Mudaram-te os nomes… já não me importo!
Ficaram as recordações… Até sempre Xilunguine (L. Marques)
(2ª parte)
Passados mais de 47 anos permanecem as memórias e saudades de um país que também já foi o nosso!
Este artigo complementa o anterior. Recorda outros locais da antiga Lourenço Marques com a mudança dos nomes.
Aceito essas mudanças! Mas reprovo, e acho até de “mau gosto”, certos nomes escolhidos! Porque os seus titulares apresentam “uma folha de serviço suja com o sangue, de muitos milhares de mortos”.
Há outros nomes que, tal como no tempo colonial, a grande maioria dos moçambicanos desconhecem quem foram; quem são, e qual o seu contributo para o país, ou para a humanidade!
As fotografias apresentadas, e muitas mais havia para mostrar! Foram escolhidas aleatoriamente sem qualquer critério de favor, para manter viva as memórias que guardamos da “Cidade das Acácias”.
Estão legendas com alguns comentários, e estórias que achei por bem contar.
Memórias que o tempo adormeceu, mas possivelmente nunca vai apagar!
Entre tantas outras, esta foto complementa a foto anterior! E nunca nos vamos esquecer da avenida da República. Foi a principal avenida comercial, e a “espinha dorsal da baixa da cidade”.
Nesta foto em primeiro plano o Banco Nacional Ultramarino, a Casa Coimbra e o prédio Santos Gil, do Café Continental. No cimo com os anúncios da Coca-Cola e dos cigarros FN e creio que também da Gazcidla.
Hoje esta avenida é a 25 de Setembro, data do início da luta armada da Frelimo.
A fotografia da época deste edifício com fama internacional, mostra um ex-libris da cidade até ao 25 Abril de 1974.
Foi construído em 1 de Julho de 1922 e a partir daí, o Hotel Polana, pela sua “superior qualidade” e excelente tratamento dos hóspedes, era considerado “Um símbolo dos hotéis em África”.
Os seus colaboradores também tinham confidências a fazer!
Como esta que foi contada ao meu parente, no banquete oferecido pela Frelimo durante as festas da independência.
Um “chefe de equipa” do hotel, confidenciou-lhe que estava descontente com os seus superiores. Porque estes não o informaram que o presidente Siad Barre da Somália, e os seus seguranças, estavam autorizados a andar armados dentro do hotel. O que causava desconforto e reclamação dos outros hóspedes!
– E que o presidente também tinha a maníaca obsessão de: – “Só limpar as mãos a toalhas de linho. E só utilizar a mesma toalha uma vez!”! Como o hotel não estava preparado para ter tantas toalhas de linho a servirem uma só vez! Tinha de ter um empregado à “espreita” que Sua Excelência a utilizasse para, pela “socapa”, a lavar e passar a ferro! Para assim ter sempre toalhas de linho disponíveis.
Recordo que a Somália era, e possivelmente ainda é, dos países mais pobres do mundo.
– Tinha o povo a morrer de fome! E o maníaco do presidente a “estragar” toalhas de linho importadas.
O Hotel Polana desde a independência de Moçambique, e até ser adquirido pela Fundação Aga Khan, passou por uma fase crítica de semi-abandono. Hoje totalmente restaurado é o Polana Serena Hotel, e continua a manter a mesma qualidade superior.
Alguns locais que “obrigatoriamente” frequentámos
A partir da 4.ª classe, os Liceus Salazar no sector masculino e Dona Ana Portugal no sector feminino; o António Enes, as escolas Comercial, Industrial e a Joaquim Araújo eram os pontos de encontro dos estudantes. Muitas vezes até, por “visitas obrigatórias” dos “namoricos”.
E todos temos tantas estórias ali passadas para contar e recordar!…
Vou referir esta estátua por ser do patrono do Liceu Salazar!
Estava colocada num pedestal na entrada principal pela avenida Brito Camacho.
Foi removida há 47anos, a seguir à independência. E passado todo este tempo, permanece abandonada a confessar os seus pecados à parede da Biblioteca Nacional de Maputo, num país que julgo, ele nunca conheceu!
