Memórias que o tempo ainda não apagou, da linda LOURENÇO MARQUES
Do Rally no campo de golfe, até ao actual Bairro do Sommerschield
“ O tempo não apaga tudo! Deixa-nos recordações de infância que são os únicos sonhos reais que nos restam na fase madura da vida.”
O vídeo a seguir, embora faça referência aos locais apresentados, não era necessário! Todos estão bem vivos na nossa memória. Porque esta foi a nossa cidade de infância:
O Rally no campo de golfe:
Em Lourenço Marques, a partir dos anos 50 do século passado, era habitual às quartas-feiras à tarde, para actividades extra-curriculares como teatro, jogos, desporto inter-turmas e leitura… entre outras! Haver um certo alívio das aulas.
“Fugindo” a essas actividades, eu e o meu amigo Delfim, partíamos da Escola Industrial nas nossas bicicletas; a dele uma Raleigh, a minha um Triumph Sport, para fazermos um “rally de reconhecimento” ao campo de golfe.
Conhecíamos o “itinerário”: Seguíamos pela Av. Augusto Castilho até à Massano de Amorim, onde voltávamos à direita em direcção à Polana até à Av. Princesa Patrícia. Aí chegados virávamos à esquerda até à rua de Nevala e seguíamos em direcção à Polana até ao local onde hoje está a Igreja de Santo António.
A Igreja de Santo António, com a sua linda arquitectura era conhecida por “Espremedor de limão”.
Era naquele local que a verdadeira prova de resistência do nosso rally se iniciava!
Metíamos para norte por estreitos carreiros ladeados de micaias em direcção ao campo de golfe.
Pelo caminho íamos apanhando massalas, e as bolas de golfe que encontrávamos, perdidas pelos golfistas.
Por visitas anteriores, conhecíamos bem a zona! Sabíamos o local aonde moravam os guardas que cuidavam do campo: – Era um descampado com duas habitações feitas de caniço colmo e matope. Uma mangueira para também fazer sombra e uma pequena machamba para cultivo do seu sustento.
Às vezes por cansaço, e para matarmos a sede, negociávamos com eles a compra, por um escudo, de uma melancia “selvagem”(?). Das raras, brancas por dentro e não muito doces!
O nosso “Rally” semanal só chegava ao fim quando, cansados de pedalar pelos caminhos e carreiros da área que hoje é o Sommerschield, saíamos para a avenida General Rosado, no final do muro da Cadeia Civil, junto a umas instalações da Marconi (?), próximo a uma estrada de areia que depois passou a ser avenida Nossa Senhora de Fátima.
O Sommerschield:
Com o progresso apressado e o rápido crescimento da cidade, a partir de fins dos anos 50 princípios dos anos 60 do século passado, Lourenço Marques, tal como as grandes capitais, teve necessidade de se expandir. E estendeu-se também para norte da rua de Nevala, ocupando a área do campo de golfe!
Como esses terrenos eram inicialmente pertença do senhor Oscar Sommerschield, foi necessário um acordo entre a empresa promotora e a Câmara Municipal para se proceder à sua urbanização, e poderem ser vendidos em lotes e talhões.
E assim nasceu o Bairro dos Cronistas! Nome dado pela Câmara, por as ruas terem nomes de cronistas e historiadores portugueses da época dos descobrimentos.
Foi a partir do inicio das construções e arruamentos, que os nossos “Ralis” das quartas-feiras, terminaram!….. Sem nunca, nas diversas etapas, haver um vencedor destacado.
Pela sua situação privilegiada, os lotes e talhões eram vendidos a preços exorbitantes. E as moradias, com construções de qualidade superior, eram habitadas pela classe média alta, alta e elites “Lourenço-Marquinas”.
Por isto foi sempre conhecido por: – Sommerschield, o “bairro dos ricos”!
Creio que a preferência por este “nome” só tem perdurado ao longo dos tempos, pela fama de ser uma zona residencial de qualidade, conhecida pelos países fronteiriços do sul de Moçambique.
Até os governantes moçambicanos que foram tão lestos em substituir os nomes das ruas, avenidas e obras públicas feitas pelos portugueses, por nomes de estrangeiros que, possivelmente alguns, nem sabiam da existência de um país chamado Moçambique! Esses governantes e os seguintes, até hoje, também não mudaram o nome ao Sommerschield.
