Poema a Lourenço Marques
Minha querida terra
No silêncio do meu quarto, sinto saudade
Que me envolve, me domina completamente.
Em sonho, contemplo-te, terra bela sem maldade,
Tantos anos passados, como se fosse o presente.
Tudo o que tinha para te dizer,
Em verso te dediquei do meu coração.
O tempo passando me faz querer
Pedir a Deus por ti em oração.
Minha terra amada, nunca te esquecerei,
O teu filho, mesmo ao longe, por ti apaixonado.
Ao teu lado, sempre presente estarei,
Depois de tantos anos, me sentir abandonado.
O que nos aconteceu, jamais será esquecido.
Minha querida terra, berço onde nasci.
Hoje sou idoso e tanto tenho sofrido
Pela falta que sempre senti por ti.
Na escuridão do meu quarto, quando adormeço,
Me dá a sensação de ouvir, bem distante,
O rufar dos tambores das sanzalas, e permaneço
Ouvindo o cantar das cigarras ao sol poente.
Autor: Orlando Rodrigues Valente