Caros amigos e amigas,
Hoje, 25 de maio, celebramos o Dia Mundial de África, uma data de imenso significado e importância. Este dia nos lembra a fundação da Organização da Unidade Africana (OUA) em 1963, que agora é conhecida como União Africana (UA). É um momento para refletirmos sobre a rica herança cultural, histórica e social do continente africano, bem como sobre os desafios e conquistas de seus povos.
África é um continente de diversidade vibrante, com mais de 1,3 bilhão de pessoas espalhadas por 54 países, cada um com suas próprias culturas, línguas e tradições únicas. Esta diversidade é a força que alimenta a resiliência e a criatividade africanas. Desde as antigas civilizações do Egito e da Etiópia até os movimentos modernos de arte, literatura e inovação tecnológica, África sempre foi um farol de riqueza cultural e humana.
Este dia também nos oferece uma oportunidade para reconhecer os desafios que ainda persistem, como a desigualdade, a pobreza e os conflitos. Mas, ao mesmo tempo, é um dia para celebrar as inúmeras vitórias: o avanço da democracia, o crescimento econômico, a inovação tecnológica e a solidariedade entre os povos africanos e com o resto do mundo.
Em um mundo cada vez mais globalizado, a contribuição de África é inestimável. Os seus recursos naturais, culturais e humanos têm um impacto profundo e positivo em todas as partes do globo. É essencial que continuemos a apoiar e a investir no desenvolvimento sustentável do continente, promovendo a justiça social, a igualdade e a paz.
Que este Dia Mundial de África sirva como um lembrete do nosso compromisso coletivo em trabalhar juntos por um futuro onde todos os africanos possam prosperar. Vamos celebrar não apenas o passado e o presente, mas também o futuro brilhante que está à frente para África.
Feliz Dia Mundial de África!
Ressaltar aqui, que alguns dos territórios que hoje conhecemos como países isolados, antes faziam parte de alguns reinos que ocupavam vastas dimensões territoriais , é o caso por exemplo do Reino do Kongo, que ocupava países como Angola República Democrática do, República do Congo e Gabão.
As fronteiras que hoje conhecemos foram impostas pela Europa por meio da divisão feita em Berlim, o que veio trazer assim essa nova divisão geográfica que limitou a conexão dos povos em muitos aspetos.
Neste artigo vamos conhecer o nome de alguns países africanos e a respetiva origem etimológica do nome.
ÁFRICA DO SUL: Nome geográfico que indica sua localização no extremo sul do continente africano.
𝐀𝐍𝐆𝐎𝐋𝐀: A terminologia Angola deriva da palavra N’gola na língua Kimbundu que significa : Robustez, Força ou Soberania. Angola é na verdade uma terminologia errónea extraída da palavra N’gola. Historicamente N’gola era um título real atribuído aos soberanos do antigo Reino Do N’dongo e Matamba. E a palavra N’gola que dá origem ao nome do país vem do grupo etnolinguístico Ambundu.
𝐀𝐑𝐆É𝐋𝐈𝐀: O nome vem da da cidade de Argel (através do catalão aldjère), da palavra árabe ạljzạỷr (AL-Gaza), que significa “as ilhas”.
𝐁𝐄𝐍𝐈𝐍: Benin é um nome que deriva da língua Yoruba, ile ibinu, que significa : “Casa De Aborrecimento”. O nome Benin vem da língua Yoruba. Reza a história que foi no Benin onde nasceu a religião Yorubana, que é por si só considerada como uma das maiores religiões de África do grupo etnolinguístico Yoruba.
BOTSWANA: Derivado do nome da principal etnia do país, os Tswana. “Bo” é um prefixo de localização em Setswana, indicando “terra dos Tswana”.
