Proposta Americana A Portugal Sobre As Colónias Portuguesas
Salazar, principalmente ele, com a sua teimosia e o seu alheamento aos prenúncios dos ventos da História que já sopravam em África e na Ásia, muito contribuíu para o surgimento dos movimentos nacionalistas de libertação das colónias portuguesas e para o eclodir das guerras coloniais/ libertação, culminando com o golpe militar de 25 Abril 1974 e as consequências que deste resultaram.
Em face dos relatórios da CIA (polícia secreta americana) e das opiniões de vários diplomatas americanos, os EUA (Estados Unidos da América) chegaram a propôr a Portugal, em 1963, a doação de mil milhões de dólares, em troca da independência das suas colónias, esbarrando na inflexibilidade de Salazar.
Surpreendente, o acerto na previsão das autoridades americanas, com dez anos de antecedência sobre o golpe militar de 1974, em Portugal.
Feita esta pequena introdução, deixo-vos com a leitura do texto integral que pretendo levar ao conhecimento dos(as) seguidores(as) do BigSlam. Transcrevo, na íntegra e com a devida vénia, o email que de Portugal recebi, reencaminhado por um amigo desde os tempos de juventude na então Lourenço Marques:
PROPOSTA FEITA A PORTUGAL PELA CIA…. TORNADA PÚBLICA EM LIVRO: ENGAGING AFRICA: WASHINGTON AND THE FALL OF PORTUGAL’S COLONIAL EMPIRE
EUA: Salazar rejeitou mil milhões de dólares em troca da independência das colónias. As autoridades norte-americanas esbarraram na inflexibilidade de Salazar.
Dr. António Oliveira Salazar rejeitou uma proposta dos Estados Unidos para a independência das ex-colónias portuguesas a troco de mil milhões de dólares (782 milhões de euros), porque “Portugal não estava à venda”, revela um ex-responsável norte-americano no seu livro “Engaging Africa: Washington and the Fall of Portugal’s Colonial Empire”.
Segundo o secretário de Estado adjunto para os Assuntos Africanos durante a administração Clinton, Witney Schneider, o ex-presidente do Conselho rejeitou a proposta americana em 1963, durante um encontro com um enviado da Casa Branca.
O livro detalha minuciosamente, com base em documentos oficiais e entrevistas com personalidades norte-americanas e portuguesas, as relações dos Estados Unidos com Portugal e com os movimentos independentistas das ex-colónias portuguesas, em particular Angola e Moçambique, desde o início dos anos 60 até à independência de Angola, em 1975.
De acordo com o autor, em 1962, o assistente do director adjunto de planeamento da CIA, Paul Sakwa, elaborou um plano denominado “Commonwealth Plan”, que visava convencer as autoridades portuguesas a aceitar o que a CIA considerava ser a inevitabilidade da independência das colónias portuguesas.
O plano previa que Portugal concedesse a autodeterminação a Angola e Moçambique após um período de transição de oito anos. Enquanto isso, seria organizado um referendo nas duas colónias para se determinar que tipo de relacionamento seria mantido entre os dois territórios e Portugal após a independência.
Durante esse período, os dirigentes nacionalistas angolano Holden Roberto e moçambicano Eduardo Mondlane receberiam “o estatuto de consultores assalariados” e seriam preparados para a liderança dos novos países.
“Para ajudar Salazar a engolir a pílula amarga da descolonização, Sakwa propôs [ainda em 1962] que a NATO oferecesse a Portugal 500 milhões de dólares [391 milhões de euros] para modernizar a sua economia”, escreve Schneider.
Um ano depois a proposta daquele funcionário da CIA foi ampliada pelo diplomata Chester Bowles, que duplicou a ajuda a oferecer a Portugal, propondo que os Estados Unidos concedessem mais 500 milhões de dólares durante um período de cinco anos, ou seja um total de mil milhões de dólares durante o período de transição.
Documentos oficiais mostram que Bowles argumentou que seria “um bom negócio diplomático” se os esforços norte-americanos conseguissem resolver “o feio dilema” de Portugal a um custo de cem milhões de dólares (78 milhões de euros) por ano.
O plano dos Estados Unidos esbarrou, contudo, na inflexibilidade de Salazar. “Portugal não está a venda”, foi a resposta do ditador português quando a proposta lhe foi apresentada, em Agosto de 1963 – ainda durante a administração Kennedy – pelo secretário de Estado adjunto norte-americano, George Ball.
Franco Nogueira considerou a proposta americana uma “idiotice”.
