Moçambique o paraíso onde vivi…
Os americanos promovem, em filmes e fotos, o arquipélago do Havaí no Oceano Pacífico. Dizerem que pelas suas belezas naturais é um “Paraíso na terra”. E por isso em algumas ilhas não deixam entrar a “mão do homem” com o progresso.
Preferem-nas no seu estado natural, como Deus as criou.
Ao ver aqueles filmes e fotos veio-me à ideia um país aonde vivi.
Fica situado na África Austral. Chama-se Moçambique.
Para os que não o conheceram poderem fazer um juízo de valor, apresento a seguir os motivos por que considero aquele país um Paraíso.
Tinha/tem tudo que o Havaí tem! E mais a vida selvagem que o Havaí não tem.
– Tinha/tem praias de encantar! Possivelmente algumas já “alteradas (?)” pela mão do homem com a civilização e modernização: – A Ponta do Ouro, Ponta Malonguene, Inhaca, Bilene, Ilha de Sta Carolina, Bazaruto, Praia das Chocas em António Enes, as ilhas do Ibo e Quirimbas, são só algumas. Tem muitas outras!
– Tinha/tem retiros de sonho, ricos em fauna e flora para contactos com a vida selvagem. E outros para actividades nos tempos livres em contacto com a natureza: – Namaacha, Marracuene, Reserva de Maputo, Parque da Gorongosa, Reserva do Niassa e mais!
Vivi na capital do país até 1975.
Uma cidade moderna com padrões de vida europeus, que era o ponto de encontro de raças, credos e religiões.
O número de habitantes era difícil de determinar. Tinha muita população itinerante e por isso os censos eram enganadores! Creio talvez, com um total de cerca de quatrocentas mil (?) almas. Mas parecia que todos nos conhecíamos!
Chamava-se Lourenço Marques.
Uma cidade com um clima ameno, onde em miúdo, tal como os outros, era muito prático no vestir!
Uns calções de caqui, umas sandálias e uma camisa vestida à pressa, às vezes até mal abotoada, e com falta de um ou outro botão. Que era motivo para raspanete quando a mãe verificava a sua falta. Mas isso pouco me importava! Queria era ir para a “moina” (brincadeira) com amigos: – Jogar futebol, basquete, paulito, berlinde, fazer corridas nos passeios com carros Dinky-toys e de rolamentos. Ou então montados nas “burras” (bicicleta) a percorrer a cidade e arredores.
Porque o dia não chegava, ainda tínhamos a noite! E depois do jantar, sentados na berma do passeio debaixo de um candeeiro, a contar e reviver as peripécias do dia. Até nos chamarem para dormir.
Embora o mar e a terra dessem tudo: – O mar, o melhor marisco do mundo. E a terra, sem a utilização de produtos químicos, dava duas colheitas por ano.
Tudo isto era comercializado no bazar Vasco da Gama, que com as suas bancas fartas em peixe, legumes e fruta era o “celeiro” da cidade e arredores.
Mas o que fazia de nós os miúdos mais felizes do mundo era ao “lanche” beber uma coca-cola ou um choco-leite, e comer um scone ou uma arrufada!
Havia/há também outras regiões: – Bilene, Beira, Mocuba, Quelimane, Nampula, Vila Cabral, Porto Amélia e tantas outras! Que com a sua beleza, actividades comerciais, agrícolas e industriais, também contribuíram para o engrandecimento do “meu Paraíso”.
O meu anterior artigo, “Os nossos fins-de-semana em Lourenço Marques”, aqui publicado, conta os nossos encontros e passatempos na adolescência e juventude naquela cidade. Que para recordar vale a pena (re) ler.
Foi tudo isto que fez de Moçambique o meu Paraíso!
Mas só foi meu até 1975. Porque ao ver o “rumo” político, social e militar que o país estava a tomar, por falta de segurança, resolvi sair.
E foi também nesse ano, que os “novos senhores do país” acusaram Lourenço Marques de ser a cidade das elites e do colonialismo, e mudaram-lhe o nome das ruas, praças, bairros, edifícios públicos e outros locais. E trocaram o nome da cidade, para Maputo.
“A sala de visitas” de Maputo: Assembleia Municipal e a Sé Catedral.