𝐁𝐔𝐑𝐊𝐈𝐍𝐀 𝐅𝐀𝐒𝐎: Burkina Faso foi um nome dado pelo ex Presidente “o saudoso carismático e Afro centrista” Thomas Sankara em 1984. Sankara criou o nome a partir de duas palavras na língua More e Diwala. Burkina significa em More : homens íntegros. E Faso significa em Diwala : “terra natal” O que resulta em : Terra “Natal” de pessoas íntegras.
𝐁𝐔𝐑𝐔𝐍𝐃𝐈: Da língua local, que significa “País de que falam o kirundi”.
𝐂𝐀𝐁𝐎 𝐕𝐄𝐑𝐃𝐄: O nome Cabo Verde é, na verdade, uma referência a uma localidade geográfica situada no litoral do Senegal (Cap Vert), país continental da África. A formação senegalesa era comumente avistada por navegadores portugueses, antes da chegada propriamente dita ao arquipélago atual de Cabo Verde. O arquipélago de Cabo Verde terá sido descoberto no ano de 1460 por navegadores italianos e portugueses. Santiago foi a ilha mais favorável para a ocupação e assim o povoamento começa ali em 1462.
𝐂𝐀𝐌𝐀𝐑Õ𝐄𝐒: Do Português “Rio de camarões” (Rio de camarão), o nome que os exploradores portugueses tinham dado ao rio wouri no século XV, ser-se da abundância de camarão neste curso de água. Os marinheiros ingleses adotaram esse nome na anglicisant (Camarões), daí o nome atual dos camarões.
CHADE: Derivado do Lago Chade, cujo nome vem da palavra kanuri “Tsade” que significa “lago” ou “grande corpo de água”.
𝐂𝐎𝐌𝐎𝐑𝐄𝐒: Do Árabe djazaïr ao kamar, “as ilhas da lua”.
𝐂𝐎𝐒𝐓𝐀 𝐃𝐎 𝐌𝐀𝐑𝐅𝐈𝐌: Referência ao comércio de marfim na região. Outras partes da Costa Marítima Africana foram nomeadas de forma semelhante: ” Costa dos cereais “, ” Costa do ouro “, e ” Costa dos escravos “.
𝐃𝐉𝐈𝐁𝐔𝐓𝐈: Talvez seja derivado da palavra afar gabouti (um tipo de tapete feito de fibra de palma). Outra etimologia plausível mas não provada é que djibuti significa ” Terra de tehuti ” ou ” Terra de thoth ” (o Deus egípcio da lua).
EGIPTO: Derivado do latim “Aegyptus”, que vem do grego “Aígyptos”, que por sua vez é uma adaptação do antigo nome egípcio “Hwt-Ka-Ptah” (Mansão do Ka de Ptah), um dos nomes de Mênfis, a capital do Antigo Egipto.
𝐄𝐑𝐈𝐓𝐑𝐄𝐈𝐀: Nomeado pelos colonos italianos, do nome latino para o mar vermelho: Mare Erythraeum (“Mar da Eritreia”).
𝐄𝐒𝐖𝐀𝐓𝐈𝐍𝐈 (ou 𝐒𝐔𝐀𝐙𝐈𝐋Â𝐍𝐃𝐈𝐀): Anteriormente conhecida por Swaziland. Hoje, Reino De eSwatini. eSwatini é um termo pertencente ao grupo etnolinguístico Swati. O nome eSwatini significa: “terra dos swazi”. A mudança do nome foi feita pelo atual Rei, pelo simples facto do Reino ser sempre confundido por Switzerland vs Swaziland. Razão essa que levara o Rei a mudar o nome para eSwatini. Na verdade é que antes da colonização britânica chagar, o Reino já tinha como nome eSwatini. Ou seja, o país voltou ao nome anterior à colonização britânica.