Por ser um bairro modelo, a sua construção serviu para inspiração de outros como:
– O bairro Triunfo, do Jardim, Benfica… e mais!
Para que a memória não apague, ficam a seguir algumas fotos daquele lindo bairro, que para nós era equiparado ao “Bairro do Restelo” em Lisboa!
Pode ver a seguir foto aérea, de meados dos anos 60, sobre a cidade. Vendo-se em primeiro plano a praia da Polana e Bairro dos Cronistas/Sommerschield.
Foto aérea do Sommerschield, vendo-se o prédio Bucellato em destaque.
Era “voz corrente” que a construção deste prédio naquela zona de moradias, só foi autorizada para arrendamento a militares de alta patente, a estrangeiros e pessoas da classe média alta.
A rua Garcia de Resende (?) junto ao prédio Bucellato. Que diziam, até ter lista de espera para alugar/arrendar os apartamentos!
O mesmo prédio visto da rua A. W. Bayly, prolongamento da av. António Enes.
Foto de parte do Bairro, com alinhamento simétrico das suas lindas moradias. Muitas estão hoje ocupadas por dirigentes e funcionários da Frelimo. Outras estão destinadas aos diplomatas credenciados em Moçambique.
Até hoje nunca os governos, português e/ou moçambicano, se dignaram indemnizar os portugueses pelo saque que fizeram dos bens que lá deixarem!
Depois de, ao longo destes anos, assistirmos ao degradar da situação político/militar e às condições de pobreza da grande maioria do povo moçambicano, num país que é rico, mas só para alguns! Estou de acordo com o que um amigo, referindo-se a Moçambique, me disse:
Deus está a cometer um pecado! Ao castigar o povo, e dar as nozes a quem não tem dentes.”
Fonte: Wikipédia; Fotos dos blogs House of Maputo e Delagoa Bay
Desejo a toda a grande família do BigSlam um 2021 com muita saúde.
Para nós com o BigSlam, o mundo já é pequeno….Muito pequeno!
João Santos Costa – Janeiro de 2021
26 Comentários
abdul rassul gulamhussene sacoor
eu pertenco a familia SACOOR de jangamo Inhambane nasci em 1945 agora lisboa e laranjeiro tm 964224155 abdulsacoor sou agente imobiliaria..KANIMAMBO
Augusto Martins
Obrigado JOÃO e a todos os outros que foram acrescentando memórias, à minha memória inapagável, da nossa maravilhosa Cidade.
É assim que a sinto ainda hoje, após mais de 80 anos de vida. São inesquecíveis as imagens que tenho dessa cidade, desde os anos 40 e até 30/Dez/1975, dia em que de lá parti.
E, ao ver a foto do prédio Buccellato que o João inseriu no maravilhoso artigo, a minha memória conseguiu recuar até ao ano lectivo de1955/56, ano em que estive num acampamento da M.P. que se realizou numa pequena mata de eucaliptos que bordejava a estrada que limitava o campo do Clube de Golfe, desde a sua sede perto do Hotel Polana, até ao restaurante Peter’s, na praia.
Essa recordação fez-me rever as fotografias desse acampamento, por duas razões:
1ª – Foi nesse local, que uns anos mais tarde, veio a ser construído o celebérrimo e magnífico Prédio Buccellato, propriedade de um velho e contemporâneo amigo dos meus avós. Esse edifício, para mim, representa um dos marcos da nova etapa de desenvolvimento daquele paraíso em que tive a felicidade de nascer e viver;
2ª- A recordação desse acampamento serviu para me obrigar a rever algumas fotos que fiz e que ainda hoje tenho (onde ainda se podem ver os referidos eucaliptos), com os meus colegas de tenda e com as quais relembrei as escapadelas que dávamos às tantas da noite, após o “obrigatório” recolher para, atravessando a rua, descermos a barreira existente e entrarmos no camping, onde se encontravam acampadas as “BIFAS” sul-africanas que habitualmente passavam lá as suas férias da Páscoa.
Abençoada aquela vivência que tivemos e que, ainda hoje, nos traz à memória estas imagens carregadas de um diáfano colorido.
Um grande abraço para todos.
João Costa
Obrigado pelo teu comentário, Augusto.
