UMA DATA NA HISTÓRIA – 9 de Fevereiro de 1995… Carlos Alberto Vieira
Carlos Alberto Vieira nasceu em João Belo, actual cidade do Xai-Xai, capital da província de Gaza; mas foi em Lourenço Marques, hoje Maputo, que viveu os primeiros anos da sua vida.
Na década de 30, o seu pai emigrou para Portugal, fixando residência na cidade do Porto. É justamente nesta cidade que Carlos Alberto faz a escolaridade, nomeadamente o terceiro ano do curso industrial.
Aos 12 anos Carlos Alberto constrói a sua primeira máquina fotográfica.
Em 1945, já fotógrafo, decide regressar a Moçambique, e ingressa de imediato nos quadros do jornal Diário de Notícias como fotojornalista. Em poucos anos foi nomeado chefe da secção fotográfica, mais tarde torna-se accionista do jornal, acabando, no entanto, a sua carreira profissional como editor fotográfico.
As imagens recolhidas entre 1945 e 1975, representam uma pequeníssima parcela do acervo fotográfico deste fotojornalista que durante mais de cinquenta anos palmilhou Moçambique. Fotografou de tudo. Desde o sofisticado empreendimento comercial a projectos de natureza sócio-económica, passando pelas cidades, vilas e aldeias. Fotografou a fauna e a flora. E fotografou também as guerras que assolaram Moçambique.
Samora Moisés Machel, o presidente fundador da República de Moçambique, escolheu muitas vezes Carlos Alberto para seu retratista.
Carlos Alberto Viera morreu a 9 de Fevereiro de 1995 (faz hoje 23 anos), em Maputo, deixando três filhos, dois dos quais, o Joaquim Carlos e o Rui, são fotojornalistas.
NOTA: Belíssimo livro, ao qual outros se seguirão, já à venda nas livrarias em Portugal. Este é dedicado à Cidade de Lourenço Marques para onde nos transporta, deliciando-nos.
Fonte: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos
3 Comentários
Antonio Antunes
O branco africano de Lourenco Marques tem uma bela recordacao de um belo poster black and white do proprio feito e oferecido pelo amigo Carlos Alberto Vieira dentro de um helicoptero no aeroporto de Mavalane.
What is life if not only made of passed memories
FERNANDO DE CARVALHO
Tenho esse livro assim como a máquina que ele deixou de usar a partir de 54/55 por me a ter vendido. Foi a minha primeira máquina e ainda a possuo. Guardo-a com muita estima.
maragitado
Trabalhei com ele no Notícias! Que descanse em Paz!