Relatos de uma viagem por terras de África (3) – “Fim de semana em Marloth Park”!

Relatos de uma viagem por terras de África (3) – “Fim de semana em Marloth Park”!

24 de fevereiro de 2017 – Sexta-feira

Acordámos cedo, pois tínhamos uma grande viagem pela frente – cerca de 500 Kms até Marloth Park, mas depois de um banho refrescante, ficámos completamente novos e prontos para enfrentar a estrada!
Por motivos logísticos, acabámos por sair mais tarde, era quase meio dia quando partimos em direção a Marloth Park. Ao longo da viagem, deu para perceber da qualidade das estradas e da enorme rede rodoviária que a África do sul possui…de fazer inveja a muitos países europeus…
Fizemos uma pequena paragem no meio da viagem, para esticar as pernas e para comprar alguma coisa para comer pelo caminho; o tempo estava a ficar escasso…

O “driver” de serviço era o primo Jorge que conduz muito bem (apesar de ter o pé pesado no acelerador),

é um bom garfo o que me obrigou a estar de prevenção no “reabastecimento” do seu insaciável apetite, enquanto conduzia…  😀

Mais uma hora de viagem e uma nova paragem, esta num local espetacular – Alzu Petroport,

a razão mais importante para qualquer um aqui parar é a ida aos sanitários, com uma vista privilegiada sobre um recinto com rinocerontes, búfalos, avestruzes, etc.
– nunca me soube tão bem fazer um xixi!!! 😆

Qual a razão de pararmos aqui? Muito simplesmente porque esta é uma “paradinha” a não perder!

Não deixe de ver o vídeo seguinte, para ficar com uma panorâmica geral deste lugar maravilhoso.

Esta foi uma paragem muito agradável, um local que dá gosto visitar.
Partimos em direção a Marloth Park, tendo parado em Nelspruit, para fazer uns prints para a Glória poder trabalhar durante o fim de semana, pois lidera a empresa Hobby-X

que comemora este ano o seu 20º aniversário

e que organiza feiras grandiosas vocacionadas na área do artesanato, e tinha a próxima agendada para os primeiros dias do mês de março em Joanesburgo. Clique AQUI  e fique a conhecer melhor a Hobby-X.

– isto de ter férias nesta altura não é para todos!!!

Foi óptimo esta paragem em Nelspruit, pois deu para esticar as pernas, numa zona simpática da cidade.

Nelspruit ou Mbombela é uma cidade com cerca de 250.000 habitantes,  situada na região nordeste da África do Sul, a 619m de altitude. É a capital da província de Mpumalanga (ex-Transvaal). Localizada no vale do rio Crocodile, Nelspruit fica 103 km a oeste da fronteira com Moçambique (Ressano Garcia) e a 330 km a leste da cidade de Joanesburgo.

Nelspruit foi escolhida em 2006 como uma das sedes da Copa do Mundo de 2010. Por isso foi construído um novo estádio de futebol na cidade. Seu nome é Mbombela Stadium, com capacidade para 40.000 pessoas.

Estávamos a cerca de 100 Km da entrada de Marloth Park, mais ou menos 1H15 de viagem (em África é uma pequena distancia…),

onde chegámos já ao fim da tarde.

Os acessos ao Parque estavam bons (estrada alcatroada) e só uma pequena zona do parque é picada (piso de terra) sendo aconselhável a utilização de um veiculo 4X4. Durante este percurso deu para ver alguma “bicharada” – gazelas, impalas, zebras, girafas…

A Helena estava fascinada com os animais ali tão perto…
Chegámos, entretanto, à casa do primo Pê. Uma habitação típica deste parque, muito gira, com tecto em colmo, dois pisos, zona de barbecue e uma pequena piscina.

As acomodações no interior têm um toque africano, simples, exóticas e práticas.
A cozinha/copa

A sala de estar no piso superior

Agradou-me também neste piso, uma espécie de varanda/terraço toda coberta e com redes para o pessoal descansar.

A moradia com três quartos, todos equipados com ar condicionado e ventoinha de teto.

Quando a malta é muita, ainda há uns beliches que servem perfeitamente para desenrascar umas dormidas.