O Maputo que conheci era uma reserva e um rio que tinha de atravessar num batelão, quando ia à Ponta do Ouro de férias.
Maputo cidade, não conheço! Nunca lá quis ir. Porque quero ter em memória os nomes das ruas, bairros, escolas, cafés e sítios da minha Lourenço Marques, como sempre a conheci. E com a qual às vezes ainda sonho.
Depois de sair do meu “Paraíso”, tive de procurar vida noutro país. E a sorte, que a princípio foi “madrasta”, depois ajudou-me! Encontrei um “novo Paraíso” que se chama Portugal, aonde também estão a maior parte dos amigos que tinha em Moçambique.
P.S. – Porque as imagens televisivas também chocam! Estas da invasão da Ucrânia atingiram o limite!
Não posso deixar de expressar o meu apoio ao seu povo pela coragem, valentia e bravura com que se estão a bater contra uma poderosa máquina de guerra que arrasa tudo, e mata indiscriminadamente “velhos, mulheres e crianças”.
Este povo está a mostrar aos invasores que pela razão, “Um homem pode tanto dentro da sua casa, que mesmo depois de morto são precisos outros 4 para o tirarem de lá!”
Que a paz e a democracia cheguem rapidamente, e os invasores sejam julgados e severamente punidos.
Nesta linda balada o Lee Marvin diz que nasceu e viveu sob uma “Estrela errante”. O vídeo mostra que tem de abandonar a cidade destruída pela guerra, tal como o povo ucraniano, e outros!
Para nós com o BigSlam, o mundo já é pequeno… Muito pequeno!
João Santos Costa – Abril de 2022
24 Comentários
Octavio Mestre de Freitas
Obrigado Muito obrigado
Angelina
Obrigado meu querido amigo e conterrâneo por tão bela crónica sobre a terra k adotamos como nossa e onde fomos felizes! Infelizmente ainda lá voltei depois de se chamar Maputo mas nada é como no nosso tempo de Moçambique ( Lourenço Marques).
Concordo plenamente ,sim era um paraíso k ficará para sempre nas nossas memorias, desde a nossa infância a adultos . Sim sentimos saudades , muitas saudades …com tão belas lembranças! Beijinho grande❤😘
FERNANDO CAPELA
Obrigado João por mais este belo artigo que,ao mesmo temo,me encheu de alegria e tristeza.Uma contradição mas bem lá no fundo uma realidade.Forte abraço.
Manuela Queirós
Adorei ler a sua cronica, que saudades.
Mário Cavaco
Moçambique, terra que me viu nascer, 3ª Geração, que vi tudo ser expoliado e roubado.
As belezas dessa terra nunca deixaram de pular nos meus sonhos e agradeço a partilha destes locais que tive o Previlégio de visitar, pois o meu falecido pai dizia que para se defender a tua terra tens que conhecer tudo.
A beleza não se destrói, mesmo quando algumas ideologias o tentem.
Obrigado
Mário Cavaco
Manuel Martins Terra
Moçambique foi efetivamente um paraíso para todos nós que amamos aquela terra, a quem a natureza abençoou e tão repleta de sonhos. Parecia que algo de mágico envolvia aquele paraíso e que nos leva tantas vezes a recordar o esplendor de outros tempos.Lembro-me das muitas viagens de fins de semana, até às vilas periféricas onde o contato com natureza tonalizada de um verde fascinante e de paisagens deslumbrantes, nos proporcionava momentos inesquecíveis. Das sua praias de Norte para Sul, cenários paradisíacos de águas cálidas e mar azul, que enrolavam na areia fina de forma tão contagiante. O Parque Natural da Gorongosa,área que encerrava uma das mais densas espécie de vida selvagem de toda a África. A riqueza da sua gastronomia , as suas gentes e toda a excêntrica história do território. A cultura cosmopolita que grassava nas grandes cidades, tornando-a um simbolo de referência. Os Edifícios icónicos que proliferavam em todo Moçambique, símbolos do trabalho e da dinâmica dos homens pioneiros. Aqueles inesquecíveis pôr do Sol, de cores tão garridas e dignos de figurar nas melhores galerias. Aquelas nossas idas aos mercados da cidade, sempre com uma oferta tão variada. Enfim, João, o nosso paraíso era tudo a quanto te reportaste e que hoje face ao contexto que estamos a atravessar, não conseguimos disfarçar a nossa melancolia. Que La Belle Époque,Um abraço João, do amigo Manel.
