Parabéns Mr Frank, Frank Sinatra!
Hoje e só hoje, cumprem-se 100 anos (trinta e seis mil dias de calendário) do nascimento do senhor Francis Albert Sinatra, filho de emigrantes italianos, a mãe genovesa e o pai siciliano.
Frank Sinatra, actor e cantor norte-americano, nasceu a 12/12/1915 em Hoboken, New Jersey, e faleceu a 14 de Maio de 1988, em Los Angeles, aos 82 anos, com uma ímpar e importante carreira artística, e reconhecido mundialmente como «A Voz/The Voice».
Após 17 anos da sua morte, o centenário do seu nascimento será marcado por inúmeras iniciativas, para prestarem homenagem ao ícone da canção e estrela no cinema, também reconhecido por «Ol’Blue Eyes»:
- Hoboken, cidade natal, antigo complexo industrial nas margens do rio Hudson, em frente à ilha de Manhattan, «descerramento de placa evocativa do centenário do nascimento de Frank Sinatra»;
- Las Vegas, grande concerto com Tony Bennett e Lady Gaga;
- Nova Iorque, cidade imortalizada pela sua voz, na canção «New York, New York», promove também um grande concerto, «Playlist: Sinatra-Voice for a Century», no Lincoln Center For The Performing Arts;
- Rio de Janeiro (Brasil), no Teatro Municipal, um inglês, Louis Hoover, subiu ao palco a 10/12/15, para interpretar os sucessos, de uma das mais belas e emblemáticas vozes da história, de uma artista sedutor, charmoso e de olhos azuis;
- Portugal Continental, vinte e quatro horas (24h) com músicas de Frank Sinatra, no ar pela rádio Smooth_FM, «…and all that jazz!», captada em, 89.5_Porto, 92.8_Centro, 97.7_Ribatejo, 96.6 e 103.0_Grande Lisboa.
Eventos que se multiplicam, nos mais variados cantos do Mundo, explorando o mito de origem humilde, que cuidava da sua aparência e que nasceu com um tímpano perfurado, mas que quando subia ao palco transmitia uma energia positiva e contagiante, estabelecendo um laço forte com o seu fiel público (Sid Mark).
«Há apenas um Frank!», afirma Sid Mark, apresentador de rádio, no esplendor dos 82 anos, que emite há 59 anos o programa «Sounds of Sinatra», apenas com as canções «The Voice», no qual, por vezes oferece maratonas de um fim-de-semana inteiro, sem repetir músicas.
Frank Sinatra, universalmente reconhecido, meticuloso, exigente ao extremo, não escreveu nenhuma das suas canções, mas trabalhou no duro cada uma delas, para uma interpretação sublime, num registo final apoteótico, _bravo!
A 26 de Janeiro de 1980, Frank Sinatra fez um concerto histórico no Brasil, lotando com 170 mil pessoas o estádio do Maracanã no Rio de Janeiro, inscrevendo o feito no Guiness.
Em Portugal, «a Voz» («The Voice»), actuou uma única vez, a 7 de Junho de 1992, no demolido Estádio das Antas, no Porto.
Conciliando no íntimo final, a voz que desperta, acalma e seduz, com as palavras que tocam, apertam e suspiram, num encantamento sofrido, trabalhado e amado, entre o canto e a pena:
Com que voz chorarei meu triste fado,
que em tão dura paixão me sepultou.
Que mor não seja a dor que me deixou
o tempo, de meu bem desenganado.Mas chorar não estima neste estado
aonde suspirar nunca aproveitou.
Triste quero viver, pois se mudou
em tristeza a alegria do passado.Assim a vida passo descontente,
ao som nesta prisão do grilhão duro
que lastima ao pé que a sofre e sente.
De tanto mal, a causa é amor puro,devido a quem de mim tenho ausente,
por quem a vida e bens dele aventuro.
«Com que voz», poema de Luís de Camões imortalizado pela diva do fado, Amália Rodrigues, num registo ao trabalho de quem foi grande, querendo ir mais além, mesmo acreditando que o melhor está para vir («The best is yet to come», epitáfio na lápide de Frank Sinatra).
Parabéns, Mr Frank, Frank Sinatra, como nas suas canções, as palavras soltam-se na voz:
_For strangers in the night,
Paulo Craveiro, v/Devoto Incensador de Mil Deidades. 12Dez15
Um Comentário
Paulo Craveiro
Obrigado Samuel Carvalho.
Agradeço o carinho, a simpatia e a dedicação! Bem haja!