A ESPERANÇA
Dizem que a esperança é a última coisa a perder-se. Há que ter esperança para que os nossos sonhos, pessoais ou profissionais, possam ser concretizados, neste 2016.
O sonho de termos paz efectiva no País. De deixarmos as acusações mútuas de lado porque este tipo de comportamento não nos leva a lado nenhum. As pessoas precisam desta paz para se movimentarem, para fazerem a sua vida do dia-a-dia, para construírem este difícil edifício da democracia.
A esperança numa economia o mais estável possível, que nos faça esquecer os problemas criados o ano passado, que nos levaram a aprender na prática o significado da palavra “sufoco”. De tanto apertar o cinto, muitos de nós acabamos por ver o estômago colado às costas. Ninguém quer que isto se repita este ano embora os entendidos vaticinem que vem tempestade por aí.
As crianças deste País, essas flores que nunca murcham, precisam de melhor qualidade de ensino. Não basta deixarem de estudar debaixo das árvores. É preciso que quem ensina saiba ensinar e quem estuda saiba assimilar o que lhe está a ser ensinado. Mas o binómio professor-aluno passa por um terceiro vértice: os pais. É preciso que estes dediquem uma parte do seu tempo no apoio aos seus filhos. Lamentavelmente muitos dissociam-se do desenvolvimento escolar daqueles que serão, no dia de amanhã, os gestores deste País.
É nesta juventude, bem formada, que está o futuro de Moçambique. Monteiro Lobato, um dos mais influentes escritores brasileiros dizia, que “um país faz-se com homens, mulheres e com livros”.
Saibamos ter esperança numa reversão de métodos e comportamentos. Muito há ainda por fazer para modificarmos esta maneira de ser e de estar de muitos elementos da nossa sociedade, traduzida por práticas que não fazem parte do modo de vida de pessoas decentes.
Esperança requer perseverança. Acreditar mesmo quando há indicações do contrário.
É com esperança que eu quero começar este ciclo de histórias que faço questão de continuar a contar, ao longo deste 2016, sempre que, ao correr da pena, houver motivo para isso.
Estive ausente no mês de Janeiro, porque andei a deambular por aí, no gozo da minha licença disciplinar,
contrariando a teoria do meu amigo Estolano, quando diz que “aposentado não tem direito a férias, porque está de férias todos os dias”.
João de Sousa – 03.02.2016
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