UMA DATA NA HISTÓRIA – 10 de Janeiro de 1970… A DETA entra na era do jato
A 10 de Janeiro de 1970, a “DETA”, entra na era do jato com a aquisição de dois aviões “Boeing 737”, com capacidade para 95 passageiros, sendo considerado o mais moderno e versátil da grande família “Boeing”.
Os novos “Boieng” da DETA, no aeroporto de Lourenço Marques.
Os dois aviões, a que foram dados os nomes de Angola e Moçambique, tiveram o seu batismo solene naquela data, presidido pelo Arcebispo de Lourenço Marques, e tendo como madrinha a esposa do Governador-Geral, D. Maria das Neves Rebello de Souza, tendo assistido ao ato as mais altas individualidades da Província Ultramarina de Moçambique.
A Srª D. Maria das Neves Rebelo de Sousa, esposa do Governador-Geral de Moçambique, procedendo ao batismo dos aviões “Boeing” da DETA, em Janeiro de 1970.
Os Diretores de Serviço do CFM e da DETA com as tripulações que conduziam os aviões dos EUA para Moçambique.
Após a cerimónia do batismo, usou da palavra o Eng.° Fernando Seixas, Diretor dos Serviços de Portos, Caminhos de Ferro e Transportes de Moçambique, seguindo-se o Secretário Provincial de Obras Públicas e Comunicações, Eng.° Brazão de Freitas.
Na mesma data efetuaram-se dois voos turísticos, em que participaram altas individualidades civis, militares e religiosas, bem como numerosos convidados.
Durante as cerimónias realizadas no aeroporto Gago Coutinho, na cidade de Lourenço Marques, os elementos da fábrica “Boeing”, que se deslocaram a Moçambique, ofereceram lembranças aos pilotos e mecânicos que se deslocaram aos Estados Unidos para estagiar.
Foram contemplados os Comandantes Branco, Almeida, Virgílio e Ferreira da Costa; os pilotos Jorge Marques, J. Matos e J. Primavera; os mecânicos Martins, Fidalgo, Fortuna e Castro.
Num texto publicado na ocasião pode ler-se que “desta forma, a DETA, prossegue na sua senda de progresso e renovação, para continuar a oferecer o que de melhor existe no transporte aéreo, e corresponder à confiança nela depositada, cujo lema é: “Segurança, Eficiência e Regularidade”.
Faz hoje (10 de Janeiro) 53 anos que a DETA entrou na era do jato.
OBS: A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique foi criada no dia 14 de Maio de 1980, ao abrigo do Decreto nº 8/80 de 19 de Novembro,
e assumiu todos os direitos e obrigações resultantes de atos ou contratos praticados ou celebrados pela sua antecessora, a DETA – Direção de Exploração do Transporte Aéreo – que esteve em atividade desde 1936.
Fonte: Arquivo do BigSlam – Texto de João de Sousa adaptado, com algumas fotos retiradas do blogue The Delagoa By World de ABM.
9 Comentários
josé carlos alves da silva
DETA estas palavras dizem tudo…. História, Progresso, Trabalho, União, Riqueza, Harmonia duma Província, onde todos tudo deram e nada trouxeram, só memórias. Parabéns DETA
Manuel Martins Terra
DETA- Uma companhia aérea com história, que soube crescer e que na década 70, conheceu o seu esplendor com a aquisição dos modernos “Boeings” 737, prestigiando a aviação em Moçambique. Saudades.
Arminda Barroso
Uma data na história como referência.
Vivemos esse momento!
Maria Bettencourt
Sempre tive uma paixão por aviões. Enquanto pequena o melhor sitio onde me podiam levar era ao aeroporto. Via os aviões da DETA e da TAP , e a tripulação. Sonhava um dia vir a fazer parte da tripulacao.
Ter acesso a esta historia da Ca aérea de Mocambique do meu tempo foi algo que me deu prazer ler.
Obrigada.
Fernando Almeida
Filho do Cte.Almeida que trouxe o 2º B737 para Moçambique
O Fortuna era padrinho da minha irmã Ana Paula, e o fidalgo era compadre do meu pai por ser padrinho de um dos filhos,
Era uma familia poderosa na DETA e todos muito amigos
José Fonseca
A minha teve um primo que foi um dos primeiros comandantes da deta era o com. Flávio de Carvalho.
Roberto Fernandes
Iniciei na DETA em 1° de Maio de 1973,com muito orgulho.
Carlos Simes
DETA – A companhia onde iniciei o meu percurso profissional na aviação. Saudades!
Ricardo Quintino
Bons velhos tempos em que o progresso da terra que me viu nascer, descolava à velocidade dos jactos. E mais não digo para não afrontar a decrépita LAM, culpa da gestão ruinosa da actual nomenclatura governamental de Moçambique…oh acabei por dizer/afrontar…kkkk