10 Comentários

  1. 8

    olimpiocosta@outlook.pt

    A cumprir serviço militar em Tete (Tchirodzi) em 1973/1974, trabalhei neste empreendimento nas férias de 1973 como soldador. Uma experiência que recordo com nostalgia. Uma obra gigantesca!

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  2. 7

    Alvaro Campos de Carvalho

    Antes de mais devo dizer que tive muito gosto em ver um artigo tão extenso e documentado sobre Cahora Bassa, que bem conheço. Nos anos 60, mwana, por lá andei (ainda nos rápidos) com o José António Pereira (para o pessoal da Beira – o Pereira dos Jacarés), em 1970 lá comecei a minha vida profissional e, muito mais recentemente, há pouco mais de 3 anos, por lá estive ainda num dos projetos que será provavelmente já quase um dos últimos da mesma.
    Agora, e se mo permitem, gostaria de especificar um ou dois pontos:
    1º Cahora Bassa não é xiNhungué. A origem do nome Cahora Bassa sempre suscitou muita discussão e, feliz ou infelizmente, ainda não teve resposta definitiva. A complexidade da identificação da origem do nome é perfeitamente documentada por António Cabral no seu Dicionário de Nomes Geográficos de Moçambique editado em 1975 e disponível online https://www.malhanga.com/bm/dicionario_nomes/mobile/index.html,
    2º O adjudicatário da obra foi a ZAMCO (Zambezi Consortium) que, por ordem de importância, compreendia empresas francesas, alemãs, sul-africanas, italianas, suecas e portuguesas. A ESKOM era o cliente de referência do empreendimento,
    3º O caudal médio do Zambeze, em Cahora Bassa (intake) não é de 450 m3/s, mas sim de cerca de 4.500 m3/s, tendo a barragem uma capacidade de descarga de 14.000 m3/s,
    4º A linha que alimenta a rede da ESKOM pela subestação Apollo é uma linha dupla bipolar de corrente contínua (2 X +/- 533 kV; 1.400 km) enquanto que as linhas que alimentam o Zimbabwe (400 kV) e, a partir da subestação do Matambo, o centro e norte de Moçambique (220 kV) são de corrente alternada . O projeto de alimentação do Malawi já arrancou.
    5º No âmbito do protocolo de reversão (lembro que a dívida tinha sido transformada em capital e, depois, a empresa reavaliada) o Estado português recebeu 950 milhões de US$ para passar de 82,5% a 15% do capital. Depois vendeu 7,5% à REN por 38,4 milhões de Euros, mais 42 milhões de US$ pelos restantes 7,5%. No total Portugal recebeu cerca de 1.040 milhões de dólares pelos 82,5% que detinha na HCB. O capital da HCB é atualmente detido pelo Estado Moçambicano 85%, a REN 7,5%, Bolsa de Maputo 4% e a própria empresa 3,5%.

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  3. 6

    Zé Carlos

    Cahora ou Cabora-Bassa demonstra a capacidade do monstro Português.
    Por um lado tivemos visionários com o ‘know how’ para enveredar num projecto que reuniu 15 companhias de Portugal, A. do Sul, Itália, França, Suiça e Alemanha Federal no consórcio ZAMCO, para construir algo de utilidade básica para o desenvolvimento de um subcontinente e seus povos, apesar das dificuldades em manobrar idéas progessistas num clima de alta desconfiança por um regime político ultra conservativo.
    Por outro lado, tivemos e ainda temos teoristas e demagogos de ideologias da treta que influenciaram e orquestraram a destruição da grande parte daquilo que era a prósperidade futura e o progresso desses mesmos povos cá e lá.
    No meio, encontram-se as massas até hoje contínuamente manipuladas por manobras de bastidores, disinformação, com segredos e segredinhos misturados à falta de suficiente educação, justiça e transparência, tanto em África como na Europa.
    Quanto às consequências económicas para os Portugueses claramente o Ministro Teixeira Santos e Primeiro Ministro Sócrates, nunca ouviram falar de “constructive engagement” e “economical/political leverage” entre credores e devedores.

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  4. 5

    Chichorro Rodrigues

    Grande obra, meu pai Eng. Chichorro sempre recordou, assim como toda a família dessa grande obra, hoje, ainda considerada como a maior obra de Moçambique.

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  5. 4

    Manuel Martins Terra

    Caro amigo João Costa, obrigado pelo teu aparecimento neste espaço de comentários e sem dúvida que a Barragem de Cabora Bassa, é indiscutivelmente uma obra magistral e ousada por parte da engenharia portuguesa em África, que só teve paralelo na construção da Barragem do Assuão, no Egito, inaugurada em 1970, depois de 10 anos de construção, com projeto russo. No tocante á tal frase ” Hidroelétrica de Cabora Bassa o orgulho de Moçambique” ela é da responsabilidade da HCB, que a utiliza como spot publicitário. A verdade é que todos nós a ajudamos a pagar. João Costa, um grande abraço do amigo Manuel Terra.

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    1. 4.1

      João Costa

      Olá, bom dia

      Amigo Manel, não posso estar mais de acordo com este teu comentário. Sei que a “tal frase” a que faço referência no meu comentário era/é da responsabilidade da HCB que a utiliza como spot publicitário. Só que para mim o erro está em referir Moçambique, e não Portugal!… Moçambique agora só está a usufruir de uma obra para a qual nada contribuiu, e até se opôs à sua construção utilizando a guerra de guerrilha.
      Mais uma vez, todos que lemos este teu post, somos “obrigados” a dar-te os parabéns pelo teu trabalho de pesquisa.
      Um grande abraço deste teu amigo.

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  6. 3

    josecarlosnunes28@gmail.com

    Excelente texto relacionado com uma grandiosa obra dos portugueses. Visitei muitas vezes em 1971/72 pois na altura trabalhava para a SONAP/MOC ,que fornecia combustíveis e lubrificantes para aquelas imensas máquinas.

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  7. 2

    Fernando Machado Almeida

    Mais um investimento ruinoso para o Estado Português depois de saberem que mais dia menos dia tinham que entregar aquilo a comunistas. Paga Português que é a única coisa que sabem fazer melhor. E caladinhos….
    Viva o socialismo da treta

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  8. 1

    Braga Borges

    Belíssimo trabalho. Gostei de ver a “minha SONEFE.”

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    1. 1.1

      João Costa

      Olá Tony

      Lembras-te como era conhecida entre nós, jovens na altura, a tua SONEFE?
      – Sociedade dos Negócios Felizes.

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