Estes abandonos, pelos sucessivos governos do Portugal democrático, são frequentes! E mostra-nos a vergonha e o desleixo a que o país votou os seus antepassados.
O Liceu que outrora teve o seu nome, é hoje a escola secundária Josina Machel. E a avenida Brito Camacho passou a chamar-se Patrice Lumumba que foi um líder político e 1.º ministro da República Democrática do Congo.
Este edifício na avenida 24 de Julho, antes de ser a escola Comercial foi até 1952 o primeiro Liceu de Moçambique. O 5 de Outubro. Mas a seguir ao ano letivo 1952/53, com a mudança para as novas instalações do liceu Salazar, este imóvel recebeu obras de restauro e passou a ser a Escola Comercial Dr. Azevedo e Silva, aonde muitas(os) recordam com nostalgia os anos que ali passaram a estudar e a namorar!
Esta escola frequentada por muitos de nós, era a Escola Industrial Mouzinho de Albuquerque (EIMA).
No lindo edifício da 24 de Julho, que já foi um palácio maçónico, funcionavam os serviços de apoio, algumas salas de aulas e à direita o campo de jogos. Nas traseiras e um pouco acima, ficavam as oficinas.
Os laboratórios, o recreio e outras salas ficavam no edifício da Afonso de Albuquerque, hoje avenida Sekou Touré, nome do 1.º presidente da Guiné Conakry.
Depois da independência, a EIMA passou a Instituto Industrial 1.º de Maio.
Foi neste prédio na Praça 7 de Março, que era o primeiro a ser visto por quem saía do cais, e que alguns conheciam como o “prédio do chapéu de palhaço”, que estiveram instaladas a Universidade de Lourenço Marques e a Junta de Comércio Externo.
Hoje esta praça é a 25 de Junho, data da independência de Moçambique.
Para os médicos que aqui se formaram fica esta recordação da Faculdade de Medicina, no hospital Miguel Bombarda na avenida 31 de Janeiro, hoje avenida Agostinho Neto, o primeiro presidente de Angola.
As Faculdades de Engenharia e outras, funcionavam na avenida do Jardim Zoológico.
Os outros locais onde víamos e praticávamos desporto também eram de visitas “obrigatórias”!
O complexo do Desportivo. Hoje Desportivo de Maputo que esteve/está(?) a passar uma crise financeira, e até já se comentou a venda do local para construção.
O campo de futebol do Sporting LM, hoje Clube de Desportos do Maxaquene, estando no seu cimo à esquerda a Sede original do Clube, que depois foi usada para a prática do judo. O edifício branco em baixo à direita é a sede do Grupo Desportivo Lourenço Marques.
Esta foto não precisa de legenda. É demais conhecida de todos! O Clube Ferroviário de Lourenço Marques que tantas alegrias nos deu no Futebol, Basquetebol e Hóquei em Patins.
Entrada do Clube Desportivo Malhangalene que no hóquei e basquete não deixou os seus créditos por mãos alheias!
Depois da independência o Malhangalene passou a chamar-se Estrela Vermelha. Na foto, ao fundo do corredor o Pavilhão aonde tantas vezes assistimos aos jogos de hóquei e basquete. A av. Caldas Xavier passou a chamar-se Marien N’gouabi, nome de um presidente do Congo assassinado em Março de 1977.
O Parque José Cabral, que todos bem conhecemos! Por também ser visita “obrigatória” aos fins-de-semana para a prática de atletismo, e não só!
Hoje é o parque dos Continuadores, e a avenida Massano de Amorim passou a chamar-se Mao Tsé-Tung, que foi líder do partido comunista Chinês e fundador da República Popular da China.
Outros locais que as nossas memórias ainda guardam
Quem pode esquecer a Fortaleza Nossa Senhora da Conceição na antiga Praça 7 de Março, em frente ao prédio aonde funcionou a Universidade?
Hoje é a Fortaleza de Maputo. E esteve/está(?) transformada num armazém do “espólio a céu aberto” de estátuas e baixos-relevos da história do Moçambique colonial. Sem que nenhum governo português desde o 25Abril1974, tenha feito qualquer exigência para recuperação deste espólio, ou protesto pelo seu abandono.