O autor diz ainda que o então ministro dos Negócios Estrangeiros português, Franco Nogueira, considerou a proposta americana uma “idiotice”, porque revelava que Washington acreditava poder determinar ou garantir acontecimentos a longo prazo.
Segundo Nogueira, o plano dos Estados Unidos seria o primeiro passo para a inevitabilidade do caos nas colónias portuguesas em África.
Um dos aspectos mais curiosos do livro é a exactidão com que a CIA e vários diplomatas norte-americanos fazem, com muitos anos de antecedência e em documentos oficiais, a previsão da derrota militar portuguesa em África e o derrube da ditadura.
“A derrota militar portuguesa é uma conclusão inevitável se se permitir que a revolta em Angola ganhe volume e continuidade”, adverte o documento da CIA que acompanhava a proposta inicial elaborada por Paul Sakwa, pouco depois do começo da guerra em Angola.
Sakwa questiona-se mesmo se os Estados Unidos poderiam permitir que Portugal “cometesse suicídio, arrastando os seus amigos na mesma via”.
O então embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, Burke Elbrick,
considerado em Washington como um simpatizante das autoridades portuguesas, enviou um telegrama às autoridades norte-americanas em 1963 em que dizia que Portugal estava “debaixo da espada de Dâmocles”, pois não era “nem suficientemente grande nem suficientemente rico” para fazer frente a uma guerra de guerrilha em três frentes.
As guerras em África poderiam significar “o fim do império lusitano” e do regime de Salazar, escreveu ainda o diplomata, advertindo que o fim do regime poderia resultar na subida ao poder de um Governo “consideravelmente mais esquerdista ou neutral”.
Em 1964 – dez anos antes da revolução do 25 de Abril -, a CIA advertiu que as guerras em África levariam ao aumento do descontentamento interno e que esse “aumento do descontentamento poderá convencer os militares da necessidade de substituírem Salazar”.
Nesse mesmo ano, o Conselho de Segurança Nacional advertiu o Presidente Lyndon B. Johnson – que sucedeu a John F. Kennedy – de que as perspectivas de Portugal em África eram péssimas.
“Já não se trata de uma questão de saber se Angola se tornará independente ou não, pois a única questão é saber quando e como, tal como aconteceu na Argélia. Do mesmo modo, é uma certeza que quanto mais a luta durar, mais violenta, racista e infiltrada pelos comunistas se tornará, mais grave será a crise final a que os Estados Unidos terão de fazer face e mais caótica, radical e antiocidental será uma Angola independente”, diz o documento.
Durante os anos 60, e face a estes avisos, muitos funcionários norte-americanos deram conta em documentos do seu desespero face à inflexibilidade do Governo de Salazar em mudar a política colonial.
Paul Sakwa, o funcionário da CIA que elaborou o “Commonwealth Plan”, desesperado com a inflexibilidade de Salazar, terá chegado, ironicamente, a manifestar dúvidas de que o ditador português pudesse aceitar o plano americano “sem o benefício de uma lobotomia”.
Para o secretário de Estado adjunto de então, George Ball, Salazar elaborava a política externa de Portugal “como se o Infante D. Henrique, Vasco da Gama e Fernão de Magalhães fossem os seus conselheiros mais próximos”.
Pierre Vilbró, Novembro 2020
10 Comentários
Nuno CB
Brilhante resultado obtiveram os nossos supostos “aliados” no Congo/Zaire, por exemplo, onde encontraram o perfeito soba extorsionista de seu nome Mobutu. A verdade é que o maior erro de Salazar não se tratou da questão africana, mas sim da adesão portuguesa à NATO, algo que de imediato ocasionou a total animosidade da URSS que então, apesar da oratória pro forma, bastante contemporizou com a Espanha de Franco. Este textozeco made in cia está eivado de várias inexactidões e pior ainda, de omissões bastante claras, precisamente aquelas que bem anteriores a 1963, levou a que vários departamentos de estado dos EUA conduzissem uma política totalmente hostil ao país que lhes proporcionava a então preciosa Base das Lajes que aliás jamais foi paga como outras entre as quais Subic Bay e Cam Rahn.
