2 Comentários

  1. 1

    VRR

    Não me sentido eu obrigado a escrever e/ou a responder a esta reflexão sobre Sócrates, para tentar enriquecer o debate e homenagear o autor do artigo, gostaria, numa outra perspectiva mais filosófica, chamar a atenção para o facto de, ao contrário do que se possa pensar à primeira vista, existirem muitos pontos comuns entre o Sócrates grego e o Sócrates português. Vejamos:
    1. Os dois consideravam-se filósofos no sentido etimológico do termo;
    2. O grego estudou em Atenas, o português não se sabe bem onde começou mas acabou em Paris;
    3. O grego nunca escreveu nenhuma obra e tudo o que se conhece dele é sobretudo através da obra do discípulo e amigo Platão;
    4. O que sabemos do português é através da bisbilhotice do ministério público e imprensa que descobriram que ele também tinha grandes amigos que não só escreviam por ele como ainda lhe proporcionavam uma vida digna porque ao que parece ele também nunca escreveu nada – escreveram por ele para que comprasse os livros de que é “autor” escrito por terceiros;
    5. O grego deambulava por Atenas e questionava as pessoas sobre o sentido da vida, etc.;
    6. O português possivelmente também questionou alguma população de Paris no sentido de emitirem opinião sobre aquele estudante de filosofia (que por mero acaso foi 1.º ministro em Portugal). O que pensariam os parisienses sobre aquela figura esbelta, personalidade forte e inteligência brilhante?
    Obviamente que estas questões eram feitas num francês perfeito porque as aulas de inglês técnico aos fins-de-semana não davam para tanta eloquência;
    7. Pelo que ouvimos pelas gravações o português alargou as suas questões ao contabilista e outros cidadãos no sentido de saber o que é essa coisa de IRS, IVA, recibos verdes, transferências bancárias, etc.
    O Grego só não fez estas perguntas aos atenienses porque como sabem naquela época acho que estas formas elaboradas de extorquir quem trabalha ainda eram embrionárias;
    Na minha óptica a grande diferença estará no final. O grego teve morte voluntária assistida bebendo sicuta; o português assistirá à morte dos juízes, e dos tribunais que o acusam (e quem sabe de Portugal) aguardando na celeridade da justiça aquela coisa que se chama de trânsito em julgado: entretanto devido aos engarrafamentos desse trânsito irá continuar a beber bons vinhos e champanhe na boa linha dos filósofos parisienses.
    Tenham uma boa noite e divirtam-se vendo o vídeo da clínica para políticos. Abraço

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    1. 1.1

      João Costa

      Comparação exemplar, VRR! Creio que todos vão gostar de ler. Sabendo como “trabalha” a justiça no nosso país todos estamos de acordo com o último parágrafo do seu comentário. Apareça sempre no “nosso ponto de encontro”. Obrigado pelo seu comentário. Um abraço.

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