DE NOVO O CINZENTINHO!
Volto à carga porque afinal o “cinzentinho” que anda a patrulhar as nossas ruas, continua a fazer das suas, desobedecendo as mais elementares regras estabelecidas.
Ele sabe que não pode solicitar a nenhum automobilista a respectiva carta de condução. Essa é função do agente regulador de trânsito. Mas infelizmente o “cinzentinho” continua a pontapear a lei. Age duma forma arrogante e ameaçadora. A lei é ele e mais ninguém. O que ele diz é lei. Como se não bastasse, invoca o facto de “estarmos em guerra”, para intimidar automobilistas, justificando desse modo o seu procedimento.
Eu assisti a um caso que aconteceu nas proximidades da Escola Secundária Josina Machel, no passado sábado à noite. Uma discussão entre o automobilista e o polícia. O automobilista insistia que não lhe mostrava a sua carta de condução. O polícia, arrogante, exigia. E garantia que se a carta de condução não lhe fosse apresentada imediatamente, o condutor e todos os passageiros da viatura “de certeza que hoje não vão dormir a casa”. E como o condutor e os passageiros do veículo que o polícia mandou parar queriam todos ir dormir a casa, nada mais fizeram do que obedecer à arrogância do agente da autoridade. Porque se não fizessem isso, mesmo sabendo que estavam a pactuar com uma injustiça, ninguém sabe o que lhes poderia acontecer.
É evidente que ao relatar este caso não pretendo de forma alguma generalizar, porque afinal está em causa um grupo de agentes, que com este tipo de atitude mancha toda a Corporação.
Sei da purga que se está a fazer no seio da própria instituição. Acredito que vai dar os resultados que todos nós pretendemos, que se possam traduzir na garantia de paz, sossego e tranquilidade para o cidadão. Mas enquanto houver “ovelhas ranhosas” que decidem atuar de forma contrária ao enunciado na lei, vai ser muito difícil à própria polícia limpar a sua própria imagem e assim credibilizar cada vez mais as ações que desenvolve.
Eu e tantos outros como eu ficaríamos sinceramente gratos se o senhor comandante geral da Polícia
se dignasse colocar “alguém” para fiscalizar essa meia dúzia de homens da sua corporação que andam por aí, permanentemente, a desrespeitar as leis e arrogantemente a intimidar os cidadãos. É que essa meia dúzia de desonestos anda armada. E nós não. As nossas armas são a lei. Mas lamentavelmente hoje, quando algum condutor decide mostrar a lei ao polícia, para provar que ele está errado, o agente arranja todos os argumentos possíveis para dizer que “esse documento não é válido”. E até é bem capaz de dar ordem de prisão por desacato à autoridade.
Não deixa de ser curioso o facto do agente a que me refiro no início desta crónica ter dito que “estamos em guerra”. Para mim foi uma novidade. Este agente contraria aquilo que muitos cérebros pensantes deste País andam por aí a propalar, porque afinal, para esses, cujas citações aparecem nos jornais e nas redes sociais, “não há guerra, mas sim banditismo”.
PS: devem andar por aí alguns distraídos que não sabem fazer cálculos. Dizia-se que a manifestação de sábado de apoio ao Presidente Armando Guebuza, (parabéns pelos seus 71 anos de vida) estariam 20 mil pessoas.
Que eu saiba estiveram (se tanto) duas mil. É uma questão de zeros.
João de Sousa – 22.01.2014
Um Comentário
dave adkins
Voces sabem que desde 2008 nos EUA, há coisas parecidas descritas pelo João de Sousa neste artigo que têm acontecido, mais não têm que ver com automovilistas e a polícia. São mais suteís,não obstante existem. Têm que ver com el Departamento de Justicia (Eric Holder) quem recusa forçar diversas leis contra o seu partido politico. Exemplo é que o Departamento de Internal Revenue (impostos) tem discriminado contra o partido da oposição respeito dando grupos “tax free status” para participar no proceso politico. Sem este direito básico, o partido de Holder (e do Presidente) ganha uma vantagem importante nos finanças das eleicões. Ë simplemente só um exemplo da arrogançia e da violação de nossas leis durante esta administração. Não falamos das ruas de Maputo, falamos de Washington, D.C., onde os nossos cinzentinhos usam black ties.