Tudo fizeram para prejudicar Portugal, tudo. Na questão do Estado da Índia, não se coibiram em avisar Nehru daquilo que Salazar e Mao Tsé por interpostas entidades negociavam, ou seja, a abertura de um entreposto comercial chinês no porto de Mormugão. Isso terá precipitado a invasão de 17 de Dezembro de 1961, para poucas semanas depois o exército indiano ter sido copiosamente derrotado nos Himalaia, às mãos do exército chinês. Já tinha então ocorrido o bem planeado e treinado “Pearl Harbour” civil no norte de Angola, onde milhares de negros, brancos e mestiços foram sumariamente massacrados por gente a soldo de Holden Roberto, uma espécie de faca-de-mato americana naquela parte do mundo. Logo seguidamente, Luanda e Lourenco Marques viram-se invadidas por “agentes comerciais”, especialmente do ramo agrícola e que em vez de irem para o interior vender os seus produtos nas enormes e muito produtivas fazendas, ficavam em ambas as capitais, de café em café e de círculo social em círculo oficial fazendo contactos proveitosos para o futuro. Seguiram-se os “religiosos” protestantes que vinham “ajudar” as populações do interior. Tudo bem organizado e sobretudo, financiado, logo surgindo catadupas de artigos em folhas de couve com o New York Times, Washington Post, etc.
No momento em que os americanos estavam afundados na escandalosa guerra do Vietname – e logo do Laos e do Camboja -, quanto ao esforço e guerra nacional, foi uma autêntica traição aquilo que os nossos “aliados” decidiram fazer, sabotando-o ao máximo. Nem metralhadoras e munições, nem viaturas especializadas todo-o-terreno, nem sistemas de comunicação ou de transmissões, nem sequer aquele equipamento já adquirido e logo proibido por se “destinar ao uso específico imposto pela NATO”. Os bandidos chegaram ao miserável e ultrajante ponto de proibir a utilização em Angola de 3 míseros M3 Stuart – aqueles tanquezinhos que os alemães do Africa Korps depreciativamente baptizaram como honey tanks. Nem um helicóptero, nem um avião moderno, nada de nada. Tudo fizeram para prejudicar Portugal, ao mesmo tempo que usavam e abusavam da Base das Lajes para salvar o pescoço daquela sua territorialmente ínfima obsessão no Próximo Oriente, precisamente o país que a par de outros declarados inimigos nossos na Europa, mais esbravejavam na ONU organizando campanhas de toda a ordem. Um canalha nunca vem só, isso já sabemos.
Nada, absolutamente NADA lhes devemos, bem pelo contrário. Tiranizam a Europa numa odiosa subserviência desta última, semeiam o caos às nossas portas e daí tiram sempre dividendos. Pior ainda, vendem todo o seu lixo militar a altos preços, nem sequer proporcionando aos “aliados” a existência de uma indústria militar competitiva. Agora, auspiciosamente em pleno e feliz declínio apertam ainda mais o garrote, organizando uma tremenda guerra no nosso próprio espaço, passando incólumes pelos terríveis crimes cometidos no Iraque, no Afeganistão e na Líbia. A lista é demasiadamente longa e termina sempre por uma derrota, logo seguida de rápida fuga como ainda da há meses verificámos todos em Cabul.
Desejo-os longe, bem longe. Leiam o livro escrito pelo avençado” Freire Antunes, “Kennedy e Salazar”, pois contém importante informação documental, mas façam-no sem considerar as suas naturais posições de contratado e pago. A leitura deve ser feita atendendo apenas à cronologia e documentação exposta, pois consiste num autêntico libelo acusatório contra eles.
Manuel da Silva
Quero antes de mais agradecer ao nosso estimado escritor e colaborador do BigSlam Pierre Énio Vilbró, que nasceu em Moçambique onde cresceu e se formou (no mesmo país que eu muito amo; onde eu cresci, formei-me e andei na guerra, desde 1960 e continuei atê 1980).
Não vou comentar jogadas que envolvem dinheiro … porém, por tudo o que li e passei, ambicionei, gostei, desgostei e desprezei, resta-me para consolo uma anedota que eu conto a amigos muito chegados (que espero seja agora o caso)
Aqui vai a anedota:
«No fim do ano lectivo e após os exames finais na Universidade de Coimbra, dois alunos de Medicina correram à vitrina onde estavam afixadas as pautas e ansiosos aproximaram os narizes ao vidro e verificaram que tinham concluído as suas licenciaturas, dando imediatamente saltos de enorme alegria. Outros finalistas juntaram-se e aquilo tudo deu momentaneamente numa festa. E como manda a praxe começaram logo a cumprimentar-se, sorridentes e a estender as mãos uns aos outros em jeito de saudação exclamando em voz alta: Como está Sr. Doutor?