𝐄𝐓𝐈Ó𝐏𝐈𝐀: Da palavra grega aithiopía (Aithiopía; latim: Æthiopia), de aithíops (aithíops), ” Etíope “, por vezes avariado por investigadores como um termo puramente grego que significa ” na face (Unrwa) queimado (aith) “. No entanto, algumas fontes etíopes (por exemplo, o livro de aksum dos séculos XVI e XVII) declaram que o nome é derivado de “is”, um filho de kush, filho de cham, que, segundo a lenda, Fundou a cidade de aksum. Há também uma opinião minoritária de alguns investigadores que a palavra grega aithiopía deriva de uma palavra local antiga que significa ” incenso ” ou ” bom “, reinterpretada pelos gregos.
𝐆𝐀𝐁Ã𝐎: Gabão é um termo que refere ao estuário do Komo, que significa: “Manto”.Komo é na verdade é um Rio que nasce na Guiné Equatorial, na parte sudoeste do planalto de Woleu-Ntem. No entanto, grande parte da sua bacia hidrográfica está no território do Gabão. O maior afluente do rio Komo é o rio Mbeya. A zona sul desse país era parte de um dos maiores Impérios de Afrika, o Império Do Kôngo na qual tinha a sua capital Mbanza Kôngo na zona norte de Angola.
GÂMBIA: Nomeado após o Rio Gâmbia, cuja origem etimológica pode vir de uma palavra em português “Cãmbio” (referente ao comércio) ou do Mandinka “Kambra/Kambaa” (referente ao rio).
𝐆𝐀𝐍𝐀 ou 𝐂Ô𝐓𝐄 𝐃’𝐎𝐑 (antigo nome colonial): O termo do Gana era do soninquê “Nwana” que significava “herói” ou “Rei guerreiro” e era o título atribuído aos reis do império do Gana. Tinha o nome de Côte D’or, de acordo com a grande quantidade de ouro encontrado no país pelos colonos europeus.
GUINÉ: Derivado do termo berbere “Akal n-Iguinawen”, que significa “terra dos negros”. O termo “Guiné” foi usado pelos europeus para descrever as regiões costeiras da África Ocidental habitadas por povos negros.
𝐆𝐔𝐈𝐍É-𝐁𝐈𝐒𝐒𝐀𝐔 𝐄 𝐄𝐐𝐔𝐀𝐓𝐎𝐑𝐈𝐀𝐋: Embora o nome da Guiné tenha sido imposto a esta região pelos europeus, pode ser considerado como de origem africana, a palavra Guiné é, segundo alguns autores, a transformação das palavras ginyia ou gineua pelas quais os mercadores mouros, com os quais os exploradores portugueses foram em relação aos reinos subsarianos. Outra Etimologia, que não é necessariamente incompatível com a anterior, deriva do nome da Guiné, como o do antigo gana da palavra berbere akal n-Iguinawen ou aguinaoui, “Terra dos homens negros”.
𝐋𝐄𝐒𝐎𝐓𝐎: Lesotho é um nome que deriva da palavra Sotho. É uma homenagem ao grupo etnolinguístico Masotho ou Basotho. Oficialmente conhecido por Reino do Lesotho. Anteriormente era chamado de Reino da Basutolândia. É um pequeno país da África Austral. Um enclave incrustado na África do Sul, montanhoso e sem saída para o mar, é um dos países etnicamente mais homogêneos da Africa: 99% de sua população pertence ao mesmo grupo etnolinguístico basotho.
LIBÉRIA: Do latim “liber”, que significa “livre”. O país foi fundado por escravos libertos dos Estados Unidos.
LÍBIA: Derivado do nome “Lebu” ou “Libu”, usado pelos antigos egípcios para descrever um grupo de berberes que viviam a oeste do Nilo.
MADAGÁSCAR: Nome derivado de um erro. Marco Polo confundiu a ilha com Mogadíscio, no atual Somália, e o nome “Madagascar” ficou. O nome nativo da ilha é “Madagasikara”.