Lembram-se desta rua que começava na Praça 7 de Março e terminava na Praça Mac Mahon?
Era a rua Major Araújo (dos cabarés!), “aonde o dia começava às dez da noite”. Ficou “célebre” porque foi a esta rua, e ao bairro das Lagoas, que Samora Machel se referiu quando alterou o nome da capital, para Maputo. Porque dizia que Lourenço Marques era a cidade da prostituição. Hoje é a rua de Bagamoyo, nome de uma cidade da Tanzânia.
A imponente Praça Mac Mahon. Por ser o ponto de ligação férrea com os países vizinhos, e da chegada e partida dos machimbombos, era a praça com maior movimento da Capital. Hoje é a praça dos Trabalhadores. Mas será que mantém o movimento que teve outrora, como mostra a fotografia?
Quem não se recorda dos apetitosos “pregos” do Xico do Bazar? O antigo Bazar Vasco da Gama passou a Mercado Central de Maputo. Que por sorte(?) ou azar, devido a um incêndio foi todo reabilitado. A avenida Manuel de Arriaga passou a Karl Marx, político economista, jornalista e revolucionário socialista alemão.
Entrada principal do jardim Vasco da Gama na avenida D. Luís. Com o monumento que assinala a visita do chefe de estado Óscar Carmona. A entrada mantém o arco de estilo Manuelino. Hoje a avenida é a Samora Machel e o jardim é o Botânico Tunduru, nome de uma cidade do sul da Tanzânia próxima da fronteira norte de Moçambique.
A Praça Mouzinho de Albuquerque, que foi a “sala de visitas de Lourenço Marques”. Hoje Praça da Independência. A estátua do Mouzinho foi substituída pela do Samora Machel, e os baixos-relevos laterais foram também retirados.
Com os sucessivos governos de Portugal coniventes com a situação, todo este e outro espólio, encontra-se abandonado(?) na Fortaleza de Maputo.
A entrada principal do Hospital Miguel Bombarda, aonde algumas vezes tivemos de recorrer! Hoje hospital Central de Maputo. A Pinheiro Chagas é a avenida Eduardo Mondlane que foi o fundador e 1.º presidente da Frelimo.
Pela sua arquitectura, esta igreja era também conhecida como “espremedor de limão”. É a igreja de S.to António da Polana, na antiga rua de Nevala. Devido ao estado de abandono a que a igreja foi votada durante muito tempo, teve de ser recentemente alvo de uma intervenção de restauro.
Hoje a rua de Nevala é Kwame Nkrumah, que foi líder político africano e presidente do Gana.
Só para os madrugadores matarem saudades! O nascer do sol, visto do Miradouro, na antiga avenida Duques de Connaught, hoje Friedrich Engels que foi um empresário e teórico revolucionário amigo de Karl Marx.
A Mercearia Cordeiro era sem dúvida a mercearia mais concorrida das gentes da Malhangalene! Ficava no fim da avenida Manuel de Arriaga, hoje av. Karl Marx; esquina com as avenidas Caldas Xavier, hoje Marien Ngouabi, e rua do Porto, hoje rua da Malhangalene.
Tinha de terminar com uma foto que, entre outras, também marcou a minha mocidade! É da ladeira do fim da avenida 24 de Julho com a rotunda da estrada das Estâncias, junto à antiga CIFEL.
Pretendo com ela recordar e homenagear o meu amigo Delfim, colega de escola e de “tropelias” que já não está entre nós! Já aqui foi referido no meu artigo, publicado em Janeiro de 2021, com o título: “Memórias que o tempo ainda não apagou da linda Lourenço Marques”.
O Delfim morou no cimo da avenida, não muito longe do cinema S. Miguel.
Teve o trabalho de, “copiando o modelo de outro amigo”, construir um carro de rolamentos que levava “3 passageiros”. Adaptado a partir do caixote de uma geleira Electrolux!
O nosso divertimento era, pelo passeio do lado esquerdo que estava em melhor estado de conservação, descer esta ladeira no carro de rolamentos.
