Fogo à peça – “Opiniões” de Carlos Portugal

Fogo à peça

O desporto nacional que nos últimos anos lá vai progredindo a passo de caracol, pese embora o enorme esforço do Estado, Autarquias e mesmo clubes na construção de novas instalações desportivas por todo o país, mas muitas delas pouco têm sido utilizadas por manifesto desinteresse das populações a que se deve acrescentar os custos com a manutenção e a falta de técnicos qualificados, nomeadamente no interior do país.

Já o dissemos diversas vezes que, cada vez mais há instalações desportivas com pouca ou nenhuma actividade por falta gritante de “gente que ensine”, como me dizia há dias um dirigente de um clube do interior que, curiosamente, há largos anos vem mantendo uma equipa sénior no escalão máximo da sua modalidade, necessariamente com o recurso a jogadores profissionais, portugueses e estrangeiros, mas que muito pouco tem feito pela formação de jogadores no seu concelho…o que é pena!

De uma vez por todas, há que repensar no aproveitamento dos melhores e mais qualificados técnicos que vivem nos seus concelhos, que constituem garantia de continuidade e qualidade na formação de novos valores, ao mesmo tempo que são rentabilizadas instalações desportivas que, por falta de técnicos, pouco uso têm.
Os tempos são outros, e hoje há professores altamente qualificados que muito podem ajudar as zonas mais interiores do nosso país, desde que tenham oportunidade para tal…
Há piscinas, pavilhões e campos de ténis, entre outras, que devem ser rentabilizadas.

“Fogo á peça” como diria o saudoso Mendes Silva…

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