Depois de tanta alegria, dois deles combinaram ir do alto da universidade à baixa de Coimbra para comer umas sanduíche.
Entretanto quando desciam apresentou-se aos seus olhos, à frente e a uma certa distância, um velhote que caminhava devagar, desengonçado e até aos solavancos. Um dos doutores exclamou logo: Oh pá, aquele tipo tem uma doença venérea. O outro retorquiu: Estás doido, não vês que é um problema na coluna!
Doença venérea, problema na coluna … Doença venérea, problema na coluna … Doença venérea, problema na coluna …aquela teimosia parecia não ter fim.
Com esta lengalenga, acabaram por se aproximar do velhote.
Quando já se encontravam junto dele, exclama um dos senhores doutores: Não é tarde nem é cedo, pergunta-se já directamente ao velhote e fica tudo esclarecido!
«Oh amigo, desculpe a pergunta, é que eu tal como o meu colega somos doutores acabadinhos de nos formarmos e vínhamos acompanhando o seu modo de caminhar; o meu colega diz que você tem uma doença venérea, mas eu penso que terá um problema na coluna, qual de nós estará enganado?»
Respondeu-lhes o velhote:
«OLHEM, MEUS AMIGOS! ENGANAMO-NOS OS TRÊS; EU PENSEI QUE TINHA DADO UM PEIDO E BORREI-ME TODO!»
Zé Carlos
Como diz um ditado Japonês; O bater de asas de uma borboleta aqui, pode causar um ciclone do outro lado do Mundo.
Os EUA e JFK em particular, andavam com a pedrinha Portuguesa no sapato da geoestratégia global desde os tempos da lease da Base das Lages.
Com os óculos cor de rosa do pós Guerra mundial, a expansão da dotrina de Monroe para outros continentes estava dada como certa, mas começou a sofrer reversos, primeiro com o surgimento da bomba atómica da USSR, guerra da Korea, Guerra Fria e depois com as crises da Cuba revolucionária e o Vietnam.
Os EUA olhavam para fontes novas de matérias primas e mercados livres de ‘intermediários’ ou barreiras.
Como a Commonwealth e a Francophonie estavam fora do seu alcance direto, sendo eles os aliados principais na NATO, Portugal e a situação ultramarina parecia oferecer presa fácil no continente Africano.
Em França, os Gaulistas não cumpriram as promessas de auto determinação e independêcia feitas aos Argelinos, pela ajuda nas 1ra. e 2da. Guerra Mundiais e deu no que deu.
Nesse aspecto, não escapou ao Reino Unido o que os novos ventos traziam e o estado da Índia conseguiu a independência.
Na Europa com o perigo comunista a pairar no Ocidente, as situações na Alemanha, Itália, Grécia e Austria, foram asseguradas com a ‘generosidade’ do Marshall Plan.
Quando o ideal capitalista Americano foi confrontado com a expansão comunista na Asia e Africa, a ideologia capitalista dos EUA reestruturou a estratégia. Até à política de globalização de Reagan e Bush nos anos 80, o uso do pau em vez do mel, trazia resultados comerciais amargos para os parceiros, enquanto América engordava.
Regressando ao Salazar, as suas idéas em princípio dos anos 50 já tinham ultrapassado a sua utilidade. Não se apercebeu que os tempos tinham mudado. Era uma questão de tempo e o tempo já era pouco… A supressão das liberdades de expressão, política e social complicou a posição Portuguesa perante os aliados na NATO.
A América oferecia algo que dava bases para expandir negociações num caminho político/social benefecial para todos e evitar uma catástrofe, mas a intrasingência salazarista para continuar ‘com a prata da casa’ para não dar o braço a torcer e com isso perder total controlo do ‘Império’ obrigou contra a vontade, os EUA a investir mais em Espanha para ver se ‘acordava’ Portugal. A falta de suficiente investimento (Americano) em Portugal e ‘Províncias Ultramarinas’ e com isso, a inevitável modernização e progresso socioeconómico para todos, causou desapontamento e despertou mais profundos sentimentos nacionalistas nas lideranças indígenas.
Se, com Portugal não se via como avançar as expectações e aspirações indíginas, a única alternativa era alcançar independêcia.
Os EUA dos finais dos anos 50 e início de 60 estavam preparados a ajudar os lidéres Africanistas, mas a lentidão do processo cansou, com as retaliações do Estado Português, os movimentos independentistas esconderam-se e foram procurar apoio mais expressivo e imediato na USSR e PRC.
