Romão Félix “Parafuso” comemora hoje (20 de janeiro) 77 risonhas primaveras…!
Esta é uma pequena homenagem do BigSlam a essa grande figura da rádio, música, desporto (basquete e futebol)
e muito mais…
“Quem nunca ouviu falar de Romão Félix? A maior parte das pessoas conhece-o por “Parafuso”. Personagem que marcou várias gerações que de algum modo viveram em Moçambique com a sua boa disposição, sempre com um sorriso no rosto e encantando todos os que o rodeiam.
Algumas imagens feitas pelo Bigslam a 13 de Março de 2010, na abertura da exposição sobre a vida e a obra de Romão Félix “Parafuso”, na sede da ACRENAMO em Leiria.
Romão Félix “Parafuso”, Samuel Carvalho e Zita Caetano
Romão Félix ao longo dos anos…
Em revista 1…
Zita Caetano e Helena Carvalho observam a reportagem fotográfica de toda uma vida…
Em revista 2…
Dois excelentes artistas “moçambicanos” – Romão Félix e João Maria Tudela (entretanto falecido).
Placa comemorativa dos 25 anos da ACRENAMO
A história inédita do Grande Parafuso contada pelo seu pelo próprio punho!
Manuel Romão Félix, nascido em Lisboa no dia 20 de Janeiro de 1936, casado com a minha Josefina, Manuela Félix desde 1961.
Fui para Moçambique, Lourenço Marques em 1943, onde estive até 1976, ano em que tive de regressar a Lisboa pelos motivos que são do conhecimento de todos.
Não posso dizer que foi difícil a minha adaptação a Lisboa, embora como todos os “retornados”, tenha passado as passas do Algarve como se costuma dizer.
Voltando ao “meu Moçambique” ali passei os meus melhores anos da minha vida, andei na Escola Paiva Manso onde fiz a minha primária, frequentei durante algum tempo a escola especial, onde o director era o Malveiro, depois fui para a escola comercial onde fiquei só até ao 3º ano…
Aos 15 anos comecei a trabalhar num despachante oficial (Hélder Barata) estive por lá dois anos e tal e o meu vencimento na altura eram uns 500 escudos, depois passei para uma firma de transitários “Fred Cohen Goldnan” e já lá trabalhava o Bebé Carreira que já ganhava umas massitas.
Na foto (19.10.2005) – Romão Félix “parafuso” e Bébé Carreira (falecido recentemente).
Em 1955, o Rádio Clube de Moçambique, fez um concurso para cançonetistas, instrumentistas, e imitadores, classe em que eu concorri.
Fiquei em 1º lugar imitando um negro na sua maneira típica de falar o Português e assim nasceu “O Parafuso”.
Dali para a frente, felizmente o sucesso foi grande, fui então convidado pelo RCM, e passei a fazer parte do seu Cast Artístico, participando nos famosos programas de variedades ás terças e sextas feiras.
Depois, passei a fazer espectáculos em todas as grande e famosas salas de Lourenço Marques, percorri todo o Moçambique, fiz muitos espectáculos na África do Sul, (Johannesburg, Pretória, Durban, Cape Town).
Em Moçambique, gravei 18 discos, o maior numero até á data, e todos eles atingiram RECORD DE VENDAS…
Durante a minha fase artística, trabalhei na Delta Publicidade que era dos meus amigos Carlos Albuquerque e Graça.
O Albuquerque ali fazia diverso serviço publicitário, e tinha também, para além dum programa do Parafuso, colaboração em locução noutros programas.
Em 1955 fui para Boane cumprir serviço militar e ali conheci a minha mulher Manuela, o grande suporte da minha vida, e este ano fazemos já 55 anos de casados…
Em Lisboa o Parafuso, também teve um sucesso enorme, gravei dois discos single, sendo o 1º “Parafuso em Lisboa” o disco mais vendido em Portugal, foram qualquer coisa como 60.000 exemplares na época era muito disco…
depois fiz ainda um espectáculo na TV e diversas actuações pelo País…
Em 1984 o “Parafuso” arrumou as botas, mas não quer dizer que de vez em quando não faça umas gracinhas, nem que seja para os netos…
Naturalmente a minha vida artística foi muito completa e muito ficou por dizer, mas por estas linhas, certamente que muitos ficarão a saber um pouco da vida do PARAFUSO.
* A si argúem ficaste chatiado com este mensagem do Parafuso, descurpa…
Sim…chi…mas cada um és como cada qual, mas ninguém és como evidentemente….ambanine e qui o chicuembo proteja todos vocês…
Ambanine tátá…
Para terminar um momento único na voz do “Parafuso” – Tantas Saudades…!
O BigSlam deseja ao Romão Félix “Parafuso” um ótimo dia de aniversário, as maiores felicidades e muitos anos de vida, e que este espaço continue a ser o seu/nosso “Ponto de Encontro”!
3 Comentários
eduardo manuel lopes fragoso de teixeira paulo
Adoro muito esta personagem do nosso tempo em Moçambique. Me lembro que um dos nossos criados (tinha-mos dois), quando o Parafuso arrebentou na radio, ele – o criado, não acreditava que o Parafuso era um branco. Quando vim para a África do Sul, tive um privilegio de o ver pessoalmente num êxito no clube de desportos no sul da cidade de Joanesburgo (cerca de 1982) – la vi adultos a chorar quando o artista fez o seu show. Tão herói do nosso povo (moçambicano) tal como o NOSSO Eusébio!
Marcelino Cardoso
Conheci-o em Moçambique, Lourenço Marques, hoje Maputo, nos célebres programas do Rádio Clube local, em que p’articipavam o falecido João Maria Tudela maestro Artur Fonseca, de entre outros. Gostava de possuir o disco dos passatempos dessa época ou até mesmo algum mais recente, como por exemplo, o “Parafuso em Lisboa”. Fui grande admirador seu nessa altura, em que o ouvia com prazer. Já procurei em divsrsos establecimentos do ramo mas não encontrei nenhum. Peço que me envie à cobrança 1 ou 2 discos, ou CD Ou se souber me informe onde encontrá-los em Coimbra. O meu endereço postal é: Marcelino Cardoso, Rua Marginal do Mondego, nº4 -2º D, Torres do Mondego – 3030-350 Coimbra. Diga-me o que se oferece sobre esta assunto para o meu Mail osodrac.m@sapo.pt. Obrigado.
Admin
Caro Marcelino Cardoso, acabei de enviar um email ao Romão Félix “Parafuso”, para entrar em contato consigo. Espero que seja bem sucedido.
Aquele abraço e apareça sempre neste nosso “Ponto de Encontro”!