𝐌𝐀𝐋𝐀𝐖𝐈: Malawi é um nome que deriva da língua Nianja que significa: “O Sol Nascente”.O Nianja ou como é tratada amorosamente no Malawi de Chewa (não obstante de ser uma das línguas oficiais, ao lado do inglês), é uma língua da família linguística Bantü faladas no Malawi Moçambique Zâmbia e Zimbabwe. É a partir da língua Chewa ou Nianja que surge o nome do Sol Nascente que em Nianja queira dizer Malawi.
𝐌𝐀𝐋𝐈: Na língua Mandinka ou Bambara, o termo Mali em si significa :”Hipopótamo.” Mali é um nome que foi herdado do antigo Império Mali. E tem como significado Hipopótamo na língua Mandinka que é por si só um dos maiores grupos etnolinguístico da Afrika Ocidental. O Mandinka é também uma língua falada no Senegal, Gâmbia, Guiné-Bissau. Reza a história que a República Do Mali teve a primeira Universidade a existir no mundo antes do séc XII, e a primeira grande biblioteca do mundo a não menos conhecida por Timbuktu.
MARROCOS: Derivado do nome da cidade de Marraquexe. “Marrocos” vem do nome português antigo “Marrocos”, que por sua vez vem do árabe “Marrākuš” (a cidade de Marraquexe).
MAURÍCIAS: Nomeado em homenagem ao Príncipe Maurício de Nassau pela Companhia Holandesa das Índias Orientais.
𝐌𝐀𝐔𝐑𝐈𝐓Â𝐍𝐈𝐀: Mauritânia é um nome que deriva da terminologia Mouros ou Mauros que significa : “Terra”. Os Mouros ou Mauros são povos descendentes dos antigos Kemeticos assim como dos Berberes. E são sobretudo oriundos do Norte de África. Eles são conhecidos por levar a civilização a Europa durante a idade Média através da Península Ibérica, Sicília, Malta e França. E cai sobre eles a invenção da primeira arma (manual) de fogo.
𝐌𝐎Ç𝐀𝐌𝐁𝐈𝐐𝐔𝐄: O nome Moçambique teria derivado do nome de um comerciante árabe que ali viveu, Musa Al Bik, Mossa Al Bique ou Ben Mussa Mbiki, Conta-se que ao fazer o primeiro aportamento nas terras moçambicanas, os portugueses a chamaram de ” Terras de Mussa ibn Bique” em homenagem ao seu governante, mas ao passar dos anos, como aconteceram em outras regiões do mundo colonizadas por europeus lusitanos, o nome da terra começou a ser simplificado para facilitar a pronuncia sofrendo uma corruptela de Mussa ibn Bique para Moçambique.
𝐍𝐀𝐌Í𝐁𝐈𝐀: Do nome do deserto do Namibe, na costa do Atlântico. Namibe significa “uma região onde não há nada” na língua nama.
𝐍Í𝐆𝐄𝐑: De acordo com o nome do Rio Níger, do termo indígena ou gir (” Rio Gir “), ou do tuaregue não eghirren (“Águas que fluem”) muitas vezes mal interpretado (especialmente pelos classicistas) como derivado do latim Níger (” Preto “), Uma referência à cor da pele dos habitantes.
𝐍𝐈𝐆É𝐑𝐈𝐀: O nome “Nigéria” foi criado mediante a fusão das palavras Niger (referente ao Rio Níger) e área (termo inglês para “área”), em contraste com o vizinho Níger, de colonização francesa. Esse nome foi cunhado no final do século XIX, por Flora Shaw, que viria a ser a esposa do Barão Lugard, uma administradora colonial britânica.
𝐐𝐔É𝐍𝐈𝐀: Do nome do Monte Kenya, segunda cimeira de África, atrás do Kilimanjaro. Obteve a sua ortografia atual após uma série de alterações do nome que as tribos locais davam às montanhas. Os kikuyu chamam-lhe ” Kirinyaga “, os embu ” Kirenia “, e os akamba ” Kinya “, termos que significam tudo ” Montanha branca ” ou ” Montanha brilhante ” devido aos glaciares visíveis no topo.
