UM SILÊNCIO QUE DÓI
No passado dia 19 deste mês, publiquei no blogue “De Rerum Natura” o post: “A ADSE e o barbarismo da nossa época”.
Pela ausência de comentários, que esta desumana medida da ADSE mereceu (ao ser retirada aos cônjuges dos titulares por usufruírem de uma reforma que em pouco excede duzentos euros mensais de reforma da Segurança Social, para a qual fizeram os respectivos descontos) não posso deixar de chamar a atenção e solução de uma sociedade desumanizada, para que não encare a velhice como um estorvo. Faço-o com este dolorido apontamento.
Este “status quo”, tem como alternativa um Sistema Nacional de Saúde, a rebentar pelas costuras, em que uma simples consulta demora meses ou anos, ou chega mesmo depois do falecimento do inscrito, com os cidadãos, como tal, deprimidos pela idade avançada e por estarem impedidos, outro tanto, de fazerem seguros privados. Ou seja, é tida esta medida, por quem devia estar ao serviço do bem público, como panaceia para todos os problemas de uma sociedade socialista ganhadora de eleição democrática passada em que o vil metal se fez rei e senhor de um Governo que faz orelhas moucas ao aviso do médico psiquiatra Augusto Cury:
Nunca desprezes as pessoas deprimidas. A depressão é o último estágio da dor humana”.
A tomada de posse de um novo Governo com aumento “generoso” de governantes, com as despesas dispendiosas inerentes, já comentadas nos media, dá-me a certeza que os cofres da fazenda pública bem podem suportar as migalhas dos gastos com os cidadãos espoliados da ADSE depois de muito anos ou mesmo decénios de usufruto.
“Last but not least”, muito prezaria que a ADSE me esclarecesse da minha razão ou sem razão, com argumentos inteligentes fáceis de serem compreendidos pelo meu pobre bestunto, não me remetendo, apenas, por me ter como um iletrado chapado, para a leitura da lei que evoca como se fosse uma coisa sacrossanta e eu apóstata de um templo sagrado. Em direito de cidadania, a que me julgo com direito, exijo respostas que não me vençam pelo desânimo de uma conversa de surdos mudos. Pelo contrário, com argumentos lógicos que, duvidosamente, sejam capazes de me CONVENCER, sem ser, como “ultima ratio”, eu posso, eu quero, eu mando. “Alea jacta est!”
8 Comentários
Fenando Pascoal Fonseca
Bendita EIMA, que teve PROFESSORES da sua dimensão para formarem alunos com esta sólida formação moral que, contra ventos e marés, combatem contra “gritantes injustiças”.
Desculpe Sr Professor ter abusado ao servir-me da sua frase, mas só a completei. Que a sua mente e caneta não lhe doam por dizer tanta verdade. Estamos consigo Sr. Professor
Rui Baptista
Agradeço o acrescento que fez à minha frase que a valorizou merecedora da minha gratidão: “Estamos consigo, Sr. Professor”, por outro lado, remoçou-me a alma dando-me novo alento para prossegui a minha luta num novo artigo que estou a escrever remoçando-me a alma para novos combates . Dei o seguinte nome ao artigo: “Errar é humano, prosseguir no erro é estupidez”! Um grande abraço.
Rui Baptista
Por ter palavras repetidas, reformulo o meu comentário anterior , agradecendo a solidariedade : “Estamos consigo Sr. Professor”. Ela remoço-me a vontade para novos combates. Estou a escrever um artigo intitulado: “Errar é humano, persistir no erro é estupidez”. Um grande abraço.
Pierre Vilbró
Prof.Rui Baptista:
O meu lamento pela situação injusta que invoca, e que extravasa para para a de milhares de cidadãos sofredores e injustiçados, e a minha solidariedade não precisam de ser renovadas, pois mantêm-se a todo o momento e perante qualquer situação de gritante injustiça.
Pierre Vilbró
ruivbaptista@sapo.pt
Estimado Pierre Vilbró: Habituado que estava as seus comentário, este tocou-me profundamente e fez-me gratíssimo pela solidariedade e, principalmente, amizade moçambicana que dele emana. Bendita EIMA que formou alunos com esta sólida formação moral que, contra ventos e marés, combatem contra “gritantes injustiças”. Bem haja prezado Pierre.
António Amorim Lopes
Infelizmente tudo isto vai de mal a pior, embora alguns governantes do topo nos queiram impingir melhoras, que por mais que nos esforcemos não descobrimos.
Rui Baptista
Essas melhoras assemelham-se a procurar agulha em palheiro. Eu desistia de a procura!r
Rui Baptista
Prezado António Amorim Lopes: Melhoras “pour épater le bougeois”, na tentativa de ganhar eleições. Ainda agora, que tenho a televisão por companhia enquanto escrevo estas linhas, estou a ser bombardeado por promessas políticas na AR que me trazem à memória palavras do próprio Kruchev: “O s políticos prometem construir pontes em locais onde não existem rios”! Um abraço amigo.