Ronaldo: O Humano No Futebolista
Não vou falar do Cristiano Ronaldo futebolista profissional, mas sim do ser humano que coabita no futebolista.
Não do futebolista predestinado, várias vezes melhor marcador de golos, outras tantas nomeado melhor futebolista do mundo, coleccionador de títulos e de recordes. Mas sim, destacar a pessoa que tem assumido várias acções humanas e humanitárias, não esquecendo os outros e a origem humilde de onde veio, e, apesar de vedeta mundial e de pessoa rica, pauta o seu relacionamento pela simplicidade e simpatia de trato.
É verdade que, na retaguarda, haverão pessoas que o orientam, como sejam a sua mãe, o seu empresário, e restante “staf”. Mas isto não invalida a genuinidade do seu ser, que sobreleva apesar do mundo mediático e de glória que o envolve. Claro que discordo de alguns aspectos da sua vida e postura particulares que, no entanto, não ensombram o tudo de bom restante.
Mas, de todos os exemplos de humanismo que o Ronaldo tem assumido, há um que mais me tocou, e que é a razão deste meu artigo. Vem descrito num texto que me foi enviado por pessoa amiga, e que não resisto a compartilhá-lo com os(as) internautas de BigSlam. Do episódio descrito nesse texto, não posso deixar de destacar também o comportamento do outro protagonista, Albert Fantrau.
Passo a transcrever esse texto, com a vénia devida, embora desconheça a identidade do autor:
Recentemente, ao receber mais um dos muitos prémios, Ronaldo dedicou-o a um certo … Albert Fantrau. Em seguida, disse: “Sim, eu sou um grande jogador de futebol, mas todo o meu sucesso devo-o ao meu amigo Albert Fantrau”.
As pessoas entreolharam-se e inquiriram: “Mas quem é esse Sr. Fantrau?” E Ronaldo prosseguiu: “Nós jogámos juntos numa equipa de juniores. Quando os recrutadores do Sporting vieram observar-nos, disseram-nos que o avançado que marcasse mais golos seria recrutado para a academia do Sporting de Lisboa. Naquele dia, vencemos por 3-0. Eu marquei o primeiro golo e depois o Albert marcou o segundo, de cabeça. E então o terceiro golo foi o que mais impressionou a todos. Albert começou pela ala, depois encontrou-se cara a cara com o guarda-redes, driblou-o e tudo o que ele tinha que fazer era empurrar a bola para o fundo da baliza. Enquanto isso, corri ao lado dele …. e em vez de marcar o golo, Albert decidiu passar-me a bola para ser eu a marcar. E foi assim que entrei para a Academia do Sporting de Lisboa.
Depois do jogo eu fui ter com ele e perguntei-lhe “porque fizeste isso? e ele respondeu “porque eu sei que tu és melhor que eu”.
Curiosos por saber mais, os jornalistas começaram a investigar para conhecer Albert Fantrau, e perguntar se a história contada por Ronaldo era verdadeira. E ele confirmou, acrescentando que a sua carreira de jogador de futebol acabou depois daquele jogo, pois era a única oportunidade de se tornar profissional e desde então ele permaneceu desempregado.
No entanto, os repórteres verificaram que ele possui uma luxuosa casa e na sua garagem tinha estacionada uma viatura Mercedes. Curiosos perguntaram a Albert, “mas estando desempregado, como é que você tem uma casa tão luxuosa e esse carro? Você parece bastante confortável materialmente”. A resposta de Albert: “Tudo isso? Devo-o a Ronaldo!»
Fim de transcrição.
Nota: A composição gráfica deste texto, como sempre tem sido, é de Samuel de Carvalho.
Pierre Vilbró, Julho 2021
5 Comentários
José Marques da Cruz
Esta história já foi desmentida em diversas publicações.
Factos:
1) Aurélio Pereira, no seu recente livro “Ver para Crer”, não faz referência a qualquer acontecimento deste tipo, antes aos factos que o levaram a ver Cristiano Ronaldo, pela primeira vez, que veio referenciado por um dirigente do Sporting que vivia na Ilha.
2) Caso tivesse havido dois jogadores muito bons, teriam sido trazidos os dois para melhor avaliação, como se fazia à época.
Ou ter-se-ia mantido a vigilância sobre o “outro” jogador. Nunca nada foi referido sobre isto ou algo parecido.
3) Nunca se recrutam jogadores na base de “quem marcar mais golos”.
Os jogadores passíveis de interessar são acompanhados e observados por olheiros e, só depois, o responsável principal se desloca ao local (ou recebe o garoto para um treino de avaliação) para ver com os seus próprios olhos. E, neste caso, o Sporting pagou a viagem ao Cristiano para vir a Lisboa fazer uns treinos.
4) Ronaldo veio para o Sporting ainda na idade de infantil (11 anos).
Nessa altura, já era um jogador potencialmente interessante e Aurélio Pereira vai vê-lo treinar, de propósito, em Alvalade (após ter sido enviado da Madeira para essa observação). E afirma que o desempenho de Ronaldo foi logo indicador de que seria um bom jogador. Nesses treinos, Cristiano Ronaldo passou por 2 e 3 jogadores, mais velhos do que ele, e deu indicações claras da sua qualidade. Quer Aurélio Pereira, quer os restantes elementos do Sporting, que o observaram, ficaram sem dúvidas quanto à qualidade do miúdo.
5) O Clube de Ronaldo era o Nacional da Madeira, que devia dinheiro ao Sporting e não podia inscrever jogadores, tendo trocado essa dívida pela transferência.
O Sporting achou que o valor da dívida (4.500 contos, creio) era demasiado para um jogador tão novo.
Aurélio Pereira não teve essas dúvidas após o ter visto jogar. E, como já atrás referido, foi especificamente ver Ronaldo e não um grupo de jogadores.
E foi um Sportinguista da Madeira que recomendou CR e tratou da sua viagem para Lisboa.
Nada do que acima se esclarece diminui a faceta solidária de Cristiano Ronaldo.
Já confirmada por muitos, incluindo antigos colegas da formação.
Zulfi Amade
E sem grandes discursos para anunciar, tem contribuído bastante para o melhoramento de vida dos Palestinianos que pelo qual tem tido de sofrer bastante crítica…
Luiz Branco
E a vida desses seria bem melhor se corressem com os terroristas do Hamas de lá para fora caso contrário nunca vai haver caridade que chegue
chyttollo boy
Digno de um filme.
esmeralda.rua.denys@gmail.com
Desse ser humano tão válido em todos os aspetos, não é nada de admirar!