O espaço exterior é amplo e com uma zona coberta para refeições

Entretanto chegou a noite e para surpresa nossa tivemos a visita das Sras Zebras. Como são bonitos estes animais!

A Helena ficou fascinada com as zebras ali tão perto…

Chegou entretanto a hora do jantar, um churrasco na brasa confecionado pelo Jorge, e um arroz de espinafres e salada elaborada pela Glória, pode-se dizer que foi a cereja em cima do bolo. Simplesmente divinal!!!

Helena, José Pedro, Olga, Ninita, Glória e Jorge

Olga, Ninita, Glória, Jorge, Samuel e Helena

O resto da noite foi passado em amena cavaqueira, com muitas histórias, algumas delas deveras hilariantes… havia quem não soubesse o que era um fatanho…  🙄
Um excelente serão em família.
Havia que ir dormir, pois estávamos todos exaustos. No dia seguinte mais emoções nos esperavam…

25 de fevereiro de 2017 – Sábado

Acordámos de manhã com o chilrear dos pássaros e o cacarejar das galinhas do mato.
Aproveitámos para dar um pequeno passeio junto à casa, e qual não foi o nosso espanto quando vimos uma imponente avestruz mesmo à nossa frente,

e de seguida outras mais (em 2005 quando visitei o parque não existia esta espécie)

Esta é uma avestruz macho (penas de cor negra), tem a particularidade de ser muito mais bonita que a fêmea.

Regressamos a casa para tomarmos o “mata-bicho”. O meu primo ficou incumbido de fazer os já célebres “ovos mexidos à Pê”: são simplesmente fabulosos!

Estamos em África, logo pela manhã a humidade e o calor começam a apertar, quem trabalha fica logo a suar…

A prima Olga foi tratada com toda a gentileza e mordomia, mas a seguir teve que dar o litro a lavar a louça.

Depois do pequeno almoço, fomos até a um dos miradouros do parque.
Durante o pequeno percurso deu para ver mais alguns dos animais ali existentes, tais como: Bois cavalos,

macacos,

gazelas,

javalis,

antílopes (kudus)…

No miradouro com vista para o “crocodile river” (rio dos crocodilos) fomos à procura dos hipopótamos.

A esta hora do dia só conseguimos observar um cágado gigante,

Aproveitámos para fazer o reconhecimento do parque, através do nosso “driver” de serviço – Jorge Bastos que conhece o mesmo como as suas palmas das mãos…

Duas esculturas em bronze demarcam a entrada de uma moradia

Pelo caminho observamos morros de formigas,

alguns deles apropriados pelos javalis para servirem de suas tocas

O dia estava bonito, mas demasiado quente. aproveitámos para nos reabastecer.

Reparem nestas típicas bombas de gasolina…

Depois de matarmos a sede (a Helena provou a popular spar-letta),

fomos visitar um outro miradouro e desta vez tivemos sorte, pois vimos hipopótamos que se banhavam no rio,

e também uma grande manada de elefantes que se deslocava na nossa direção.

Estivemos a observar mais de uma hora, deslumbrados com a beleza destes animais selvagens…

Regressamos a casa exaustos, mas radiantes com tudo o que nos foi dado a ver.
Antes do jantar, um mergulho na piscina para retemperar o corpo… na companhia de umas “bejecas” para matar a sede.

As zebras pelos vistos gostaram da nossa companhia, voltando a invadir o quintal, para receber comida das nossas mãos.

Ao jantar, mais uma churrascada na brasa (costeletas e entrecosto), de comer e chorar por mais…
Enquanto conversávamos, ouvíamos o rugido dos leões ali muito perto…
Estávamos em África!!!

No dia seguinte partiríamos para Maputo, saiba como foi a despedida de Marloth Park e os primeiros momentos vividos já em em Moçambique…

• Não perca o próximo episódio desta viagem por terras de África –  “Partida de Marloth Park e chegada a Maputo”!

NOTA: Para ver as anteriores reportagens, basta clicar nos links seguintes (escritos a azul):

1ª – “Viagem até Joanesburgo e o primeiro dia nesta cidade!”

2ª – “Jantar convívio com antigos desportistas de Moçambique radicados em Joanesburgo!”

 

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