Troia, Como És Tão Bela! – “Da Planície e da Savana” de Pierre Vilbró

Troia, Como És Tão Bela!

Troia, oh Troia,
como és tão bela,
e eu parecer não te apreciar,
por tão pouco te visitar.
E tu, aqui tão perto.

Teus dois olhos azuis
que na linha do horizonte se encontram;
teus cabelos que ao vento esvoaçam
quando o vento de Noroeste sopra;
teu corpo lindo da cor da Natureza,
que aos olhos de todos ginga;
o areal extenso das praias,
que os teus pés pisam;
o teu gracioso mergulhar na água,
como o dos golfinhos do Sado.
Assim, és tu.

Da tua janela, o Atlântico, o Sado, Setúbal, e a Arrábida,
contemplas;
mas as praias da Figueirinha e do Portinho da Arrábida,
também.

Aos que te visitam,
em hotel, apartamentos, vivendas e campismo,
recebes;
às praias, restaurantes, marina e casino,
os levas;
e as localidades da Comporta, Carrasqueira e Carvalhal,
mostras.
Tudo isto és tu, Troia.

Pierre Vilbró

Neste tempo de verão, férias, praia, e passeios, pareceu-me oportuno partilhar este poema, que a península de Troia me inspirou.

O poema fi-lo a Troia, mas poderia ter sido a qualquer outro sítio ou localidade deste Portugal maravilhoso, pequeno territorialmente, mas enorme pelas pessoas, Natureza, localidades, monumentos, cultura, tradições e História.

Ruínas Romanas de Troia

Tudo isto fui eu descobrindo e concluindo em quatro décadas após a minha chegada.

A península de Troia é um dos muitos locais de Portugal recomendáveis a uma escapadinha ou a uma ida para fora cá dentro. Ida de barco (a partir de Setúbal) ou de carro (por estrada ou via ferryboat).

Considerando a relação qualidade/preço, este destino não é caro. Mas quem privilegiar o barato, por limitação financeira ou por conveniência, então deverá optar por outros destinos.

A qualidade encontramo-la nas praias de água azul e extensos areais a perder de vista,

nas piscinas, na Natureza, nos arranjos paisagísticos,

nos edificados, nos aposentos, nos restaurantes e seus manjares, na marina,

no hotel e no casino.

Troia tão perto, e com a cidade de Setúbal à vista – na outra margem do Sado -, permitindo um saltinho de ida e volta em barco público.

Tudo isto é a península de Troia, que Portugal tem. Este Portugal que merece o povo que tem, e o cidadão comum é merecedor do seu País ou do País que o acolhe. Mas Portugal não merecia uns tantos que tanto o maltratam.

Veja o vídeo seguinte:

Pierre Vilbró, Julho de 2021

Comentários: