O Verão do nosso descontentamento…
O Senhor tem de sair daqui… Não há autorização para frequentar as praias por causa do Coronavírus”
Informou o agente da GNR de cima do seu cavalo
Mas passados dias, no domingo 24Maio, as praias encheram-se de banhistas, a adivinhar já o que aí vem!
Até os principais governantes do país foram a banhos, sem medo do vírus!
Tenho para mim que este vírus tem um lado bom! – É que ele mostrou quão inúteis são as armas, quão fraco é o poder e quão inútil é a riqueza!
Mas o seu lado mau, é péssimo! – De uma maneira ou outra, “infectou-nos” a todos. E os mais frágeis e necessitados são os mais atingidos e os que mais sofrem!
… O novo Coronavírus pode provocar uma situação de fome de “proporções bíblicas” em apenas alguns meses, que pode vir afetar “cerca de três dezenas de países”, alertou o diretor executivo do Programa Alimentar Mundial da ONU na terça-feira, chamando a atenção para o facto de que, em dez desses países, existirem já mais de um milhão de pessoas a viver no limiar da fome.…”
Observador 22Abr2020.
Com os avanços da medicina, ciência e tecnologia nunca pensei que um vírus pudesse causar em simultâneo uma crise sanitária, económica e social tão grande!
E o mundo não estava preparado para o receber. Porque a Organização Mundial da Saúde e dos cientistas emitiam as mais diferentes opiniões, desde:
– O vírus não chega à Europa e não é transmissível entre humanos. Até ao põe máscara, tira máscara; – usa luvas, não uses luvas: – lava as mãos com álcool gel ou sabão azul!…Fica em casa; – foge das outras pessoas!… E nós fugimos!
Da família, dos amigos e dos outros…. Como “o diabo foge da cruz”.
As escolas e infantários fecharam. O país produtivo parou.
Com as televisões a pedirem constantemente para se ficar em casa.
Diziam que, uma vez infectados, as possibilidades de recuperação eram poucas!
E isso foi suficiente para o “medo” se transformar em “Pânico”!
Tudo isto porque, algumas informações sobre o comportamento do vírus, a que chamam “vírus da fome”, eram e são erradas e contraditórias.
Em meados de Maio, com o contágio a diminuir, ou a não aumentar tanto como era expectável, as “autoridades sanitárias, os cientistas e os políticos” resolveram “aliviar” as medidas de confinamento.
E foi depois da quarentena, e com bom tempo, que o meu amigo Alberto decidiu ir com a esposa e 2 netinhos passar 5dias ao Algarve, à praia de Armação de Pera.
Quando lá chegou ficou contente! Viu que tinha a praia para ele e mais 3 casais. Todos afastados mais de 40 metros.
Disse-lhe que em Moçambique também tive/tivemos o prazer de ter algumas praias desertas, e só para nós! Falei-lhe da liberdade que sentíamos, e da ligação com a natureza. Contei-lhe a minha 1.ª ida à praia da Ponta do Ouro, nos inícios dos anos 60 do século passado, que publiquei aqui no BigSlam, com o título: -“A Ponta do Ouro dos sete Magníficos”.
Estava ele a brincar no areal com os netos quando foi abordado por um agente da GNR a cavalo que o avisou:
– “O Senhor tem de sair daqui! … Não há autorização para frequentar as praias, por causa do Coronavírus.
O meu amigo disse-lhe que estava ali de visita. Viu a praia “livre”, e os netos quiseram ir brincar na areia!
O agente insistiu, “que eles tinham mesmo de sair dali”!
Até ao regresso passeou pela vila, e frequentou a praia da Sr.ª da Rocha.
Com o Verão “à porta”, e a propagação do vírus a diminuir, o desconfinamento chegou. Mas com restrições! O diploma com uma série de regras e impedimentos, foi publicado a 26 de Maio.
Proíbe os jogos na praia, a interdições do uso de “gaivotas” e até para se manter o isolamento social o afastamento dos guarda-sóis.
Para tal, o governo exigiu aos concessionários, ou autarquias a instalação à entrada da praia um sistema de cores, tipo semáforos, para informar os banhistas se o areal tem capacidade para os receber!
Um destes dias ao ver o telejornal não acreditei no que estava a ouvir!… Era engano… Só podia ser!
Ouvi o apresentador dizer que, a partir deste mês, os aviões já podem levar a capacidade máxima de passageiros. Cerca de 300 pessoas.
Então nas praias, nos supermercados, cinemas, restaurantes, feiras e….outros locais ao ar livre, as pessoas têm de estar separadas umas das outras de 2 metros, e no avião podem estar encostadas a respirarem o mesmo ar?
Não era possível!! …Se calhar ouvi mal, ou não percebi a notícia!
Quando me fui deitar “perguntei ao travesseiro” qual era a explicação para o, “junta num lado, separa no outro”!… Ele deu-me a resposta:
– “É que o vírus tem medo das alturas, porque se o avião cair ele “morre”. E assim já não é necessário descobrir a vacina. Então, mal se apercebe que o seu hospedeiro está a entrar no avião ele salta fora e vai contaminar outros em terra! – Será?