Como “a descer todos os Santos ajudam”, o problema era voltar ao ponto de partida, porque o “bólide” era pesado!…. Mesmo sendo três a empurrar, e descansando durante a subida, chegávamos ao cimo cansados. Mas isso pouco nos importava!
Hoje são recordações como estas, que também constam do “curriculum” das nossas vidas!
- Algumas das fotos foram retiradas com a devida vénia dos blogues: The Delagoa Bay e House of Maputo. Kanimambo!
Nota: Depois de ter terminado este artigo fiquei “abismado” com esta notícia de capa do jornal Expresso de 25/11/2022:
Governo vai fazer lista de património a devolver às ex-colónias
“Em entrevista ao Expresso, Pedro Adão e Silva defende que a cultura pode derrubar barreiras e ser fator de inclusão…O ministro promete que o inventário sobre património será realizado por académicos e diretores de museus, que farão um “levantamento fino” do que poderá estar em causa. No entanto, garante, tudo será feito de forma discreta e longe da praça pública….”
– Tenho para mim que o senhor Ministro em vez de um “levantamento fino” deveria mande fazer um “levantamento completo”, e incluir também o inventário dos bens que os portugueses lá deixaram! Para assim, passados estes 47anos, ficarmos a conhecer mais um capítulo do deve e haver, da “descolonização exemplar”.
Desejo a todos um Santo Natal e um 2023 com muita saúde.
Para nós com o BigSlam, o mundo já é pequeno ….. Muito pequeno!
João Santos Costa – Dezembro de 2022
18 Comentários
Madalena
Lindas fotos, boas lembranças do Liceu, do machibombo, Av. Da República ,igreja da Polana, o miradouro lindíssimo. Muitas saudades da minha terra
Maria Bettencourt
Belo texto. Refere alguns dos edificios mais emblematicos da cidade de LM, de liceus e escolas comercial e industrial e da Universidade. Referencia ainda para o belissimo Hotel Polana. Forte critica ao abandono do patrimonio historico português, pelo governo mocambicano e português. Estatuas e outros estao a monte na Fortaleza.
Virgílio Horta
Obrigado amigo João, mais uma vez nos levaste à nossa terra, à infância e juventude. É de ficar emocionado e ver os locais por onde andámos e fomos tão felizes. Tem que ser dito ao sr Ministro que podemos fazer uma troca, nós enviamos o que cá temos e eles devolvem, o que nos tiraram,ou o respectivo valor equivalente, o que se via depois quem deve a quem. Só temos artistas. Abraço amigo João e continua.
Manuel Martins Terra
Caro amigo João, a cada foto um rol de lembranças inesquecíveis, tão cheias de conteúdo,que fizeram parte das nossas vidas. Como tu afirmas e bem, pena é que muitas das artérias ostentem hoje, nomes de ditadores que tanta dor e sofrimento infligiram aos seus povos, em nome de uma democracia imaginária. Quanto à devolução de património às ex-colonias, é caso para perguntar se Portugal fez algum roubo ou se porventura conserva mal todo o material em questão. O nosso ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva , deveria lembrar aos seus homólogos de Angola, Moçambique e da Guiné, dos bens que foram extorquidos aos portugueses que lá viveram, alguns vendendo o quei tinham em Portugal, e que resolveram apostar tudo na terra que amavam. Mas enfim, assim vai este mundo conturbado. Um abraço do amigo, Manel.
João Costa
Plenamente de acordo contigo sobre o património que este ministro diz que quer devolver às antigas colónias. Ele que mande fazer um levantamento do deve e haver e depois que diga ao país quem é que foi realmente lesado.
Um abração deste teu amigo, Manel.
Manuel
Obrigado por mais uma bela recordação da nossa cidade .
Kanimanbo .
Festas felizes.
Abraço .
Wanda Serra
Teus artigos Sao spre super maravilhosos.
Obgda.
Beijinhos João
ughetto
Muitas recordações da “Nossa” cidade. Eu sou um Laurentino de Gema, nasci na Missão Suíça em Lourenço Marques em 1943, acompanhei as grandes mudanças da minha cidade visto ter ido embora em 1979 (infelizmente expulso da minha própria terra).