Eduardo
Pois é, amigo João. Também foi o meu paraíso até Outubro de 74. Um pouco diferente do teu porque nem sempre vivi em Lourenço Marques. Mas sempre foi a minha cidade onde passei dos melhores tempos da minha vida. Mas também conheci alguns dos lugares que inumeras. Gorongosa, Beira,Nampula e Vila Cabral com o famoso Lago Niassa. Belezas que só quem conheceu pode descrever. Mas tudo lá ficou, restam as saudades. Parabéns por nos fazeres recordar bons tempos.
Um abraço
Estrela Marques
Adorei reviver a minha infância e alguns dos lugares por onde passei e vivi, através desta belíssima crónica. Parabéns.
Joao Gouveia
João, sem dúvida que fomos uns privilegiados (sem termos conta disso). Só após comparação nos apercebemos. Mas também falando com amigos e primos que em Portugal ou Angola passaram a sua infância e adolescência eles têm o mesmo sentimento e nostalgia. As classes médias são semelhantes em todo o Mundo. Temos muitos exemplos que nos vêm do Brasil. 1974 coincidiu com a mudança da maioria de nós que partilhamos estas redes quando deixámos os estudos e começamos uma vida adulta e de família com outras responsabilidades e muitas vezes começadas praticamente do zero. Aqui em Portugal também tive uma vida activa e rica e os meus filhos tiveram uma infância e adolescência óptimas. A minha irmã e amigos em Maputo também têm tido uma vida feliz e a minha sobrinha e filhos de amigos também aí continuaram crescendo felizes. Alguns vieram tirar cursos na Europa e regressaram para trabalhar por se sentirem mais felizes por lá. A zona de Oeiras onde vivi é excelente e agora que vivo em Almada sinto-me num lugar óptimo com uma vida cultural fantástica e com tudo à porta. Ainda não voltei a LM, mas estou desejoso de conhecer Maputo, uma cidade nova com outras nuances mas seguramente o mesmo cheiro e simpatia. Conheci vários Países e praias em sítios ditos parasidíacos mas concordo contigo, Praias como aquelas não há. A Rádio mais forte e bem equipada de África e uma das melhores do planeta. A nostalgia faz parte da nossa vida mas o nosso tempo é hoje e hoje temos coisas e possibilidades muito melhores que nos nossos tempos inocentes de crianças e adolescentes. Vamos aproveitar e vive-las com toda força e entusiasmo. Um abraço.
Paulo Carvalho
Um artigo mais, do amigo João, que nos relembra coisas dos nossos felizes tempos de infância e da juventude.
Alguns termos, há muitos anos que não via qualquer referência aos mesmos, tais como a “burra”, os carrinhos Dinky-toys, os de rolamentos, o jogo do paulito, etc…
Mas também, me agradou recordar os lanches das arrufadas com um chocoleite, as idas ao bazar na baixa, onde normalmente ia comprar Caranguejo e, menos vezes, o Camarão, o Lago Niassa onde estive algum tempo, agradavelmente destacado, durante o serviço militar e, ainda, a conhecida cascata da Namaacha.
Um abraço e agradecimentos ao João.
jose alexandre russell
Pois é caro amigo João. Tal como tu, nunca mais fui a Moçambique, terra que me “viu” nascer . Prefiro ter na mente aquele paraíso, de cores e cheiros, de paisagens deslumbrantes e selvagens, como dizes e bem, do que ficar dececionado por lá voltar. Infelizes daqueles que, continuam a esperar por um futuro melhor, que olvidavam por se tornarem independentes e senhores do seu futuro. Sofrem por terem, ou terem tido governos autoritários, e, ou corruptos. Quanto à Ucrânia, não diria melhor. Quem diria, que nós ainda iríamos passar por duas “guerras”, uma contra um vírus, e outra uma verdadeira guerra, aqui na Europa civilizada, mas que não se livrou de que um qualquer louco tzar, a iniciasse. Paz, e que os culpados pelos milhares de inocentes mortos, ou feridos, sejam punidos.
