“Aos pais que levaram os filhos ao futebol pela mão”
O Club Atlético de San Lorenzo de Almagro (www.sanlorenzo.com.ar), é um dos cinco grandes clubes (Boca Juniors, River Plate, Racing e Independiente) da Argentina, fundado em 01 de Abril de 1908.
As cores do equipamento, azul e vermelho,
simbolizam o ideal e a luta, tendo ao longo da sua história acumulado equipas fortíssimas, destacando-se a campeã de 1946, que em digressão pela Europa, maravilhou.
Nessa equipa de campeões há a destacar um jogador, António Mário Imbelloni, nascido em 25/08/1924 em Lanús, Buenos Aires, profissional desde os 15 anos e emergindo do colectivo, encantou Madrid, transferindo-se para o Real.
Posteriormente debutou em Portugal como jogador em final de carreira e afirmou-se como treinador de 1.ª (Sporting, Braga, Guimarães, Famalicão, Atlético, Académica, Barreirense, Marinhense e Naval), ficando para a história sportinguista como o técnico da maior goleada no clássico, «SCP-FCP», 6-1 em 1960.
Agora com o Papa Francisco (habemos Papa), adepto confesso do San Lorenzo,
recordamos a equipa maravilha, o portentoso futebol argentino e estabelecemos com a religião, a ponte entre a Argentina e Portugal, entre o Club Atlético de San Lorenzo de Almagro e a Associação NAVAL 1ºMaio, pois o senhor Mário Imbelloni treinou na Figueira da Foz.
Foi a meio da época de 1985-1986, que se apresentou no Estádio Municipal José Bento Pessoa, para substituir a dupla de professores figueirenses, Victor Né/Rodrigo Mano, com a esperança e o desejo fervoroso de tentar, ainda alcançar, a almejada subida de divisão, quedando-se no final a velhíssima associação (fundada em 01 de Maio de 1893, reconhecida em terceiro pelo Comité Olímpico Português e a quarta mais antiga do País), por um penoso 12º lugar na 3ªDivisão.
A paixão do futebol, a vida passada, vivida e aprendida, conjugada com homens sábios, distintos no «saber-ser», no «saber-estar», no «saber-fazer», desperta-nos para as curiosidades do Mundo, grande ou pequeno, dependendo do pensamento, da ambição, no reconhecimento a quem nos influenciou a tentar ser maior, a querer mais, a ultrapassar o buraco na relva, para mais uma defesa in-extremis. Em 1986 conheci o senhor Mário Imbelloni, tinha 18 anos era Júnior (campeão distrital) e treinava com os Seniores (3ºgr, depois do grande Manuel Joaquim e do prof. Pedro Ferreira), marcou-me o homem bom, o estratega astuto do futebol, o visionário do tempo passado.
De San Lorenzo de Almagro, na Argentina, ao São João da Figueira, em Portugal, do tango de Astor Piazolla ao fado da Amália Rodrigues (de quem Mário Imbelloni era admirador confesso), do castelhano universal («Balada Por Un Loco», de Horácio Ferrer), ao português universal («O Meu Amigo Está Longe», de Ary dos Santos), o futebol como polo aglutinador e dinamizador da vivência em sociedade, duas culturas, um jogador, dois homens, um treinador!
[…E a distância é tão grande! …E a tristeza é tão grande! …E a saudade é tão grande! …iViva! iViva! iViva! Loca ella y loco yo! …iLocos! iLocos! iLocos! iLoca ella y loco yo!]
Aos beijos e abraços, v/Devoto Incensador de Mil Deidades.
Paulo Craveiro
19.março.2013
Um Comentário
Fábio
Parabéns …. amigo …. muitooooo bom ….