquer pessoa que não esteja ligada a partidos ou encostada a gente que a eles pertença não passa da cepa torta. Os lugares são ocupados por gente que nada sabe e para fazer valer a sua falta de conhecimento dos sectores onde são colocados não têm pejo algum em maltratar os que trabalhando nesses sectores há anos e sabendo bem como as coisas se fazem, os obrigam a fazer coisas que esses iletrados mandam e que adquiriram canudos sem nada saberem. Isto é um País do faz de conta.
ABM
he he he – reparaste.
Anabela Costa
Sem muitos comentários… Porque levaria imenso tempo… Porque é Histórico porque desde Sempre houve Mandoes e Submissos nas Sociedades! O Homem já viveu sem Democracia, depois à moda Monárquica, por fim, à moda Republicana… Neste conceito aparecem Partidos de Esquerda, Direita, Centro, etc… O Homem/ Mulher quer “poleiro” nesses Partidos… Seus Cooperantes quem serão? Os Familiares, os Amigos, os Padrinhos ( de interesse) Económico, Financeiro, Judicial, etc… Logo, aparecem os “lobbies”, “as cunhas” para os desempregados, e é assim que surge o “ZE Povinho”, que é considerado “classe baixa”, com poucos estudos, com trabalhos difíceis e mal pagos, e se entregam na Política dos Partidos, na chamada Função Pública em cargos menores… Quem será filho de Pai Rico, tira Curso Médio ou Superior e, lá vem “a Cunha politica” para o exercício de um Cargo, seja em que Área de Trabalho for…
maria ema cardoso
Na política a democracia é dar a todos o mesmo ponto de partida. Quanto ao ponto de chegada, depende de cada um.Abraço amigo 🙂
Katali Fakir
“O triunfo dos porcos”, não obstante gostar cada vez mais dos animais, quanto mais conheço as pessoas, eu que até sou Muçulmano, não é que começo a “admirar” os porcos mais do que os outros animais, porque estes de forma “triunfante” olham-nos de igual para igual, enquanto que os cães não passam de uns fiéis amigos que nos olham por baixo e os sacanas dos gatos, quais imperadores “Bonifácio” por cima…
” A maior lição da vida é a de que, ás vezes, até os tolos têm razão e a democracia ser o pior de todos os regimes com excepção de todos os outros” (Churchill, Winston).