UMA DATA NA HISTÓRIA – 29 de Março de 1981… Areosa Pena
Não fosse o seu filho José de Areosa Pena disponibilizar um conjunto de informações publicadas no blog “The Delagoa Bay Review”, sobre a vida e obra do seu pai, (que aqui se transcreve com a devida vénia) e nada ou quase nada saberíamos de Areosa Pena, o jornalista que em meados dos anos 60 foi trabalhar para o principal diário moçambicano, o jornal “Notícias”.
10 anos depois faz parte da equipa que funda a Revista Tempo, de onde sai em 1973 para trabalhar nos Serviços Municipalizados de Água e Eletricidade (SMAE). Simultaneamente colabora com dois jornais portugueses, nomeadamente o “Expresso” e a “Capital”.
Em 1974 volta ao “Notícias” e assume o cargo de Chefe de Redação. Em 1980 integra um grupo de jornalistas que cobre a “Ofensiva Política e Organizacional” desencadeada pelo Presidente Samora Machel. Escreve sob o pseudónimo Hamade Chamisse.
Areosa Pena começa a enfrentar problemas provocados pela doença. Ele recebe ordens para ficar a trabalhar em casa, de onde envia as suas últimas crónicas. Trabalha até as vésperas do dia fatídico. Às 20 horas e 30 minutos de 29 de Março de 1981, a informação moçambicana perdeu um dos seus mais prestigiados jornalistas: José Carlos Areosa Pena,
uma figura que marcou uma geração de escribas moçambicanos, antes e depois da independência. Um dos prémios de jornalismo ostenta o seu nome.
De José Carlos Areosa Pena destaca-se, entre outros importantes trabalhos, um extrato da crónica intitulada “Lembras-te Mariana?”, publicada no jornal “Notícias” em Outubro de 1967.
Fonte: delagoabayword.wordpress.com – Texto de João de Sousa adaptado.
2 Comentários
aanmu@sapo.pt
Conhecia-o e até (não garanto) já tinha lido essa história que gostei imenso.
Augusto Martins
Paz à sua alma.
Este texto é só um pequeno, mas imenso, retrato de uma realidade com a qual foi criado aquele país, agora tão cobiçado pelas grande potências mundiais, que SEMPRE tentaram fazer com que ele deixasse de ser uma parte do território português.
Algumas dessas potências até mantinham, aparentemente, apoio a Portugal, mas o tempo acaba sempre por destapar a realidade e ela é bem evidente. Infelizmente, para aquele povo, que bem merecia deixar de ser enganado, para ser verdadeiramente FELIZ.
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