𝐑𝐄𝐏Ú𝐁𝐋𝐈𝐂𝐀 𝐂𝐄𝐍𝐓𝐑O 𝐀𝐅𝐑𝐈𝐂𝐀𝐍𝐀: Nome descritivo devido ao facto do país está geograficamente no centro do continente africano.
REPÚBLICA 𝐃𝐄𝐌𝐎𝐂𝐑Á𝐓𝐈𝐂A DO CONGO 𝐄 REPÚBLICA DO 𝐂𝐎𝐍𝐆𝐎 (𝐁𝐑𝐀𝐙𝐙𝐀𝐕𝐈𝐋𝐋𝐄): A terminologia Congo deriva da palavra N’kôngo conhecido por Kôngo. N’kongo (com o prefixo nominal)na língua Kikongo significa : “Caçadores.” E Kôngo (sem o prefixo nominal) significa : “Destino ou Meta”. Congo é na verdade um termo “erróneo” extraído da terminologia N’kongo, que é por si só uma homenagem feita pela RDcongo e a República do Congo a um dos maiores Impérios e Reinos existentes na Afrika Central e Sul, que nomeadamente faziam parte do império e do Reino países como, Angola, RDC, Gabão e Congo.
𝐑U𝐀𝐍𝐃𝐀: Rwanda é um termo que deriva da língua Kinyarwanda. É na verdade uma homenagem ao grupo linguístico Banyarwanda. Os Banyarwanda são os ditos criadores da nação Rwanda, na qual constituem três subgrupos: os Hútus, Tútsis e os Twa. O Kinyarwanda é também uma das línguas oficiais do Rwanda falada por 12 milhões de pessoas em Rwanda, República Democrática do Congo e partes adjacentes do sul de Uganda.
𝐒Ã𝐎 𝐓𝐎𝐌É 𝐄 𝐏𝐑Í𝐍𝐂𝐈𝐏𝐄: A ilha de São Tomé foi descoberta no dia de São Tomé em 21 de dezembro de 1470, por João de Santarém, e a ilha do Príncipe foi descoberta no dia de Santo Antão em 17 de janeiro de 1471, por Pêro Escobar. Príncipe foi chamado inicialmente de Santo Antão. Ganhou o atual nome em 1502, em referência ao Príncipe de Portugal para quem foram pagos impostos sobre a produção de açúcar da ilha.
𝐒𝐄𝐍𝐄𝐆𝐀𝐋: A etimologia do nome Senegal tem sido controversa há várias décadas. David Boilat em esboços senegalesas (1850) sustenta que a palavra seria da distorção da expressão wolof sunu Gaal, que significa “nossa canoa”.
𝐒𝐄𝐑𝐑𝐀 𝐋𝐄𝐎𝐀: Adaptado da Serra Leoa, a versão espanhola do português serra leoa (“Montanhas do leão”), o explorador português Pedro de Sintra nomeia o país segundo a forma das montanhas que vê em 1462 a navegar ao longo da Costa Oeste Africana. Não se sabe porque as montanhas o faziam pensar em leões: podiam parecer os dentes de um leão, ou os leões que dormiam, ou o trovão que ali parecia o rugido de um leão.
SEICHELLES: Nomeado em homenagem a Jean Moreau de Séchelles, Ministro das Finanças de Luís XV da França.
𝐒𝐎𝐌Á𝐋𝐈𝐀: Do nome dos somalis, o povo vive. A etimologia do seu nome permanece incerta, mas há duas possibilidades: que deriva do saco mal (“os que guardam o gado”), ou de um patriache mítico chamado samaale.
