UM BOM ANO DE 2018… com mais ou menos dinheiro nas algibeiras!
Será que no corrente ano interessa mais aos trabalhadores receberem mensalmente o subsídio de férias e Natal divididos em duodécimos; – ou recebê-los por inteiro nos meses decretados? – Depende!
Esta polémica instalou-se nos media, e no debate do orçamento de estado para 2018.
Argumentando: – “Que o subsídio de férias e Natal é um direito dos trabalhadores 1 e que a direita quer acabar com eles. Mas o Partido Comunista não deixa” !! – Resolveu este partido, – para corrigir a situação(!!), – apresentar na Assembleia da República uma proposta onde; por maioria, ficou acordado que os subsídios de férias e Natal – são pagos “obrigatoriamente 2 ” (??) por inteiro durante o corrente ano.
Alguns deputados e juristas defendem que a lei do trabalho não impede que o seu pagamento seja feito em duodécimos!
Assim, os trabalhadores, – que não negociarem com a entidade patronal, – irão receber 14 meses; em vez dos 12 “recheados” com a quota-parte correspondente aos subsídios. Ficando no fim de cada mês, “com menos dinheiro nas algibeiras”. Os funcionários públicos e pensionistas vão receber 14 meses. Um em Julho, outro em Novembro.
Numa troca de impressões, – com amigos e pequenos empresários, – verifiquei que este tema não é consensual: – Os que têm ordenados acima da média preferem recebê-los por inteiro. – Os que têm ordenados baixos, ou muito baixos, quase sempre preferem receber os duodécimos juntos com o vencimento. Alegam que este governo, no seu programa, prometeu estimular a economia pela via do consumo. E que assim, “com mais dinheiro nas algibeiras” ao longo dos 12 meses, dá-lhes a liberdade de fazer face a despesas imprevistas no dia-a-dia, e gerir para poupar nas férias e Natal. E até já tinham a “vida organizada” contando com estes proventos certos no fim do mês! – Mas com o “novo” (antigo, antes da vinda da troica) sistema aprovado, vão ser obrigados a refazer todas as despesas mensais, ficando à espera da “raspadinha” duas vezes por ano..
Muitos empresários dizem que preferem pagá-los diluídos mensalmente, porque assim evitam 2 picos de custos salariais anuais!
Mas pelo que conheço dos nossos hábitos, sei que receber 14 salários em vez de 12, evita trabalho e tira-nos a preocupação de poupar para as férias e Natal.
Em muitos países, como o salário é pago semanalmente, este problema (?) não se põe. E a maioria dos colaboradores 3, preferem assim. – Dizem-se beneficiados porque ganham mais um mês por ano. E apresentam estes cálculos:
Um colaborador que receba 1000 € por mês. Ao fim do ano, (12 meses mais um subsidio) x 13 meses = 13.000 euros.
Se a mesma importância, for negociada ao mês, mas paga à semana dá: 1000/4 semanas = 250 euros/semana.
Como o ano têm 52 semanas, então 250€ x 52 = 13.000 € . – Ou seja, este colaborador num ano recebe o mesmo que o outro que é pago ao mês, em 13 meses.
Já vi entrevistas onde a maioria prefere receber mensalmente. Apresentam como “argumento de peso”, a estabilidade no emprego (??). E em caso de despedimento terem direito a maiores indeminizações, – com as contas feitas ao mês, e as correspondentes fracções dos subsídios. – Os que preferem receber semanalmente alegam: – “ Que um mês sem verem o seu dinheiro é muito tempo! E só está a enriquecer outros”!
Como se vê, há opiniões para todos os gostos!
Mas – com mais ou menos dinheiro nas algibeiras! – E por tudo que “vemos, ouvimos e lemos”; – em 2018:
– O desemprego deve continuar a baixar. – O salário mínimo e as pensões de reforma vão subir. – O IRS vai baixar em todos os escalões. – O défice deve continuar a baixar. – O pão vai subir cerca de 20%. – A luz também, cerca de 2,5 % – O turismo, que é o grande motor da nossa economia, deve continuar a aumentar. – O imposto sobre os combustíveis vai subir. E vamos ter amesma “dança”: Semana sobem; semana baixam! – Os transportes vão aumentar em cerca de 2%. – Temos subida nos juros; também com a habitação.
– E para criar riqueza vamos ter de aumentar as exportações, e gastar menos com as importações. Porque de pouco nos serve exportar cerca de 41milhões de euros e importar 51. Se ficamos com um défice de 10 milhões que vamos ter de pagar.
Tudo isto, e o que mais vier!!
Esperemos que este ano seja muito… e muito melhor que 2017!
Nota:
- – Trabalhador é um termo amplo. Alguém que vive do seu trabalho. E inclui: – O escravo; o servo; o artesão e o proletário.
- – O “obrigatoriamente” está a ser muito contestado. Porque o código de trabalho não impede o pagamento em duodécimos. Desde que haja acordo de ambas as partes.
- – Um colaborador é uma pessoa que trabalha juntamente com outras, na mesma empresa, para a realização de uma obra comum.
A todos um bom ano de 2018.
Para nós com o BigSlam o mundo já é pequeno!
João Santos Costa – Janeiro de 2018
5 Comentários
José Freitas
João, mais uma vez…. um artigo muito bom. Abração e Bom Ano.
Victor Pinho
Ja tinha lido o artigo e gostei pois é o que vamos ter pela frente até que a bolha rebente. Não acredito que o governo aumente tudo e todos, reponha tudo para todos e a minha pergunta é: onde vai buscar o dinheiro? Contrainho empréstimos para que os nossos filhos,netos e bisnetos paguem? Creio é a minha humilde opinião que devemos ter menos funcionários públicos mas mais qualificados e nos lugares certos, deixar que deputados como o do PS Carlos Cesar tenha toda a familia como o tem, etc,etc que não haja tanta corrupção casos publicos de gastos enormes do nosso dinheiro como a Raríssimas agora o Século e quantas e quantas mais que utilizam o dinheiro do contribuinte
que não é deles em seu proveito…. Não acredito nos partidos, não acredito nos deputados não acredito em política tudo para mim é muito triste e pensar que somos nós… que elegemos essa gente.
João SCosta.
Victor muito obrigado pelo teu oportuno comentário, que só enriquece este meu post. Cá fico à espera do teu futuro contributo com os teus comentários. Um bom 2018 com muita saúde. Um grande abraço.
José PEIXOTO
Para os PATRÕES e Gestores de Topo, sem dúvida, que pagar o 13° no final do ano, (já não digo tanto o chamado14° / subsídio de férias, porque havendo saídas escalonada de trabas ao longo do ano) se torna complicado em termos de tesouraria. Depois, se o trabalhador / funcionário for disciplinado nos seus gastos (e deve sê lo obviamente) receber mensalmente não é impedimento para Boa gestão da sua “contabilidade”. Vivi enquanto Gestor, esse drama em finais de ano de, pior quando se juntavam as FERIAS COLETIVAS e se tinha de pagar o 14°’.
João SCosta.
Bem vindo a este nosso ponto de encontro, Peixoto. Gostei de ler este teu oportuno comentário. Cá fico à espera dos teus novos comentários aos meus post´s. Um bom 2018 com muita saúde. Um grande abraço.