OS FAZEDORES DE OPINIÃO
Os escândalos da EMATUM e outros,
trouxe à tona um conjunto de “jornalistas/fazedores de opinião” que, por não entenderem nada das regras deontológicas da profissão, decidem escrever, nas redes sociais, um conjunto de baboseiras que ninguém entende.
A globalização abriu espaço para este tipo de “profissionais” que a propósito disto ou daquilo, decidem martelar o nosso juízo com as mais inebriantes conjecturas e análises. Neles existe a necessidade patológica de querer falar sobre tudo.
Todos, num ápice, transformam-se em comentadores. De meia tigela, diria o meu amigo Estolano. Comentam os males da nossa economia, fazem conjecturas de natureza política, criticam fenómenos de natureza social. E para isso utilizam uma linguagem que só eles conhecem, baseada na sua própria gramática.
São os novos fazedores de opinião, ou como muitos gostam de dizer “opinion makers”. Ter opinião não transforma ninguém em fazedor de opinião.
Como se não bastasse, lutam nas redes sociais. Alguns só não chegam a vias de facto porque ainda está para ser inventado o aplicativo que permita enviar (via internet) um bom par de bofetadas.
Para além destes há outros, “proprietários” de portais electrónicos, (blogues) que vivem apenas, como costuma dizer o professor Carlos Serra, “da mediocridade parasitária do copia/cola/mexerica”.
João de Sousa