Resposta ao comentário do futebolista Ernesto Pereira Baltazar (31/03/2013), sito no BIGSLAM na minha entrevista “Conheça melhor”.
Caro Baltazar: Começo por lhe pedir desculpa de só agora responder ao seu amável comentário por só hoje dele ter tomado conhecimento (a minha nunca desmentida iliteracia informática a isso me induz, por vezes).
Pedindo ao nosso bom amigo Samuel a publicação (de)satempada desta minha resposta, nada mais poderei fazer do que tentar redimir-me de uma falta involuntária.
De si a lembrança de um grande futebolista a quem não tive a honra (segundo julgo) de ministrar preparação física.
Mas ministrei preparação física na época em que era treinador essa antiga glória do Futebol Nacional e do Belenenses, de seu nome Castela. Dele fui grande amigo e encontrei colaboração preciosa para nessa preparação ministrar alguns exercícios com pesos e halteres (ou de musculação, como agora se diz) com a relutância dos “meus pupilos” em ficarem com os “músculos presos” ou virem a sofrer do coração (não me refiro a paixonetas próprias da idade…), mitos que vigoravam na altura e que, infelizmente, ainda perduram em certas mentalidades, pese embora o facto de, actualmente, todos os futebolistas “topo de gama” (se me é permitida a analogia com a expressão do mundo automobilístico) o fazerem em ginásios devidamente apetrechados..
Haja em vista o Cristiano Ronaldo, com um corpo e massa muscular trabalhados que só os “malfadados” pesos permitem.
Ao que penso, Castela já não pertence a este verdadeiro ” vale de lágrimas” em que se transformou este nosso PORTUGAL! Se assim for, a minha singela e muito sentida homenagem póstuma: que repouse em paz depois de uma vida de ingratidão em que nem sempre, mercê da sua sisudez, foi reconhecida a alma generosa que se albergava no seu corpo de grande estatura física. E que eu posso, e quero, atestar, ainda que por breve convivência entre treinador e preparador físico. Convivência nem sempre a melhor, mas isso são contos que pertencem ao passado.