Adérito Rodrigues
Parabéns João, por mais este belo trabalho. Muito temos em comum desde LM até V Cabral, Meponda até ao Lunho em 67/68. Vivi lá de 1952 a 1975…nunca mais lá voltei e fiquei pela África do Sul até 1992.
Stelio Folgosa
Parabens Joao pelo excelente trabalho, que certamente vai alegrar muitos leitores do Bigslam.
Nao soh lah vivi mas tambem nasci, como o meu falecido pai.
Abracos.
António Girão Coelho
Muitos parabéns João pelo teu artigo!
Fizeste-me recordar a nossa linda cidade e tal como tu nunca mais lá voltei, de igual forma tenho preferido conservar em memória todas a vivencias e lugares da nossa linda Lourenço Marques. As minhas filhas (nascidas cá) têm-me “chateado” para irmos lá porque gostavam de conhecer a terra onde o nasceu (Vila Pery) e onde cresceu (Lourenço Marque) e também a terra onde a mãe nasceu e cresceu (Beira) e claro a irmos não vamos encontrar aquele paraíso de bem descreves.
Obrigado mais uma vez pelo teu oportuno artigo. Kanimanbo
Rogério Machado
Não fiques triste, João… por terem trocado nome de LM, para Maputo. Afinal, os filhos desta última, têm.wue ser bem identificados…
Já nós, os cidadãos da antiga Lourenço Marques, ficamos com a nossa antiga cidade, toda para nós… o paraíso, que tu acertadamente expusestes…
Já os de Maputo, ficam com o inferno, que a cidade virou.
Acredita… tu não voltastes lá, mas eu voltei… kkkkkkkkkkk
Obs.: – Não volto mais… kkkkkkkkkkk
ABM
A letra da canção diz “I was born under a wondering star”. Uma estrela errante, não errada.. ABM
Augusto Martins
Obrigado João !
Este teu postal, com a qualidade que caracteriza os anteriores, é apenas um HINO ao nosso paraíso.
Faz-nos regressar a uma época jamais repetível, infelizmente.
Não por falta de condições locais, mas apenas pela ambição de alguns dos que se julgam com o direito exclusivo de usurparem o que foi construído com o sacrifício, as doenças, o trabalho, o sangue, as noites sem dormir e o suor de muitos milhares de pessoas de todas as raças, etnias, nacionalidades e crenças religiosas.
Só o caldeamento harmonioso de todas essas diferenças, poderia construir o que lá ficou, como marca definidora.
E, este teu trabalho serve apenas para comprovar essa realidade que perpetuará a memória desses verdadeiros heróis, a quem devemos o nosso respeito e, muitos dos quais, lá acabaram por ficar sepultados.
Um grande e afectuoso abraço de agradecimento.
Joao Felizardo
Boas fotos e bom comentario !
Aqui deixo um comentario lido na justica nacional no facebook !
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Moçambique pode colapsar!
Daqui a dois meses, caso não haja mudanças profundas, Moçambique pode fechar as portas. Não tem dinheiro! Caiu, como se diz em linguagem vulgar! Como é que chegámos até aqui, perguntem a Frelimo. Aliás, a oposição parlamentar teve, esta semana, o privilégio de fazer perguntas ao Governo na Assembleia da República, mas não aproveitou, cabalmente, essa oportunidade. Centrou-se em minudências e o essencial ficou por questionar.
Todavia, essas dificuldades que o País tem, apesar de escandalosas, só podem surpreender aos incautos, pois nenhum analista, minimamente sério, poderia esperar outra coisa de Filipe Nyusi, desde que ele chegou, sabe-se lá porque vias, ao poder!
Ontem, a Associação Moçambicana das Empresas Petrolíferas (AMEPETROL) disse que quer o aumento dos preços dos combustíveis em menos de um mês. Defende-se dizendo que os actuais preços não reflectem o custo dos produtos no mercado internacional. Portanto, o gasóleo passaria dos actuais 71 para 96 meticais, enquanto que a gasolina, que custa actualmente 77 meticais, passaria a custar 114 meticais. Agrava-se a isto, o facto de o Estado estar a dever às petrolíferas 120 milhões de dólares.