Agradeço as publicações que trouxeram a memória os momentos impagáveis que vivi nessa cidade que também me pertence.
P.S. Tive um grande amigo também chamado Delfim, encontrávamos sempre à entrada do Prédio Valente na Pinheiro Chagas.. será a mesma pessoa???
João Costa
Olá Ughetto.
Não te posso tirar a dúvida! Mas não tenho ideia de ele frequentar o prédio Valente.
Obrigado pelo teu comentário.
Francisco Duque Martinho
Mais um belo passeio pela terra que me viu nascer e que recordo sempre com muito prazer. Parabéns ao Autor que no Ponto de Encontro BigSlam nos vai proporcionando estas recordações. Obrigado João Costa.
João Mendes de Almeida
Meu querido Amigo João…é tão bom recordar a nossa terra. Ninguém mais a amará como nós e, infelizmente, os de hoje nunca perceberão o quanto lhe queríamos. Pena foi que, tanto do lado dos que nos governavam aqui como dos que lá ficaram a governar, nunca tivessem querido perceber que a união de todos, teria feito daquele país um local fantástico para continuarmos a viver em harmonia. Provavelmente, por isso saberem, é que não permitiram que tal acontecesse…agora é tarde!
João Costa
Agora não é tarde! Para nós já é muito tarde, amigão. Um grande abraço João.
José Moreira
Obrigado pela publicação, com estas belas fotografias a levarem-nos a tempos que não voltam. Não seria possível voltar a publicar a 1ª. parte do seu post? Eu agradecia e talvez outros como eu.
Um abraço, feliz Natal e votos de um feliz 2023.
João Costa
Caro José Moreira, a primeira parte do post, assim como todos os outros que publiquei, continuam activos. Para ler basta no topo do site BigSlam clicar nos blogues, depois em João Santos Costa e tem à sua disposição todos os meus artigos publicados.
Um grande abraço.
António Oliveira
Festas no Polana.
E quem não se lembra das festas da mãe do Nino Vieira, mulher do chicowira de Tete, e do mano do Nino Vieira? As pessoas de Tete lembram-se dessas pessoas. Mudaram-se para o Hotel Polana, mãe e filho onde ocuparam quartos que não pagavam à sombra do Nino Vieira. Os escândalos eram tais, que o Samora chamou o Nino e ordenou-lhe que se desfizesse dos familiares que vieram Potugal.
Um Santo Natal e Boas entradas em 2023, a todo o pessoal, leitor e moderador do Big Slam
Carlos Guilherme
Parabéns caro João. Bela “reportagem” com excelentes fotos duma cidade que, por mais que tentem, não conseguem que seja feia. Solidário contigo: mudem os nomes mas não descaracterizem introduzindo nomenclatura que nada tem a ver com África.
Grande abraço
jose alexandre russell
As memórias gravadas no nosso cérebro, que não se esquecem. Na foto respeitante ao ex-clube Malhangalene, o campo de treinos hoje coberto ( na foto) na foto, estava antes do pavilhão, à frente deste. Quanto aos nomes das ruas, para mim serão sempre as que existiam antes da independência. Não porque tenha alguma coisa quanto aos nomes actuais, mas porque me habituei aos antigos. Recordar é viver. Boa, João Costa.
Ricardo Quintino
Recordar é viver no nosso imaginário da bela LourençoMarques, princeza do Índico.
Quanto ao “descaso” do vil Pedro Adão, só lhe nutro o mais profundo desprezo pelas suas ideias deixadas na sua entrevista ao Expresso.
Já agora aproveitando a deixa, não quero deixar de chamar a atenção, também para os meus inúmeros companheiros de armas caídos em combate na guerra em Moçambique, que continuam a aguardar exumação das suas sepulturas, muitas delas em cemitérios no norte, completamente votados ao abandono e cobertos de capim, que só mesmo as populações locais saberão localizar.
Um Santo Natal e Boas Entradas em 2023 a todo o pessoal leitor e moderador do Bigslam.pt.