Ainda bem que nos vens aqui recordar, aquilo que nenhum de nós esquece! O célebre camping ao pé do restaurante Peter´s na praia da Polana, onde íamos ver as “BIFAS”.
Aparece sempre aqui, no nosso ponto de encontro.
Um grande abraço.
JSC
Augusto Martins
Quase diariamente tenho regressado ao nosso paraíso, que me transporta até à minha infância e juventude. É uma viagem gratuita, mas que me faz manter a ligação, que nunca se perdeu e vai mantendo o cérebro activo.
Tenho, com alguma regularidade, inserido comentários e contactos com alguns dos muitos companheiros/as desses tempos, na escola, no Liceu Salazar, na E.I.M.A. (onde te conheci, ainda um menino caloiro), na tropa, na profissão, na vida etc…
E espero continuar a usar esse “comprimido”, para refrescar a vida. Agradeço essa medicação a todos aqueles que colaboram nesse magnífico trabalho, a quem desejo muita saúde para que o continuem a manter por muito tempo, para felicidade de todos nós.
Manuel Martins Terra
Mais um maravilhoso post sobre a nossa terra maravilhosa. Recordar é viver e que o digam todos os “flashes” do pequeno vídeo que ilustra a evocação de LM, que nos transportam a espaços míticos da nossa cidade. É sempre com muita emoção que mergulhamos nas recordações positivas do passado, fazendo-as emergir para o presente e senti-las de uma forma contagiante. Caro amigo João Santos Costa, ainda bem que vamos tendo memória e a primazia de podermos falar na primeira pessoa do singular. Muito provavelmente, porque os ciclos de vida assim o determinam, daqui a mais uns anitos já não estará cá ninguém que tendo nascido ou que por lá morou, possa assim falar do que foi a nossa permanência em Moçambique . A sua narrativa é mais um exemplo do que foi toda uma vida e as nossas aventuras , que davam brilho e relevância ao quotidiano de todos nós . Melhor ainda, sobretudo pela capacidade de estabelecermos amizades douradoras e sinceras, o que já muito dificilmente acontece nos dias de hoje. Por tudo isso, enquanto tivermos voz, devemos ser testemunhas da nossa vivência em África, onde nasceu uma das belas cidades daquele fascinante continente, que deve ser realçada no tempo pelos os nossos filhos, netos e bisnetos,a quem lhes caberá a missão de não a deixar silenciar, tantas foram as vezes que escutaram dos seus antepassados, estórias fascinantes que são sempre uma delícia de se ouvirem. O Bigslam, cá espera por nós e por isso não se esqueça de continuar a escrever, porque certamente ainda tem muito para contar. Caro amigo João Costa, um abraço.
João Costa
Caro Manel, pelo telefonema que te fiz, e a dúvida que me tiraste, o BigSlam é mesmo o “nosso ponto de encontro! E com ele, par nós, o mundo já é pequeno”.
Como muito bem dizes no teu comentário, a nossa vivência em África deve ser realçada aos “nossos filhos e netos”.
Muito obrigado por esta tua achega ao post.
Um grande abraço.
Manuel Martins Terra
Obrigado João Costa , pela gentileza do teu telefonema e com toda a razão o Bigslam é mesmo o nosso ponto de encontro e com agradáveis surpresas. Como o mundo é pequeno, sinal que nos diz que quanto estamos tão perto. Um grande abraço.
Feiteirinha
Olá João
Bonito, muito lindas as imagens e em especial a dissertação. Lourenço Marques, lá nasci e de lá fugi….. mas mais linda não havia.
No ciclo andei na General Machado (no vídeo, recordo-me do interior como se o estivesse a ver ……. há mais de meio século!).
Continua João. Um grande abraço.
João Costa
Olá Manel.
Sejas bem aparecido aqui no BigSlam. Que tal vai isso por aí?
Quando passar esta pandemia (será que passa?) e resolveres cá vir, avisa!
Embora fiques na zona de Aveiro, o nosso grupo arranja maneira de nos juntarmos.
Obrigado pelo teu comentário.
Um grande abraço.
Feiteirinha
Olá João
Fique eu na zona de Aveiro ou nos confins do mundo 🙂 he he, tenho companheiros como tu e tantos outros que nunca se esquecem de mim ( nem eu de vós claro ), a distância é zero.
