A passagem inexorável do tempo que não perdoa…
Esta foto foi tirada em Julho deste ano, no ginásio da minha residência, tendo eu 88 primaveras, testemunhada pelo meu grande amigo e jovem companheiro de treino, José Manuel Belo Soares, um mês antes de estremunhado, me ter levantado de supetão da cama (“erro meu, má fortuna”!) que me provocou uma lesão numa vértebra lombar (graças a Deus, sem lesão da medula) que me obriga a permanecer numa cadeira de rodas com um colete durante 4/5 meses.
Vem este texto a propósito de uma foto minha, publicada ontem no facebook, com o meu filho Nuno Eduardo, numa praia de Lourenço Marques, demonstrativa da passagem inexorável do tempo que não perdoa. Nem mesmo a Dorian Grey que, debalde, fez um pacto com Mefistófeles para lhe manter a eterna juventude.
Um tempo que tem sido um tanto ou quanto benévolo (o leitor ajuizará quanto, por ninguém dever ser juiz em causa própria) para com a minha musculatura, mercê da prática constante de musculação com pesos e halteres desde os meus 16 anos de idade. Prática de muitos lustros, livre de drogas promotoras de rápido e criminoso desenvolvimento muscular, interrompida, apenas, durante o tempo de serviço militar e a licenciatura no INEF por ser modalidade malquista pela opinião pública, pelo respectivo corpo docente e pela comunidade médica.
Hoje, mercê da defesa académica e intransigente dos seus benefícios por parte de José Maria Santarém, médico fisiatra e reumatologista, professor da muito prestigiada Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
atingiu a musculação carta de alforria, superando algumas das vantagens da corrida “menina dos olhos” de Kennet Cooper, através do teste de boa condição cardiopulmonar baptizado com o seu nome.
Rui Baptista – Setembro de 2019
8 Comentários
Pierre Vilbró
Prof. Rui Baptista: Acabo de tomar conhecimento do seu “acidente”, pelo que venho lamentar o sucedido e desejar-lhe rápidas
e completas melhoras.
Pierre vilbró
ruivbaptista@sapo.pt
O acidente que sofri deu-me oportunidade de usufruir da solidariedade de antigos alunos. Um grande abraço meu caro Pierre.
Augusto Martins
Estimado PROFESSOR
Acabei só agora e por este meio, de ter conhecimento desta triste notícia, pelo que lamento só hoje estar a desejar a sua rápida e completa recuperação.
Estou certo que com a FORÇA e FIBRA que lhe reconheço e que durante tantos anos nos tem servido de exemplo a seguir, vai conseguir ultrapassar mais esta dificuldade.
Receba um grande e afectuoso abraço deste seu velho aluno, com os meus desejos de completa recuperação.
ruivbaptista@sapo.pt
Estimadíssimo Augusto Martins: Sempre cumulado das suas atenções e, principalmente, Amizade, bem haja!
Zulfi Amade
Ao professor que nos serviu como um bom exemplo desejos de uma rápida recuperacao!
Zulfi
ruivbaptista@sapo.pt
Comovente testemunho. Bem haja!
Luis M de Oliveira
Meu professor de ginástica na Escola Mouzinho de Albuquerque (Educação Física). Talvez o meu professor não se lembre que eu era chamado à sua secretária para ver quem tinha o braço mais forte, eu era o único que o professor não conseguia deitar a baixo. Belos tempos que não voltam. Tudo do melhor para o meu professor que não esqueço. Um grande abraço de saudades.
ruivbaptista@sapo.pt
Caríssimo Luís: De um grupo de tantos alunos da EIMA que eu vencia no chamado braço-de-ferro, dou-lhe os meus parabéns por ser o único (ou dos poucos) que ofereciam resistência. Ou seja, uns tantos alunos aplicados que colhiam benefícios das minhas aulas. Envio-lhe um forte e amigo abraço fazendo votos para não lhe fracturar as costelas. Agora, a sério, como é venturoso ser recordado por antigos alunos por boas razões.