𝐒𝐔𝐃Ã𝐎: Seja o Sudão do Norte como o Sudão do Sul, são países que trazem consigo o mesmo significado. A terminologia Sudão significa: “Negros.” Anteriormente esse país era conhecido por Nubia. Aliás, o significado de Sudão está intrinsecamente ligado ao significado de Kemet, que significa: Terra Dos Negros. Sudão é um nome extraído da ancient língua copta Afrikana usada pelos antigos egípcios e Nubios. Aliás, foi nesse país onde existiu uma das maiores civilizações da história da humanidade; “a civilização de Kush Egípcia ou Kemet.”
𝐒𝐔𝐃Ã𝐎 DO SUL: Sudão” vem do árabe “bilād as-sūdān”, que significa “terra dos negros”. “Sul” refere-se à sua localização geográfica ao sul do Sudão.
𝐓𝐀𝐍𝐙Â𝐍𝐈𝐀: Uma mistura dos nomes dos dois antigos estados que formam este país: o Tanganica e Zanzibar. Tanganyika tem o nome do lago eponymous. Sir Richard Burton é o primeiro europeu a ver este lago, e explica que o nome deriva de uma língua indígena: Tou (“aderir”) no sentido de ” onde se encontram as águas ” em 1871 Henry Morton Stanley diz que a Palavra vem de tonga (“Ilha”) e hika (“prato”) as duas teorias são incertas. Zanzibar, por seu lado, deriva seu nome dos zengi ou zengj (znky), um povo local cujo nome significa “Preto”, esta raiz é combinada com o árabe barr (brr), que significa “Costa”, “Costa”.
𝐓𝐎𝐆𝐎: Togo em Ewe ou jeje significa: “Água”. Ewe é uma língua falada pelo grupo etnolinguístico Jeje. E é dos mais representativos grupos etnolinguísticos existentes nesse região do continente Africano, sobretudo no Gana e Benim.
TUNÍSIA: Derivado do nome da capital, Túnis, que vem do nome berbere “Tunes”, possivelmente derivado da raiz berbere “tns”, que significa “acampamento” ou “parada”.
𝐔𝐆𝐀𝐍𝐃𝐀: Uganda é um termo que deriva da língua Swahili, que é Luganda Buganda. A terminologia derivada do Luganda Buganda que significa: “Terra Do Ganda”. Buganda é na verdade uma homenagem feita ao antigo Reino subnacional a existir nessa região Africana.
𝐙Â𝐌𝐁𝐈𝐀: O nome da Zâmbia vem do grande rio Zambeze. Zambeze vem da expressão Lunda “Nzambienzi” que significa literalmente “Deus Vem”. Kalonga ka Nzambi significa o “rio de Deus”. Portanto, uns assumem que Zâmbia significa Terra de Deus. Muitos discordam dizendo que a escrita certa é Yambezhi em Mwinilunga. Que talvez seja sim que o rio Zambezi significa “Nzambi enzi” mas se for assim, então de onde vem o Nzambi? Por outro lado o termo “enzi” a maioria dos rios lá termina em enzhi (enzi).
𝐙𝐈𝐌𝐁Á𝐁𝐔𝐄: Mudança do shona dzimba-Dze-Mabwe, que significa “Casas de pedra” (dzimba é o plural de imba, “casa”, e mabwe é o plural de bwe, “Pedra”), em referência às paredes de pedra do antigo Império Mercador do grande Zimbabué.
6 Comentários
Nino ughetto
fantastico, Vou guardar no meu arquivo. Obrigado Big Slam
Carlos Hidalgo Pinto
1/3 de África é ocupado por países com povos bantos, portanto de uma família etnolinguística abrangendo 400 subbgrupos étnicos diferenciados, mas com uma língua manterna bantu. A pátria original dos bantu situava-se nas terras altas dos Camarões proximo da Nigéria, estendendo-se por uma estreita faixa de planície ligando com a costa oposta à zilha de Fernando Pó.