Francamente!… Se esta situação se não fosse verdadeira, era uma anedota.
As “autoridades sanitárias, os cientistas, e a Organização Mundial da Saúde” têm que nos justificar esta dualidade de critérios.
Sob pena, de tudo que vier acontecer, a confiança que nos merecem ficar altamente abalada!
Alguém acredita que no Verão as praias aos fins de semana vão ficar assim?
Por tudo que já vi, estou plenamente de acordo com os mais bem informados!
Que a partir de agora o modo de viver, de trabalhar, de nos relacionarmos e de estudar, vai mudar! De tal forma que:
O mundo vai ficar dividido em antes do Corona e depois do Corona“.
A directora da Organização Mundial de Saúde, Maria Neira, aliviou-nos o “medo”. Considera ser cada vez menos provável que venha a existir uma segunda grande vaga do novo Coronavírus.
Mas o mundo duvida e continua assustado. Com medo que o vírus sofra uma nova mutação e fique muito mais agressivo! Tal como aconteceu com a gripe de 1918, conhecida por “Gripe Espanhola”, que a sua mutação causou muitos milhões de mortos.
Vamos ter fé que entretanto seja descoberta uma vacina ou ele desapareça de vez! Para que as nossas condições de vida voltem à normalidade e nos deixe a todos em paz a fazer a vida que queremos e temos direito!
Para nós, com o BigSlam, o mundo já é pequeno. Muito pequeno!
João Santos Costa – Junho de 2020
4 Comentários
Manuel Martins Terra
Na verdade caro amigo João Costa,é inacreditável que na segunda década do século XXI, quando as grandes potências gastam fortunas pela conquista do espaço e se explore as profundezas dos oceanos e em plena época da inteligência artificial,um virus invisível que viajou do continente asiático, encoste a humanidade às cordas, colocando os terrestes em perigo e abalando as economias de todas as nações atingidas. O periodo pós-coronavirus,arrastara o desemprego e a fome, sobretudo com maior incidência nos países maid pobres. Em 1957, ainda garoto contrai a febre asiatica e mal sabia que 63 anos depois tinha que me deparar com putra pandemia. Agora faço parte de uma sociedade esquiva e depressiva que espera por um antidoto que tarda a aparecer. Como o refere no teu post, e bem, resta-nos ter fé e esperança,para voltar-mos a ser iguais a nós próprios.
Quim Pereira
Tudo isto é um grande “bluff”.
Não significa que o vírus não exista… simplesmente, foi manipulado em laboratório e posto a circular (deliberadamente ou não, isso não sei. Os chineses não divulgam essa informação, embora a conheçam!).
Segundo afirmaram alguns cientistas (que já deram “a cara”), o vírus não se transmite directamente do animal para o homem num curto espaço de tempo (são necessárias algumas décadas … no mínimo 6 … e até 8!!!) para que o homem seja afectado.
Outro elemento deste “puzzle””bluff”, é (foi) a forma como ele foi difundido no Ocidente, particularmente pela OMS, através do seu Secretário-Geral que, na minha leiga opinião foi “manipulado/influenciado” pela China.
Para completar a “tramóia” criou-se à volta da epidemia (a informação inicial divulgada pela OMS era a de que não se tratava de “pandemia”…) e depois, associou-se um tal clima de pânico (a partir das notícias dos contágios e das mortes em crescendo a acontecerem em Itália) que acabaram por causar mais dano que o próprio vírus!!!!!
E convém não nos esquecermos que o governo chinês é o Partido Comunista. Se para os “amantes das políticas de esquerda” esta circunstância é desvalorizada, basta tão-só não ser adepto das ditaduras comunistas para perceber que eles não dizem o que se passa nos seus países.
Acresce que o PC chinês tem aspirações imperialistas e está a estender os seus “tentáculos” à volta de todo o planeta.
É por todas estas razões que eu estou (muito) céptico quanto à “verdade” que nos é impingida.
Maria Eduarda Nunes
O que tornou esta pandemia diferente das que a precederam? Eu diria que foi a televisão, os computadores, os telefones inteligentes… A toda a hora éramos, e ainda somos, bombardeados com notícias sobre o virus. Há muita gente que entra em pânico, por causa disso.
Os meus pais, irmão e eu, fomos vítimas da “asiática”, estando a viver, por essa altura, em Portugal. Estivemos mal, mas sobrevivemos, tratados em casa por um médico que todas as manhãs nos trazia o leite e o pão para o pequeno-almoço!
Não houve pânico, porque não sabíamos o que se passava na Itália, ou na Inglaterra, ou na Espanha, mesmo ao nosso lado. Só soubemos que duas pessoas tinham morrido na rua onde morávamos, sendo um deles o rapaz do talho, com apenas 19 anos de idade!
Tenhamos coragem, que o flagelo está prestes a terminar.
Joaquim Moreira
A foto é a da Praia dos Pescadores – Senhora da Rocha (concelho de Porches).
A Praia de Armação de Pêra está ao fundo.
Não tenho tido problemas em ir à praia mas também não estou no Algarve.