Entretanto, quando Salazar acordou e autorizou grandes investimentos e parcerias internacionais em Angola e Moçambique, já era tarde para mudar o rumo ao inevitável.
Mesmo assim, Portugal encontrou a desculpa do anti-comunismo e ganhou tempo para manter a sua posição em Africa, mas com isso, deixou esfumar o ‘estado de graça’ que ainda restava do pós guerra mundial e acentuou o empedrenimento dos sentimentos anti-colonialista indíginas.
Como um monarca, Salazar media, cortava e fazia conforme imaginava. Quando o progressista Pres. Craveiro Lopes antevia o que o futuro agoirava, o único poder que tinha era para demetir o primeiro ministro, em vez de o fazer logo de vez, e o ameaçou para mudar de rumo, Salazar não perdeu tempo a convencer o Concelho para apontar o pró regime Américo Tomáz.
Infelizmente a partir daí, estava cunhado o destino para as populações em Portugal e pelo Mundo fora, de todos portugueses/coloniais/indíginas e restantes afetados.
Salazar governava completamente deslocado das necessidades e da realidade moderna e influenciado pelos interesses instalados.
Resultando no que se deu com a descolonização e as grandes consequências históricas para todos os que a viveram e os que vieram depois.
O resto é tudo promenores que não trazem compensação aos que perderam tudo ou quase tudo tanto de um lado como do outro.
Hoje em dia politicamente, Portugal vive em negação das consequências dos erros revolucionários e governado por uma classe política que tem sabido manobrar bem os seus próprios interesses e em criar uma ilusão democrática em detrimento das classes vulneráveis, trabalhadoras e média… Quase um déjà vu.
Depois há os mistérios dos montes de dinheiro ‘desaparecido’ e esbanjado do tesouro nacional, CEE e da UE, mais que suficientes para reconstruir e ainda compensar devidamente veteranos da Guerra Colonial hoje sem grandes apoios e esquecidos e os retornados que tinham algo ganho com trabalho honesto e ficaram sem nada e ainda hoje ainda vivem com muitas dificuldades.
Ainda hoje o legado colonial tem efeitos… Terras abandonadas em mãos despreparadas por autoridades incompetentes, resultando em guerras civis anos sem conta e ainda hoje, muita miséria e desespero até mais não na grande maioria, os mais vuneráveis.
José Miguel Rodrigues
A cegueira de Salazar e não só , destruiram a vida de milhares de pessoas…
Ventos de mudança já pairavam por toda a África e os outos países colonizadores antes da decada de 60, mal ou bem ,já tinham dado esse passo.
Não tenho dúvidas que hoje tudo seria diferente, para bem de todos.
Evitava-se o maremoto que se seguiu , as guerras e o sofrimento que ainda hoje persiste para as populações.
ORLANDO PADINHA
Caro Luis, estou completamente de acordo.
Walter D Gameiro
Creio ser perigosos aceitar linearmente um texto da Cia como se fosse um texto sagrado.
Luiz Branco
Bla, bla , bla…e obviamente a situação dos Americanos no Vietnam era brilhante…só não anteviram a sua própria derrota.
Esse é o problema dos Americanos…acham que resolvem e compram tudo com o dinheiro deles.
E parem de olhar para a questão do vosso ponto de vista (nosso aliás) e olhem para a situação do ponto de vista de Salazar…acham que ele diria ou poderia dizer outra coisa?
Os Americanos tiveram o que queriam que era o petróleo de Angola e o resto é conversa.
Gostava de ter visto o meu país ter transitado para uma democracia liberal o que não sei se seria possível em África!!!
Nunca se esqueçam de uma coisa demorou quase 200 anos a colocarem a estátua do Marquês em Lisboa…Salazar só morreu há 50 anos….
José Luciano André Assunção
As saudades e a tristeza impossibilitam-nos indicar uma opinião credível. Tudo poderia ter sido resolvido de outra forma, com um pouco mais de raciocínio. Assim, todos perdemos e
infelizmente, poucos são os que ganharam. Tratam-se de países com riquezas que continuam sem progredir e ainda em piores situações económicas. É tarde, restando-nos apenas a saudade e o desejo para que esses países progridam.
Abdul
Obrigado pela informação valiosa.
Se Salazar tivesse aceite,seria melhor para Portugal e,as ex colonias.o tempo para autodeterminação era perfeito
Tomás Pereira
Deixem-se de fantasias!
O imperialismo soviético queria apenas uma coisa: as riquezas e a importância geoestrategica dos territórios ultramarinos.
Claro que Salazar não aceitou!