Há 2000 anos A.C. deu-se uma expansão para a floresta equatorial da África Central tendo no ano 1000 A.C. ocorrido uma outra expansão para leste e posteriormente para o Sul. Os Bantu sabiam que a agricultura sudanesa se tonha desenvolvido num país de savana, em latitudes mais a Norte e as suas plantas foram adapadas a essas condições geográficas e não para a floresta equatorial. As Plantas Malaias como a banana, o inhame e o taro têm origem num ambiente idêntico no Sudeste Asiático e eram idealmente adequadas para o habitat dos pigmeus.
A penetração dos Bantos como invasores na floresta tropical, possibilitou-lhes uma posterio deslocação para a Costa da Azânia, portanto na África do Sul, entre os anos 575 e 879 depois de Cristo. Isso ocorreu quando os Persas ainda mantinham uma posição dominante com o Oriente, por via da Pista de Sabá. Nesta região da Azânia, vivia uma população de origem Kushita (Império de Kush estabelecido no Sudão e que também dominou o Egipto), mas com fortes traços e ingredientes persas, árabes, Iemenitas e Malaios. Esta população mista adquiriu dos árabes, elementos da cultura islâmica ea sor eu novos grupos aculturados e destribalizados ao longo da costa e em ilhas remotas, tendo evoluído para o que é o povo Swahili de hoje. Ao alcançarem a Região da Azânia, os invasores Bantos ocuparam apenas os portos comerciais existentes ao longo da costa e umas secções montanhosas do interior, onde a pluviosidade era suficiente para se levar a cabo uma agricultura intensiva de irrigação.
Quando os Bantu Central penetraram e invadiram o Norte de Moçambique a sua legitimitade era baseada na Arte da Guerra, exterminaram os indígenas bosquímanos.
Numa análise sobre a estreita relação genética entre as diversas línguas bantu e a relativa actualidade da sua diferenciação de uma única e ancestral comunidade linguistica, foram aplicadas as técnicas glotocronológicas por Olmsted, em 1957.
Após a perda do controlo dos Persas sobre o comercio com o Oriente, em 879, os Árabes convertidos então ao Islão, rapidamente expandiram os seus interesses mercantis na Africa Oriental. Eles criaram pir volta do ano de 908, fortes portos comerciais em Mogadsho e Brava, na Somália do Sul, tendo paulatinamente acrescentado outros nas regioes costeiras do Quénia, Tanganics e Moçambique até conseguirem alcançar uma total posição de monopólio de todo o comércio ao longo da costa oriental africana interrompida somente aquando da chegada dos Portugueses em Zanzibar, por volta de 1503. Os mercadores Árabes e Suhalis penetraramno interior do Congo, comercializando marfim, ouro e escravos, e introduzindo o arroz e outras culturas agrícolas, como novas nercadorias.
A população Bantu em África atingiu os 400 milhões de habitantes, distribuídos por países como Angola, Moçambique, Namíbia, África do Sul, Zâmbia, Zimbabué, Tanzânia, República Democrática do Congo, República do Congo, Gabão, Guiné Equatorial, Rep. Centro Africana, Uganda, Ruanda, Comores, Maláui e Essuatini.
LUIS MANUEL ANDRADE RODRIGUES BATALAU
O conhecimto e a cultura só fazeo bem. Obrigado pelo excelente texto.
Eduardo Castro
Essa seria a verdadeira Zambézia.
Luis 'Manduca' Russell
Muito bom! Só acho injusto o Benin ser ‘a casa do aborrecimento’ e a Namíbia ser o ‘lugar on não há nada’… Estou convicto de que, com alguma boa vontade, tudo seria mais otimista e animador…
Um desafio, aceitam-se sugestões: Se o ´mapa cor-de-rosa’, proposto pela coroa portuguesa no final do século XIX, se tivesse tornado uma realidade, que nome lhe deveria ter sido dado?
Houve alguém que sugeriu ‘Pink Portugal’ (o que seria bastante premonitório e avançado no tempo), mas eu tenho a certeza de que coseguiríamos fazer melhor…
Hambanine e kanimambo!
Luiz Branco
Muito bom e muito obrigado