Por aqui não está nada famoso (este país até se deu ao luxo de descobrir ou criar uma nova variante do vírus, como se a original não chegasse) mas até agora felizmente tudo tem corrido bem connosco graças a Deus.
Sim, se calhar isto é capaz de não passar completamente mas o ser humano adapta-se ( SIDA, HIV+ ) e passamos a viver com ele.
Estou mortinho por “levantar voo” mas claro, vamos ter que esperar.
Se tiveres Whatsapp, manda-me uma mensagem privada. Abraço João.
Luis Ribeiro
Um regresso ao passado com a emoção revelada em todos os pormenores descritos que só uma vivência intensa á época o pode e sabe fazer no presente. Parabéns João e obrigado pela reportagem.
Vasco Pinto de Abreu
Excelente artigo que nos traz tantas saudades. Abraço e obrigado, João
Miguel Pinto Coelho
Caro Joao Costa mas que belas imagens para recordar o nosso passado brilhante de uma cidade que nunca mais esqueceremos, falando nisso lembram se da Mocidade Portuguesa organizava torneios como tiro ao alvo, as corridas dos carros de rolamentos na descida para as palhotas aode 2 irmaos construiram um carro chamado ZAZZ se a memoria nao me engana que normalmente ganhavam sempre etc, e os escuteiros da Polana e as as raparigas eram chamadas Avezinhas, dos Peqenos Cantores da Polana com o Padre Arnaldo aonde cantavamos na Santo Antonio da Polana, no cinema Gil Vicente etc obrigado pelas estas belissimas recordacoes
João Costa
Olá Miguel
Quem é pode esquecer tudo o que referes no teu comentário? Fizeram parte da nossa juventude.
O 1.º andar do restaurante Gil Vicente (propriedade de um grego que não me recordo do nome), era a sala de estudo do meu grupo. Como conhecíamos os porteiros e arrumadores não havia filme nenhum que nós não víssemos na estreia.
Obrigado pelo teu comentário.
ABM
Joáo,
Pelos vistos somos admiradores mútuos…. um abraço ABM
jose pedro cardoso
Olá Johnny
Parabéns pelo teu excelente artigo, mostrando a evolução da nossa cidade de Lço Marques. Evolução enquadrada sempre com regras de urbanização citadina, com critérios de funcionalidade e espaços verdes, feita por pessoas com capacidades específicas para tal, e pensando no nosso futuro.
Recordo-me exactamente do “Campo do Golfe”, pois mudámo-nos da Av. Caldas Xavier, ao pé do Tico-Tico, para a Massano de Amorim, em 1949, e não existia nada entre a parte traseira da nossa casa, até ao fim do dito campo. A parte da frente dava para o Parque José Cabral.
Dado o exposto, e dada a localização da nossa casa, cresci brincando, “gincanando”, jogando o paulito, caçando etc, etc no referido “Campo do Golfo”. Todos os dias, depois de “estudar!!!!!!, havia ora brinacdeira lá ou no Parque José Cabral.
Tivemos uma infância, em que penso que mesmo que houvesse “telemóveis e nets”, nada teria tirado o prazer de crescer ao ar livre, correr, jogar todos os desportos que praticamente existiam, enfim, ” Éramos realmente MUITOFELIZES, e não sabíamos”. Que maravilhosa foi a nossa infância.
Assistimos ao evoluir dessa que foi considerada ” A CIDADE MAIS BONITA DE ÁFRICA”.
A TODOS aqueles que por lá nasceram, e aqueles que a adoptaram como sua depois de terem bebido a “água do Umbeluzi”, jamais a esquecerão, pois dela fizeram a sua “TERRA”, lá deixaram condições extraordinárias, com infraestruturas que ainda hoje são utilizadas, pois nela pretendiam terminar os seus dias.
Não foi possível, porque graças a meia dúzia de “patriotas” e ” á exemplar descolonização ” , nos roubaram. Como tu referiste, e embora o “tal” decreto lei dissesse que “estavam salvaguardados todos os bens dos portugueses”, disso rápidamente se esqueceram, e quanto ás indemnizações ….., este foi o único País descolonizador que não cumpriu com as suas responsabilidades.
Mas, no coração continua a ser a nossa cidade e a nossa “terra”.