Não é preciso detalhar que caso haja esse agravamento do preço dos combustíveis, o País estará de pernas para o ar, pois é, sobejamente, do conhecimento de todos os moçambicanos. Tal, só para elucidar, vai desembocar no aumento do preço do “chapa”, do pão, da couve, da água, de tudo. Moçambique pode, sem muita resistência, fechar as portas!
Por outro lado, temos o problema dos hospitais que andam sem medicamentos. O Governo, em sua defesa, diz que é por causa da pandemia de Covid-19 (falta de açúcar também é devido à Covid-19?!). Ademais: o Executivo não tem dinheiro para concluir a construção do Hospital Geral de Nampula, que devia ter sido concluído há três anos. Diz que está à procura de fundos para o efeito. Estamos a falar de qualquer coisa como 12 milhões de dólares!
Este País, um dos mais pobres do mundo (ou empobrecido pela Frelimo?), tem tudo a andar mal: estradas esburacadas (se é que elas existem), crianças que estudam ao relento, as que têm a sorte de ter uma sala de aula, sentam no chão, enquanto a nossa madeira é vendida, a preço de banana, aos chineses, pelos camaradas. As últimas chuvas destaparam a nossa pobreza: estradas cortadas, pontes caídas, hospitais destruídos.
É verdade irrefutável que nunca vamos evitar que a chuva faça estragos. O que interessa saber, agora, é o que o Governo da Frelimo tem feito para evitar que quando a chuva cair fortemente as consequências não sejam desastrosas. Nós não podemos sentir conforto quando nos dizem que somos um País pobre, como se isso fosse uma condenação à vulnerabilidade. Há que lutar, que arregaçar as mangas. Mas isto está visto que com a Frelimo no poder, é difícil de alcançar.
E essa coisa de insistir nos conteúdos em voga de “mudanças climáticas”, não é mais do que desesresponsabilizar o Governo da Frelimo. Nós nunca vamos controlar a natureza, mas podemos minimizar os estragos que a natureza tem causado ao nosso belo Moçambique; coisa que a Frelimo, em quase 50 anos, nunca conseguiu fazer.
Aí está, mais uma vez, o resultado de se colocar sapateiros em lugares estratégicos para o funcionamento deste País, o resultado de improvisação, o resultado da falta de visão de longo prazo, o resultado da falta de planificação e da consistência organizacional interna no seio da Frelimo.
Fortunas são drenadas à sorrelfa para alimentar os camaradas e depois dizem que o País não tem dinheiro. Eles têm casas até para as amantes; os seus filhos, que nunca trabalharam em lugar algum, são empresários de sucesso; andam de altas máquinas, distribuem dinheiro entre os amigos da ocasião, casam no Dubai…são príncipes de um País esfomeado; um País-mendigo. Quer dizer, o País ajoelha-se aos doadores para pedir esmola e quando é dado, em nome de todos os moçambicanos, depois é dividido, antes que chegue aos cofres públicos, entre um punhado de camaradas bem identificado!
(Justiça Nacional, siga-nos no Facebook)
António Alberto Oliveira
Excelente discrição, amigo João. Os meus parabéns.
Conheci o lago em 70, quando a minha companhia seguiu para o Lunho, via, Metangula.
As populações falavam um dialeto, semelhante ao da Beira.
O lago tinha ondas!
Fiquei estupefacto.
António Pinto Mendes
Magnífica imagem do nosso Paraíso…, só que, ao contrário de ti, já lá fui duas vezes (2003 e 2014) e, apesar de doer (nomeadamente pela forma como vivem e são tratadas as pessoas), também sentimos a doçura dos aromas da terra quente e do calor humano que aquele Povo tão bem sabe dar…
Grande abraço, João e continua a brindar-nos com as tuas crónicas.
Dulce Gouveia
Excelente crónica como já nos habituaste.
É verdade João, vivíamos no paraíso e não sabíamos!
Só por comparação é que chegamos a essa conclusão e lhe damos valor…..
Um forte abraço !
Carlos Guilherme
BRAVO, João. És um digníssimo representante do bom gosto que é o orgulho pela terra que nos viu e fez crescer.
Não há dúvida que bebeste a água do Umbeluzi. Bem hajas, Amigo.
Sónia Luiza de Sousa Mendes
Como sempre adorei reviver contigo a nossa terra
Kanimambo
Beijinho 😘
Octavio Mestre de Freitas
Obrigado Muito obrigado