E os índios Apaches apareceram na reserva dos Sioux…
Na manhã das 12 primeiras luas do mês de Agosto, estava a tribo de índios Sioux reunida na sua reserva, para lá dos montes de “El-Bartolomeu de Messines”, quando o “Grande chefe Touro Sentado” Casquinha [1] ” disse à linda esposa “Nuvem Branca, Fátinha [1] ”:
– Hog (cumprimento índio, com o braço direito semi-levantado) Nuvem Branca.
O chefe Touro Sentado ao consultar o “Grande Espírito” no nosso Totem Sagrado; e pelos sinais de fumo que se vêem para os lados da Serra de São Marcos, algo diz que antes do pôr-do-sol temos a visita dos Apaches!… Para os receber, vou com os meus bravos às terras dos caras pálidas buscar um “javali e outras iguarias”.
Já pedi às nossas filhas: “Ana – Estrela da Manhã”; “Cátia – Raio de Sol” para aprontarem as mesas. A “Filipa – Águia Branca” está a preparar o “cachimbo da paz” com malte e lúpulo fermentados (cerveja); e sumo de uva estagiado (vinho), entre outros!
Montados nas suas cavalarias das mais puras raças, alemãs, inglesas, francesas entre outras! Todos acima dos 90 cavalos, sem que nenhum fosse do puro sangue lusitano! Os Apaches começaram a chegar a “El –Vale de Fuzeiros” à “tipi” (casa) voltada para o sol nascente.
Esta “tipi” é uma casa de bem! Abençoada por “Manitu”, (Deus índio representado pelo Sol). Muito diferente da “Casa do sol nascente” (House of rising sun) de Nova Orleans, cantada pelo grupo “The Animals” que, como diz a canção, “… tem sido a ruína de muitos garotos pobres…”.
Como prova que o “machado de guerra” foi enterrado, o chefe “Touro Sentado” e esposa estavam muito contentes ao verem Apaches e Sioux disputarem desportos aquáticos, onde não houve vencidos nem vencedores. Sendo todos, num gesto de amizade e boa vontade, convocados a fumar o “cachimbo da paz” e fazer a provadura de algumas iguarias preparadas pelas “Indígenas”, esposas dos Apaches. Que, em agradecimento, foram homenageadas com esta linda canção:
O acordo de paz foi selado quando, em “amena cavaqueira” com o “cachimbo da paz” na mão, começaram a saborear o “javali” e outros acepipes!
Depois de dançarem a “dança do pôr-do-sol” ao som de uma malga cheia de caldo verde; já com a nova lua aparecer no horizonte, os Apaches em fila indiana, agradeceram ao chefe “Touro sentado”, à sua esposa “Nuvem branca” e a toda a sua prole tão alto evento e regressaram à sua tribo
ao som das violas dos Shadows com o tema Apache.
[1] : – José Domingues da Costa- Casquinha (O “grande chefe Touro Sentado”) e a esposa M.ª de Fátima Costa – Fátinha (“Nuvem branca” ) têm a seu cargo a aldeia de Ndivinduane a cerca de 3 horas de Maputo.
Ver a reportagem do Samuel Carvalho no BigSlam (Clicar no link seguinte escrito a azul):
Quero agradecer ao Mário Silva “Márito” no arranjo fotográfico e “Casquinha” na cedência de fotos.
Para nós, com o BigSlam, o mundo já é pequeno!
João Santos Costa – Agosto de 2017
Um Comentário
Rui Baptista
Um abraço amigo para todos os “moçambicanos” de alma e coração.