Victor pinho
Concordo plenamente com o que escreveu mas acrescento mais: Portugal foi o único país descolonizador que para além de não cumprir não salvaguardando os bens e o que as pessoas investiram no país ( Moçambique) também para minha tristeza não honrou os militares que lá morreram em defesa de Portugal e nenhum governo deste país soube respeitar os que cairam defendendo a pátria. É uma vergonha e uma traição aos militares que deram a vida na luta armada. Nojento e quando governantes não honram o que se fez é muito perigoso e apenas querem é calar as pessoas que lutaram e deram tudo em nome de Portugal.
João Costa
É isso mesmo, Victor! Sobre as indemnizações dos bens lá deixados, ainda me lembro de assistir aqui, em debates televisivos, ao jogo do empurra! E há frase que ainda hoje retenho, dita por uma deputada, que sei quem é, porque nunca mais esqueci a cara dela! Que disse: “Os retornados não precisam! Estiveram muito tempo a explorar os africanos”.
Quanto aos militares, como dizes, uma autêntica vergonha!
João Costa
Obrigado pelo teu certeiro comentário Zé Pedro.
Sei bem aonde era a tua moradia! Ainda hoje dava com ela, na Massano de Amorim. Já não te recordas, mas estive lá 2 ou 3 vezes com o teu primo, Zé Manel, (Spit mais novo).
Quanto à descolonização basta ler o que tenho escrito em alguns post`s aqui publicados.
Um abraço
José Manuel Buccellato
Caro João
Morei na Rua de Nevala, esquina com a General Botha e o campo de golfe era do outro lado da rua.
Por isso, ao ler o seu artigo vieram memórias das bolas de golfe que apareciam no jardim, das massalas que apanhávamos e das incursões pelo “mato” fora.
O plano de urbanização do Bairro dos Cronistas previa a construção de dois prédios justificados pela necessidade de incorporarem no bairro mercearia, talho, leitaria, correios, etc.
Não houve compromissos com ninguém. Bem pelo contrário, tal a oposição que foi criada pelos mesmos que aprovaram o plano de urbanização.
A construção do segundo prédio imagino que terá sido mais pacífica.
Um abraço.
JMB
P.S. Já agora obrigado também por me lembrar da minha bicicleta que era uma Robin Hood .
João Costa
Olá Zé Manel
Muito obrigado pela tua achega ao post. Não sabia da construção do segundo prédio! Mas pelo que nos dizes, com o teu conhecimento, tem toda a razão de ser!
Aparece sempre aqui no nosso BigSlam.
Obrigado pelo teu comentário.
Um grande abraço.
António Mendes
Excelente artigo. Obrigado. De facto,”… Para nós com o BigSlam, o mundo já é pequeno… ”
Abraço.
ABM
João
O nome do senhor era Oscar Somershield, portanto a zona onde se fez o Bairro dos Cronistas era uma pequena parte da Concessáo “Somershield”, que, aliás, desde 1888 deu chatices sem fim e juridicamente deu panos para mangas durante décadas, de tal maneira que nos anos 60 toda a gente se referia ao local como Somershield. Ficou o nome, pelos vistos perpetuamente mal escrito. Um dia destes conto a história.
O Bairro do Triunfo chama~se assim porque assinalava o “triunfo” dos primeiros moradores (sobre a câmara municipal de LM) em terem sucedido (depois de anos à tourada com a Câmara) em poderem construir lá, sendo que na altura aquilo não tinha condições nenhumas (ainda não tem) e ficava no fim do mundo em relação à cidade. Os Picolo e os Mealha (cuja decano, o escultor Jorge Mealha, morreu este fim de semana no Algarve) foram entre os seus primeiros habitantes.
ABM
João Costa
Olá António
Fala quem sabe!!! Muito obrigado por esta, sempre bem vinda, achega! Como deves ter notado recorri à “Bíblia sobre LMarques” que é teu site: – Delagoa Bay
Obrigado pelo comentário.
Um abraço.
João Mendes de Almeida
A nossa cidade, que nos vem sempre à memória. A mais bonita cidade africana do seu tempo. Que saudades.
Lila Oliveira
Um grande obrigada por me fazer recordar e atenuar um pouco as minhas saudades.
Bem haja Bigslam. 💖🌹